História Gaeng Dan-won (갱 단원) - Shin Hoseok

Bordel de El Diablo - Quinta-feira - 23:00 horas

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Shin Hoseok, encarava como um caçador cada garota e garoto de programa que passava pela mesa onde estava. A bebida que lhe descia arduamente pela garganta, só fazia com que ficasse ainda mais atento aos olhares de cobiça dos outros. Os trabalhadores do bordel, encaravam Hoseok como se quisessem o comer ali mesmo. O homem sabia que muito daqueles mantinham uma esperança de poder se tornar o príncipe e princesa ao lado do rei do norte. E aquilo só fazia tudo parecer cômico.

– Senhor, o garoto chegou.- Minhyuk, que estava ao seu lado, verificando o celular, lhe avisou.- Vai querer ir embora?

Hoseok, pensou por alguns minutos. A noite ali realmente estava entediante. Respirou fundo. Poderia fazer coisas melhores.

– Prepare o carro.- Fala tomando um último gole do Whisky caro.

Se levanta e recebe sorrisos maliciosos dos trabalhadores, talvez, pensassem que Hoseok estava indo em suas direções. Estavam enganados.

– Já vai?- El Diablo, ou melhor dizendo, Yoo Kihyun aparece emburrado a sua frente.- Não te dou a área V.I.P toda para ir embora cedo.

– Foi mal, Kihyunnie.- Provoca o baixinho com um apelido que era fofo, ou seja, não tinha nada a ver com ele.- Tenho alguns assuntos.

– Relaxa, Minhyuk comentou sobre o garoto.- Kihyun, solta uma risada maliciosa.- Não queria ser ele, não.

– Enfim, nos vemos depois.- Se despede de qualquer jeito, e volta a caminhar com seu ar superior.

O carro conversível e caro, já estava a sua espera, na entrada do bordel. Entrou no carro e saiu cantando pneu. Passava por sinais vermelhos e ultrapassava limites de velocidade. Sabia que com certeza iria levar quase 400 wons em multa, mas é óbvio. Ele não se importava.

Ao chegar em frente a sua mansão, completamente afastada da cidade, já podia sentir a empolgação o preencher. Queria conhecer logo o garoto.

– Ele já está lá dentro.- um dos capangas responsáveis pelo sequestro do garoto, já esperava seu chefe na entrada.

– Pode ir.- Hoseok, o dispensa.

Entra na casa, e caminha rápido pelo mármore escuro, desce a escada do porão e vê vários de seus homens encarando algo ao centro da sala. O garoto magro estava amarrado em uma cadeira, e encarava tudo com um olhar cheio de pânico.

– Nós deixe a sós.- Hoseok, ordena a todos. Não demora para a sala ficar vazia.

– Quem é você?- Ao contrário do olhar do garoto, sua voz era alta e completamente cheia de raiva, o jeito que conseguia se manter frio era incrível.

– Shin Hoseok.- Sorri, vendo o garoto franzir a testa e a surpresa passar por sua face. Com certeza já havia lido o nome em alguma revista humanitária.- Ou como eu prefiro ser chamado, Wonho ou simplesmente, rei do norte.- Sua voz saira mais assustadora.

Hyungwon, arregala os olhos e com a adrenalina a mil, tentou com desespero se soltar das cordas, foi em vão e simplesmente fez com que machucasse seu pulso.

– O que quer comigo?- Depois de um tempo, percebendo o quão ridículo e engraçado para o outro sua tentativa estava sendo. Desiste e encara o tal Wonho.

– É uma longa história.- O mais velho, puxa uma das cadeiras perto de si e se senta a frente do outro.- Posso resumir em duas palavras, seu pai.

– O que ele fez agora? Eu pago tudo que ele estiver devendo…- Hyungwon, já imaginava que aquilo renderia algo ruim.

– Você não entende.- Hoseok, ri com a inocência do garoto.- Ele já pagou.

Hyungwon, engasga.

– Como é? Okay, eu não sei quem é você. Mas pode parar com a brincadeira.- Hyungwon, se mantinha são. E se mantinha impassível a ideia de seu pai o vender.- Eu não sou nenhuma válvula de troca. Pode acabar com a brincadeira agora.

– Tão inocente.- o mais velho, cruza as pernas e encara melhor o garoto. Era ainda mais bonito do que na foto.

A ingenuidade de Hyungwon se mantinha forte. Até porque ninguém nunca vai acreditar que seu pai pode te trocar por jogos, isso não é possível. Ou é?

– Vou deixar você pensando. Logo Minhyuk vai chegar e te ajudar.- Hoseok, se levanta e mesmo com os xingamentos que Hyungwon começava a soltar e gritos raivosos, ele não parou de andar.

– Ele parece bravinho.- Son Hyunwoo, sócio de Hoseok o esperava na porta do porão.- Então, gostou da sua troca?

–Tenho certeza que foi a melhor.- sorri, logo em seguida passando a língua pelo lábio inferior.- Sabe, acho que esse aí vai dar trabalho…- dá de ombros.- Prefiro assim.

– Não vou discutir seus gostos.- Shownu, o encara confuso e com um sorriso sarcástico.

– Nem tem como. Você acha que eu não percebi você e o Minhyuk?-Wonho, abre um sorriso amarelo e maroto.- Vocês formam um belo casal.

– Cruzes!- Shownu, faz uma careta engraçada.- Você acha que eu posso aguentar aquela criatura por três segundos? Eu enloqueço com a falação dele.

Shownu, tinha razão. Eles eram o extremo oposto. Enquanto Minhyuk era extrovertido e não calava a boca um segundo, Shownu era quieto e pensativo.

– E eu não ia aguentar um segundo com essa sua cara de tacho!- Minhyuk, estava atrás de Shownu com os braços cruzados.- Idiota.- Passa pelos dois, descendo até o porão.

– Uh, acho que alguém vai levar um fora essa noite.- Hoseok, ri.

– Yah! você é um idiota.- o amigo sai pisando em passo fortes.

Hyungwon praguejava seu pai e todas as vezes que fora trouxa e o ajudara. Perdera metade de sua vida o ajudando, trabalhando para pagar suas dívidas e o que ganha em compensação é ser tratado como objeto. Que maravilhoso.

– Olá.- uma voz melodiosa ecoa pelas paredes úmidas.

– Olá o caralho, pode me dizer o que realmente está acontecendo?- Hyungwon, não se importava consigo mesmo, o momento lhe trazia tanta raiva que o medo até sumia.

– Eita, calma aí colega.- um garoto platinado aparece das sombras.- Você é tão sem graça.- faz careta.

– Ótimo, porque eu realmente não sou palhaço pra ter graça. Agora, cara, me diz onde estou? Obrigado.- Sua voz era cortante.

– Mansão Shin, ou melhor... O esconderijo do Tentation.- O garoto até poderia parecer delicado, porém, se o visse de perto, conseguia detectar a frieza em sua atitude e olhar.- E agora você é o novo brinquedo do chefe. Bem vindo.

– Brinquedinho do chefe?- Hyungwon, podia ter escutado errado? Não é…- Olha, eu realmente adorei essa brincadeira, pode aparecer pai!

– Garoto, você é burro?- o outro parecia com tédio.- Seu querido pai devia uma puta grana para nós. E então ele aceitou te dar como pagamento.

Hyungwon, sentia os olhos arderem. Era verdade. Mesmo que quisesse achar alguma explicação para aquilo. "E se ele foi ameaçado?" Mesmo assim. Que pai entrega o próprio filho?

E de repente, Hyungwon se dá conta…

Ele deveria dizer adeus a seu futuro?

Iria morrer na mão de um monstro?

Wonho, poderia dizer que se importava com algo. Estaria mentindo. E mesmo quando mandava matar alguém, não sentia nenhum remorso. E era o que estava prestes a fazer.

– O sul matou um dos nossos.- Choi, um dos mais importantes de sua gangue o encarava, esperando um comando.

– Mate dois deles.- Wonho, tinha noção de que poderia recomeçar outra guerra de gangues.- Se um dos nossos morree, o duplo dos deles também morre.

– Não é meio precipitado?- Pergunta receoso.

– E agora vamos nos importar com o sul?- Encara friamente Choi.- se alguma guerra explodir, a culpa vai ser completamente deles.

– Sim, senhor.- Choi, sabia que não podia deixar de seguir uma ordem de seu chefe.  

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Sul de Seul, Sede da gangue sulista - 04:30 da manhã.

Park JunHee, ou simplesmente Jun, estava sentado em sua mesa esperando notícias de seus capangas.

– Junnie, relaxa - Chan, seu melhor amigo e irmão tentava o acalmar.

– Sinto que algo de ruim aconteceu com eles.- Suspira, já pegando o telefone.- Vou mandar outros dois para checar.

– Quer que eu vá?- Pergunta, querendo sair daquela sala, o ar pesado que seu irmão transmitia o deixava nervoso.

– Certo.- massageia as têmporas.

Enquanto os minutos passavam, Jun se mantinha cada vez mais irritado, 30 minutos, 45 minutos, 1 hora, e então, enfim seu irmão o liga.

– Má notícia.- sua voz, ainda era firme, porém, carregada de tristeza.

– O que foi?- Jun, se mantém frio.

– Os dois foram mortos.- Engole em seco.- E decapitados…

– Foi o norte não foi?- Jun, fecha o punho com força.

– Foi, apostaria que foi vingança por causa daquele idiota de mais cedo.- Chan, respira fundo.- Eles estão pedindo por guerra.

– Tenho uma ideia melhor.- Jun, sorri consigo mesmo.- uma ideia muito melhor…

Chan, sabia que quando o irmão falava daquele jeito, era algo realmente ruim.

Nunca ninguém soube de verdade o porquê de ter tanta rivalidade entre as duas gangues, porém, somente seus grandes líderes atuais sabiam o porquê da rivalidade estar ainda mais acirrada hoje em dia.

As rivalidades são marcadas por ódio, e este ódio entre, Park JunHee e Shin Hoseok, havia começado por uma simples paixão, por um simples alguém.

 Foi algo que ocorreu há alguns anos atrás…

Donghyun, era somente um estudante de medicina com uma vida completamente normal e pacata, porém, graças a uma noite que resolveu se divertir um pouco com seu amigo Kim Seyoon ou Wow. Resolveram ir ver uma disputa de Drift ilegal, ou seja ver um racha. Algo completamente diferente de tudo que fizeram, já que eram garotos "exemplares". Naquela noite, Kim presentiu que alguma merda poderia ocorrer, e estava certo. Donghyun, conheceu as duas pessoas que mudaria sua vida.

Ele não demorou para se apaixonar pelos dois. Pois, de começo os dois pareciam completamente inofensivos e bons. O garoto não havia apreendido sobre aparências enganosas e até não ser tarde de mais, ele enfim, conheceu quem eram aqueles dois de verdade.

Bandidos, líderes de gangues e rivais. Obviamente, podemos imaginar a surpresa dos dois líderes ao descobrir que estavam apaixonados pela mesma pessoa. Os dois, naquele momento começaram a brigar em qualquer lugar que estivessem, causando assim brigas entre suas gangues. Mortes e mortes, entre seus capangas e até mesmo de pessoas inocentes. Não demorou para Donghyun se aterrorizar com tudo e enfim, chegar ao ponto de cometer suicídio.

Aí sim a rivalidade aumentou de vez. Os dois culpavam o outro pela morte do amado. Sendo que no fim, os dois tinham total culpa por não deixar o garoto sequer escolher seu caminho e lhe privar da liberdade e livre arbítrio.

Os dois, eram verdadeiros monstros que só iram sossegar no momento que matassem um ao outro.

– Espero que você não leve isso a sério.- Chan, o encarava com desgosto.

– Ah qual é. É o plano perfeito.- Jun, o olhava com expectativa.- Imagina só. Eu convido ele para uma festa de máscaras. Finjo que só quero conversar e acabar de uma vez por todas com essa rivalidade. É óbvio que eu vou estar em maior número, pois vamos estar no sul…- sorri maléfico.- Eu posso envenenar ele e dar um fim nisso.

– Ele não seria tão trouxa assim.- Chan, tentava afastar a ideia tola do irmão.

– Na verdade eu já mandei o convite.- sorri orgulhoso.- Eu sinto que essa festa vai me surprender.

– E eu sinto que vai ser uma carnificina.- Chan, sussurra para si.

Wonho, relia o convite que recebeu do sul. Achava cômico o que lia, e não podia acreditar que Jun achava mesmo que Hoseok seria tão burro.

"La Tentation…

Lhe espero em minha casa, vamos fazer um baile de máscaras e você está convidado.

Não se preocupe, não irei tentar te matar, na verdade quero conversar sobre a possibilidade de uma trégua.

O baile, começa às 22:00 horas, da próxima quinta. Você pode trazer quantos seguranças quiser, vai ter pessoal do governo e é claro, traga uma acompanhante.

Espero te ver aqui.

Jun."

Hoseok, iria comparecer, porém, tinha um plano para Jun. Não era trouxa de ir com as mãos vazias. Adorava causar surpresas.