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História Gallyport Scream -INTERATIVA- - Lost In The Wild


Escrita por: BrabuletaAzul

Notas do Autor


Como eu sei que todos vão querer me matar depois desse cap não vou falar muito.
Obs: As partes com " " mais pro fim do cap são o coral cantando tá, só pra entenderem
Espero que gostem e não me odeiem

Capítulo 5 - Lost In The Wild


Fanfic / Fanfiction Gallyport Scream -INTERATIVA- - Lost In The Wild

"Estamos todos chocados com a morte violenta de Allisson Sumers, aqui seguem as informações do tão misterioso assassinato." Dizia um repórter na televisão da casa dos Furschort.

-Pensei que tinha me chamado para falar comigo, e não me mostrar o notíciario, isso eu posso fazer sem Skype. -Disse Angel, aparecendo na tela do computador de seu amigo.

-E eu estou falando com você. Mas isso é importante. Estamos no meio de um caso quase que de filme de terror, não é emocionante? 

-Muito emocionante Greg. -Disse de forma quase sarcástica. -Mas lembre - se que se quiser perder a virgindade esse ano e isso não tiver acabado você vai morrer e vai morrer mal. 

-Quem disse que eu quero perder a virgindade? -Olhou para o relógio ao seu lado. -Droga, já está tarde, você tem que se arrumar para a aula. 

-Você não vai? 

-Minha mãe me impediu por causa do assassinato. Boa sorte no inferno!-Falou fechando a tela do computador o mais rápido que pode, para não ter de ouvir xingamentos por parte de sua amiga.

"Eu odeio esse desgraçado", pensou Angel, ao se levantar de sua cama e ir até  o closet trocar de roupa. Não era verdade, Greg era seu melhor amigo e nunca conseguiria ter raiva dele. Mas se havia alguma coisa que odiava profundamente era a escola Pittsburg. Sempre teve a impressão que era só um pólo da escória adolescente, pois a única coisa que se ouve nos corredores é cantadas vulgares e xingamentos. Sentiu na pele isso por muito tempo.

Após se arrumar, pegou seu fone e sua mochila e partiu, em direção ao colégio, sozinha como sempre, mas a solidão não a incomodava mais.

Chegando na escola aumentou o volume do celular, era a única coisa que a ajudaria a passar pelo corredor principal. Mesmo assim, algumas vezes não adiantava, pois ainda sim ouvia as cantadas de Josh Tchaikovsky, um cara conhecido por ser valentão e por parar toda garota que via pela frente.

Infelizmente, naquele dia, não funcionou.

-Ei princesa. -Disse ele, bloqueando a porta para a sala de biologia. Sem nem responder, a garota tentou desviar e chegar a sala, mas teve seu braço segurado pelo mesmo. -Vamos sair daqui e fazer algo mais... legal.

-Me larga!

-Vamos Angie, eu sei que gosta!

Tentava se soltar quando foi abordada por uma garota. Deveria ter uns quatro centímetros a mais que ela, mas parecia exalar vida como se fosse uma estrela brilhando jo céu.

-Larga ela Tchecky, ninguém merece você a essa hora do dia. - Inacreditávelmente ele a soltou, saindo dali enquanto lançava um olhar de ódio a ela.

-Valeu, me explica como esse lance "Raposo não pegue" realmente funcionou?

As duas riram, entrando na sala. 

-Eu sei algumas coisas sobre ele. É só eu mandar que ele foge que nem um cachorrinho. 

Se sentaram lado a lado, bem no centro da sala. Riram bastante e conversaram até o professor as mandar calar a boca. Realmente tinham se entendido bem. Ao fim da aula, quando cada uma seguiu seu caminho, Angel achou um papel em sua mochila, uma pequena anotação em uma folha de papel.

"Meu nome é Janice, acho que eu não te disse isso. Quem sabe hoje podemos sair no Pittsburg Leaf, conversar nas aulas realmente não é confortável." 

Sorriu, antes de guardar o bilhete em seu bolso, hoje se dera bem.

 

 

 

 

 

 

 

Chorava bastante, se não bastasse ter sido a última a falar com ela, ainda era massacrada de perguntas pelos policiais. Parecia que ninguém entendia Wendy naquele momento. Não era à toa que estava no banheiro, para evitar comentários como "Olha lá, a namoradinha da morta", "coitada, mas bem que mereceu né, quem mandou colar velcro?!". Tudo isso doía demais nela.

Ouviu o barulho de uma porta se abrindo e de passos em frente a sua cabine. Tampou sua boca com a mão, para evitar que qualquer som saísse, mas não pode se conter quando ouviu a voz calma de Alluanna, devagar como se ainda estivesse assimilando suas próprias palavras:

-Wendy, você está aí? Eu sei que você está mal, eu entendo, ninguém conhecia ela como você, mas chorar aí escondida não ajuda em nada, é melhor botar para fora, acredite em mim. Eu... 

A garota abriu a porta, correndo para poder abraçar a primeira pessoa que se importou com ela durante todo aquele dia.
As duas ficaram assim por um bom tempo. Era bom, precisavam de um ombro amigo que entendesse. É fácil dar seus pêsames por alguém que mal conheceu, mas sentir na pele a dor de perder alguém próximo pode ser devastador, seja quem você ama, ou aquele amigo que só te encontra uma vez no dia. Sempre dói.

Após alguns minutos Alluanna se despediu, disse que iria na cantina e partiu, indo ao corredor.

-Então, como foi? -Disse Jace, sua melhor amiga. 

-Acho que ela está um pouco melhor.

-Eu não quero saber dela, quero saber de você. Como você está?

Anna mexeu em seu cabelo azul, desviando o olhar para escada e afundando sua cabeça no ombro da mais alta. Lentamente a abraçou, puxando a para o mais perto que conseguia.

-Ah, agora nós abraçamos? Ok. -Retribuiu o gesto. - Hoje nós vamos no memorial dela, você vai acender algumas velas e vai prometer tentar esquecer isso e se lembrar dela como a sua amiga, e não como a garota que morreu. Entendeu?

Concordou com a cabeça, antes de fechar os olhos com força e pedir para esse dia já ter acabado.


 

Era o fim da aula, todos saiam de suas salas em direção a rua, finalmente indo para as suas casas. Angel olhava para os lados, buscando Janice em meio a multidão, mas nada de achar a garota. Já estava quase desistindo quando viu um papel preso em seu armário. 

"Eu, você, Pittsburg Leaf, às 19:00, topa? Saberei se você for. -Janice"

Sorriu como uma criança, indo logo para sua casa, contar para Greg e se arrumar.


 

Jace entrou pela janela, sempre fazia isso, morava em cima da casa de Alluanna, então era só descer a escada de incêndio que estava no quarto dela.

-Anna? -Falou alto. Sem resposta, começou a andar, observando o cômodo.
Adorava a pintura clara do local, a mobília branca e o armário de madeira de carvalho. Lembrava-a da única parte boa de sua infância, quando ia brincar com a amiga.
Ali estava uma grande bagunça, que misturava o presente e o passado. Barbies ao lado de tinta de cabelo. Presilhas de junto de sutiãs de renda. A melhor representação possível de sua personalidade.

Andando um pouco mais, Jace pode ouvir o choro atrás da porta. No corredor, Alluanna lamentava todas as suas mágoas, sem parar por um segundo. A ruiva a abraçou, afagando seus cabelos e beijando - lhe o topo da cabeça.

-Ei, eu estou aqui. Eu estou aqui. -Não aguentava aquela imagem. -Quer ir tomar um banho e tirar essa inhaca de choro? Você gostava de fazer isso quando estava triste. 

Anna concordou com a cabeça, enquanto era levantada no colo da amiga. As duas seguiram ao banheiro, passo por passo, se olhando. Chegando lá, Jace colocou - a sentada em um banco para poder ligar a água. 

Agora seria a parte mais difícil. Tirou a blusa da outra, tomando muito cuidado para não encarar seu corpo e tornar a situação estranha. Retirou sua calça, jogando todas as roupas em um canto. Carregou Alluanna para o box e a colocou em baixo da água, parecia uma boneca, que não conseguia se mecher sozinha. Ensaboou seu corpo, com todo o cuidado do mundo. Não se importava se estava se molhando também, faria de tudo pela pessoa em sua frente. 

Após lavar o cabelo dela e enxaguar suas mãos pelos resíduos de tinta, virou - se para fora, indo pegar uma toalha, mas foi puxada pelo braço. 

-Jace...  Obrigada.

-É pra isso que os amigos existem, An.

Desligou a água e enrolou - na toalha, a levando de volta ao seu quarto, onde as duas se arrumaram. Puseram roupas pretas, em sinal de luto e  partiram, para o memorial.



 

Angel estava com frio, havia se esquecido da brisa das ruas de Gallyport. Botara um vestido preto, até os joelhos, sem meia calça nem nada, seu corpo tremia enquanto andava na já quase escura rua. Não conseguia tirar da cabeça que provavelmente Allisson fora levada em uma rua como essa, talvez nesse mesmo ponto.

Seguiu até o bar, ouvindo somente o som dos próprios sapatos e da música ao vivo. Diferente da escola, era um ambiente bom, calmo, onde se podia conversar, caso não fosse dia de jogo.

Sentou - se em um banco, ao lado da janela, segurando em suas mãos o bilhete. Mas nada de Janice aparecer. Pensou que fora abandonada, que era só uma brincadeira com sua cara e que a qualquer momento aparecia um grupo de pessoas com uma câmera. Mas nada disso aconteceu.

Uma, duas, quase três horas e nada dela.


 

No memorial, todos se reuniam, em frente à um grande arranjo de flores que cobria um muro inteiro de fotos de Alisson, botando rosas e lírios, enquanto lamentavam a sua falta.

Wendy era a mais abalada, segurava em suas mãos uma foto das duas, semanas antes do concurso que destruiu sua amizade e uma vela. Ainda tentava lidar com a idéia de ter a perdido. 

Jace e Alluanna chegaram logo, as duas trataram logo de pegar suas velas e de se sentar nos bancos colocados para os alunos. Estavam devastadas,  sem tirar os olhos das fotos. As palavras do diretor não passavam por suas cabeças, só conseguiam de importar com a sensação estranha da perda.

Quando todos se posicionaram, as pessoas fizeram pequenos discursos, a única que não conseguiu foi Wendy. Levantou - se, ficando a frente de seus colegas e respirou fundo. Iria começar a falar mas palavra alguma parecia certa, era tudo uma grande bagunça que não se arrumava. 

-Me desculpem, eu não consigo.-Disse, voltando ao seu lugar.

-Tudo bem. -Falou o diretor Perkins. -Agora teremos uma homenagem feita pelo coral da escola. Eles prepararam uma apresentação com a música favorita da nossa querida Allisson. Eu gostaria que todos acendessem suas velas. 

Todos tiraram isqueiros ou fósforos do bolso, os usando para incendiar os pavis. Em pouco tempo, todo o campo de futebol -Onde estava sendo feito o memorial- parecia um céu estrelado, iluminando a fatídica noite.

O coral subiu em um pedestal, encarando a platéia. Suas vozes eram reconfortantes, mas não curariam a ferida da morte.

"Minha amante tem humor

Ela é a risada em um funeral

Tem a desaprovação de todos

Eu deveria ter a venerado mais cedo.

Se os céus alguma vez falaram,

Ela é a última obra de arte verdadeira

Todo domingo se torna mais chato

Um veneno novo a cada semana

Nós nascemos doentes, você os ouve dizer."

Cantavam, todos olhando diretamente para Wendy, como se soubessem que sempre que Alli ouvia isso, pensava nela.

 

Em uma rua estreita e escura, Angel caminhava, xingando mentalmente a si mesma por ter realmente achado que Janice sairia com ela, quando ouviu passos atrás de si. Olhou para trás, sem conseguir enxergar ninguém e continuou seu caminho, acelerando seu passo.

Quanto mais caminhava, mais desconfortável se sentia. Tinha a impressão de que alguém a observava, e que nunca deveria ter saído de casa. Tremia de medo, procurando entrar em ruas mais movimentadas. Mas após a morte de uma garota, quem sairia de casa naquela hora da noite? 

Tentando fugir de quem quer que fosse que caminhava perto dela, entrou na rua Grimmals, sendo surpreendida por uma voz familiar. Havia se esquecido que era provavelmente a rua em que Allisson fora levada.
 

"Minha igreja não oferece nada absoluto

Ela me diz 'devoção no quarto'

O único paraíso para qual serei mandado,

É quando estou sozinho com você

Eu nasci doente, mas amo isso

Me ordene que fique bem"
 

-Oi Angie. -Disse o mesmo garoto do corredor, fechando seu caminho com uma garrafa na mão.

-O que caralhos você veio fazer aqui, Tchaikovsky?!

-Só procurar um pouco de diversão. -Estava visivelmente bêbado. -Você está sozinha não é? Sem a loirinha ou aquele Nerd que anda com você?

Angel andou um pouco para trás, tentando se afastar, mas o garoto a seguia. Na escola tinha um mínimo de proteção, mas na rua, estava por conta própria. Ao tentar correr para longe teve seu braço segurado.

-Ah você não vai a lugar nenhum!

-Me larga, Josh! -Tentava se soltar e gritar enquanto ele puxava seu vestido.
 

"Amém, amém, amém.

Leve-me a igreja

Eu louvarei como um cachorro, 

No altar de suas mentiras

Eu lhe contarei meus pecados,

Para afiar suas facas

Ofereça - me a morte imortal, 

Bom Deus,  deixe - me dar minha vida"

Não haviam moradias por perto, só muros. Ninguém via a garota ter sua dignidade arrancada de seu corpo junto das roupas íntimas. Ninguém via seu sofrimento e desespero, de umas pessoa que via todo dia fazia algo desse tipo. Tudo que sentia era guardado para si mesma, pois o socorro nunca chegaria.

Começou a chorar, tentando acertar seu agressor, mas era inútil, sem nada pesado seus socos não valiam nada. Para todos os efeitos, não havia como fugir.
 

"Se sou um pagão dos bons tempos

Minha amada é a luz do sol

Para manter a deusa ao meu lado

Ela pede por um sacrifício

'Drene o mar, consiga algo brilhante,

Algo carnudo para o prato principal

Este é um cavalo muito bonito,

O que tem no estábulo?' "

O coral continuava a cantar, sem fazer a mínima idéia do que se passava na cidade.

 

"Somos todos famintos fiéis 

'Isso parece saboroso'

'Isso parece ser demais'

Isto é um trabalho interminável"
 

Sentindo uma dor imensa em suas partes baixas, Angel estava quase desistindo quando sentiu sua mão tocar uma pedra. Não tinha tempo para pensar, muito menos juízo para isso. Era o único momento que importava, decidiria se tudo acabaria assim ou se faria algo a respeito. Segurou o objeto com firmeza, ainda chorando bastante, e o acertou na cabeça de Josh, sentindo o sangue respingar em sua face rente ao chão.
 

"Amém, amém, amém"

 


Notas Finais


*Desvia das pedradas*
Eu sei que o final foi pesado demais, q n é coisa pra se colocar no primeiro cap, mas isso vai ser importante pro futuro ent...
*Desvia de mais pedrada*
Vou parar por aqui antes q me assassinem
Bye, tia brabuleta ama vcs *foge das pedras*


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