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História Gallyport Scream -INTERATIVA- - I Could Use Someone Like You


Escrita por: BrabuletaAzul

Notas do Autor


I'M AWAKE, I'M ALIVE!
Não me matem pela demora, por favor.
Eu tô com um puta bloqueio criativo q tá cagando a minha vida.
O cap ficou curto e uma bosta, mas a gnt trabalha com oq tem né?
Espero que gostem e não virem o Red Laugh pra me matar 💙

Capítulo 8 - I Could Use Someone Like You


Fanfic / Fanfiction Gallyport Scream -INTERATIVA- - I Could Use Someone Like You

"Medo e ódio estão ligados às memórias. A amígdala é um órgão do tamanho de uma amêndoa que é responsável pelas emoções humanas, tais como o ódio, o medo, o amor, a felicidade e até mesmo a raiva. Também é a causadora do senso de perigo, por assustar o ser humano ao ponto de causar a cautela, que nos salva de muitas situações. Mas o que realmente desperta minha curiosidade era a sua ligação com o hipocampo, ou melhor, com os fenômenos da memória, pois quando uma experiência induz a um estado de medo avançado, pelo fato da amígdala estar localizada exatamente ao lado do hipocampo, o evento fica gravado com mais clareza, se tornando uma memória de longa duração. Assim, o indivíduo de recorda do acontecimento e pode o comparar a outros, fazendo-o escolher a melhor opção de ação para sair de determinada situação.

Pode parecer complicado mas é incrivelmente fácil de se aprender. Me interesso pela área desde que descobri que era adotada, por volta de meus sete anos. Não pensei que seria algo interessante, até agora. 

Eu comecei a contar os segundos logo quando saí do hospital. Em casa, fiquei sentada em minha cama, encarando meu grande relógio de madeira. Cada minuto que passava parecia ter menos sentido que o outro. Tudo que conseguia pensar era na mistura de números, ziguezagueando pelas minhas memórias, me lembrando da dor daquele momento. Só a lembrança já me torturava.

Acho que já sabem quem sou. Meu nome é Angel Moore, eu acreditei em uma garota da minha sala de ciências, pensei que ela realmente poderia gostar de mim, mas após perceber ter sido deixada antes mesmo dela chegar, parti, encontrando um garoto que infernizou minha vida por anos. Acho que já se pode imaginar o que aconteceu. Eu sou uma sobrevivente, ou pelo menos gosto de pensar assim. Neste exato momento um psicólogo está me observando, enquanto me obriga a escrever essa merda de diário. Não me entenda mal, não sou do tipo que fica irritada com tudo e todos, só estou com raiva de ter que expor minha vida assim. 

Aliás, acho que perdi toda minha privacidade ao sair do hospital. No caminho do carro dos meus pais estavam vários jornalistas, provavelmente todos que a cidade tem, o que se limita a menos de cinquenta. Não temos muitas notícias aqui, então talvez isso seja a melhor coisa que eles tinham para dar. Na frente da "multidão" pude ver Janice. Tenho medo por ela, não acredito que ela seja uma assassina, mas a cabeça de Josh foi realmente cortada, o que pode significar que quem quer que esteja fazendo isso está nos observando, ou simplesmente seguindo ela. Não sei, tenho muito para pensar no momento. 

Ah, e não, eu não melhorei. Greg acha que é só paranóia minha, mas quando fecho meus olhos eu juro que ainda consigo ver o rosto daquele monstro, ou pelo menos ouvir a sua voz. Eu quero que isso passe logo. Sei que não posso alterar o que ele fez comigo, mas não quero ficar presa nisso. Ele já me tirou muitas coisas, mas meu futuro não será uma delas.

Agora devo ir, minha sessão acabou, mas prometo escrever mais depois. "

Angel largou a caneta e botou o caderno em sua bolsa, não olhou na face do homem à sua frente, simplesmente saiu, logo se deparando com Janice na porta do consultório.

-Tem um minuto? -Disse ela, com uma mochila que parecia ser pesada demais para ser só usada como bolsa.


Já faziam dez minutos que Hyun estava parado na rua, a fumaça de seu cigarro descia queimando sua garganta. Era a parte coreana de Gallyport, um pequeno bairro com vários imigrantes que vieram após um movimento anti-imigração em Nova Iorque. Quase todos os mexicanos fugiram para a Carolina do Norte, enquanto alguns japoneses buscaram refúgio na Pensilvânia, mas os coreanos partiram para Gallyport, por ser uma das únicas cidades pequenas com o menor índice de xenofobia. É óbvio que com isso trouxeram também coisas ruins. 

Com a proibição da venda de anestésicos e morfina, o que antes eram pequenos grupos de distribuição de drogas em pouco tempo se tornaram grandes corporações de tráfico. Sendo levadas para uma cidade pequena, faz sentido que o local virasse uma bomba relógio, esperando até uma explosão de quando cada um desses grupos se colidirem. E para evitar de transformar a cidade em um campo de guerra, qualquer negócio era feito na cidade vizinha, Pittylake, o local mais pobre do país desde 1943. 

Hyun não gostava da atmosfera da cidade, passava mais tempo nela por conta dos Gleeful, uma poderosa família que comandava qualquer tráfico na área. Desde que encontrou a filha dos G, bolara um plano, perseguiu-a com seu carro até finalmente botar uma arma em sua cabeça e a levar de volta, pedindo um compromisso em retorno da garota. Talvez uma história cliché, mas havia algo mais profundo naquilo. Em poucos anos teria todo o dinheiro das duas famílias, podendo finalmente saciar sua sede de poder.

E isso era impagável.

Estava observando Hyuna, a garota, desde o acontecimento. Pareciam ter desenvolvido algum tipo de relação conturbada. Ele via, todo dia, ela dormir com algum outro homem e jogar isso em sua cara, mas no fim do dia, os dois sempre estavam se atacando, ou sexualmente, ou simplesmente brigando, o que realmente gostavam de fazer.

Da porta dos fundos saiu um garoto, adolescente da mesma sala que eles. Também da mesma área. Aquilo pareceu ser a gota D'água. 

Hyunseung entrou na casa em disparada, ignorando os empregados e indo diretamente ao quarto de Hyuna. Abriu a porta com raiva e se deparou com uma cena estranha.

A garota G estava em sua cama, com um cigarro na mão. Seus cabelos estavam bagunçados e a maquiagem borrada. À sua direita, uma garrafa de Wisky se encontrava com apenas um fiapo de bebida. Mesmo assim, não parecia ter feito sexo.

-Ele não dormiu aqui não é?

-Eu o paguei para entrar pela janela e depois sair pela porta dos fundos. Quem sabe assim ganhava a sua atenção. Parece que eu consegui. Um ponto para mim. -Ergueu sua garrafa e tomou as últimas gotas, depois a lançando ao canto do quarto.

-Então me trouxe até aqui, me fazendo pensar que poderia estar sendo trocado por um qualquer e assim perdendo o meu... -Olhou para ela de cima para baixo.- Prêmio, só para ganhar atenção?!-Elevou sua voz e segurou Hyuna pela garganta, batendo a mesma contra a parede. -Isso parece um jogo para você?!

-Sim. E um bem divertido. Eu sei que no fundo você se importa. Um dia você vai perceber isso. E eu irei pagar para ver a sua cara de idiota quando notar. Você pode parecer mau mas é só mais um garoto sentimental. Vá brincar com seus brinquedos!

Ele a soltou com raiva, batendo sua mão contra a parede. 

-Você realmente é louca. Está com sorte que estou cansado, senão seria o seu fim. Se bem que eu talvez espere pela minha grana e te poupe.

-Vá se foder, eu daria um jeito de te fazer sumir antes mesmo que tentasse.

-É, sei.

Assim que fechou a porta ouviu o barulho de algo sendo jogado contra a parede, provavelmente um abajur,  mas isso não o importava mais. No fundo sentia algo pela Gleeful, mas não seria assim que iria mostrar. Era territorial demais para deixar que mexessem com ela assim. Estava na hora de agir. Ninguém mais chegaria perto dela, o único problema é que ele nunca admitiria que faria isso. Não, deveria estar louco.


As duas garotas estavam desconfortáveis. O cheiro forte de café também não contribuía para tornar o ambiente mais agradável para as duas, mesmo que gostassem dele. A situação estava tão estranha que a própria menina que havia pedido a conversa não se sentia na posição de falar qualquer palavra.

-Vai dizer por quê veio ou não? -Não era grossa assim, mas não podia evitar ser. Via a sombra por todos os lados, exatamente como naquele dia.

-Eu quero me desculpar. Tem algo que eu não contei para ninguém e que pode ser o que fez... sabe... fazerem aquilo com você.

Tirou seu celular do bolso e o colocou em cima da mesa, aberto nas mensagens. Não pode deixar de derramar uma lágrima, mas tentou se manter forte. Lá haviam mensagens como:

"Denuncie Josh ou vai sobrar para você."

"Tudo começa com um segredo, o seu tem os dias contados. Conte ou seja culpada por algo."

"Última chance de pegar o trem. Fale ou observe tudo ser sua culpa."

E muitas outras. Uma falava sobre estragar um "romancinho de araque", mas Angel não conseguia prestar atenção nisso.

-O que...? -Quando levantou a cabeça, viu que Janice chorava.-Calma, eu tô aqui. -Segurou a mão da garota, se levantando e chamando o garçom. -Eu vou pagar a conta, podemos conversar sobre isso na minha casa. 

Angel mal conseguia lidar consigo mesma, agora com Janice, seria impossível.



Da esquina da delegacia de polícia, Hyun batia os pés no chão do carro, nervoso enquanto discava pela terceira vez o número em seu celular.

Quando finalmente ouviu uma voz, não pode evitar de se movimentar ainda mais, mesmo que tentando se manter sério e controlado.

-Então agora gostaria da minha presença? -Hyuna disse, do outro lado da linha.

-É importante. Um cara da polícia, um tal de Jacob alguma coisa, acha que fomos nós.

-E?  

-Fala sério! Ele está perto. Muito perto. Parece estar descobrindo até coisas dos negócios dos seus pais. Se ele descobrir mais algumas coisa, estamos ferrados.

Olhou pela janela mais uma vez, o vendo sair da delegacia e entrar em um carro preto.

-Você tem um plano?

-Me encontre às 17:50 na mata ao lado do Yards. Traga alguma coisa cortante.

-Chegamos. -Disse Angel, abrindo a porta de casa. A residência estava vazia e completamente escura, fazendo com que demorasse certo tempo até que os olhos das duas se acostumassem. -Então, o que queria me dizer? O que você deveria ter avisado?

Janice respirou fundo, sentando - se em um sofá. 

-Não é a primeira vez que Josh faz algo assim. Ano passado ele... Ele tentou pegar a Allisson à força. Ela conseguiu o empurrar antes, mas já estava com metade das suas roupas rasgadas. Quase quebrou o nariz dele. - Olhou pela janela, como se procurasse uma forma de contar aquilo. -Eu vi tudo. Quando ela correu, deu de cara comigo e me fez jurar não contar nada. Por isso as ameaças. Elas começaram um dia depois. 

-Me desculpe. - Angel falou, quase mais desconfortável que ela. Ia a abraçar,  mas não sabia se realmente podia.

-Foi minha culpa. Se eu tivesse denunciado ele nada teria acontecido. Você estaria bem. - Algumas lágrimas caíram por seu rosto. -Eu... eu quero tanto tirar isso das minhas costas. Mas eu não posso, não é verdade? É realmente minha culpa! Me desculpa, me desculpa, me desculpa. -Ela repetiu, segurando na barra da camisa da outra.

Angel simplesmente chorou. Não aguentou se lembrar de tudo e imaginar que poderia ter acontecido com mais alguém. Podia sentir as mãos por seu corpo, a respiração pesada em sua nuca, ou a dor e o desespero. Nem mesmo tentou segurar, só desabou, abraçando a garota e enterrando sua cabeça em seus ombros, botando tudo para fora pela primeira vez. Janice botou sua cabeça em seu colo, fazendo carinho em seus cabelos e cantando uma música calma, enquanto Angel dormia em meio aos seus próprios soluços.



A floresta estava escura, o sol já se punha e sumia lentamente no horizonte. Jacob estava parado no mesmo ponto por quase duas horas, encarando a mistura de cores que formava o céu.

Hyun se aproximou com cuidado, tentando não assustar o homem. 

-Por quê está aqui, garoto? - A voz do homem era calma, mesmo que desconfiada. 

-Eu gosto do céu nessa hora. - Hyun se encostou em uma árvore, olhando para cima. - E precisava falar com você. É sobre Allisson Sumers. Eu acho que sei quem foi. -Seu riso fraco ecoou por entre as folhas.

O homem se levantou, já raivoso, andando até o adolescente. 

-Vocês crianças acham que podem brincar com esse assunto?  Eu estou me matando aqui para descobrir um suspeito e vocês ainda zombam! - Quando mais andava, maior o sorriso de deboche de Hyun aumentava. - E quer saber? Eu suspeito de você e daquela garota que anda em baixo da sua asa.

Mal pode falar mais alguma coisa, quando ouviu uma voz feminina quase em sua nuca.

-A garota aqui não precisa ficar embaixo da asa de ninguém! 

Sem esperar resposta, ela enfiou o machado na barriga de Jacob, acertando seu corpo diversas vezes antes de estar completamente sem vida caído no chão e com metade de seu sangue no garoto.

-Merda! 

A mão suja de sangue passava entre seus cabelos e por seu rosto, sujando sua pele.

-Nós o matamos? -Disse Hyuna.

-Mas é claro que sim! Isso está errado, tudo errado! Você deveria ter só o assustado para ele nos tirar da lista de suspeitos! -Gritou ele, andando em volta do corpo largado no meio da mata. 

A garota estava encostada em uma árvore, segurando o machado com as duas mãos. Ainda conseguia sentir o poder de quando acertara a barriga do policial. Algo como uma felicidade ou um sentimento de poder. Não que ela não tivesse poder, isso sempre teve, mas agora possuía a sensação de poder fazer tudo.

-Eu cortei o filho da mãe ao meio, eu finalmente o fiz! -Riu para si mesma. 

-Você acha que isso é uma maldita piada? -Hyunseung empurrou ela contra a árvore. -Sério? Nós acabamos de matar o policial que tinha suspeitado de nós e você só sabe rir? Faça algo de útil e me ajude a levar o cadáver. 

Ela encostou o machado no pescoço dele, não cortando, mas o fazendo se assustar com a possibilidade.

-Você não vai me matar, G. Acha que eu vou acreditar nessa ameaça fraca?

-Não fale comigo assim. Nunca. -Disse, dessa vez sem risada alguma. -Agora carregue o cara você mesmo, eu o matei. 

Insatisfeito com a resposta, mas sem paciência para debater, o garoto segurou o homem pelos pés, o arrastando até o rio Yards. Lá, jogou o corpo, junto de sua camisa, que continha o sangue dele.

Hyunseung entrou na água, lavando todo o seu corpo para tirar as marcas do crime que cometera. De longe, Hyuna observava, sem saber se poderia se sentir atraída por ele, ou com medo. Retirou seu vestido, já que o mesmo estava limpo e entrou na água também, esfregando seus braços e rosto, na tentativa de parecer inocente. Os dois se olharam, necessitando de algo para acalmar os nervos a flor da pele. 

Aproximando - se sem jeito, ele a abraçou, encostando sua cabeça em seu ombro e apertando o corpo pálido contra o seu. Ficaram assim por bastante tempo, até ela beijar o topo de sua cabeça e eles voltarem para o carro.


Notas Finais


Tá uma bosta? Tá.
Tá tudo meio mt jogado? Tá.
Mas é o melhor q eu pude fazer.

E sobre uma coisa q eu queria falar com vcs, eu sei q n existe parkson precoce, antes q alguém fale sobre, kkkk. É só ficção tá meus bbs 💙

Enfim, espero que tenham gostado 💙


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