História Game Of Thrones - Capítulo 13

Tallon

O homem alto se ajoelhou perante Tallon com um sorriso, os fios loiros caiam sobre seu rosto.

– Sou um dos seus treinadores. – Não disse seu nome ou perguntou de Tallon.

Ele passou por cada garoto fazendo a mesma coisa, deveria ter mais de dez garotos com ele.

O homem voltou para o centro e olhou para o rosto de cada um.

– Hoje é seu primeiro dia aqui e talvez o último. Seu mestre quer os melhores lutadores e por conta disso terão seu primeiro dia conhecido: amor assassinado. Esse dia é o básico de vários, vão se tornar assassinos. – Guardas se aproximaram com escravos fugitivos. – Terão que matar esses escravos, terão que abandonar sua misericórdia hoje, porque não existe misericórdia nas areias.

Entregaram uma adaga para Tallon e mandaram se aproximar de uma mulher.

Ela tinha olhos grandes e castanhos mel, os cabelos curtos e negros, os lábios machucados assim como sua pele. Fugiu para não ser mais violada, agora seu futuro dependia de um garoto inocente.

A mão de Tallon tremia em cada passo, ainda não tinha feito dez anos, só era uma criança inocente. Ele não queria matar a mulher, ele não entendia qual o motivo de fazer isso.

Ela arrancou o colar do pescoço, sua única parte que fazia continuar lutando todos os dias.

Tallon olhou para o homem loiro que mandou continuar, mas ainda assim não era o suficiente.

Um homem empurrou para parar na frente da mulher, ele conseguiu ver melhor aqueles olhos.

O homem que estava com ele mostrou onde tinha que cortar a garganta, queriam evitar que a mulher se afogasse no próprio sangue.

Sentiu a mulher segurar sua mão livre e colocar algo nela e ouviu o sussurro de uma palavra.

Naquele momento ele entendeu uma coisa. A única coisa que um escravo poderia entender.

Quando a lâmina cortou o pescoço da mulher significava que ela não seria violada todas as noites, quando o sangue escorreu por seu corpo significava que não iria chorar mais, quando deu o último suspiro de vida significou que finalmente se tornou livre.

Tallon olhou para o colar na sua mão, não entendeu porque ela deu para ele e nem pode pensar nisso. O homem que falou com ele voltou para seu lado com um mesmo sorriso.

– Matar significa misericórdia em alguns casos. Me chame de Varro, vou ensina-lo tudo o que eu sei. – Olhou para o colar na mão de Tallon e depois para a mulher. – Não tenha misericórdia por seus inimigos, tenha misericórdia por pessoas como ela. Mantenha esse colar e lembre-se do que aconteceu hoje, lembre-se que salvou a vida de uma mulher.

Varro nunca perguntava os nomes dos garotos antes dele terem completado todas as etapas.

Pediu perdão para qualquer um acima dele, para qualquer deus que ouvisse. Não queria ver garotos inocentes serem comidos no dia seguinte, o segundo dia sempre é o pior.

Segurou o colar entre seus dedos, um pequeno lembrete da criança que ele foi um dia.

Um lembrete que só servia para lembrar o que fizeram com ele.

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Arya Stark

Ninguém reparou nela, não tinha ninguém cuidado da cela de Roose Bolton.

Ele estava de pé e amarrado, conseguia ver seus ossos.

– Me mate! – Ele berrou, não importava quem iria fazer o serviço.

– Eu lhe vim ajuda-lo. – Falou com inocência.

Seria fácil matá-lo, tinha que dá esperança que iria sair dali.

Cortou as cordas e ele caiu violentamente no chão, não tinha forças para sair.

– Por que está me ajudando?

– Me pagaram para lhe tirar daqui.

Ela o ajudou a andar.

– O que aconteceu com meu filho?

– Ramsay?

– Não, o mais novo. Foi ela? Walda que me mandou tirar daqui.

– Não. Na verdade, nunca verá seu filho ou sua mulher.

Ele virou para encarar a moça, sentiu o metal cortar sua carne ou que havia sobrado dela.

– Matou meu irmão e agora tiro sua vida. Os Stark voltaram.

– Quem é você?

– Arya Stark, vim vingar a morte de meu irmão.

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Eddard Baratheon

– Meu Lorde. – Começou a se aproximar. – Sei que planejar jogar Targaryen contra Targaryen, mas você também deveria tomar cuidado.

– O que está dizendo, Davos?

– Eles podem tentar fazer o mesmo com você.

– Nunca vou ficar contra minha irmã, Davos.

– Bom, não estava falando de sua irmã. Seu tio Robert deve ter vários bastardos perdidos, se eles acharem um e quiserem fazer herdeiro de Ponta Tempestade...

– Ninguém vai apoiar um bastardo, Davos.

– Talvez, mas é bom tomar cuidado. Principalmente com Lorde Baelish. Não sabe o que eles estão planejando.

Não vou perder minha casa para algum bastardo de meu tio, ninguém vai tirar minha casa.

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Tyler Snow

Sair com Lisa não foi como tinha planejado, em algum momento envolveu Helena, Ron, Sansa.

Selmy pareceu muito ocupado para vir junto e em seu lugar veio Tallon, ele não parecia interessado em conversar conosco, parecia mais ocupado em olhar para o céu.

Ron que era para me ajudar em afastar Helena, parecia entretido com Sansa. Estavam rindo de alguma coisa.

– Qual o problema com Selmy? – Perguntei para Lisa.

– Anda com a cabeça lotada de pensamentos, disse que ele poderia descansar.

– Além de que seu novo guarda não é nada ruim para se ver.

– Nem um pouco. – Olhou para trás, consegui ver ela sorrindo.

– Ainda está complicando a vida dele? – Perguntei para Lisa.

– Um pouco.

Não me importava quando se trava de Selmy sendo o guarda dela, ele deveria enxergar ela como uma filha. Mas não faço ideia como as coisas entre ela e Tallon funcionam.

Conversamos sobre o passado, do tempo em que ficamos em Dorne.

– Você planeja voltar para Dorne, Lisa? – Helena perguntou.

Não olhei para Lisa, só fiquei esperando sua resposta.

– Não sei, gosto de ficar com meus tios. Talvez eu volte para Dorne ou fique perto deles. Eles são minha família.

– Quanto tempo vai ficar aqui? – Minha vez de perguntar.

– Tenho que ver com meus tios. Se formamos a aliança com os Tyrell.  – Sorriu para Helena. – Talvez volte antes para Dorne.

Olhei para Helena que sorriu para mim, ela não sabia que estava com o destino meu e de Lisa em suas mãos.

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Najma Snow

Alart se aproximou com o papel na mão, estava sério.

– Temos uma carta para você. – Entregou para mim. – Uma mensagem: Nunca se case.

– É casado?

– Sou, mas não posso fazer nada. Ela me deixa louco. – Sorriu para mim. – Literalmente.

– Sabe quem está enviando essas cartas?

– Os corvos sempre voltam para sua casa, então se quer saber quem enviou siga o corvo. – Apontou para o céu. – Eu amo aves, então pego algumas pequenas e treino. Mas elas não falam, então é difícil saber exatamente para onde foram.

– Não descobriu?

– Descobrir, elas sempre acham um modo de falar para mim. – Apontou para a terra. – Veio de Porto Real, pode ter um amigo poderoso lá ou alguém querendo engana-la.

Por que alguém em Porto Real iria querer me ajudar?

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Ron Forrester

Ajudei Sansa a descer do cavalo, tinha um sorriso no rosto.

– Estava com saudades de cavalgar. – Comentou. – Devíamos fazer isso mais vezes.

– Claro. – Ela ainda estava perto de mim.

Ela não fez nada para se afastar, ela apenas sorria para mim.

– Vou para o Bosque Sagrado, quer ir comigo? – Perguntou.

– Vou amar.

Me afastei, começamos a andar.

Tyler parou na frente de nós.

– Bran seguiu caminho para muralha, não sabemos se ele a atravessou.

Segurei a mão de Sansa.

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Alyssa Stark

Uma carta de Rass tinha chegado juntamente com uma de Willas.

Coloquei a de Willas sobre a mesa e abrir de Rass.

“Depois que eu tomar esse lugar quero que venha me visitar, preciso ver seu rosto novamente, sentir seus lábios mais uma vez.

Vou contar os dias para escutar sua voz mais uma vez. ”

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Helena Tyrell

Se tornou óbvio que Tyler conseguiu se aproximar de Lisa, eles pareciam ter tido algo, não conseguia dizer exatamente o quê.

Mas ele tinha competição, não sabia dizer quem exatamente. Porém Lisa me contou sobre o rapaz que coloca flores em sua cama e que esperava um dia descobrir quem ele era.

Olhei para o escudo que tinha que entregar para Tyler.

– Tenho que entregar.

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Sebastian Lannister

Anne veio seria em minha direção, tinhas as cartas que a minha mãe havia escondido por tanto tempo.

– O que vai fazer com elas? – Anne perguntou, evitou que as pegasse. – Não quero que faça algo estúpido.

– Não sei o que vou fazer, Anne, juro que não sei. – Ela colocou aqueles papeis em minha mão. – Posso enviar para elas, guarda-las, não faço ideia.

– Não pode culpar nossa mãe. – Apontou para as cartas. – Se nosso pai descobrisse sobre isso... Na verdade nem quero saber o que ele iria fazer com você.

– Anne, não quero viver sobre as regras deles. Quero escolher a mulher que vou me casar.

– Oh, irmão, então vai ter que esperar nosso pai morrer para isso ou vai ter que fugir. – Sorriu para mim. – Siga o coração, irmão.

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Axel Stark

A melhor coisa para se fazer é olhar por toda região antes da muralha, seria o mais seguro.

Não queria que acreditar que Bran atravessou do outro lado, ele não conseguia andar mais. Como poderia sobreviver ao redor de tantos perigos por tanto tempo?

Para mim já havia sido difícil e eu tinha o treinamento, mesmo assim só consegui por ter achado um clã que me acolhesse.

– Temos que ir para a muralha, Axel. – Um dos homens falou. – Podemos conversar com Jon e ele pode enviar uma patrulha para procurar Bran.

Assenti lentamente.

– Vamos para a muralha.

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Lisa Targaryen

– Lisa, espera. – Tyler me chamou, ainda estávamos afastados dos outros. – Acha que pode me encontrar hoje à noite na Torre Quebrada?

– Posso tentar, mas não posso prometer. É meio difícil escapar de Tallon, mas vou tentar.

– Ótimo.

Ele se afastou com um sorriso no rosto.

Comecei a ir em direção ao meu quarto, Tallon estava parado na porta segurando um colar.

– Presente para uma garota? – Perguntei, sorri e ele continuou olhando para o colar.

– Não, ganhei isso quando pequeno.

Peguei de sua mão e comecei a entrar no meu quarto, ele veio atrás de mim apressado para pegar o colar.

– É bonito. – Comentei, tinha uma pedra azul no meio. – Alguma paixão antiga?

– Não, nem sei o nome dela. – Ele se aproximou de mim com velocidade, mas não puxou o colar de minha mão.

– Cãozinho quer de volta? – Coloquei em sua mão, mas ele não se afastou. – Tallon?

– Boa noite, princesa.

Beijou minha bochecha.

– Por que nunca fala de você? – Perguntei.

– É só perguntar que lhe respondo. – Sorriu para mim. – Um dia esse cãozinho pode morder, princesa.

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Lydia Stark

Segurava o presente de Baelor, aquela adaga.

Otmar parecia preocupado que fizesse alguma besteira.

– É melhor comer, rainha. – Falou, estava tenso. – Melhor guardar isso.

– Me faz lembrar de Baelor.

– Não tem nada menos perigoso para lembrar dele? – Perguntou, me limitei ao um sorriso. – Acho que nenhum de vocês perceberam o que está acontecendo.

– O que está acontecendo?

– Estão se apaixonando. – Levantou da cadeira, mas ainda parecia preocupado com a adaga. – Você quer ele ao seu lado nesse momento, mas não quer machucá-lo.

– Acha que estou apaixonada?

– Tenho certeza e ele está também. – Olhei para o presente dele, não conseguia pensar nele apaixonado por mim, não quando ambos ainda possuímos segredos. – Pode ter sido rápido, porém tudo acontece por um motivo.

– Vai precisar mais do que isso para provar que ele está apaixonado por mim e que eu estou por ele.

– Não vou fazer nada para provar, você já fez isso. – Aproximou da porta. – É estranho o caminho que percorremos até acharmos nosso verdadeiro coração, ainda vão ter mais algumas provações.

– O que quer dizer?

– Isso vai parecer cruel e realmente é. Vocês não podiam ter essa criança agora, ela só iria trazer dúvidas. – Ele ficou sério e olhou para minha barriga. – Só mais um teste e vão estar prontos para seus filhos. O Dragão de gelo, a loba flamejante, os pequenos lobos, a princesa da neve.

– Está dizendo que eu e Baelor teremos cinco filhos?

– Não, estou dizendo que terão seis. Só precisam escutar seus corações. Fique longe do dragão negro, fique longe dele.