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História Game Of Thrones - Capítulo 23


Escrita por: Dhampir

Capítulo 26 - Capítulo 23


Fanfic / Fanfiction Game Of Thrones - Capítulo 23

O último suspiro de um Dragão

Ele nunca imaginou que estaria lutando ao lado do irmão, do homem que ele admirou quando pequeno, que viu tocar harpa e ser amado pelo povo. E agora dividiam um campo de batalha lado a lado.

Espadas contra espadas, espadas contra escudos, carne sendo rasgada, os últimos suspiros sendo dado naquele lugar.

Tudo seria decidido por um golpe, tudo acabaria com a queda de Robert ou Rhaegar, apenas um golpe importava naquela batalha.

Seus olhos foram atraídos da mesma forma que uma mariposa é atraída pelo fogo, e assim como uma ele se queimou.

Ele viu o martelo de Robert acertar o peito do irmão, o sangue escorrer e uma palavra sendo sussurrada.

Tentou correr na direção do irmão, mas alguém o agarrou impedindo de continuar.

– Tirem ele daqui! – Alguém ordenou. – AGORA!

Naquele breve momento ele viu o último suspiro do irmão, o último o olhar, um olhava para o outro.

Baelor foi a última coisa que Rhaegar viu.

Baelor viu seu irmão morrer.

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Sam

Todos os livros que Sam havia lido não diziam muito sobre os White Walkers e muito menos como produzir Aço Valiriano, porém ainda faltava uma vasta coleção de livros para serem folheados.

Ele não poderia reclamar, amava ler, mas odiada não achar nada que fosse útil. Parecia que os livros que ele tanto necessitava não estavam ali, no final do dia ele ficava cansado e procurava um motivo para continuar.

Não estava ali para se tornar um meistre, a patrulha poderia pedir um e alguém seria enviado como Meistre Aemon foi, o principal motivo de estar ali é por ser alguém de confiança e achar algo que possa ajudar na batalha contra os Outros.

Folheou o livro sobre dragões, talvez tivesse algo que pudesse ajudar. Em outro tempo teria ignorado os livros de dragões, já que na época dragões não voavam mais sobre o céu azul e nem soltavam mais suas chamas, mas agora os dragões tinham voltado e isso não poderia ser coincidência. Sam não se permitia acreditar em coincidências naquele momento.

Observou alguns meistre por um tempo, todos perdidos em palavras escritas.

Não podia falar para ninguém o que sabia, havia sido advertido sobre isso. Mas não significava que não queria saber os segredos que aqueles homens escondiam, sentia dentro de si que os livros que procurava não estavam ali.

Havia muito segredos por entre as paredes, segredos que tinha que saber e talvez poderia descobrir como acabar com os Outros ou como fazer Aço Valiriano.

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Petyr Baelish

Seus olhos verdes-acinzentados via a batalha acontecendo, os cavalos se encontrando, homens caindo sobre espadas e o sangue sendo derramado naquele chão.

Se tivesse sorte Eddard iria cair nessa batalha e isso faria Shireen assumir a posição de rainha junto com Robin, isso o deixaria mais perto do poder, mais perto do que Eddard coroado.

Teria que derrubar uma peça por vez, primeiro ajudaria os Baratheon a sentarem naquele trono novamente e depois ele ocuparia o lugar que merecia.

A Sacerdotisa Vermelha aproximou-se, seus cabelos vermelhos balançavam junto com o vento. Seus lábios ganharam um sorriso maldoso.

– A garota continua respirando, Lorde Baelish.

– Garota? Deveria saber de algo?

– Eleanor Tully. – Baelish olhou para a mulher, esqueceu da batalha que acontecia. – Acharam ela e nesse momento ela descansa na cama e espera o momento para conhecer Eddard. Falhou, Lorde Baelish.

– Desculpe, Lady Melisandre, mas não tenho nenhum interesse na garota Tully? Por que eu teria?

– Não pode prever tudo.

– Nem suas chamas, elas diziam que Stannis era o escolhido e onde ele se encontra agora?

– Um dia alguém vai cortar suas asas e o que vai fazer? Você não tem ninguém para lhe proteger, nenhum aliado. Apenas inimigos.

Voltou sua atenção para a batalha, sentia que a mulher poderia ser uma adversária adequada naquele momento. Mas todos podem ser dobrados quando o caos bate em sua porta e não existe mais luz.

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Helena Tyrell

Yunk parou na minha frente e estendeu a carta, mas não disse nenhuma palavra.

Peguei o papel de sua mão e ele começou a se afastar sem dizer nada.

Talvez ele queira que eu peça desculpas ou que nesse tempo de silêncio dele perceba algum sentimento escondido, algo que não vai acontecer. Só o vejo como um amigo e nada mais que isso.

Reconheci a letra de meu irmão, ele falava que Alyssa estava indo para lá e que tinha tomado uma decisão.

Avisava para não voltar para casa tão cedo, escutou sobre mais ataques nas estradas e que iria enviar um grupo de homens para não me colocar em perigo quando voltasse.

Willas não sabia que não pretendia voltar para casa antes de conquistar Tyler e tinha que conversar com a garota Forrester, ela sabia como as coisas foram em Porto Real com Margaery.

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Lydia Stark

Mil imaculados junto com o tradutor para ajudar os outros, todos alinhados perfeitamente.

– Vai querer que eles fiquem aqui ou já marchem para a muralha? – Perguntei para Jon.

– Eles vão fazer tudo que for ordenado? – Parecia duvidoso.

Os Imaculados têm sua reputação, mas todos ainda têm dúvida sobre eles. Como acreditar que um homem vai ser matar como ordenado, se jogar diante de uma morte certa e não fazem isso por glória ou honra, apenas por ter recebido uma ordem.

– Vão, Jon, qualquer coisa. Vai querer que eles fiquem ou já partam para a muralha?

– Ainda não, quero testar eles primeiro.

– Sor Barristan pode te ajudar com isso. – Ele sorriu para mim, balançou a cabeça lentamente. – Boa sorte, Jon. E não vou muito longe, Barristan.

Comecei a me afastar deles, Selmy sorriu para mim.

Seria bom ver Jon treinando, mas tinha prometido conversar com Arya sobre Sansa e não poderia me atrasar para encontrar aquela lobinha.

Ela estava em um canto observando tudo, seus olhos caído sobre os Imaculados.

– Sobre o que queria falar, irmã? – Questionei e recebi um sorriso.

– Você não estava planejando casar Sansa com ninguém, certo?

– Claro que não. E Baelor não falou nada sobre isso comigo. Como poderia fazer isso com ela? Ela é minha irmã e nunca planejaria casar ela com alguém.

– Tudo bem, logo ela volta para casa e essa confusão é esquecida.

O rapaz que cuida dos estábulos passou por nós e ficou me encarando, não o reconhecia.

– Talvez eu queira saber mais sobre seu tempo em Essos. – Falou, tinha um sorriso no rosto.

– Posso contar para você e Bran, não tem nenhum problema.

Puxei para um abraço.

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Lillian Mormont

Meus homens se mostraram prontos para marchar em direção da muralha.

Levariam armas e comida para ajudar, além do apoio no treinamento e na segurança. Os homens do Norte foram os primeiros a mostrar ajuda e enviar homens.

Jon Snow iria ficar e tentar conseguir apoio de outras casas e queria achar um rapaz que tinha ido para a Cidadela. Mas não tratava nenhum assunto diferente disso, ficava isolado e em alguns momentos conversava com suas irmãs ou saia para longas caminhadas com seu lobo.

Não sabia o que tinha acontecido na muralha e não queria me intrometer nisso, se ele achava mais importante estar aqui tinha seu motivo. Mas seu olhar parecia mais perdido que antes, coberto por uma dor desconhecida para mim.

Helena Tyrell passou por mim, mas voltei minha atenção para a lista das coisas que iriam para a muralha.

Nenhum erro pode ser cometido.

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Christian Tully

Edmure se recuperava lentamente, sua pele começava a ganhar cor e não se notava mais os ossos marcados em sua pele, preferiu deixar a barba no rosto e cortou o cabelo.

Seus dedos giravam a taça de vinho em sua frente, os olhos um dia cheios de vidas parecia perdido em pensamentos.

– O que acha de Shiera tentando se aproximar do mercenário? – Perguntei, uma tentativa de tirar ele da escuridão que se encontrava.

– Shiera sabe muito os riscos de se aproximar de tal homem, ela sabe o que faz e está disposta em sofrer quaisquer consequências.

Shiera sempre soube das consequências de suas ações, principalmente quando aceitou se casar com um Frey e poupar sua filha de tal ato. Mas um dia ela não vai suportar todas as consequências, como viver com medo de dar um passo errado?

– Sabe quantos homens vão poder ser enviados para o Norte?

– Os homens estão fazendo a contagem de quantos vão ser necessários primeiro aqui. – Edmure bateu seu dedo na taça. – Se aquele mercenário não vencer os Lannister já pode imaginar o próximo passo deles. Jaime Lannister vai querer vir nos derrubar e não podemos estar desprotegidos.

Edmure tinha razão, uma estratégia simples para evitar quaisquer chances dos Stark enviarem apoio aos Targaryen ou os Targaryen enviar apoio aos Stark. Deixando o único caminho viável pelo mar.

Por isso o homem ao meu lado não queria ficar desprotegido, nossa casa poderia se torna alvo dos Lannister e ele não parecia disposto em tombar diante do leão novamente.

– Quando tomar sua decisão me avise, Edmure.

Ele assentiu e tomo um curto gole de seu vinho.

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Holly Arryn

Sansa Stark estava minha frente, tinha um sorriso no rosto e evitou mostrar surpresa quando viu Shireen Baratheon.

– Não esperava tal visita. – Comentei.

– Lorde Baelish me convidou e não quis recusar tal convite.

– Lorde Baelish não se encontra, ele foi com os homens da Casa Arryn levar apoio a Eddard Baratheon. – Ela me observou por um tempo. – Uma aliança foi formada.

– Isso explica a garota Baratheon. Ela é a noiva de Robin?

– Sim, os dois estão se... conhecendo. – Foi a melhor palavra que consegui pensar no momento.

Robin sempre foi um garoto mimado e isso não se mostrou um fator positivo para aproxima-lo de Shireen.

– Por quanto tempo pretende ficar?

– Não muito, Lady Arryn.

Será que posso confiar em Sansa Stark? A garota que aceitou o convite de Mindinho? A irmã da garota que se casou com o Targaryen?

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Axel Stark

A muralha estava firme como sempre e tínhamos que esperar que ela fique assim quando eles vierem.

As coisas pareciam ter mudado desde o dia que partimos, os selvagens trabalhavam mais com a muralha e os lugares um dia abandonado estavam com selvagens e ajudava para reforçar a segurança.

Olhei para o horizonte, era possível ver algumas arvores.

– Pode parecer estranho, mas parece que eles entre aquelas árvores observando cada movimento e esperando o momento para atacar. – Josera falou, seu cabelo enrolado balançava com o vento.

– Não é estranho. O que acha que eles estão esperando?

– O inverno, Axel, quando o inverno chegar eles vão atacar.

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Baelor Targaryen

– Se usarmos nossa mente não acreditamos ser o filho de Elia e Rhaegar, mas nosso coração diz que ele é. – Doran falou, seus olhos tinham um misto de felicidade e tristeza.

– Tem essa parte que grita para mim que ele tem o meu sangue, o problema é que preciso disso. Precisamos disso. – Afastei o vinho da minha frente. – Sofri com pesadelos durante um tempo, via a morte de Elia e seus filhos, agora um deles pode estar vivo.

– Todos tivemos pesadelos. – Seus olhos caíram sobre mim. – O que vai fazer sobre o segredo de Ashara?

Como ele não poderia saber? Ashara evitava a maioria das pessoas, mas evitar Doran foi impossível e ele percebeu.

– Esse segredo é dela, não pretendo fazer nada. Ela já me deu muito trabalho, Doran, não quero me envolver em mais um.

– Elia teria orgulho de Lisa.

– Doran, tenho que pedir desculpar pelo o que Rhaegar e meu pai fizeram.

– Não precisa se desculpar por isso.

– Eu preciso. Rhaegar não foi o melhor marido e fez escolhas péssimas. Meu pai tomou uma escolha diante de sua loucura, dúvida, medo e tristeza.

– Baelor, só tenho uma pergunta. Por que seu pai acreditou que Lewyn tinha traído Rhaegar ou que poderíamos trair vocês?

– Lewyn Martell tinha uma amante, poucas pessoas sabiam sobre isso. Ninguém nunca se importou. – Olhei para Doran, ele queria a verdade e merecia. – Meu irmão e Elia estavam mais para amigos do que marido e mulher, não tinha aquele afeto necessário. Então ela começou a se aproximar de alguém, um homem da guarda real. Quando a guerra começou alguém sussurrou no ouvido de meu pai sobre a possibilidade de Lewyn ter um caso com Elia.

– Ela tinha?

– Não, não era Lewyn. Doran, meu pai era louco e o que acontece quando você sussurra algo para um homem louco? O que esse homem faria depois de saber que seu filho pereceu durante batalha? – Lembrei de meu pai e do modo que ele sempre chamava meu nome. – Ele tinha desavenças com Rhaegar, mas ele amava o filho por mais que ele mostrasse o contrário. Ele só tinha inveja de Rhaegar. Então meu irmão caiu e ele achou que Lewyn tinha o traído para ficar com Elia.

– Quem era o homem que Elia se aproximou?

Preferi o silêncio quando Lisa se aproximou, me abraçou e depois beijou o rosto de Doran.

– Pronta para conhecer Aegon?

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Lisa Targaryen

Conversava com Lydia, nossa amizade fortalecia cada dia.

Ela parou diante de um rapaz, olhos cinzentos e profundos.

– Lisa, esse é o meu... irmão Jon. – Falou um pouco indecisa.

 

Baelor segurou minha mão, ele sabia o quanto difícil isso é.

Consegui ver o rapaz de olhos violetas e cabelo platinado, tinha um sorriso no rosto.

– Esse é Aegon. – Baelor sussurrou.

 

– Jon, essa é Lisa.

Todas as palavras que Baelor tinham dito antes voltou, olhei para o homem que poderia ser meu irmão.

– É um prazer, princesa Lisa.

– Prazer, Jon.

Será que ele tem algo de meu pai?

 

 – Lisa Targaryen. – Aegon falou, aproximou-se de mim. – Esperei muito tempo para lhe conhecer.

Baelor deu alguns passos para trás, dando mais espaço para mim e Aegon.

– Minha irmã.

Então tudo pareceu estranho, um sentimento estranho.

 

Tinha algo estranho, ele sorriu para mim e devolvi o sorriso.

– Se me dão licença, tenho alguns assuntos para resolver.

Assentimos e ele passou entre mim e Lydia.

Podia ter uma verdade na história de Baelor.

 

Não tinha o mesmo sentimento quando conheci Jon, tinha algo de especial em Aegon, mas não como irmão.

– Então você é quem diz ser Aegon. – Falei.

Assentiu e o sorriso continuou em seu rosto, mas a sensação estranha não se afastou.

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Rass

Minha mente só conseguia pensar em Belf e na dor que minha irmã devia estar sentindo dela, o desejo de vingança em seu sangue.

Todos esses pensamentos sumiram com um golpe, a escuridão bateu sobre mim e assim algo tinha se iniciado.

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Yrios Sand

Skuli sentou-se ao meu lado.

– Podemos conversar lá em cima? É algo importante. – Sorriu, mas não pareceu inocente.

Me deixou ir na frente, ele parecia querer realmente conversar.

Entrei no quarto, ele parou atrás de mim.

– Vou precisar da sua ajuda para encontrar alguém. – Beijou meu pescoço. – Ele pode ajudar a achar o responsável pela morte de Belf.

– Como ele pode ajudar?

Suas mãos me puxaram para perto dele.

– Não é achar exatamente, mas pode ser usado para conseguir fazer o homem falar.

– Então veio me seduzir na tentativa de conseguir minha ajuda?

Fiquei de frente para ele, meus lábios alguns centímetros do seu.

– Ao contrário. Eu vim conversar na tentativa de te seduzir e espero ter tido sucesso.

Começou a beijar meu pescoço.

– Sim, obteve sucesso.

– Ótimo.

Tomou meus lábios.

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Sebastian Lannister

Os dedos frios de Najma encontraram meu peito, subiu para meu pescoço e seguiu até o meu cabelo, começou uma caricia e um sorriso apareceu em meu rosto.

– Não sei o que fazer com Aurane. Deveria responder? – Perguntou.

Levantei minha cabeça para ter uma visão melhor de seu rosto, os lábios comprimidos em dúvida do que deveria fazer.

– Ele não revelou suas intenções, você está um passo na sua frente. Responda e faça que não sabe de nada, continue com o jogo dele.

– Mas se eu aceitar ele pode tentar usar isso para ganhar algo.

Segurei sua mão, nossos dedos entrelaçados e ela sorriu para mim. Como se um breve momento ela se esqueceu de todos os problemas ao seu redor.

– Aurane não vai poder pedir nada caso você esteja comprometida.

– Sebastian...

– Só me escuta, Najma. Eu quero isso e sei que você quer, estou disposto a sofrer qualquer consequência por você.

Se arrumou em meu peito, beijou minha bochecha.

– Vamos devagar, Sebastian, não quero que fique longe de sua família por minha causa.

– Eu quero formar uma família com você, mas vamos com calma. – Puxei para um beijo. – Só que não vou mudar meus pensamentos. Vamos pensar em algo sobre Aurane.

Ficamos em silêncio por um tempo, tinha uma possibilidade e que poderia ser perigosa. Isso poderia revelar onde estou para meu pai ou revelar as verdadeiras intenções de Aurane para todos.

– Tenho um amigo lá, posso escrever e manda-lo observar Aurane. Se tivermos sorte ele pode descobrir algo.

– Não é uma péssima ideia.

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Margaery Tyrell

Cersei acreditava que poderia enganar a flor, esconder a origem do seu novo convidado. Todos tinham espiões e isso não seria diferente para a Tyrell, ela tinha seus espiões que sussurravam em seus ouvidos todas as noites os passos dados por Cersei.

A Lannister tinha colocado Euron Greyjoy sobre sua proteção e planejavam uma aliança, só não saberia dizer se envolveria casamento ou não, mas apostaria sua vida que Cersei ia se casar com o Greyjoy. O que mais ele poderia querer?

Suspirou profundamente, deveria escrever algo? Não, seria mais fácil descobrir seu sumiço e ela queria que descobrissem quando estivesse segura em casa.

Tommen estava em perigo, conseguia sentir isso, mas não tinha nada que pudesse fazer. Ele estava com sua proteção nas mãos de Cersei, isso a atromentava, sua segurança nas mãos de uma pessoa cega pelo poder.

Montou em seu cavalo, não ia ficar lá e esperar sua sentença ser dada. Logo aquele lugar estaria infestado e não seria um lugar seguro para ela, para ninguém.

Para ela sua vida vale mais que um trono, um trono que pode estar amaldiçoado.

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Tallon

Vi Varro e Agron junto com outros homens, conseguia reconhecer alguns rostos e outros completamente novos.

– Eu te entendo, Tallon, não quer voltar para Elva. Mas você ama as pessoas gritando seu nome, seu coração pulsando e pedindo por mais. Odeia as coisas sujas que mandavam fazer, porém tudo vai mudar. O pai de Elva está morto e ela comanda tudo, sem inimigos.

– Não vou voltar, eu prometi que nunca ia voltar. Não acredito em nada que me contou, Varro.

– Talvez não agora, mas se lutar contra o nosso novo garoto. – Apontou para o rapaz no canto. – Eu deixo você e sua garota irem.

Olhei para trás e vi Lisa, era para Kaylee vir com Alexy, não Lisa. Mas isso não mudava nada.

Não poderia dizer o que Varro planeja, colocar um novato para treinar comigo só serve unicamente para me provocar. Se eu levar essa luta por muito tempo o prestigio conquistado some, por isso ele quer me provocar.

– Você não pode lutar contra todos nos ao mesmo tempo, Tallon.

– Tallon? – Lisa me chamou.

– Fique aí, princesa. Eu cuido disso. – Cravei minha espada no chão. – Tudo vem, mostre o que tem.

Não ia levar essa luta para muito longe, deixar Lisa afastada deles é a coisa mais segura de se fazer e não vou conseguir isso sem antes lutar.

O garoto sorriu para mim e puxou sua espada, estava óbvio que ele não chegou a derrubar sangue. Varro me deu um garoto virgem das arenas.

Correu na minha direção, primeiro erro.

Joguei meu corpo para o lado, mas ainda deixei o meu pé no caminho e ele caiu no chão, segundo erro.

Peguei minha espada e cravei em seu pescoço antes que pudesse levantar, terceiro erro e morreu.

Olhei para o braço dele e ele não tinha a marca, não era um gladiador pronto.

– Da próxima vez me entregue alguém de verdade para lutar. – Comecei a me aproximar de Lisa, tinha que deixar ela longe de Varro. – Fiz sua luta, agora a gente vai embora e nunca mais vai me procurar.

– Reparou no que disse? Então significa que vamos ter uma próxima vez, mas espero que não seja contra alguém que treinei. – Olhou para o corpo do garoto. – Você vai voltar, é isso o que você é, Tallon.

Segurei a mão de Lisa e comecei a me afastar deles, ela não entendia o que estava acontecendo.

– VOCÊ É A BESTA!

Foi a última palavra que escutei ele gritar.

Lisa me chamou novamente, parecia preocupada comigo.

– Quem são eles, Tallon?

– Algumas pessoas do meu passado, mas o importante é você ficar longe deles.

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Aurane

Conhecia bem o mar, conhecia os homens bons e maus que navegavam neles. Ele sabia reconhecer uma tripulação de um pirata, sempre foi o melhor jeito de evitar roubos e se preparar para o ataque.

Aqueles não eram bons homens, podiam saber navegar no mar, mas não eram o tipo de pessoas que se esperar encontrar.

O que tivesse acontecendo não era nada bom para ele, teria que adiantar seu plano e esperar nada escape de suas mãos.

Não queria ir para o Norte, queria convencer Najma de ir até a sede da Casa Velaryon e fazer a proposta lá, mas teria que adiantar isso.

Sua posição não estava mais segura, por mais que Cersei mostrasse gostar de sua aparência isso não salvaria o seu pescoço durante muito tempo.

Agora é o momento de se mostrar no jogo e se mostrar sua força como aliado.

Teria que encontrar Najma.

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Tyler Snow

O lugar estava silencioso, a lua se tornou única fonte de luz naquele momento, acender tochas não era uma opção viável.

Deixei meu lobo ir na frente, sentia mais fácil para ele achar qualquer inimigo.

Meus dedos coçavam no cabo da espada, as sombras e os barulhos que acontecia fazia a atenção se redobrar, nunca se sabia o que se esconde atrás delas.

Todos os homens pareciam tensos como eu, se movendo com cautela e evitando qualquer barulho possível.

– Temos fogueira lá na frente. – Um homem sussurrou.

Consegui ver a chama, poderia ser algo ou nada.

– É melhor separamos, vai ser mais seguro assim.

Ninguém se impôs a minha ordem, todos prestavam atenção.

Os passos lentos e cautelosos na direção do fogo, os outros homens sumiam entre as sombras esperando qualquer sinal.

Então ouvi aquela voz.

– Isso o que fizeram não será esquecido.

– Asher?

Apressei meu passo e escutei alguém chamar meu nome em advertência.

Então iluminado pela chama eu vi a garota Karstark e Asher Forrester.

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Preso no interior dos destroços

Eles esperavam Cersei Lannister, o Alto Pardal havia enviado alguém para busca-la. Mas para o velho homem ela seria julgada de qualquer maneira, mesmo que não estivesse ali.

 

Ela beijou aqueles lábios azulados, fixou seu olho naquele mar de azul malicioso.

Tinha selado sua união com o Greyjoy.

 

Lancel Lannister seguiu o garoto, as chamas iluminavam seu caminho.

Ele viu os barris guardados, então a faca cortou sua carne e um grito escapou de seus lábios.

Caiu no chão e viu o garoto apenas observando.

– O que está fazendo? – Perguntou com dificuldade, tudo estava confuso.

O menino apenas se levantou e saiu correndo.

 

Ninguém poderia imaginar o que estava acontecendo ali, haviam escolhido a dedo o homem responsável pelo casamento.

Montanha fez a guarda até o quarto, a maioria dos corredores estavam apenas com homens Lannister e alguns de Euron, as pessoas que costumavam andar por ali estavam no Septo esperando o momento que ela fosse condenada e humilhada novamente.

 

Lancel conseguia ver algo verde dentro dos barris e na sua frente três velas acessas.

Começou a se rastejar no chão, precisava descobrir o que significava tudo aquilo.

 

Cersei olhou para a janela, seu corpo pedia por aquele momento, pela sua vingança.

Euron enchia uma taça e olhava para a mulher que seria sua.

 

Ele tentava se apressar, mas seu corpo doía.

Sabia que tinha que evitar aquilo, sabia que era algo ruim, algo que Cersei tinha planejado.

 

Euron aproximou da Lannister, não ia esperar o céu ficar verde para tomar a mulher.

A virou e deslizou a mão pelo vestido preto que ela usava, um luto pelas pessoas que perderiam suas vidas.

Rasgou o pano com facilidade e tomou sua boca.

 

Viu o fogo vivo, viu as velas quase no final e sentiu ficar sem ar por um tempo.

Quantos barris deveriam ter?

Sabia que tinha se apressar, apegar aquelas velas, vidas dependiam daquilo.

 

O Greyjoy a jogou na cama e sorriu, olhou para a janela mais uma vez.

Odiaria perder o espetáculo, mas tinha um dever a ser cumprido.

 

Usava todas as forças que usava, o sangue escorria do seu ferimento, começava a suar. Mas não poderia desistir, não podia falhar.

Quantas pessoas iriam morrer?

Olhou para as três velas e uma das chamas encontrou o fogo vivo.

Tudo ficou verde.

 

Euron entrou dentro de Cersei então escutou a explosão, o som de vidas tendo um final, o som da vingança.

– Adeus, Tyrell. – Sussurrou.

O Kraken sorriu para a leoa, quem poderia os parar agora?



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