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História Game Of Thrones - Capítulo 10


Escrita por: Dhampir

Capítulo 11 - Capítulo 10


Fanfic / Fanfiction Game Of Thrones - Capítulo 10

Baelor Targaryen

Jaime vinha sozinho, da mesma forma que eu.

Ele tinha um orgulho, talvez é a única coisa que pode ter depois de ser considerado regicida.

– Baelor Targaryen. – Me chamou, desceu do cavalo. – Então é verdade sobre os Targaryen.

Desci do meu e comecei a caminha em sua direção.

– Regicida. – Ele não sabia o quanto o odiava. – Tem muita coragem para me encontrar aqui. Deveriam ter mandando alguém melhor.

– Terá que se contentar comigo, Baelor. – Se aproximou. – O que veio fazer em Westeros?

– Conquistar Westeros. – Parou na minha frente, tinha um sorriso no rosto. – Conseguir minha vingança.

– Bom, deveria ter vindo quando Robert ainda respirava.

– Ele decidiu morrer por um javali. Só que ainda tem pessoas que respiram.

– Fala de mim, suponho. – Não precisava ser um gênio para saber que ele se encontrava na lista. – Eu sou o homem que matou seu pai.

Sorri para ele, ele não sabia o quanto sonhei com esse dia.

– Meu pai pagou o preço para irritar Tywin Lannister, ele nunca gostou de você. Meu pai nunca viu nada especial em você. Para ele você era apenas Jaime Lannister herdeiro de Tywin Lannister, então ele tirou o filho que Tywin tanto amava.

– Aposto que ele viu algo especial quando o matei.

– Ele viu um regicida, um homem sem honra, um homem que jogou a guarda real na lama. – Olhei para a mão de outro de Jaime. – O tempo está cobrando sua traição. Sempre ouvi as pessoas falarem o quanto Jaime Lannister é arrogante e orgulhoso. Você tem orgulho do quê? Ser um traidor? Desonrou os homens que conheci, que usaram o manto com tanto orgulho. Arthur Dayne deve ter se arrependido.

– Veio conversar ou falar dos termos da sua rendição?

Ele queria me irritar, não se importou se isso significava que ele estava entrando em um caminho perigoso.

– Vamos falar os termos de minha rendição. – Puxei minha espada e cravei no chão. – Traga meu pai de volta e irei me render.

– Não posso fazer isso, sabe disso.

– Não, não pode. A honra não pode ser restaurada. – Rangi os dentes. – Eu vou lhe matar, Jaime, sonhei com esse dia desde que me falaram da sua traição.

Aceitei o rosto de Jaime uma, duas, três, quatro, cinco, não me importe em contar.

Parei quando ele caiu no chão.

O odiava por ter matado meu pai, Aerys Targaryen não era dele para tirar sua vida.

Eu que deveria ter matado meu pai, ele machucou minha mãe, minha família e era o meu pai.

– Não vou te matar ainda. – Olhei dentro dos olhos de Jaime. – Vai enviar uma mensagem para seu filho bastardo: Se ajoelhe perante a mim e vou poupar sua vida e de sua família.

Afastei dele e peguei minha espada.

– Vou lhe matar no próximo encontro, regicida, então aproveite a cama de sua irmã.

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Tallon

– Alguém falou que parece um cãozinho seguindo ordens? – Lisa falou, estava com raiva.

Sempre falavam isso.

 

– Você é o meu cão, Tallon, não do meu pai. – Ela tocou meu rosto, sua unha arranhava minha pele suavemente. – Eu entendo porque ele te empresta para as outras mulheres, você tem um belo rosto.

Ela tirou a camisa que usava, ela não se importou com as cicatrizes que ganhava lutando ou as marcas de chicote.

Percorreu uma cicatriz que havia adquirido recentemente, sorriu para mim.

– Essa é nova. Quase uma perfeição. – Me beijou. – Você é o meu brinquedo preferido.

Só o brinquedo de uma garota, seu cãozinho, um animal para a diversão dos outros.

Nunca uma pessoa de verdade.

 

Ela entrou dentro do quarto e a segui.

– Nunca me chame de cãozinho, cão, cachorro. – Me aproximei dela. – Entendeu?

– O que vai fazer se te chamar de cãozinho novamente? – Ela estava me desafiando.

– Nada, mas não sou nenhum animal.

Não conseguia me imaginar machucando-a, nunca iria machucá-la.

– Desculpe, tudo bem? Só estava brava. – Ofereci minha mão para um aperto. – Vamos ficar em paz?

Aceitei a oferta de paz, mas sabia que ela faria algo para me irritar.

Me virei para sair de seu quarto, mas ela ousou em falar aquelas palavras.

– Tchau, cãozinho.

Deixei de escutar minha mente.

Comecei a andar em sua direção e começou a recuar até bater na parede, ainda tinha um sorriso no rosto.

– Disse que não ia fazer nada.

Coloquei cada mão de um lado evitando sua fuga, colei nossas testas e fechei meus olhos.

– Nunca me chame disso. Eu sou uma pessoa.

Queria sentir seus lábios, seu corpo.

Escolhi apenas me afastar e sair do quarto.

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Eddard Baratheon

– Nenhum movimento de recuperar o Norte ou enviar apoio para os Frey. – Davos comentou. – Eles devem estar se preparando para a tentativa dos Targaryen conquistarem as Terras Ocidentais.

– Elas são mais importantes que ajudar os Frey e ajudar Roose Bolton. – Observei. – Quanto tempo essa batalha dos dois vai durar?

– Pode durar pouco tempo ou anos. – Davos parecia cansado. – Kevan Lannister não é Tywin Lannister, mas está conseguindo manter o reino. É um bom adversário para o Targaryen, ambos devem deixar seus exércitos com estragos.

Tudo o que posso esperar.

Olhando para uma visão ampla o casamento do Targaryen com Lydia não é tão ruim, se ele viesse solteiro poderia tentar uma aliança com Cersei. Eu teria ganhado o Norte, mas isso significava que eu teria que conquistar.

– Por que ele recuperou o Norte? – Falei, Davos olhou para o mapa. – Dorne parece um lugar melhor para estabelecer suas forças.

– Meu rei, me desculpe?

– Aqui. – Apontei para Dorne. – Ele já tem um apoio estabelecido, no Norte ele teve que conquistar. Agora precisa derrubar os Frey e procurar ajuda do Vale e derrubar os homens dos Lannister. Ainda assim tem que enfrentar forças Tyrell.

– Mas se ele começasse em Dorne teria que enfrentar os Tyrell e você.

– Só que é um caminho mais longo. Ele recuperou Winterfell por um motivo, está escondendo algo.

– Homens falam de dragões.

– Não são dragões. – Talvez ele não estivesse escondendo algo. – E se ele recuperou Winterfell por segurança.

– Segurança?

– Tywin Lannister conquistou o Norte com traição, agora as casas estão unidas novamente. O frio é um grande problema para os homens que não acostumados, é um lugar difícil de se conquistar.

Nas duas vezes que Winterfell foi tomada existiu traição.

Meu pai não venceu Ramsay Snow, mas deve ter matado alguns de seus homens. Além que isso prova que o bastardo não queria ficar esperando a neve fazer seu trabalho, ele acreditou que poderia derrotar o exército de Baelor ou ele foi motivado a lutar.

– Então recuperou o Norte por proteção?

– Não acredito que Lydia estaria salva em Dorne. Elia Martell morreu por Rhaegar ter escolhido Lyanna, talvez algumas pessoas ainda possam odiar os Stark.

Ele pensou na família primeiro, não poderia julgá-lo por isso, talvez ganhasse um pouco de respeito. Faria o mesmo pela irmã, deixaria em um lugar com pessoas de confiança.

Olhei para Davos, ele é o homem que deixaria com Shireen. Ele ama minha irmã como um pai e a protegeria com a própria vida.

– Já pensou na oferta de Mindinho?

– Casar minha irmã com Robin Arryn? – Respirei fundo. – Pode ser importante, mas quero conversar com ela primeiro. O garoto é doente, me surpreenderia se ele chegasse na idade de casar e fizesse bons filhos.

– Precisa de um exército.

– Não vou sacrificar minha irmã, antes preciso conversar com ela. – Mudei meu olhar para a janela. – Se ela for para Vale você vai junto.

– Eu?

– Preciso de alguém de confiança, que ela conheça e goste. Você é esse homem, Davos. Ela confia em você, você é como um pai.

– Me sinto honrado.

– Outra coisa. Se algo acontecer com ela, qualquer coisa, vai me avisar e trazer ela de voltar.

Aliar com Mindinho significava me aliar com um homem perigoso, mas significa um exército.

– Antes que me esqueça, isso chegou hoje. – Me entregou um papel.

– O que diz?

– Jon Connington manda se ajoelhar perante o verdadeiro rei.

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Tyler Snow

Ela estava sozinha, sem seu fiel protetor.

Só teria uma chance e seria essa, comecei a caminhar ao seu lado.

– Está tudo bem? – Perguntei.

– Nada demais, só é estranho ter alguém te seguindo por todo canto. – Olhou para trás para ter certeza que ela não estava atrás dela. – É bom ficar livre por um tempo.

– Ele só está fazendo o que seu tio pediu.

– Só que ele está fazendo isso muito bem. – Comentou, riu antes de sentar na grama. – Mas o que Tyler Snow está fazendo?

Eu gostava de como falava meu nome, o Snow para ela não tinha deboche. Para ela parecia fazer parte de quem eu sou, falava da mesma forma que outros sobrenomes.

– Estava pensando em fazer algo, mas não quero que fique brava.

– O que está planejando fazer?

Sentei ao seu lado, deixei minha mão se perder em seu cabelo, meu rosto se aproximando do dela.

Esperei ela se afastar, mas começou a se aproximar e deixou nossos lábios se encontrarem.

Um beijo tímido que começou a ganhar forma com o tempo.

Meu corpo pedia por mais, porém sentia que se tentasse algo mais naquele momento seria recusado e não teria outra oportunidade.

Contentei-me com o beijo, mais do que poderia imaginar conseguir.

Afastei e ela estava normal.

– Se era um beijo deveria ter falado antes. – Afastou um pouco de mim. – Sor Selmy, está substituindo Tallon?

– Estou, princesa, parece que ele está ocupado.

– Com o quê? Foi visitar um Bordel? – Perguntei, Lisa riu.

Selmy continuou sério, parecia saber mais que falava. Talvez soubesse o motivo de Tallon ficar ocupado pelo resto do dia ou outra coisa.

– Você está bem? – Foi Lisa que perguntou.

– Estou, princesa. – Lançou um sorriso amarelo. – Só estou um pouco preocupado com o rapaz.

– Provavelmente ele foi para um bordel como Tyler falou. Assumo que ele precisa relaxar às vezes.

Fiquei conversando com Lisa e Selmy, só que apenas conseguia pensar no beijo e se poderia repetir ele.

Queria aproveitar tudo antes de Helena chegar, tentar conquistar Lisa antes disso e provar meu amor para ela.

Selmy puxou um papel e entregou para mim.

– Um garoto mandou entregar, quase ia me esquecendo.

Abri e comecei a ler, um sorriso começou a nascer no meu rosto.

– O que foi, Tyler? – Lisa perguntou.

– Parece que sabem onde Rickon está. – Falei e li mais uma vez. – Tenho que avisar para os outros.

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Sebastian Lannister

Mais uma carta sendo escrita para Najma, não sabia se ela respondia ou chegava a ler. Nunca obtive uma resposta sua e parecia que nunca teria, mas a única coisa que posso ter é esperança.

Escrevi o que sempre escrevia no final: Espero que me responda, minha lua.

Cada dia que passava me deixava mais longe dela, meu pai não aceitaria meu casamento com uma Snow. Agora ele não aceitaria meu casamento com ninguém que seja um aliado dos Targaryen.

Só precisava de uma resposta e iria para o Norte sem pensar, não me importa herdar as terras da casa Doggett, nada disso importa.

A porta de meu quarto rangeu, escondi o papel antes que minha mãe pudesse ver o que estava escrevendo.

– Alysanne chegou, Sebastian. Ela está com suas irmãs e seu pai espera que você apresente o lugar para ela.

– Estou ocupado.

– Está no seu quarto, onde isso é estar ocupado? – A encarei por um tempo.

Levantei e passei por ela sem dizer nada, só poderia esperar que Alysanne tivesse outro homem em sua mente.

Ela não tem obrigação de casar comigo, ela pode seguir seu coração.

Vi minhas irmãs junto com uma mulher, as cinco sorriram para mim.

Provavelmente, Alysanne se levantou e veio se apresentar.

– Lady Alyssane. – Peguei sua mão e depositei um beijo. – Ouvi muito de você.

– Aposto que coisas ruins e boas. – Ela riu. – Sei como pessoas podem ser maldosas com a língua.

– Depende do que as pessoas dizem. A verdade nunca é maldosa.

– Mas a mentira é amarga como veneno, Sebastian. – Tinha um tom na voz dela, confiança ou outra coisa. – Ouvi muito de você. Seu pai disse que iria me surpreender com você.

– Não tenha expectativas, Lady Alysanne. Sei que prometeram que iria te mostrar essas terras, mas tenho treino.

– Acho que pode faltar, filho. – Minha mãe falou, ela queria esse casamento.

– Meu pai sempre disse que é importante cumprir seus compromissos, esse é o meu. – Olhei para minha mãe com um sorriso. – Mas vá acompanha-la, mãe. Quando terminar meu treino me junto com vocês.

– Ele está correto, Lady Tya, não existe nada mais importante que compromissos. Admiro um homem que levar tais deveres a sério. Além que vou adorar sua companhia.

Não seria fácil me livrar desse casamento, só poderia fazer se Alysanne não quisesse.

Ela quer se casar para esconder os rumores, ela precisa desse casamento mais que eu.

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Axel Stark

Elsera não parecia convencida em continuar no Norte, dizia que os olhares de Elissa a incomodava.

Não podia culpar Elissa por isso, sempre vi Catelyn olhar diferente para Jon. Ele sempre pareceu ser um lembrete da traição de seu marido, uma sombra constante de um passado que não iria sumir.

– Só espere um tempo, tudo bem? – Asher falou. – Minha mãe foi pega de surpresa, apenas isso.

Asher se mostrou o mais solidário para sua meia-irmã, ele não a culpava.

Na verdade, nenhum deles culpavam Elsera e Josera pela traição do pai.

Levantei deixando os dois sozinhos, Asher poderia convencer Elsera sozinho.

Tyler estava sozinho em um canto sorrindo.

– Como foi com a Targaryen? – Seu olhar respondeu tudo. – Então conseguiu beijá-la.

– Ela não foi tão resistente. Mas não quero falar sobre isso. – Ficou sério novamente. – Sabe quando Helena vai chegar?

– Ela está perto, não sei dizer o quão perto ela está. – Respondi, mas ele voltou a sorrir. – Talvez ela não saiba de nada e Helena pode tê-lo esquecido. Ou está convencido que seus beijos foram o suficiente para fazer que a Tyrell nunca o esquecesse?

Ele se limitou a rir e tomou um longo gole do vinho. Estava preocupado com a chegada de Helena.

No seu tempo de Dorne já tinha sentimentos por Lisa, mas nunca arriscou em fazer nada. Agora que quer dá uma oportunidade uma flor chega e pode estragar qualquer evolução.

– Como conseguiu enganar o guarda? – Olhou para Tallon, ele parecia apressado.

– Ele não estava com ela, então tive tempo antes de Barristan chegar. Não sei quantas oportunidades como aquelas terei.

– Não acho que deva ter medo de Barristan, pelo menos acredito.

– Antes que me esqueça. Acharam pistas sobre o paradeiro de Rickon, não é nada certo.

– É algo, Tyler. Se achamos Rickon podemos achar Bran, ele deve saber para o irmão foi.

– Ainda falta Arya, ninguém tem notícias dela depois da morte de Ned. Escapou e nunca mais foi vista, alguém precisa saber onde está.

– Alguém sabe, ela é Arya Stark e todos conhecem a casa Stark. – Comentei. – Sinto que vamos encontra-la logo, depois que voltamos para nossa casa tudo está perfeitamente bem.

Bem até demais.

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Najma Snow

Nunca havia visto nada com a letra de minha mãe, só o que Ned me contou.

Ver suas palavras com tanto sentimento mexiam comigo, repetia que me amava e sentia muito por não estar ao meu lado.

Só que existia algo que tinha um significado muito maior.

 

“Conversei com Rhaella Targaryen, ela é uma grande amiga, ela convenceu o rei assinar. Você não nasceu uma bastarda, pequena, tudo foi resolvido antes de nascer e você carrega um nome.

Infelizmente, não posso revelar por sua segurança.

A carta provando que você não é uma bastarda devem estar junto com esse papel, se não estiver deve estar junto da rainha. ”

 

Baelor poderia saber de algo, só que é uma possibilidade pequena.

Tudo parece ter sido feito em segredo, não parece que contaram para várias pessoas. Talvez Rhaella nem tivesse contado para Baelor ou para alguém, ninguém sabia o que iria acontecer em seguida.

Mas mesmo assim teria que conversa com Baelor, saber o que poderia ter sido isso.

Ela poderia ter se casado ou garantido que levasse seu sobrenome, algumas pequenas possibilidades.

Do resto só havia coisas para serem guardadas em meu coração e nunca compartilhadas, excerto por Alart que tinha lido.

Teria que confiar em suas palavras que não contaria para ninguém sobre o conteúdo, talvez ele realmente fosse alguém de guardar segredos.

Um bom amigo, talvez, só o tempo conseguiria provar isso.

Tinha outro papel, mas esse foi entregue por Alart e ele queria saber o nome de todas as casas do Norte, não entendi muito bem o que ele queria com isso. Só consegui obter: Coisas de louco.

Entendo isso como sua investigação particular para saber quem é confiável ou não, ele pareceu ser o encarregado desses assuntos.

Olhei para o papel mais uma vez, nunca imaginei que teria algo de minha mãe, principalmente algo escrito dela diretamente para mim.

Os segredos que escondiam não importavam naquele momento, teria que deixar o tempo me ajudar em resolvê-los.

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Helena Tyrell

– Faltam apenas mais alguns dias para chegarmos no Norte. – Wyman Dunn comentou. – Mais alguns dias para revelar quem é.

– Lembra-se de seu dever, Lady Helena? – Yunk Vyrwel perguntou, cauteloso.

– Vou negociar com algum Targaryen, ficarei feliz se for com Lisa. – Respondi, ele pareceu satisfeito. – Preciso ter certeza que o prometido não é um bastardo, assegurar o melhor para nossa família.

– E não se distrair com outras pessoas. – Yunk comentou. – Tem que estar inteiramente nisso, Lady Helena. Não sabemos o que pode acontecer se essa aliança não acontecer.

– Não vou colocar a vida de minha irmã em risco, Yunk, acredite em mim. – Molhou os lábios e concordou lentamente. – Meu irmão confia em mim, assim como minha avó.

– Assim espero, Helena. – Não parecia confiante.

– Yunk, deixe a garota. É ela que vai selar a aliança não você. – Wyman falou, estava mais tranquilo que o Vyrwel.

– Vou caçar alguma coisa. – Yunk começou a tomar distância.

Não me preocupava com Yunk, nem mesmo com Wyman. Dois homens leais que estavam ali apenas para me proteger e evitar que alguém descobrisse a aliança que se formava.

Quando estivesse em Winterfell seria eu que cuidaria de tudo, o futuro de minha irmã está em minhas mãos e não iria destruí-lo.

Poderia estar indo por Tyler, mas primeiro iria resolver sobre o casamento de Margaery

Ela é mais importante que ele nesse momento, se algo acontecer com ela toda responsabilidade estará em minhas mãos.

– Não liga para o Yunk, o pai anda pegando em seu pé para se casar. – Wyman comentou rindo. – Parece que será com Leona Tyrell o casamento.

– Ela é bonita. Por que ele tem medo de se casar?

– Só sei que ele não pensa em se casar, mas ele sempre faz as vontades do pai. – Wyman olhou Yunk voltar com uma garota. – Sem acompanhantes, Yunk, essa é a regra.

– Eu sei, mas ela está machucada e precisa de ajuda. – A garota parou na minha frente, tremia um pouco. – Ela não deve abrir a boca e está indo para Winterfell como nós, Pelicano.

Yunk não foi delicado com Wyman, não gostou de ter seu nome usado diante de uma estranha. Mesmo ele oferecendo sua ajuda para ela sabia que era importante manter tudo em segredo.

– Ela não vai causar problemas, Pelicano. – Respondi, sorri para a garota e ela se encolheu um pouco. – Está com fome? Serpe, de algo para ela comer.

Um rosto inocente, não parecia ser um perigo.

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Ron Forrester

– Como vai fazer para tirar Mira de Porto Real? – Talia perguntou baixo.

– Ainda não sei, mas já mandei nossa mãe enviar uma mensagem. – Respondi. – O mais importante é evitar que ela continue lá. Cada dia que passa ela corre mais perigo.

– Ron, se algo der errado.

– Sei que é muito arriscado, mas ela já estava em perigo.

Eles poderiam usar Mira para tentar criar uma nova traição para a casa Stark.

Qualquer movimento poderia custar caro para minha família, trair a casa Stark não passava em minha cabeça, mas não iria deixar minha irmã cercada por leões.

Sansa passou por mim e sorriu, tinha algum tipo de papel amassado na mão.

– Ainda gosta dela, Ron? – Talia perguntou. – Deveria conversar mais com ela.

– Não acho que ela esteja pronta, Talia. Ela sofreu muito na mão de Ramsay, tentar algo pode me afastar dela.

– Deveria mostrar o bom homem que é, mostrar o seu verdadeiro eu.

– Não é tão fácil.

Sansa sempre sonhou com coisas grandes e não sei o que ela espera agora.

Ramsay é uma grande cicatriz nela, ele tentou quebra-la e falhou, mas ainda assim devia atormentar seus pensamentos.

Preciso mostrar mais que o eu verdadeiro, preciso mostrar quem eu posso ser para faze-la feliz. Mas com tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo isso se complica.

Ela tem suas preocupações e eu tenho as minhas, cada uma me afastava dela.

Não poderia colocar Sansa como prioridade quando minha irmã pode entrar em problemas, ela não vai se focar em mim até achar seus irmãos.

Tudo se caminha para encontrarem Rickon, mas ainda faltava Bran e Arya. Ela não ficaria feliz até encontrar esses dois, até toda sua família estar reunida.

– Se não quer expor seus sentimentos, então seja um bom amigo para ela. – Talia falou sorrindo. – Escute o que ela tem a dizer, talvez ela comece a ver você com outros olhos.

– Talvez ou ela apenas me veja como um bom amigo, Talia. Um dia vai entender dessas coisas.

Baguncei seu cabelo e balançou a cabeça.

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Lisa Targaryen

Barristan entrou junto comigo no quarto, olhou para a flor na cama.

– Acho que terei que resolver esse assunto, princesa. – Apontou para ela, sorri para ele. – Pode ser romântico, mas isso pode mudar.

– Tenho você para me proteger.

– O que aconteceu com Tallon hoje? – Perguntou sério.

Como explicar que ele não gostou de eu tê-lo chamado de cãozinho, me prendeu na parede e queria que ele me beijasse? Não tinha como explicar as partes que se seguiam depois do cãozinho.

– O chamei de cãozinho e ele não gostou. – Selmy balançou a cabeça. – Estava brava e pedi desculpas.

Depois o chamei de cãozinho novamente, um detalhe que Selmy não precisava saber.

– Eu a vi beijando Tyler Snow. Sabe que não pode acontecer nada entre vocês?

Sentei na cama e peguei a flor.

Sabia que não poderia acontecer nada entre nós, mesmo aquele beijo dele tenha sido diferente. Parecia que ele esperava esse beijo por tanto tempo.

– Por que exatamente não pode acontecer nada?

– Ele é um bastardo, Lisa. – Começou a se aproximar. – Acha que seu tio iria aprovar?

– Primeiro: Só foi um beijo, Selmy, não é como estivesse pensando em casar. Segundo: Meu tio Oberyn me ensinou algo diferente. – Balançou a cabeça em desaprovação. – Não estou pensando em me apaixonar por ninguém, isso não está em meus planos.

– Se apaixonar nunca está nos planos. Ninguém escolhe por quem se apaixonar, Princesa.

Tenho conhecimento disso, ou a história de amores seriam muito diferentes.

Porém não tenho planos para ter sentimentos pelo homem das flores, Tyler e Tallon. Me apaixonar por alguns deles só trariam complicações, não queria mais delas em minha vida.

– Selmy, não quero me apaixonar por eles e se isso acontecer só vou me afastar. Sei das complicações que isso pode trazer.

– Eles? – Perguntou, parecia confuso.

– O cara das flores. – O que ele falaria se colocasse Tallon na lista? – Ponha essa com as outras, por favor.

– Tem certeza que é saudável guardar elas? Amanhã vou mandar alguém investigar isso. – Pegou da minha mãe, parecia nervoso. – Não gosto disso, entendeu?

– Entendi.

Segurei uma risada quando ele guardou com as outras.

– Por que acha que ele escolhe rosas? – Selmy observou por um tempo. – Eu sei que são românticas, mas tem várias outras.

– Isso terá que perguntar para ele. Nunca se sabe o que se passa na cabeça de um homem apaixonado.

Falar que ele havia feito um desenho de mim estava fora de questão, Selmy escreveria para um dos meus tios e eles viriam resolver essa situação.

Daemon e Baelor se mostram diferentes de Oberyn.

Oberyn me ensinou a ser livre e aproveitar cada momento. Nunca mostrou grande ciúmes relacionados com homens, totalmente diferente de Baelor e Daemon.

Dois jeitos diferentes de mostrar afeto e proteção.

– Vai ficar bem, Princesa?

– Vou, Selmy.

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Lydia Stark

Não conseguia me concentrar em Sansa ou em ninguém, só conseguia pensar na possibilidade de estar grávida.

Meu período estava atrasado, poderia ser nada ou alguém crescia dentro de mim.

Algo me impedia de falar isso com Sansa, a conversa que tivemos no outro dia se tornou uma grande responsável por essa falta de confiança. Não queria sentir algum julgamento ou ela vindo com dúvidas, essa é a última coisa que preciso.

– Ele está bonito. – Foi apenas a última parte que escutei.

– Quem?

– Ron Forrester. – Me encarou estranha. – Está bem, Lydia? Não parece estar me ouvindo.

– Estou bem, só pensando em algumas coisas.

Ela me fitou por um tempo, aquele olhar de preocupação. Quase tive um vislumbre de nossa mãe, quando ela ficava preocupada se havia me machucado ou alguém.

– Lady Lydia. – Pajem de Baelor veio correndo. – Tem uma mulher procurando Baelor.

– Uma mulher? – Não escondi o ciúme.

– Sim, uma mulher. – O garoto ficou em silêncio por um tempo. – Lemore, seu nome é Lemore.

Comecei a seguir o garoto, segundo Baelor seu nome é Donan. filho de Rass.

Não conseguia entender a razão de uma mulher vir para Winterfell procurar Baelor, na verdade conseguia pensar em algumas possibilidades e não gostava de nenhuma.

Consegui ver uma mulher, mas parecia ser apenas uma Septã, isso mudava as coisas.

– Você deve ser, Lady Lydia Stark. Eu sou Lemore. – A mulher falou docemente, tinha uma boa aparência e deveria chamar as atenções dos homens. – Estou procurando Lorde Baelor ou seu irmão.

Isso mudava as coisas, olhei para Donan que estava normal, não percebeu na pequena confusão que poder ter causado.

– Baelor não se encontrar aqui, nem seu irmão. – Falei, apontei para ela se sentar em uma cadeira. – Eu sou sua mulher, pode falar comigo.

– Com todo respeito, Lady Stark, isso só pode ser tratado com um dos irmãos. Ninguém mais. – Ela sorriu, tinha algo estranho nisso. – Sabe onde posso encontrar um dos irmãos?

– Infelizmente não é possivel, Daemon está muito longe daqui e Baelor preocupado com outros assuntos.

– Quando um deles voltar mandem me procurar, por favor, é de extrema importância. Ficarei em uma estalagem. Esse belo rapaz deve conseguir me encontrar.

Sorriu para Donan.

– Com sua licença, Lady Lydia.

Mandei Donan a acompanhar, queria saber exatamente o lugar que ela iria ficar.

Existia algo errado naquilo.

– Ashara? – Escutei a voz de Barristan.

Virei vendo o homem encarando a septã, ela lançou um sorriso doce e negou com a cabeça.

– Deve ter me confundido com alguém, sor, sou Lemore. Não sou essa mulher que me chamou.

– Desculpe, Milady, é que você tem os mesmos olhos.

Ela falou algo para ele, mas a reação de Barristan chamava minha atenção.

Ele ficou parado lá, mesmo depois dela ter saído. Estava pálido, suas mãos tremiam um pouco.

– Podia jurar que era Ashara. – Falou, mas não saberia dizer se ele para mim ou para ele. – Mas Ashara morreu junto com seu bebê.

– Selmy? – O chamei e ele me olhou lentamente. – Está bem?

– Ela parecia Ashara Dayne. – Ia falar algo, mas ele me cortou antes. – Sei que ela morreu, mas essa mulher me lembra muito ela. Sua voz, seu olho. Parecia que estava vendo um fantasma.

Dei um sorriso para Selmy.

Já havia ouvido falar de Ashara Dayne, minha mãe falava seu nome com amargura e sempre alguém falava que ela poderia ser a mãe de Jon.

Meu pai matou seu irmão, Arthur Dayne, levou a espada dele para ela e depois voltou com um bebê no colo. Ashara pulou de um penhasco e seu corpo nunca foi achado.

Só poderia ser uma coincidência, elas não tinham o mesmo nome.

Mas e se ela fosse Ashara o que ela poderia querer com seu marido? O que uma septã poderia querer com seu marido?

– Tenho que enviar uma carta para Baelor.


Notas Finais


1. Como sempre tento postar dois capítulos da semana, vou deixar esse segundo com algumas regiões fixas junto com personagens variados.
Essos (Daenerys, Tyrion), Porto Real (Cersei, Margaery), Um membro Greyjoy variado, Dorne (Doran, Arianne)
Dois lugares que não são fixos, mas vão aparecer quando importante: A muralha e Campina (Jon ou Bran e Willas)
2. Quero deixar duas coisas claras: Sim, é Ashara Dayne e Sim, é a Arya com Helena (Só que com um rosto diferente).
3. Vocês gostariam de prévias dos capítulos? Se sim, você querem que eu poste na minha Timeline ou no tumblr (http://gameot-fic.tumblr.com/) que vou começar a atualizar.
4. No tumblr posso postar coisas estranhas que podem ou não acontecer na história...
5. Sim, Ashara Dayne vai fazer um belo estrago com a mente de alguém. (Não é fácil quando um fantasma volta a andar)


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