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História Game Of Thrones - Capítulo 14


Escrita por: Dhampir

Capítulo 15 - Capítulo 14


Fanfic / Fanfiction Game Of Thrones - Capítulo 14

Tallon

– Vai responder minhas perguntas? – Perguntou antes que saísse do quarto, parei na porta. – Tenho algumas.

Virei a olhando, tinha um sorriso divertido nos lábios.

– Faça.

– Sério? O que pensou no primeiro dia que me viu? Tenho que assumir que me assustou um pouco.

Olhei para o chão, sabia muito bem o que tinha pensando quando a vi.

– O quão linda você era, parecia uma ilusão.

Aquele breve silêncio, virei de costas novamente para sair.

– Não terminei, Tallon. – Virei novamente, dessa vez estava séria. – Por que não gosta que o chame de cãozinho?

– Alguém me chamava de cãozinho, achava que era seu animal. Talvez eu fosse, fazia tudo o que pediam e nunca reclamava. Acredito que um animal teria mostrado mais impedimento do que eu.

– Prometo nunca chamar de cãozinho, mesmo querendo ver se realmente morde. – Ela sorriu para mim. – Duvido que morda, não parece o tipo agressivo com mulheres.

Aproximou com um sorriso maldoso.

– Por que gosta de me provocar? – Perguntei.

– Eu não sei, talvez por fazer o que ordenam tão bem.

– Não gosta de mim por eu proteger você?

– Nunca disse que não gosto de você. – Olhou para cima. – Como vou lhe chamar? Não pode ser cãozinho.

– Tallon é o meu nome, princesa.

– É, mas você não me chama de Lisa. – Ela passou do meu lado. – Se não vai me chamar de Lisa não vou chama-lo de Tallon, simples.

Ficou atrás de mim, não sabia o que ela estava planejando.

– Ia pedi para Selmy, mas provavelmente ele vai mandar falar com meus tios. Quer continuar com meus treinamentos?

– Seus treinos?

– Meu tio me ensinava a lutar em Dorne, quando fui atrás de meus tios isso mudou, eu parei. Eles nunca me impediram, mas é difícil continuar.

– Preciso saber o que faz com uma arma em sua mão e sem ela. – Me virei e ela estava próxima demais. – O sabe fazer sem uma espada?

– O que você sabe fazer sem uma espada?

– Me acerte no meu rosto. – Ela riu. – Vou ficar bem.

Ela hesitou por um tempo, até que fez o movimento para me atingir.

Não ia machuca-la, segurei seu pulso e a virei deixando de costas para mim.

– Se fez tudo isso para ficar atrás de mim só era ter falado. – Virei fazendo ficar de frente para mim novamente, mas segurava sua cintura. – Tallon?

Deixei nossos narizes se tocarem, comecei a me perder nela.

– Pode me beijar se quiser, Tallon.

Lisa tocou em meu rosto, comecei a se aproximar lentamente seu rosto do meu.

Seus lábios tocaram os meus, tão macios, tão cheio de vida, tão cuidadosos.

Retribuir o beijo, algo que achei que nunca iria acontecer.

Lisa se afastou.

– Você que coloca as rosas? – Fiquei em silêncio, só deixei minha mão tocar seu rosto. – É você, você coloca na minha cama. Por quê?

– Porque é a única forma que consigo te mostrar quem eu sou.

Beijei seus lábios antes que fizesse mais perguntas.

Ela tirou o meu gibão, mas quando foi tirar minha camisa apenas a parei.

– Achei que queria. – Falou, afastou um pouco.

– Quero isso desde o primeiro dia que a vi, é que...

– O quê?

– É complicado.

Aproximou mais uma vez.

– A rosa pode mostrar o que tem dentro de você, mas quero ver mais. Quero que confie mim, Tallon, por favor.

Deixei ela tirar a camisa, deixei ela ver as marcas pelo meu corpo. Ela olhou por um tempo, tocou uma delas e olhou para mim.

– O que fizeram com você? – Tocou minha pele, percorrendo meu peito e descendo para minha barriga.

Beijou meu peito antes de focar em meus lábios novamente.

Ajudei a tirar seu vestido e a guiei até a cama.

Eu e ela, se transformando em um.

Minha mão percorreu por todo seu corpo, beijei cada pedaço de sua pele, não queria esquecer nenhum detalhe dela, não queria esquecer a forma que ela chamava meu nome, não queria esquecer seu beijo em minhas cicatrizes, não queria esquecer nada.

No final ela sussurrou meu nome e eu o dela, a trouxe para mais perto e fiquei encarando aqueles olhos.

– Como sabia que era eu que colocava as rosas?

– Não sabia, só perguntei. Estava esperando dizer que não era você. – Beijou meus lábios. – Não sei o que esperar de você.

Deitou do meu lado, afaguei minha mão em seu cabelo e esperei ela dormir.

Não conseguia dormir, não conseguia deixar de olhar para ela, só não podia.

– Nunca vou deixa-la sozinha, vou morrer por você se necessário. – Segurei sua mão que estava sobre meu peito. – Mostrou que ainda tenho um coração e ele bate por você.

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Tyler Snow

Tinha que falar os meus sentimos por Lisa, ou tentar, não saberia dizer se ela iria conseguir escapar do guarda dela. Não importava se seria Selmy ou Tallon, nenhum dos dois iria querer deixa-la sair para encontrar alguém na noite.

Comecei a andar pelos corredores, sentia nervoso a cada instante.

– Tyler. – Alguém me chamou, virei vendo Helena. – Tudo bem?

– Estou. – Ela se aproximou. – O que está fazendo aqui?

– Preciso falar com você, pode vir até meu quarto?

– Não sei.

– É rápido, prometo.

A segui, parecia mais nervosa que eu.

Só queria voltar e esperar Lisa, mesmo que tivesse uma parte de mim acreditando que ela não iria vir.

Tinha algumas velas acessas.

Encheu um copo de vinho e me ofereceu, aceitei e tomei um gole.

– O que foi, Helena?

– Sei que amanhã vai para a muralha e queria oferecer algo que pode lhe ajudar. Queria dar para Oberyn, mas infelizmente. – Ela olhou para o chão. – Acho que ele gostaria que usasse isso na sua missão para trazer seu irmão.

Pegou um escudo e entregou para mim.

– Helena, isso é...

– Não diga nada, Tyler. Só aceite. – Peguei de sua mão e ficou olhando. – Acha que Oberyn teria gostado disso?

– Teria amado, Helena.

Em algum momento começamos a falar tudo sobre Oberyn, o tempo que passamos em Dorne, todas as memórias voltando.

Mais alguns copos de vinho e ela me beijou.

Deveria afastar e dizer que isso não estava certo, mas nenhum de nós estava raciocinando adequadamente.

Helena subiu em meu colo, mesmo ficando mais difícil para as partes das roupas sumirem.

Usei minha força para levanta-la e não tirar de meu corpo, a coloquei na cama.

Uma pequena parte de mim mandava interromper cada beijo, cada caricia, mas não tinha mais razão e muito menos ela.

Levamos até o final.

Ela descansou sua cabeça em meu peito.

– É melhor eu ir, Helena.

– Fica mais um pouco. – Ela se ajeitou melhor em mim.  – Amanhã você vai para muralha.

– Isso não é certo, Helena, você sabe dos meus sentimentos por você. – Ela me olhou. – Parece que estou lhe usando.

– Já disse que não me importo, Tyler. – Sentou na cama. – Está apaixonado por Lisa?

– Não quero falar sobre isso, principalmente com você.

– Sei que gosta, percebo pela forma que olha para ela, todos dizem que formariam um belo casal. – Tinha um tom triste. – Durante todo o tempo em Dorne ela nunca reparou em você, talvez tenham se aproximado aqui, mas ela não te ama.

– Conheço os sentimentos dela, estou disposto a conquista-la.

– Você não é o único. Acha que é o único que está lutando pelo coração dela?

– Sabe de alguma coisa?

– Sei, ela me contou que alguém coloca uma rosa na sua cama todas as noites e ela não sabe quem é. Você está competindo com alguém que está a conquistando sem dizer nenhuma palavra. – Respirou fundo. – Não deveria ter dito isso.

– Mas você contou. Ela está se apaixonando por ele?

– É melhor você ir, Tyler.

Ela não iria dizer mais nada e não tinha porque continuar ouvindo.

Lisa não havia me contado sobre isso, talvez fosse melhor não ter contado.

 

Beijei Lisa, não me importei se alguém tinha visto ou se incomodariam com isso. Não sabia quando a veria novamente e se teria a oportunidade de vê-la novamente, não sei o que iria acontecer nesse tempo longe dela.

Sair da muralha e deixar ela sozinha com Tallon ou com meu novo rival das flores piorava as coisas, estava abrindo espaço para alguém conquistar seu coração.

Só que Bran é mais importante que ela, Bran é minha família e não poderia esquecê-lo por ninguém.

Olhei para trás e ela estava conversando com Selmy, não poderia saber o que eles estavam falando.

Porém tinha algo maior, tinha dormido com Helena e ela poderia contar para Lisa. Não foi a primeira vez que dormimos juntos, mas ela não contou para Lisa sobre isso. É a única certeza que tenho.

Minha cabeça está se perdendo em suas próprias confusões e não sei como começar a fugir delas.

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Lisa Targaryen

Acordei um pouco sonolenta, mas senti o corpo de Tallon do meu lado.

Abri os olhos e ele estava me olhando, sua mão estava acariciando meu rosto.

– Bom dia, princesa. – Falou, estava sério.

– Não dormiu? – Negou com a cabeça. – Por quê?

– Ainda tenho que proteger você, não posso fazer isso dormindo.

– Ou me tocando. – Ele se sentou na cama. – Não estou reclamando, é fofo.

– Selmy vai vir logo, não quero que ele fique bravo com você. – Toquei suas costas, as marcas do chicote em seu corpo misturado com arranhões e cortes. – Selmy vai fazer sua guarda apenas de manhã?

– Não faço ideia, Selmy não está bem. Mas está com medo dele brigar comigo? Ou com você?

– Ele vai dizer que me seduziu, vou levar uma bronca como você. Mas não quero que ele fique bravo com você. – Tallon olhou para mim. – Talvez cuide de você a tarde e de noite, dependendo de como Selmy está.

– Quando diz “cuidar” quer dizer que vai cuidar de mim ou vai fazer outra coisa? – Olhou para mim, balançou a cabeça negativamente com um sorriso.

Ele começou a se vestir, cada peça de roupa que tinha sido jogada na noite.

Ainda conseguia sentir seu toque, seus lábios, minhas mãos em seu corpo.

– O que aconteceu com você, Tallon? – Perguntei.

– Mandaram cuidar de uma princesa complicada.

– Eu sou complicada?

Ficou me olhando por um tempo, antes de voltar a andar.

– Precisa de algo? – Perguntou, me entregou uma peça da minha roupa e o vestido colocou em um canto.

– Estou bem.

Ele estava de costas quando Selmy entrou, olhou para mim e depois para Tallon.

Para nossa sorte não estava pelada.

– Princesa. – Falou para mim, e depois para Tallon. – Ela deu trabalho?

– O de sempre. – Evitou olhar para trás, mas se virasse iria ver que queria segurar uma risada. – Vai cuidá-la de tarde?

– Se não estiver ocupado prefiro que cuide dela.

Tallon se virou e fez uma vênia, saiu do quarto me deixando sozinha com Selmy.

– O que fez com ele? – Selmy se virou. – Vista seu vestido, princesa.

– Não fiz nada. – Além de sexo, algo que não seria aprovado por Selmy. – Só estou o provocando como sempre.

Ele pegou a rosa, a cara de Selmy foi de total desaprovação.

– Isso passou dos limites, princesa. Não é seguro que alguém entre no seu quarto sem ninguém perceber e deixe presentes. – Parecia nervoso. – O que vai acontecer se ele entrar aqui e você estiver sozinha?

A resposta estava prestes a sair, só que tinha que dizer que ele entrou diversas vezes no quarto comigo, que minha segurança estava em suas mãos e mesmo assim nunca tentou nada.

Tallon só estava do meu lado.

– Deixe isso quieto, Selmy, ele não vai me machucar. – Ele me olhou como se reprovasse minhas palavras. – Sei disso, confio nele.

– Sabe quem ele é? – Neguei com a cabeça, não ia falar que era Tallon. – Então não diga o que não sabe.

Coloque meu vestido e passei por Selmy, ele parecia ficar irritado.

– Preciso ver Tyler. – Olhei por cima do ombro. – O que foi?

– Ele vai para muralha hoje.

– Ótimo, mais um motivo para ver ele.

Selmy começou a acelerar o passo e me puxou para um dos corredores.

– Isso não está fazendo bem para você, princesa. Está se apaixonando, não sei por quem.

– Não estou me apaixonando por ninguém.

Gostei do beijo de Tyler? Gostei, gostaria de beijar novamente

Gostei de passar a noite com Tallon? Gostei, ele conseguia me atrair até ele.

Mas nada disso significa que estou me apaixonando.

– O pior que está negando para si mesma, princesa. – Ele parecia preocupado. – Lisa, você tem medo de se apaixonar e está negando o que está acontecendo diante dos seus olhos. Espero que não se machuque.

 

Tyler estava arrumando seu cavalo, junto do seu lobo.

Ele sorriu quando me viu, parecia um pouco sem graça.

– Oi. – Falou, voltou a olhar o cavalo.

– Desculpe, ontem não deu para escapar do Tallon.

– Tudo bem, Lisa, tive alguns problemas também.

Olhei para o escudo junto do cavalo e toquei.

– Isso é novo.

– Ganhei, Helena me deu de presente. – Falou normalmente, sorriu para mim novamente. – Sabe que estou indo para a muralha?

– Ouvi, vim me despedir de você. Não sei se vou estar aqui quando voltar.

Assentiu lentamente, segurou minha mão.

– É estranho não saber o que vai acontecer, mas não quero ir com nenhum arrependimento, Lisa. – Aproximou seu rosto do meu. – Espero lhe ver novamente.

Encostou seus lábios nos meus, algo rápido.

Selmy fingiu não ter visto, mas quando olhei para o lado vi Tallon. Ele estava longe, mas tinha visto.

– Espero lhe ver novamente também, Tyler. Também espero que ache Bran.

Alguém o chamou.

– É melhor eu ir, não posso perder tempo. Até algum dia, princesa.

– Até algum dia, Snow.

Subiu no cavalo e começou a se afastar.

Procurei por Tallon novamente, mas dessa vez não o vi.

– Tyler é um bom garoto. – Selmy falou. – Mas tome cuidado, princesa.

– Não estou apaixonada por ninguém, Selmy.

Poderia falar quantas vezes quisesse, mas até eu estava começando a duvidar.

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Helena Tyrell

Alyssa ficou me olhando, queria saber o que estava pensando. Talvez devesse contar, mas algo dentro de mim impedia.

– Willas mandou uma carta. – Falou e entregou para mim. – O que foi, Helena?

– Tyler só tem olhos para Lisa.

– Você só tem olhos para Tyler, nem percebe o que está acontecendo diante de seus olhos. – Lançou um sorriso pequeno para mim. – Nunca reparou o jeito que o Yunk te olha?

– Yunk? Está falando sobre Yunk Vyrwel?

Ela riu e balançou a cabeça.

– Acho que ele está apaixonado por você desde o primeiro dia que te viu, Helena. Agora o pai dele quer que ele se case com Leona Tyrell.

– Não sabia que Yunk gostava de mim.

– Claro que não, estava ocupada pensando em Tyler. Na maioria das vezes não vemos a verdade, ficamos cegos, quando vemos perdemos. Não acho que tenha perdido Yunk ainda, mas não acho que vai procura-lo e tentar algo, infelizmente.

– O que acha que vou fazer?

– Esperar Tyler voltar, tentar conquistar seu coração. Nesse tempo Yunk vai ter desistido de uma batalha que nem entrou, voltar para casa e aceitar o casamento, ficar bêbado e todo momento pensando o que teria acontecido se tivesse roubado um beijo seu.

– Talvez seja verdade ou me canse de tentar conquistar Tyler.

– Não acredito, ele está impregnado em você. – Ela tomou seu vinho. – Quanto tempo vai ficar aqui?

– Não sei. Você?

– Estou esperando um belo homem derrubar os Frey para ir visita-lo. – Alyssa fala de mim, mas nunca percebeu que Willas a ama. – Espero que seja logo, não paro de pensar nele.

– Então me entende?

– Está dizendo que eu amo Rass? – Negou com a cabeça. – Tem algo envolvendo ele que me conquista, mas não é amor, pelo menos não acredito nisso.

– Se for amor?

– Então é amor. Espero que saiba separar seus sentimentos quando for conversar com Lisa, é o futuro de Margaery que vai estar em jogo.

– Vou saber separar isso.

– Bom.

Pelo menos acredito que vou separar.

 

Lisa entrou junto com o guarda, tinha algo estranho dessa vez, parecia existir um clima estranho.

– O que foi? – Perguntei, o guarda dela tinha ficado perto da porta.

– Algo complicado. – Ela olhou por cima do ombro. – Só vamos dizer que fiz algo que não deveria. Tallon, pode deixar a gente sozinha.

Assentiu e se retirou sério.

– Dormiu com ele? – Concordou lentamente. – Quando?

– Ontem de noite. Ficamos conversando e aconteceu. Não saiu como esperava.

– Ele é ruim?

– Não, ele é bom. – Riu. – O problema é que achei que seria diferente.

– Diferente?

– Achei que seria agressivo, mas ele foi cuidadoso. – Olhou para a porta. – Melhor parar, ele está lá fora e é estranho.

– Ou vai levantar e decidir repetir a noite? – Seria bom se ela começasse a sentir algo por ele.

– Não, só quero que ele faça algo que espero dele. Não quero que me surpreenda, porque toda vez que ele me surpreende me sinto mais... Melhor esquecer, é besteira. – Encheu o copo na sua frente. – Não quero falar sobre Tallon, vamos falar sobre nossa negociação.

Ela poderia dizer que queria negociar, mas ela só queria esquecer o homem atrás da porta e qualquer coisa que estivesse passando pela sua cabeça.

– Tudo bem, vamos falar sobre isso. Quem é o homem que está oferecendo para minha irmã?

– Meu primo, Alexy Targaryen, é um garoto da mesma idade de Tommen.

– Por que vamos trocar o rei pelo seu primo?

– Porque Alexy é o herdeiro de Baelor se ele nunca tiver filhos com Lydia e também é o herdeiro de minha tia sobre tudo o que ela governa em Essos.

– Isso se sua tia nunca tiver filhos, o que pode acontecer dela ter. Isso não é garantia que nossa família vai ter uma posição importante.

– Baelor nunca vai se esquecer se decidirem se juntar a sua causa, o casamento é uma forma de juntar isso.

– O que ele vai oferecer além do casamento?

– O que vocês querem? – Ela sorriu. – A casa Tyrell foi fiel a casa Targaryen até sua queda, isso é algo que nunca poderemos esquecer.

– Uma posição no conselho é importante.

– Meu tio pode providenciar isso, talvez mais que possam esperar.

– Vou mandar uma mensagem para Willas, ele vai ter interesse nisso e acredito que ele vá querer aceitar.

– O quanto antes isso for encerrado melhor.

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Eddard Baratheon

Shireen me abraçou, mesmo que estivesse sendo forte não queria me deixar, mas sabia que é o seu dever.

Se não precisasse da ajuda do Vale nunca teria fechado o acordo com Mindinho, não confio no homem e nem teria arranjado um casamento para Shireen, teria deixado ela seguir os desejos de seu coração.

Jon se tornou meu maior problema, a ameaça de um ataque é o motivo de fazer Shireen seguir o caminho para o Vale antes do tempo, ela ficando ao meu lado seria uma distração. Se algo acontecesse com ela nunca poderia me perdoar.

– Vou cuidar bem dela, Lorde Eddard. – Davos falou, olhou para Shireen com um sorriso. – Irei escrever sobre tudo que está acontecendo.

– Sei que vai, Davos, é um bom homem. – Continuei abraçado a Shireen. – Se não quiser continuar lá é só avisar Davos e ele irá trazê-la de volta. Ninguém vai obriga-la a ficar se não quiser.

Afastou, sorriu para mim e tocou meu rosto.

– Vou ficar bem, irmão. – Beijou meu rosto. – Eu te amo.

– Também te amo, pequena. – Toquei sua pele. – Vou sentir saudades.

Ver Shireen partir cortou meu coração, estava enviando a coisa que mais amo para longe de mim sem saber o que poderia acontecer com ela.

Tenho consciência que não iria conseguir me focar nos objetivos com ela por perto, ela se tornaria minha maior preocupação na maior parte do tempo e isso não pode acontecer.

Minha preocupação é derrubar os homens de Jon Connington, ele é minha prioridade, quando ele cair posso me focar na queda de Baelor e a casa Lannister, assim finalmente assumindo meu lugar no trono.

Se eu falhar pelos menos quero garantir o trono de ferro seja de Shireen.

 

– O que planeja, Milorde? – Gulian perguntou.

Olhei para o mapa, dessa vez focando apenas em minhas terras.

– Temos que proteger os Casais de Chuva e recuperar Poleiro do Grifo.

Poleiro do Grifo é a sede da Casa Connigton, o primeiro lugar que Jon se preocupou em conquistar.

– Mande uma mensagem para Ronnet, quero ele aqui. Se ele estiver envolvido com Jon Connington quero sua cabeça.

– Como vamos fazer para retomar o Poleiro do Grifo? – Alguém perguntou.

– Primeiro não podemos perder Casais de Chuva, eles não podem espalhar seu exército. – Olhei para Gulian. – Já conseguiram saber o tamanho do exército de Jon?

– Não totalmente. Jon tem a Companhia Dourada.

Gulian deu tempo para ingerir a informação.

A Companhia Dourada foi fundada por Aegor Rivers e sempre apoiou a casa Blackfrye.

Por que agora ele iria mudar? Apoiar um Targaryen?

– Quem é o líder?

– Ouvi que é Harry Strickland.

– Eles sempre deram apoio para os Blackfrye. Assumo que se Aegon for um Blackfrye pode ser muito bom para nós, mas não gosto para onde estamos indo. Qual é o tamanho parcial dos mercenários?

– Ouvi que eles possuem dez mil homens, milhares de homens e alguns elefantes.

– Eles não trouxeram todos dez mil homens. Devem ter trazido cinco mil homens ou um pouco mais, o resto deve estar com Aegon ou cuidando de outra coisa. – Olhei para o Norte. – Preciso que isso chegue aos ouvidos de Baelor, somente que Aegon tem apoio da Companhia Dourada. Se eu sei que eles sempre apoiaram os Blackfrye, ele sabe o mesmo e talvez mais.

– Quer fazer ele começar a duvidar do sobrinho, isso é esperto. – Gulian comentou.

– Se ele for realmente o sobrinho de Baelor, não acredito que esse garoto seja o filho de Rhaegar Targaryen. Na verdade, acredito que Baelor não faz ideia que tem alguém dizendo que é o filho de seu irmão. Jon não mostrou respeito ao falar de Baelor ou adicionou que ele estava apoiando o sobrinho.

O plano não fazia sentido, Baelor não iria se casar com Lydia, Aegon teria se casado com ela. A menos que o Targaryen se apaixonou pela Stark.

– Quero que Baelor acredite que esse garoto é um Blackfrye, principalmente se ele for filho de Rhaegar.

– Mindinho pode ajudar com isso. – Alguém comentou.

– Não, isso tem que começar com um sussurro. Pessoas comentando e alguém vai falar com ele. Vou fazer Baelor lutar contra Aegon, talvez os Lannister eliminem os dois e acabamos com os Lannister.

– O que vai fazer com Asha Greyjoy?

– Ainda não planejei nada, mas ela não pode voltar para casa.

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Sebastian Lannister

Anne me puxou para longe, parecia brava com meu plano.

– No momento em que sumir papai vai mandar todos os homens atrás de você. Não se esqueça que ele pode te matar dessa vez, Sebastian.

Puxei para um abraço, sabia das consequências e estava disposto a enfrentar se falhasse.

Eu estava, mas minha irmã não estava disposta em me ver sofrer as consequências novamente.

– Pense mais nisso, Sebastian, por favor. Talvez não a ame, envie uma carta e descubra se realmente vale apena correr esse risco.

– Se eu chegar lá e descobrir que ela está casada e com filhos vou voltar, na verdade procuro Alysanne me coloque de joelhos pedindo perdão e a peço em casamento. Mas se Najma estiver livre e ela sentir o mesmo que que eu – Me afastei um pouco, sorri para minha irmã. – Vou estar feliz, mais feliz do que um dia poderia estar.

– Como vai para o Norte?

– Nosso pai deve acreditar que vou pelo mar, mais rápido e seguro. – A situação nas Terras Fluviais fazia poucas pessoas se arriscarem. – Vou fazer ele acreditar nisso.

– Quanto tempo acha que vai levar para chegar lá?

– Sozinho é mais rápido, mas envio uma mensagem para você quando chegar. – Ela me abraçou novamente. – Entregue a carta para mãe e para nossas irmãs, não sei se vou voltar tão cedo para casa.

Só voltaria para casa se não houvesse nenhuma possibilidade entre eu e Najma, mas se algo acontecesse...

Se Najma aceitasse ficar comigo só poderia voltar para casa quando meu pai morresse, ele não aceitaria me deixar casar com uma Snow, ele nunca permitiria isso e se fizesse seria capaz de matá-la e me matar.

– Não deveria apoiar isso. – Anne falou, segurava lágrimas. – Mas sei o quanto a ama. Depois que nosso pai lhe castigou... Você chamava seu nome enquanto dormia. É Najma?

– É.

– Por isso mamãe descobriu, porque chamou ela no momento que poderia morrer. Sei que está bravo com ela pelas cartas, mas se um nosso pai descobrisse delas, Sebastian.

– Por isso não posso ficar, não posso amar quem eu quero, não posso fazer nada sem ele me reprovar.

– Espero que ela corresponda, irmão, espero de todo o coração.

– Não sabe o quanto espero que ela me beije de volta, que diga que me ama.

Afastei e ela colocou uma bolsa pequena na minha mão.

– Sei que estava levando dinheiro, mas acho que é sempre bom levar mais. Deixe esse escondido. – Resisti por um momento, mas para ela essa é a forma que tem para me ajudar. – Te amo, Sebastian.

– Te amo, Anne. Um dia vamos sentar sobre a mesa e contar para nossos os filhos sobre esse dia e eu sempre serei grato.

Só tinha que esperar a noite cair, poderia ganhar um dia deles e depois esperar acreditarem que iria pegar um barco para o Norte.

Logo iria ver aqueles olhos, tocar o cabelo dela, logo estaria ao lado de Najma.

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Ron Forrester

Conseguia me aproximar de Sansa cada dia, não a pressionava, só deixava as coisas seguirem naturalmente.

Não é fácil se aproximar dela, ela parecia querer se proteger e evitava falar qualquer coisa sobre seu casamento com Ramsay.

– Não encontrou ninguém para se casar? – Perguntou.

– Tenho que pedir, mas acho que está muito cedo para isso.

– Por quê?

– Ela não sabe que gosto dela.

– Deveria dizer.

– Devo dizer.

Ficamos nos olhando por um tempo, nenhuma palavra foi trocada, ficamos presos no momento.

Comecei a me aproximar, nossas bocas se encontraram, mas ela se afastou.

– Ron, eu...

– Tudo bem, não deveria ter feito isso.

– Eu queria, mas me de tempo, por favor. – Pediu. – Passei por muita coisa, não quero acelerar nada. Eu preciso de tempo.

– Estou aqui para esperar.

Minhas mãos tocaram sua bochecha e ela corou, não podia acelerar as coisas.

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Alyssa Stark

A carta de Willas mostrava um pedaço de seus sentimentos por mim, algo que ficou escondido por vários anos. Sempre suspeitei que houvesse algo, mas ele nunca teve coragem suficiente para revelar, na verdade ele nem tinha revelado, só insinuado algo.

Ele poderia ter feito isso antes, teve diversas oportunidades e evitou todas.

Agora quando sinto algo por alguém, por Rass, ele decide começar a tentar mostrar seus sentimentos.

Não posso culpá-lo por isso, ele não sabe o que está acontecendo aqui e Helena não deve ter falado sobre Rass. Ela tem suas próprias preocupações, não iria perder seu tempo para falar de um interesse amoroso.

Willas precisa de uma resposta, mas é difícil encontrar as palavras certas, palavras que não o machuquem ou deem esperança.

Não quero o iludir, nem devo fazer isso.

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Najma Snow

– Isso vai chegar nas mãos da pessoa que me enviou as cartas? – Perguntei para Alart.

– Vai, vai para o mesmo lugar em que o corvo foi. – Acariciou a coruja. – Você vai fazer o caminho correto, velha amiga?

É estranho pensar que estou colocando minhas esperanças em alguém que fala com corujas, Alart conseguia me assustar em alguns momentos.

– Não posso dizer com precisão que dia ela vai chegar ou quando voltar, nossa amiguinha só vai voar de noite. – Olhou para ela. – É mais seguro. Onde está a mensagem?

Entreguei o pequeno papel, por um momento achei que ele ia ler, mas arrumou e colocou cuidadosamente sobre a coruja.

– Ela não vai ficar para receber respostas, não é assim que funciona. Se fizesse minha mulher me mataria.

– Como se casou?

– Grande história, versão curta: Nunca durma com a filha de um homem que pode mata-lo com um soco. – Falou sério, sorriu. – Para minha solte eu a amo, ela e nossa filha.

– Tem uma filha?

– Não contei?

– Não.

– Fizemos amor e ela engravidou. – Olhou para a coruja novamente. – Na primeira vez, então foi algo apressado.

Já tinha visto a mulher de Alart, parecia ser gentil e brava quando se tratava de Alart, mas não vi com nenhuma criança ou garota perto.

– Parte estranha: Meu irmão sempre foi apaixonado por ela, eu nunca soube. Só soube quando ele foi me pedir para não se casar, tarde demais. – Voltou a ficar sério. – Não escolhemos que amar, não escolhi amar a mesma mulher que meu irmão, ela não escolheu eu ao invés dele. Essas coisas acontecem e temos que seguir nosso coração. Você ama alguém?

– Amor é uma palavra forte.

– Acha? Todo o tempo vejo as pessoas dizendo que amam qualquer coisa, mas quando se tratam de pessoas se torna algo complicado. Sempre soube que amava aquela mulher por isso foi a primeira coisa que disse para ela.

– Parou na frente dela e disse: Eu te amo?

– Foi, ela riu e parou quando percebeu que estava falando sério. – Olhou para cima, parecia reviver o momento. – Não devemos ter medo de amar, é um belo sentimento. Devemos nos preocupar com a forma que amamos, isso pode machucar.

– É fácil para você dizer, sou uma Snow e nenhum lorde aprovaria seu filho a se casar comigo. – Pensei em Sebastian.

– Um pai nunca deve escolher com que o filho vai casar, isso é errado.

– Acabou de dizer que o pai dela os obrigou a casar.

– Obrigou, mas já estava pensando nisso. Ele só estragou o momento que iria pedir. Sei que sempre digo para não se casar, mas não sei o que faria se não fosse casado, essa é a verdade. – Segurou minha mão. – Não é uma bastarda, você tem um nome perdido e um dia vai acha-lo, como um dia vai casar com o homem que deseja. Ele me contou.

– A coruja?

– Não, Otmar. Foi algo que você está seguindo o caminho do coração, mas sempre pode mudar.

– Perguntou sobre mim?

– Pergunto sobre todos, ele me contou as coisas antes de ir junto para a muralha e dizer algo sobre trazer a neve de volta.

Como saber que estou seguindo o caminho do coração?

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Baelor Targaryen

A noite já havia caído, a maioria das pessoas dormia e não sabiam que tinha voltado.

Entrei no meu quarto, Lydia dormia docemente na cama.

Aproximei devagar, não queria acorda-la. Sentei no chão ao lado da cama e arrumei seus cabelos castanhos.

– Minha Snowflake – Levantei o suficiente para beijar seu rosto. –, Estava com saudades suas. Você foi a primeira coisa que pensava ao acordar e a última. O que fez comigo?

Ela se mexeu um pouco.

– Estou me apaixonando por você, Lydia Stark, e estou com medo que me deixe, que algo aconteça com você. Sabe? Essa é minha sina, amor. Eu e amo e perco, não quero perder você.

Lydia abriu o olho, ainda sonolenta. Tocou meu rosto e vi um pequeno sorriso surgir.

– Baelor? – Peguei sua mão e depositei um beijo. – O que está fazendo aqui?

– Vim cuida da minha rainha. Vim cuidar de você, Snowflake.

– Snowflake? De onde tirou isso?

– Não gostou?

– Gostei. – Afastou um pouco. – Deita comigo, estava com saudades.

Deitei e ela se aproximou novamente, colocou a cabeça sobre meu peito.

– Eles contaram para você?

– Contaram, agora estou aqui para cuidar de você, Snowflake. – Beijei sua cabeça, coloquei meus braços em volta do seu corpo. – Estou aqui por você, apenas por você.

 

Depois que minha família caiu não conseguia dormir, memórias que queria esquecer. Tudo mudou na primeira noite com ela, com seu corpo ao lado do meu, aqueles sonhos não voltaram, nunca voltavam quando ela estava comigo.

– Veio me salvar, Snowflake, veio me salvar de mim mesmo. – A luz entrava no quarto, não queria acorda-la.

Não sei quantos dias posso aproveitar isso, estava jogado em um futuro incerto. Nesse tempo vou fazer de tudo para aproveitar.

Ficamos assim alguns minutos até ela me olhar com um sorriso tímido.

– Bom dia, minha rainha. – Falei. – Dormiu bem?

– Muito. Achei que tinha sonhado que estava aqui.

– Sonha comigo? O que faço nesses sonhos? – Ela riu. – Quero realizar seus sonhos, Snowflake.

– Um dia conto. – Deitou seu corpo sobre mim. – De onde tirou Snowflake?

– Quando contar o que sonha comigo falo de onde isso surgiu isso. – Lydia beijou meus lábios. – O que quer fazer hoje? Sou todo seu.

– Podíamos apenas sair.

Ela levantou da cama, ainda parecia triste.

– Baelor, posso fazer uma pergunta?

– Qualquer coisa.

– O que sente por mim?

Levantei da cama, comecei a ir lentamente em sua direção. Cada passo se tornava um pensamento.

– O que sinto por você? – Falei, toquei seu rosto. – Eu estou...

A porta foi aberta com força, uma garota entrou e se assustou quando me viu.

– Desculpe, não sabia que...

– Tudo bem. – Falei, forcei um sorriso para ela.

– O que aconteceu? – Lydia perguntou.

– Tem uma garota que diz ser Arya Stark.

Segurei sua mão, sorriu para mim.

– Onde ela está?

Nem escutei o que a garota disse, apenas segui Lydia para onde sua irmã deveria estar.

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Lydia Stark

Só aquela garota parada na minha frente, aqueles olhos, o sorriso que deu quando me viu.

– Arya! Você está viva.

Corri em sua direção e a abracei, todos os problemas tinham sumido.

Minha irmã estava comigo e logo estariam Rickon e Bran.

Estava chorando, chorando de felicidade por estar com minha irmã. Ela também estava.

Nunca achei que estaríamos juntos novamente, o dia que deixamos Winterfell para trás havia nos separado e agora estávamos reunindo novamente em Winterfell.

– Você cresceu. Minha irmã. Onde você estava?

– Sobrevivendo.

– Como todos nós. – Beijei seu rosto, olhei para trás vendo Baelor. – Quero lhe apresentar Baelor Targaryen, meu marido.

– Lady Arya, é um prazer. – Fez uma vênia, ele sorriu para mim. – Sua irmã sempre sonhou com esse dia. Fico feliz em conhecê-la, mas acho melhor deixar ambas sozinhas.

– Baelor, obrigada.

– Lhe vejo de noite, Snowflake.

Olhei para Arya, ela tinha um sorriso no rosto, mudava para mim e Baelor.

– O que foi?

– Não acreditei quando ouvi que Lydia Stark poderia ter se casado com o Targaryen. – Sorri para ela. – Gosta dele.

– Por que todo mundo diz isso?

– Nunca pensou em se casar e agora está casada com um Targaryen. – Arya começou a andar. – Senti falta de casa.

– Também, todas nossas memórias estão aqui.

– Onde está Sansa?

– Sansa saiu com Ron Forrester. – Ela olhou para as pessoas. – Finalmente em casa.

– O que vai acontecer depois? – Olhei para ela, estava séria. – Se casou com Baelor, isso significa que não vai ficar morando aqui.

Não sabia o que responder, não tinha conversado e muito menos pensado sobre isso. Sempre soube que se Baelor vencer essa guerra ele vai querer ficar em Porto Real, mas é estranho pensar em deixar minha casa.

– Não vamos perder tempo pensando em futuras despedidas, Arya, não quando você acabou de voltar para casa.

Ela falou para onde foi, pareceu esconder detalhes, mas não poderia culpa-la, tinha coisas que também escondia.

Fazemos o necessário para sobreviver.

Contou sobre o cão, como chegou perto de encontrar nossa mãe e Robb, contou sobre Gendry, como parecia que os deuses escolheram brincar conosco.

– Você e Sansa estão bem? – Perguntou.

Entendi o que ela queria saber com a pergunta.

– Estamos conversando, mas evito falar sobre meu casamento.

– Por quê?

– Ela não parece gostar de Baelor ou por ele ser um Targaryen, ela não parecer se importar quando digo que ele está me tratando bem.

– Ele está?

– Vou lhe contar algo, nem mesmo Sansa sabe disso. Promete que vai guardar segredo?

– Eu prometo.

– Estava grávida de Baelor e eu perdi a criança. – Arya não esboçou nenhuma reação. – Na verdade, me fizeram perder o bebê. Baelor estava cuidando dos Frey, alguém o avisou o que aconteceu comigo e agora ele está aqui. Ele disse que é para cuidar de mim.

– Quem fez perder a criança?

– Não sei, Arya. Se eles sabem quem foi não querem falar. Baelor pode estar fingindo tudo isso, mas acredito que ele está sendo sincero.

– Sei que se ele tentar lhe machucar vai revidar. – Comentou com um sorriso. – Afinal é uma loba, é uma Stark.

– Somos Stark.

– Mas como está de verdade? – Perguntou.

– Feliz, minha irmã voltou, Rickon está voltando e logo Bran.

A matilha está se reunindo novamente.

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Rass

– Quando a noite chegar invadimos. – Falei.

– Achei que iríamos esperar eles fazerem algo. – Um de meus homens falou.

– Odiamos cercos e se fossem fazer algo teriam feito. Eles estão esperando apoio, talvez o exército Lannister. Eu não vou esperar um exército chegar para ajudá-lo. Vamos tomar o que é deles.

Koku se aproximou, mexeu na cabeça repleta de fios brancos.

– Seu pai teria feito o mesmo. – Comentou. – Ele estaria orgulhoso.

– Pena que é tarde demais. – Voltei a atenção para o mapa.

– Ele sempre soube o homem que iria se tornar, só precisava do motivo certo. – Bateu em meu ombro. – Infelizmente foi a morte de seu pai, mas está fazendo sua irmã muito orgulhosa.

– Falando em Kaylee, mande uma mensagem avisando que nosso amado meio-irmão pode vir para cá. – Koku afastou o copo de cerveja da sua boca. – Não sei o que ele quer e nem quero saber, só quero que ele fique longe de Kaylee.

– Para o bem dele? Se ele chegar perto não duvido dela o mata-lo.

– Não duvido.

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Axel Stark

Existia uma dúvida sobre cruzar a muralha, os selvagens pareciam dispostos a seguir Jon, mas seus próprios homens tinham dúvida disso.

Os homens da patrulha não se importavam com Bran, não como eu, Tyler e Jon, para eles Bran não era um irmão.

– Não importa, Bran cruzou a muralha e vamos procura-lo. – Jon falou. – Não vou deixar de procurar meu irmão.

Difícil manter a esperança sabendo dos perigos que ficam do outro lado, não existe forma de saber o que aconteceu.

Nunca sabemos o que aconteceu com o Benjen, um homem da patrulha sumido.

– Onde vamos começar a procurar?

– Perto da muralha, vamos esperar que Bran na sua situação não deve ter indo muito longe. – Jon falou. – É melhor ir dormir, Axel, amanhã vai ser um dia longo.

– Eu sei, todos os dias parecem longos. – Levantei da cadeira. – Tome cuidado, Jon.

– Algum problema?

– Apenas uma sensação estranha.

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Daemon Targaryen

– Qual o problema, Daemon? – Kaylee perguntou.

Colocou seus braços em volta do meu pescoço e sentou no meu colo, colou sua testa na minha.

– Estou pensando nesse Aegon.

– Tem medo por Baelor?

– Me questiono a razão do meu medo. É muito bom para ser verdade, como se um dia ruim teve seu pequeno brilho de iluminação, Aegon se salvou magicamente. Como acredito nisso?

– Você não acredita. Olhe em seus olhos e procure seu irmão.

– Não lembro de Rhaegal, não lembro do meu irmão. Como vou saber que é o filho de Rhaegal?

– Vai saber, sempre sabemos. Família é família, sangue é sangue, você sente essas coisas. E não perca a cabeça, você tende a ficar mais bravo que seu irmão.

– Isso é loucura Targaryen e sabe que eu tenho.

– E gosto quando usa na cama.

A joguei na cama ficando por cima.

– Eu te amo. – Falei e sorriu.

– Eu sei.

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Ashara Dayne

Ela conseguiu ver o rapaz junto de Selmy e Baelor.

Nunca soube como reagir se o visse novamente, ele era apenas um garoto naquela época e agora se tornou um homem.

Entrou no quarto, não poderia fazer besteira, não quando envolvia ele.

Escutou os passos, conseguiu ouvir Selmy dizer que era melhor entrar sozinho.

Seus olhos encontraram o olho violeta de Baelor, ele tinha um sorriso no rosto. Um sorriso que morreu quando ele a viu.

– Baelor. – O chamou, andou rapidamente em sua direção.

– Ashara? Você morreu. – Segurou sua mão. – Quem é você?

– Ashara, sua Ashara. Lembra? Por favor, diga que se lembra. Lembra de Harrenhal? – Tocou o rosto de Baelor, sem expressão.

– Lembro de Harrenhal, lembro muito bem. – Ele se afastou e ficou de costas para ela. – Você morreu, pulou de um penhasco, pulou por minha culpa. Estou dormindo?

– Não está dormindo, Baelor, estou aqui. – Tentou se aproximar mais uma vez, ele se afastou.

– Não toque em mim, Ashara. Não toque em mim!

– Baelor, por favor, não faça isso comigo.

– Não faça isso comigo? O que é isso? Eu vivi acreditando que está morta e agora está aqui. Vivi acreditando que morreu por minha culpa e agora está aqui. O que está fazendo aqui? – Ele riu, seus dedos percorrem seu cabelo. – Sei que não é por mim.

Deu um passo para frente e ele um para trás.

– Está me machucando, Baelor.

– Estou lhe machucando? Como acha que estou agora? Chorei por você, me culpei durante esse tempo. Agora está viva, fazendo toda minha dor ter sido falsa, porque você está bem. Está me machucando mais por  perceber que durante anos nunca me procurou, estava viva e nunca me procurou.

– Peço desculpas por isso, todo o tempo pensava em procurar por você. Nunca esqueci seu beijo, sua pele na minha, ter você dentro de mim. – Ela começou a se aproximar, estava conseguindo diminuir a raiva dele. – Toda noite me lembrava de você, desejando você, desejando ter seus lábios tocando os meus.

Ashara tocou o rosto dele, estava perto de beija-lo, mas ele a afastou.

– Não vou fazer isso com Lydia.

– Ama ela?

– Isso não lhe interessa, sou fiel ao meu casamento. O que quer comigo? O que quer agora?

– Eu me escondi durante esse tempo para proteger seu sobrinho, proteger Aegon Targaryen, proteger o filho de seu irmão.

– Aegon está morto.

– Lhe garanto que não está, eu cuidei dele. – Baelor começou a andar até a porta. – Onde vai?

– Disse o que tinha que dizer, agora vou pensar. É muita coisa para se acreditar, Ashara. Acreditei que Aegon estava morto e agora diz que está vivo, é um pouco difícil acreditar na sua palavra. Considerando que acreditei que estava morta.

Ele se aproximou da porta.

– Não vai perguntar?

– Por que vou perguntar algo que já sei a resposta? – Ele olhou por cima do ombro. – Eu te procuro e fique longe de Lydia, fique longe dela.


Notas Finais


1. O que vamos ter no próximo?
Jovem Griff encontrando Daemon, Jon e uma péssima história, Rass invadindo tudo? (Talvez)


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