História Game Of Thrones - Capítulo 21

Yrios Sand

O suposto Aegon Targaryen aproximou de mim e de Obara.

– Vocês conhecem Lisa bem?

– Por que a pergunta? – Obara soou ofensiva.

Um sempre protege o outro, foi assim que cresci com minhas irmãs e primas.

– Não sei o que esperar da minha irmã.

Olhei para Obara, ele parecia ter uma boa intenção, mas parecia uma péssima ideia.

Lisa estava com Arianne, as duas pareciam irmãs. Talvez por Arianne se a única filha mulher e Lisa sentir que precisava de uma irmã.

– Lisa é louca como uma Targaryen e quente como uma Martell. – Respondi. – Mas além de tudo ela sabe se proteger e tem quem a protege.

– Acha que vou brincar com ela?

– Não, se machucar vai lidar conosco. – Foi a vez de Obara.

– Só quero ser um bom irmão, apenas isso.

Ele não entendeu que esse é o problema, ser um bom irmão quando ninguém tem certeza que ele é o irmão dela. Ele não percebeu o quão grande pode ser o problema se não acharem que ele é Aegon.

– Que tal vermos o que pode fazer com uma espada?

Arrumei minha lança, ele hesitou por um tempo.

Não iríamos dificultar as coisas, sempre existe a possibilidade de ele ser Aegon e tudo terminar bem... Se isso fosse uma canção.

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Helena Tyrell

Tyler sentou-se na minha frente, depois da partida de Lisa com a família ele não perguntou nada sobre ela e nem se ela tinha escrito para mim. Mas essa pergunta ele deve fazer para Lydia, ela que estava mais perto dos Targaryen nesse momento.

– Conseguiu falar com seu irmão? – Perguntou, estava mais sério que o usual.

– Ainda nada, Tyler, meu irmão precisa analisar a situação em relação aos saques feitos pelos homens de Euron Greyjoy. Ele vai ver quantos homens vai poder enviar e ainda continuar protegido contra os ataques.

Meu irmão não queria deixar as pessoas sem ninguém, não poderia deixar que Euron fizesse um massacre. Ele e meu pai tinham que tomas ações prudentes nesse momento.

– Como você está?

– Estou bem, Helena.

Minha mão tocou seu rosto, ele segurou meu pulso.

– Se precisa de alguém para conversar.

– Agora é um pouco complicado, vou ter que partir para procurar Ron. – Revelou, afastou minha mão.

Ele ia se afastar, mas evitei e me aproximei para um beijo.

Não foi longo, ele me afastou e ficou me encarando com aqueles olhos.

– Um dia vai esquecer ela, Tyler.

– Talvez eu esqueça, mas não quero que fique me esperando, Helena, isso não é justo para você e para ninguém.

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Anezka Bolton

Todo o lugar estava em silêncio, havia muitas marcas naquelas paredes e principalmente para Theon.

– Lady Bolton, tem uma pessoa lhe procurando.

Senti um frio percorrer meu corpo.

Tinha um homem parado na minha frente, nunca o tinha visto antes.

– Lady Bolton – Fez uma vênia. –, me mandaram lhe dar uma mensagem. Se deseja recuperar a honra de sua casa prepare seu exército e abra seu coração, porque a guerra se aproxima. Vão lhe pedir uma resposta quando o momento chegar.

Poderia fingir inocência, mas entendi o que ele estava falando.

Não poderia dizer que casa ele estava servindo, mas não se tratava de uma casa pequena.

Ele se retirou e fui procurar a única pessoa que poderia ajudar em um momento como esse.

– Theon, acho que pode recompensar a casa Stark.

Uma traição já é suficiente, não iria fazer minha casa fazer parte de uma segunda triação. Se esses homens caíssem, duvido que teríamos a chance de recuperar nosso lugar.

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Kaylee Urram

Daemon fazia um trato com Alexy sobre a espada, não me envolvi no acordo deles.

Alyssane estava no meu colo, dormia tranquilamente. Em alguns momentos Daemon olhava para ter certeza que ela estava bem, ele estava com mais medo do que eu de perder mais um de nossos filhos.

Uma sombra começou a se aproximar, o cabelo longo e negro, uma barba curta, os olhos azuis e penetrantes.

Daemon estava em estado de alerta, mas eu sabia quem estava se aproximando.

Passei Alyssane para Daemon, ele não entendeu muito bem.

Puxei a espada e apontei em direção a Rowne.

– Quanto tempo, irmãzinha.

Comecei me aproximar sem falar nada, Rowne não tinha nada o que fazer aqui. Ele sabia que estava morto para mim.

– Na última vez que nos vimos disse que estava morto.

– Bom, eu tenho um bom senso e sei que estava nervosa, não falou sério. – Sorriu para mim, ele realmente acreditava que não estava mais brava com ele.

– Fale o que quer, Rowne, antes que eu coloque essa espada na sua garganta.

– Um recomeço, irmãzinha, provar que podemos ser uma família novamente.

– Tenho uma família e você não faz parte.

Daemon começou a se aproximar, pegou na minha cintura.

– Nem vai me deixar provar, irmãzinha?

– Corte sua garganta e vou reconsiderar.

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Lydia Stark

Estava novamente em casa, mas sentia um vazio dentro de mim.

Minha mão percorreu a cadeira que meu pai se sentava, ele não iria mais ocupar essa cadeira.

– Alguém precisa se sentar nessa cadeira. – Escutei a voz de Val.

– Logo vão trazer Bran, ele agora é o Lorde de Winterfell. – Mas ele não parecia pronto para se sentar e ocupar a posição de nosso pai.

Ele havia me contado tudo o que tinha acontecido, contou sobre suas visões.

Sentei na cadeira, ninguém iria se importar naquele momento. Apontei para a outra do meu lado e Val sentou-se nela.

– Nunca esperei que fôssemos conseguir atravessar a muralha. O engraçado é que quando conseguimos vamos ter que estar prontos para a batalha.

– Ainda temos homens que esperam que vocês sejam jogados para os mortos. – Ela riu. – Eles duvidam que algo está vindo.

– Você acredita?

– Por que não iria acreditar?

– Porque isso se parece muito com as histórias que nossos pais contavam para assustar.

– Toda história precisa nascer de algum lugar. Uma boa imaginação ou algo real. Os White Walker, infelizmente, podem ser reais. São poucos comentados nos livros, esquecidos no tempo e por isso achamos que não eram reais. – Lembrei das histórias que a Velha Ama contava. – Sabe, parece que eles quiseram ser esquecidos. Então eles voltam e tudo que sabíamos sobre eles foi esquecido no tempo.

– Sabe que isso é assustador? – Concordei. – Parece que eles estavam lá, preparando seu exército e esperando o momento para atacar.

– Por que atacar agora?

– Porque ninguém acredita, são histórias assustadoras e nada mais.

O problema é que agora não são mais histórias.

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Lisa Targaryen

Arianne sentou do meu lado, conversamos durante bastante tempo sobre o que tinha acontecido no tempo em que estivemos afastadas.

Ela falou sobre suas conquistas e os corações que partiu, mas me passou a situação do plano de meu tio Doran. Todos se preocupavam com Oberyn a ameaça que todos viam, mas Doran que planejou a queda da casa Lannister.

– Quem diria dragões sobre Dorne.

– Quando o vi pela primeira vez não acreditei, eles são lindos.

– E perigosos.

– Rhaegal não vai fazer nada.

Ele exibiu suas escamas verdes na luz do sol, parecia saber que a atenção de Arianne estava sobre ele.

Mas ela não queria falar sobre dragões voando por Dorne, ela queria falar sobre Aegon e saber meu ponto de vista daquela situação.

– Eu não o vi ainda, Baelor quer o conhecer primeiro. – Não entendi o motivo, mas respeitei. – Quero que seja Aegon, mas uma parte minha me alerta dizendo que não é ele.

Arianne segurou minha mão, ela entendia que não era uma situação fácil para se lidar.

– Não sei o que é verdade ou mentira, está tudo misturado.

– Eu o vi, é bonito. Também não o que pensar, ninguém sabe. Todos queremos que seja filho da Elia, mas não queremos acreditar em uma mentira por mais bela que ela possa ser.

– Não vou acreditar em uma mentira, Arianne. Isso não vai afetar apenas eu, mas todo um reino. Não vou deixar alguém pegar o lugar que deveria ser do meu irmão e usar seu nome

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Lillian Mormont

Tyler aproximou de mim e meus homens, falávamos do último local que Ron e os outros haviam sido vistos.

– Temos que seguir o mesmo caminho que eles, talvez podemos achar qualquer sinal deles. – Alguém comentou.

Ninguém compartilhava da confiança, algo havia dado errado no percurso.

Todos sabiam que ainda tinha problemas com ladrões e eles poderiam ter encontrado com um deles, só a maioria que foram sabem lutar e poderiam se proteger de meros ladrões.

– Alguma chance de serem os caminhantes?

– Não. – Tyler negou. – Eles não atravessam a muralha.

Havia sido algo humano, isso tornava as coisas piores.

Quais as chances de encontrá-los vivos?

– Você vai conosco? – Tyler perguntou para mim.

– Não, tenho que resolver o casamento de Rickon com minha irmã.

Não comentou mais nada, voltou a prestar atenção na discussão que surgia sobre como deveriam se preparar.

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Rass

A chuva molhava meu rosto, se misturava com minhas lágrimas. Cada palavra conseguia cortar um pedaço meu.

Sabia como ela estava sentindo, lembrava de quando perdemos nosso pai e irmãos. Kaylee não foi Kaylee durante um tempo, ela só se permitiu chorar quando matou o assassino da nossa família.

Mas agora ela não perdeu um pai ou irmão, ela perdeu o filho.

– Nem sempre a chuva esconder as lágrimas. – Olhei para Shiera, tinha o semblante triste.

– Vamos achar sua filha.

– Eu sei. Por que está chorando? A garota não quis abrir a perna para você? – Olhei sério para ela. – Péssima piada.

– Meu sobrinho está morto.

Belf é só um garoto inocente pego no meio de uma batalha.

Shiera só ficou em silêncio, não se importou em ficar ensopada pela chuva.

– Edmure Tully não foi o mesmo depois do casamento vermelho, ninguém foi. – Comentou, olhou para o horizonte. – Tudo gira em morte e traição.

– Nunca disse que foi traição.

– Não estaria aqui chorando sozinho na chuva, quando se perde alguém de forma natural você apenas perde. Quando é traído você esconde as lágrimas, seu inimigo não pode conhecer sua fraqueza.

Segurou minha mão, aproximou cautelosamente e me abraçou.

– É estranho pensar que você é o primeiro homem que abraço e não sinto medo.

Ela se afastou e voltou para dentro.

Perdi o meu sobrinho e agora vou marchar contra os Lannister, nunca se tem o período de luto em guerras.

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Tyler Snow

Ninguém ouviu notícias sobre Ron, Asher ou qualquer um que partiu para o castelo Karstark, a demora começou a preocupar todos.

Todos já sabiam que eu iria ajudar na busca, descobrir o que tinha acontecido.

Alguns selvagens se colocara a disposição, queriam achar seu amigo Sigorn. Fiquei receoso no começo, mas quanto mais pessoa melhor.

– Vai com a gente, Nara?

– Claro que sim. – Arrumou o chapéu que usava e piscou para o selvagem. – Sigorn faria o mesmo por mim.

Passou por mim e os outros homens, não sorriu para nenhum deles.

– Nara vai, quem vai proteger a gente dela?

Ela parou e olhou por cima do ombro para quem tinha falado, balançou a cabeça negativamente.

– Pelo contrário, ela está indo proteger seu traseiro. – Alguém revidou.

Os selvagens deram risada, mas preferi o silêncio naquele momento.

Sansa passou por nós como um furacão, estava irritada desde a briga que teve com Lydia. Ninguém soube o motivo, mas da última vez que brigaram desse jeito foi algo sério.

Aproximei de Axel, estava mais distante de todos.

– Vai ajudar a procurar Ron?

– Não, vou para a muralha, Tyler. Conversei com Elsera e Josera e vai ter um grupo para descobrir qual a posição dos White Walkers.

– Se não fosse esse problema com Ron iria com você.

– Não se preocupe. Acha que Lydia e Sansa vão se acertar?

– Espero que sim, o Norte precisa da família unida.

Qualquer que fosse o problema elas iam se acertar, isso sempre acontecia.

O abracei, não sabia dizer quando o veria novamente.

Tudo parecia estar se esvaziando rápido demais.

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Tallon

Sentei no banco, observei Lisa de longe junto com sua prima.

– Ela é uma bela garoto, assumo. – Escutei a voz de Varro.

Continuei olhando para Lisa, eles não iam fazer nada com ela.

– Dormiu com ela? – Agron perguntou. – Se não quiser ela eu quero. Imagino ficar por cima dela, ela gemendo.

Agron tocou em meu ombro, queria que perdesse a cabeça.

Não ia fazer isso.

– Volte para Elva, garoto. Escreva uma carta se despedindo dela, diga que precisa seguir seu coração. Proteja ela.

– Prefiro que não. Eu gostaria muito de dividir minha cama com ela, talvez est...

Levantei impedindo que ele terminasse de falar, minha mão parou em sua garganta.

– Se encostar um dedo nela eu vou te destruir. – Ele sorriu para mim. – Nem pense em encostar nela.

– Então volte para Elva, deixe a garota ser feliz. Ela é uma princesa e você é... Você, Tallon. O que ela vai ganhar ao seu lado? Ela é de uma família importante, muito diferente de você. Seu pai estuprou sua mãe, te vendeu para o pai da Elva. – Varro me afastou de Agron. – Sei que ficaria feliz em reencontrar sua mãe.

– Ela está morta.

– Eu menti, não queria que fugisse ou perdesse seu dinheiro procurando ela. Venha conosco, reencontre sua mãe.

– Não acredito, não acredito que não vão tocar em Lisa. Lembro de Ada, lembra-se dela? Porque eu nunca esqueci, Varro. Vocês não vão tirar Lisa de mim como fizeram com Ada.

– Não vou afastar, vai escolher. No final você só quer sua mamãe.

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Alyssa Stark

Willas só falava que esperava que eu voltasse logo e que queria falar algo importante comigo, a forma que escreveu dava a entender que estava nervoso.

Evitei de comentar isso com alguém, principalmente Rass que não se sentia bem quando o nome do Willas era comentado.

Ele aproximou-se de mim, não estava sorrindo.

– Algum problema?

– Tenho que me preparar para marchar contra os Lannister. – Segurou minha mão. – Acredito que vai para Highgarden.

– Sim, possivelmente.

– É bom saber disso. Quando voltar, quando tiver a cabeça do leão em minhas mãos vou me casar com você.

– Está confiante.

– Vai pensar em mim o tempo todo e se perguntar se estou bem, quando voltar e essa guerra terminar não vai querer se afastar de mim.

Ele estava triste, via isso em seu olho.

O beijei e ele se afastou com um sorriso.

Rass me olhou de uma forma estranha, beijou minha testa.

– Qual o problema?

– Meu sobrinho morreu.

Abracei, ele precisava disso.

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Sebastian Lannister

Najma me levou para um lugar que ninguém me pudesse me ver, ela tinha medo que alguém me reconhecesse e decidisse me matar.

Ainda não tinha entregado as cartas para Najma, não havia surgido a oportunidade certa para isso.

Ela entrou trazendo pão e uma jarra, colocou sobre a mesa e me aproximei.

– Achei que estaria com fome.

– Obrigado.

Aproximei dela, mas ela se afastou e sentou na cama.

Peguei um pedaço de pão e sentei ao seu lado, ofereci um pedaço e ela recusou gentilmente.

– O que veio fazer aqui?

– Não posso ficar com minha família, eles são... – Coloquei o pão de lado, tinha que falar abertamente. – Depois que voltei para casa só conseguir pensar em você, você era... É...

– Sebastian...

– Me deixe terminar isso, por favor. – Segurei sua mão, sustentei seu olhar. – Escrevi cartas para você e nunca obtive resposta, mas continuei escrevendo na esperança que respondesse.

– Nunca recebi nada, Sebastian.

– Eu sei, minha mãe descobriu sobre isso e evitou que chegassem em suas mãos. Eu entendo ela, se meu pai descobrisse ele iria me matar. Mas não posso negar o que estou sentindo por você, Najma.

Fui em direção das minhas coisas e peguei as cartas que nunca tinham chegado.

Ela pegou com cautela.

– Cada palavra é verdadeira. Eu fugi de casa por você, eu preciso saber que você sente o mesmo que eu.

– Posso ler?

– Quero que leia.

Aproximei lentamente, tinha medo que ela me rejeitasse.

Selei nossos lábios em um beijo rápido, seus olhos me encaravam com intensidade.

– Desculpe, precisava fazer isso.

Levantou da cama, falou que ia me deixar comer sozinho e descansar.

Ela ainda continuava linda como antes.

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Baelor Targaryen

Começaram a falar as qualidades de Aegon, afastei a taça que estava na minha frente.

– Tenho uma dúvida: Está me vendendo um rei ou tentando provar que ele é Aegon? – Um silêncio se formou. – Não preciso que falem o quão brilhante ele é ou como ele foi preparado. Para mim não faz diferença se ele mija na cama ou se ele sabe pescar. A única coisa que importa é se ele é filho do meu irmão. Uma coisa.

– Acho que é importante... – Haldon como era chamado ia começar.

– Não. Não estou comprando um rei, não quero saber das qualidades ou defeitos. Só quero saber de uma coisa e vocês não tem capacidade de provar isso para mim. – Levantei do meu lugar. – Quando provarem vou escutar com prazer, nem precisão dizer nada. Faço questão de colocar a coroa na cabeça dele, mas preciso mais que palavras.

Ashara entrou na minha frente, eles ainda não sabiam a verdade sobre ela.

– Baelor, o que sente por ele?

Olhei para o garoto que dizia ser Aegon, parecia ter a idade certa.

Tinha algo com ele que chamava minha atenção, não parecia ser um garoto mau. Mas não poderia dizer que ele é Aegon apenas por sentir que ele tem algo diferente.

– O que sinto não significa nada. Se eu disser que ele é o Aegon ele vai comandar os sete reinos.

Passei por Ashara.

Olhei para o garoto e ele tinha um pouco de Rhaegar, mas Jon parecia mais meu irmão mesmo com o cabelo e olhos diferentes. Aegon tinha a mesma cor de cabelo e olho, mas tinha poucos detalhes que lembravam meu irmão ou Elia.

Sai da sala, meu irmão estava em sentir que tinha algo errado com ele.

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Najma Snow

Li as primeiras cartas que ele mandou para mim, ficava nítido o sentimento que ele nutriu durante um bom tempo. Mas o que me surpreendeu é não ter sumido quando ele não recebeu nenhuma resposta.

Isso causava uma mistura de emoções dentro de mim, eu também não tinha o esquecido durante esse tempo.

Porém ele não podia ficar aqui, se alguém soubesse iria achar que ele estava vendo a situação do Norte, espionando.

E o que ele esperava que acontecesse entre nós? Sua família nunca iria me aceitar, não ia afastar ele da sua família.

Eu tinha que dá uma resposta para ele, mas não sabia o que dizer exatamente.

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Axel Stark

Jon escrevia para Sam, a única esperança de descobrir como fazer aço valiriano e algo sobre os White Walkers.

Qualquer coisa que for descoberta pode ser útil nessa guerra.

– Voltar a cruzar a muralha pode ser perigoso. – Jon alertou.

– Tenho meu lobo, Jon, e outros selvagens vão comigo.

Ele parou de escrever por um tempo, olhou para mim.

– Alguém precisa definir a distância deles da muralha.

– Você confia muito em Elsera.

– Eu vi ela fazer coisas, Jon, coisas que um homem comum não faz. – Não queria entrar muito nesse assunto. – Cuide do Bran, ele é o que mais precisa de ajuda.

– Voltamos para casa e as coisas ainda continuam complicadas.

Ninguém queria facilitar na batalha contra os White Walkers, nenhuma casa respondeu.

Segundo Lydia quase mil imaculados iriam vir para o Norte, se ouvia que Daenerys chegava perto de dez mil Imaculados. Todos sabiam que os homens iriam responder as ordens de Lydia e Selmy.

Sentia que podíamos contar com o exército Tyrell, só precisava de uma resposta de Mace e Willas.

– Por que acha que eles ainda não atacaram? – Perguntei.

– Axel, não gosto de pensar nisso. Não atacamos por estarmos reunindo um exército e tenho a mesma impressão deles.

– Para nossa sorte temos a muralha como nossa defesa.

Isso se ela não cair.

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Eddard Baratheon

Os homens preparavam seu acampamento, iriam ter alguns dias para descansar antes de atacar Jon Connignton e poderia planejar melhor o ataque.

Aproximei da tenda de Mindinho, escutei ele passar algumas ordens.

– Encontre a garota e mate-a.

Afastei e chamei um de meus homens mais confiáveis, apontei para o homem que saiu da tenda.

– Siga ele e se ele tentar matar alguém traga essa pessoa para mim.

Assentiu e se afastou.

Entrei na tenda de Mindinho e ele tinha um sorriso no rosto, ele queria matar alguém e eu ia descobrir quem era.

– Seus homens estão prontos para atacar? – Perguntei.

– Eles vão estar quando ordenar o ataque. Como planeja atacar, se me permite saber?

– Vou trazer Jon Connington até mim.

Não iria falar todo meu plano para ele, não confiava nele o suficiente. Ele poderia me apunhalar pelas costas, Mindinho é um homem perigoso mesmo não tendo uma espada em sua cintura.

– Não vim falar sobre batalhas. Tem notícias sobre minha irmã?

– Ela chegou bem ao Vale e parece se dar bem com Robin, dizem que formam um belo casal.

Duvido disso, o garoto é mimado e doente. Se não fosse o exército que o Vale oferece nunca casaria minha irmã com alguém como ele.

Ela merecia escolher com quem se casar, alguém melhor que Robin Arryn.

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Broken Hearted

Ele saiu para caminhar como sempre, gostava de sentir o sol na sua pele e quando não chovia sabia que tinha que aproveitar.

Alexy viu a garota na água, estava de costas, mas ele a reconhecia. Quando ela se assustou, mas sorriu para ele.

– Alexy, pode virar para o outro lado?

Respeitou ela, esperou ela sair do rio e pegar sua roupa.

– Pronto. – Ela estava vestida.

Ela arrumava o cabelo, colocou na frente da escamagris.

Alexy aproximou dela, sua mão pegando seu cabelo e expondo a escamagris novamente.

– Fica mais bonita assim. – Acariciou aquele lado dela. – Acho que já disse isso.

– Já, sempre disse isso quando pequeno.

– É a verdade. Lembrei de algo estranho e promete não rir?

– Prometo, Alexy Targaryen.

– Tudo bem, Shireen Baratheon. Aqui foi o lugar que dei meu primeiro beijo. – Ela corou, não sabia que Alexy se lembrava disso. – Ficava me perguntando quando ia poder te beijar novamente. Agora tenho a resposta.

– O quê?

O Targaryen a beijou e ela devolveu, os dois queriam aquele beijo.

 

Alexy arrumou a coberta sobre Shireen, percebeu que a garota estava com frio.

– Alexy – A voz dela estava estranha. –, não podemos fazer mais isso. Eu tenho que casar com Robin e você com Margaery.

– Por favor, Shireen, esse assunto não. Eu não quero casar com Margaery e você não quer se casar com Robin.

Ele a puxou para mais perto, sentia que isso machucava mais ela.

– Não podemos fugir, temos compromissos. Se fizermos isso vai começar uma guerra, vamos humilhar Tyrell e Arryn.

– Foda-se eles, Shireen. Quero você e apenas você.

– Margaery é uma mulher linda e todos gostam dela, Alexy, vai ser feliz e ter uma família. – Tentou argumentar.

– Ela é linda e você é maravilhosa. – Ele a colocou em seu colo, tocou seu rosto. – O que sente por Robin?

– Eu gosto dele como um amigo. Ele tenta ser legal comigo, ele sabe que vou casar com ele e quer facilitar as coisas. – A mão dela percorreu o peito de Alexy, ela difícil pensar em deixa-lo. – Você é quem eu amo.

– Você é quem eu amo. – Ele repetiu. – Podemos fugir, mas não se case, Shireen. Vai ser feliz comigo, vamos ter uma família.

Ela beijou seus lábios, um corpo pedia o outro.

Ele inverteu as posições na cama, começou a beijar seu pescoço.

– Alexy...

– Pode casar com ele e eu caso com Margaery. Mas eu juro por todos deuses, Shireen, isso é a única real. O que sentir por ele um dia ou eu sentir por Margaery não vai ser nada comparado com isso.

Shireen queria dizer que as coisas não eram assim, com o tempo eles iriam esquecer isso, as noites que passaram juntos, os beijos, as confissões. Mas ela sabia que não ia esquecer o Targaryen, ele foi o terceiro o homem que viu além da sua escamagris, e ele não é seu pai ou irmão.

– Alexy – Gemeu seu nome. –, Eu preciso de você.

Ele ia fazer qualquer coisa que ela pedisse, ele obedeceu e deixou seus corpos se unirem mais uma vez enquanto a chuva molhava o lado de fora.

Para os olhares simples era apenas um casal se entregando aos desejos da carne, mas em lugar distante não foi visto da mesma maneira.

Algo aconteceu naquela noite, não haviam mais duas pessoas naquela cabana abandonada, uma terceira começava se preparar. Se preparava para eternizar o que os dois tinham, algo que cruzaria os tempos.