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História Game Of Thrones - Capítulo 26


Escrita por: Dhampir

Notas do Autor


1. Bom, contando com esse capitulo faltam 21 para o final da história - no mínimo 21 -. Quero tentar postar mais de um capitulo por semana e fechar algumas pontas soltas - apenas as necessárias .

Capítulo 30 - Capítulo 26


Fanfic / Fanfiction Game Of Thrones - Capítulo 26

O estúpido, o egoísta

Eles derrubam nossas casas

Venda-se, faça isso para permanecer vivo
Venda seu dever, tem que demandar, eles devem respeitar.

 

The Stupid, the Proud

O sol brilhava, esquentava o ponto de encontro escolhido por Cersei e Baelor.  

O Targaryen sentia a palma de sua mão esquentar, o suor percorrer sua face e tentava ignorar a conversa dos homens que lhe acompanhavam.  

  

Estava frio em Winterfell, mas o sol havia decidido aparecer e fazer as pessoas contemplá-lo.  

Lydia acariciava a barriga, sabia que logo aquela criança estaria em seus braços e a chamaria de mamãe. E se tudo ocorresse como queria, estaria ao lado de Baelor.  

  

A bandeira Lannister podia ser vista de longe, Baelor sentiu seu estômago embrulhar ao vê-la. Queria que fosse Tywin Lannister montado aquele cavalo ao lado de Jaime, sentiria prazer em arrancar a vida dos dois.  

Mas era Cersei Lannister, não poderia sentir afeição pela mulher, porém não tinha nada contra ela. Na verdade, se ele tivesse tido conhecimento do desejo de Cersei para acabar com a vida de Robert tudo teria ocorrido de forma diferente.  

Eles teriam feito uma aliança.  

  

Lydia se lembrava de tudo o que tinha feito para estar ali, como sua amizade com Daenerys levou até um casamento com Baelor e o medo de não saber o que esperar de um homem Targaryen. Percebeu que todos seus medos foram em vão quando compartilharam a mesma cama.

Quando se tornaram apenas um.

Avisou para os outros que iria para seu quarto, sentir sono fazia parte da sua rotina.  

  

Os cabelos dourados de Cersei caiam sobre sua roupa preta, parecia ainda estar de luto por seu filho.  

Baelor olhou por cima do ombro vendo Myrcella olhar para a mãe com um sorriso, o medo que tinha antes parecia sumir com uma simples visão da mulher que tinha lhe dado a vida.  

O Targaryen analisou os homens que a acompanhavam, e um deles lembrava o Montanha, um homem que deveria estar debaixo da terra.  

  

Encontrou Jon e Tyler, eles conversavam sobre o plano para enfrentar os White Walker. Ela odiava lembrar deles, parecia que as ameaças nunca acabavam.  

Parou no meio do caminho ao sentir algo escorrer por suas pernas.  

Olhou para o chão e agradeceu por não ser sangue, mas sabia que era o momento de seu pequeno dragão vir ao mundo.  

  

— Baelor Targaryen, me recordo de você. — Sorriu, o sorriso de uma predadora. — Lembro da última vez que o vi, continua tão belo quanto naquela época, talvez mais bonito. Não é mais um garoto, é um homem. Um homem casado com uma garotinha. 

Ele percebeu onde ela queria chegar, por mais que achasse Cersei uma mulher bonita e atraente, ela não era como sua Stark e ele havia jurado ser fiel.  

— Estamos aqui para você levar sua filha para casa, Cersei, sem bajulações. Não vai conseguir nada comigo, talvez se me der a cabeça de seu irmão posso repensar isso.  

A mulher mordeu os lábios, não havia gostado do comentário ou oferta.  

  

— Temos que chamar alguém. — Jon comentou, ajudava ela caminhar até o quarto que um dia havia sido de seus pais. — Tyler, chame alguém, por favor.  

Lydia sentia um desespero na voz de Jon e também em Tyler, os dois não sabiam como lidar naquela situação. Poderiam ser frios com uma espada na mão, mas não quando se tratava de uma mulher grávida.  

Imaginou como seria passar isso com Baelor, trazia até divertimento para seus pensamentos.  

                                                  

— Está casado com uma garotinha, Baelor, sabe disso. Acha que está casado com ela seria o mesmo que estar comigo? Iria compartilhar a cama com uma mulher de verdade.  

Baelor sabia que ela só dizia aquilo por Myrcella não ouvir e os homens ao seu lado serem de confiança.  

— Sei que se casou com Euron Greyjoy. Não sou estúpido, Cersei.  

— Poderia matar ele enquanto dividimos a cama. Poderíamos reinar juntos, Baelor. 

Baelor soltou uma risada vazia.  

— O que teria acontecido se nossos caminhos tivessem se cruzado antes? Mas agora estou com uma mulher que amo.  

  

Deitou-se na cama e Jon ficou parado ao seu lado esperando Tyler com a mulher que fosse fazer o parto.  

— Está mais nervoso que eu, Jon. — Ele soltou uma risada nervosa. — Prefiro que converse comigo.  

Em alguns momentos ela sentia contração vir, a dor ainda não era insuportável, mas queria focar em outra coisa.  

— Por que aceitou se casar com um Targaryen? Depois de tudo que eles fizeram para nossa casa?  

— Ele não matou nosso pai, nossa mãe e irmão. — Suspirou e não sabia se era pela reposta ou a contração. — Foi Rhaegar e Aerys que fizeram isso, não ele. Jon, ele e eu queríamos vingança e eu confie em Daenerys. Ela me salvou.  

— Espero que realmente seja feliz com ele, ou sabe o que eu e Tyler vamos fazer.  

  

Escutou o galope de cavalo atrás de si, olhou por cima do ombro vendo o irmão e sabia que tinha algo errado nisso tudo.  

Talvez tivesse que voltar com sua palavra e não devolver Myrcella para sua mãe, mas o que tivesse acontecendo Cersei não parecia saber.  

— Espero que tenha mantido sua palavra, Cersei, não vai querer que sua filha pague com sangue uma traição. — Voltou sua atenção para a Lannister. — Se tem algo que aprendi é que não deixamos traições passarem impunes, principalmente de meus inimigos.  

— Acha que iria colocar a vida de minha filha em perigo?  

  

Tyler entrou no quarto junto com uma mulher baixa e forte, sua expressão estava dura como gelo, estava acompanhada de mais uma garota. Olhou para Lydia na cama e depois para os dois homens no quarto.  

— Isso não vai ser bonito. — Sua voz era dura, aproximou de Lydia e tocou em sua pele. — Essa é sua batalha e de seu filho, sangue vai ser derramado, mas no final não vai existir nada melhor do que ter seu filho em seus braços.  

Lydia agarrou o lençol quando sentiu mais uma contração.  

— Um pano, vamos limpar esse suor, querida.  

  

Algo dentro de Baelor dizia para não entregar Myrcella, mas não por ele, e sim pelo próprio bem da garota. A morte de Tommen assombrava sua cabeça, um garoto que não estava doente morreu enquanto dormia.  

Fez um sinal e o cavalo de Myrcella começou a se aproximar.  

Antes que ela pudesse ir para o lado de sua mãe, Baelor fez a única pergunta que importava.  

— Não precisa ir se quiser, prometo que vai ser bem tratada pelos Tyrell.  

Dúvida percorreu os olhos da Lannister, algo dentro dela dizia que deveria ficar, mas por outro estava perto de voltar para o braço de sua mãe e família.  

  

— Podem esperar lá fora, o quanto menos pessoa melhor. — A mulher comentou. — O guarda pode ficar.  

Selmy assentiu, era apenas uma medida de cautela que a mulher estava tomando e poderia ser por ordens enviadas por Baelor, porém o guarda sentia o incomodo da mulher tendo ele observando.  

Selmy sabia o quanto um parto poderia demorar, não se importava se esse seria um deles, só queria que Lydia e o bebê ficassem bem.  

— Já sabe o nome da criança? — A mulher questionou.  

— Se for um menino... vai se chamar Torrhen. Se for menina...  

— Rhaella. — Selmy falou antes e viu um sorriso no rosto de Lydia. — Nome de um rei e de uma rainha.  

  

— É uma armadilha! — Daemon gritou.  

Baelor olhou para trás e depois para Myrcella que tinha a expressão de uma garota assustada, olhou para Cersei e percebeu que a mulher estava perdida.  

Segurou o braço de Myrcella antes que ela pudesse ir para o lado da mãe. 

Não iria ser traído.  

  

O espaço entre as contrações diminuía, por mais que a mulher mais velha dissesse que era algo bom, Lydia não conseguia acreditar nisso.  

Selmy estava ao seu lado, mas não era quem ela queria, queria alguém mais novo e com olhos violetas. Só que ele estava travando uma guerra e não podia estar com ela.  

Puxou o ar, seguia as instruções da mulher, mas a dor não parecia.  

  

Baelor viu Montanha puxar sua espada, não daria tempo para se defender do golpe. 

Seu cavalo ergueu as patas dianteiras afastando Baelor daquela monstruosidade, só que não o suficiente para escapar do golpe. 

Sentiu a ponta da espada raspar em sua face, quase acertando seu olho. 

Caiu no chão e escutou alguém gritar ordens para atirar flechas. 

  

Várias mulheres passavam por isso e ela sabia que iria conseguir. 

Tinha o sangue dos Stark e dos Tully em suas veias, era filha de Catelyn Stark e iria conseguir passar por isso. 

— Limpe o suor dela. — A senhora ordenou. — Vai ficar tudo bem, quando escutar o choro de sua criança vai ver a recompensa de sua dor. 

Lydia sabia que seria um menino, ela sentia isso em seu coração. 

Torrhen Targaryen repetia em sua mente. 

  

Baelor conseguia escutar o som dos cavalos correndo, mas não conseguia ter uma noção do que estava ocorrendo naquele momento. Uma parte de sua visão estava coberta de sangue, ficava difícil assimilar tudo o que ocorria. 

— Levanta, precisamos sair daqui. — Escutou a voz do irmão. — Eles trouxeram o exército de Euron. 

Daemon o ajudou a montar no cavalo. 

— Consegue chegar até o acampamento? 

— Como vai parar o exército de Euron? — Era única coisa que pensava. 

— Lisa! 

  

Ela segurava o grito em sua garganta, ainda conseguia aguentar a dor. 

Repetia que seu pequeno iria conseguir, porém mesmo assim sentia um nó se formar em sua garganta, uma preocupação que não era sobre seu filho. 

— Baelor? — Selmy não havia compreendido a pergunta. — Ele foi na troca? 

— Eu não sei, minha rainha. Mas é melhor não se preocupar com isso. 

  

Conseguiu escutar o barulho da asa do dragão, ele não queria Lisa ali, percebeu o momento em que as chamas tocaram o chão com a missão de evitar que o exército de Euron fosse adiante. 

Era difícil continuar sobre o cavalo, sua visão parcialmente encoberta. 

  

Lydia não sabia quantas horas estava no quarto, apenas sentia que estava chegando o momento de seu pequeno príncipe nascer. 

— É agora, querida, preciso que seja forte por você e o bebê. 

Ela seria forte como sua mãe foi até o final. 

Agarrou com força a mão de Selmy e imaginou que fosse Baelor. 

A mulher afastou gentilmente as pernas de Lydia. 

— Pronta para conhecer seu bebê? 

  

Baelor via o céu escuro, as estrelas haviam sumido e a única que poderia enxergar adiante eram as chamas do acampamento. 

Seu corpo doía, cada músculo dele parecia ter levado um soco. 

Ele precisava aguentar até o acampamento, não poderia desistir quando tinha chegado tão perto. 

  

— Empurre, ele está vindo! — A mulher falava. 

Lydia continuava fazendo o que ela pedia, tentava se concentrar na voz da mulher e não na dor que sentia. 

— Isso, querida, muito bem. 

Escutou um choro e fechou os olhos, se concentrou no barulho de passos no quarto. 

— Quer conhecer seu filho? 

Abriu os olhos vendo aquela coisa pequena e com olhos violetas assombrosos como o pai, ele se mexia. 

Lydia se arrumou e o pegou no colo, haviam limpado o sangue que tinha nele. 

— Torrhen Targaryen, o Dragão de Gelo. 

O pequeno segurou seu dedo como se apresentasse para ela. 

  

— Daemon... — Chamou o irmão. — Eu... tem algo errado... 

Lembrou da Lydia e da carta que havia chegado em Dorne avisando sua gravidez, tentava se agarrar naquilo e esquecer que tinha algo errado com seu corpo, só que parecia ter chegado ao seu limite. 

— O que foi, Baelor? 

Tudo ficou perto e ele caiu de seu cavalo.

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Eleanor entrou na sala, seu olhou sobre Eddard sentado e observando o mapa de toda Westeros. 

Ele procurava a maneira mais fácil de tomar o reino, cada escolha dele afetaria outras vidas. 

— Não existe uma maneira fácil, quando mais rápido aprender isso, mais rápido essa guerra vai acabar. — A voz da Tully era doce. — Sacrifícios sempre são necessários. 

— Sei disso, meu pai sempre foi colocado diante de decisões difíceis. — Olhou para a garota, ela sorriu para ele. — Só que é mais fácil quando você dar os conselhos, e não tem que escolher. 

A Tully caminhou até ele e olhou para o mapa, cada peça posicionada com cautela. 

— Vai assistir a batalha entre Lannister e Targaryen, quando o vencedor estiver se recuperando vai atacar sem misericórdia e tomar o trono de ferro para si. É um bom plano, com um defeito. 

Eddard olhou para ela, tentando descobrir a falhar. 

— Você vai lutar contra o Connington, mesmo que vença vai levar um tempo para recuperar seu exército. Precisa terminar essa guerra antes da deles. 

— Deveria assumir o posto de minha conselheira? Estou precisando depois da ida de Davos para o Vale e Melisandre não parece muito focada no futuro. Não confio em Mindinho. 

— Como poderia aconselhar, meu rei? 

— Acho que vou jogar a possibilidade de uma aliança com os Stark para me casar com uma Tully. — Ele tocou a pele dela, ela ganhou um tom avermelhado e ele sorriu. — Posso beija-la? 

Eleanor aproximou seus lábios do de Eddard, a mão dele se prendendo em sua cintura. 

O Baratheon não sabia o que ela tinha feito com ele, só sabia que ela o estava fazendo sentir coisas novas. 

A colocou sentada sobre a mesa, Eddard sabia que tinha que parar com o que estava fazendo, mas ele não conseguia raciocinar direito. 

— Não deveríamos fazer isso, Eleanor. — Parou o beijo, mas não se afastou. 

— Eu quero isso e você quer, Eddard. 

Ela tocou o rosto dele, deslizou até o gibão dourado que ele usava e começou a tirar. 

— Você é... — Eddard se permitiu mergulhar naqueles olhos azuis, tão cheios de vida. — Perfeita. 

Voltou a beija-la e sabia que a faria mulher ali mesmo e não se importava com aquilo. 

Eles estavam em perfeita sincronia, ela era o que precisava naquele momento e para o que viria em seguida. 

Ela era sua Tully.

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Rass sabia o quanto poderia conseguir com as moedas que havia roubado depois de matar Bronn. Ele só precisava de alimento, roupas limpas e o resto viria com o tempo. 

Um homem com cabelos brancos e dentes faltando ofereceu as roupas de seu filho já morto, Rass aceitou mesmo que as roupas tivessem ficado largas em seu corpo, mas sabia que seria uma questão de tempo até servi-las perfeitamente. 

Aceitou a sopa feita pelo homem, porém recusou dormir em sua casa. Para o mercenário não existia lugar mais seguro que debaixo das estrelas. 

Pagou o homem com uma moeda de ouro, algo que o velho considerou muito e para acertar o valor o deixou levar alguns suprimentos até chegar a terra da coroa. 

Mas havia algo que Rass fez para despistar Jaime e quem ele colocasse atrás de si, precisava mudar sua aparência bruscamente. 

O Lannister só havia visto como um homem bárbaro, com um longo cabelo batendo em suas costas e amarrada em uma trança, uma barba comprida e coberto de lama. 

Se queria ficar invisível diante daquelas pessoas teria que sumir com aquilo que havia deixado crescer por tanto tempo. 

— Tem que destruir para uma coisa nova surgir. — Repetiu a frase de Kaylee. 

A lamina passou por sua barba, cortando aqueles fios que tinham crescido com o tempo. Ele não se sentia apegado a ela, deixou a barba crescer caso precisasse se esconder de alguém e essa era a situação. 

Mas era difícil se despedir do que cabelo, deixando um pouco acima do ombro. 

Olhou para o reflexo naquele balde d’água e viu um novo homem ali. 

Não parecia um mercenário que estava fugindo e indo em direção a Fortaleza Vermelha. 

Só precisava de um nome que não trouxesse complicações. 

— Karden... Dargood.

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Quando Alyssa pensava em Rass sentia que deveria negar o pedido de Willas e esperar seu mercenário voltar, mas ninguém parecia compartilhar essa esperança além da irmã dele. 

Ela conseguia se recordar de cada pedaço de seu rosto, a forma que a mão dele caia em seu corpo, o sorriso bobo e quantas vezes ela chegou perto de se entregar para ele. 

— Tudo bem? — A voz de Willas a tirou de seus pensamentos. — Espero que esteja pensando no meu pedido. 

A Stark abriu um sorriso e assentiu, viu um vasto sorriso no rosto do Tyrell. 

Aproximou dele e beijou seus lábios, percebeu que o havia pegado desprevenido. Quando afastou percebeu que ele estava confuso. 

— Isso foi um sim? 

O Tyrell questionou, mas ela apenas sorriu, um sorriso que pareceu um sim para Willas e talvez fosse. Um sim que estava preso em sua garganta, sentia que estava traindo Rass. 

Pelo menos seguiria seu caminho de ser a Lady de Highgarden, mas nunca esqueceria o homem que havia lhe roubado o coração.

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Lisa correu até a tenda do tio, o viu deitado em uma cama enquanto um homem limpava o ferimento em seu rosto. Só que os olhos de Daemon misturados com o de Kaylee entregavam que o homem não estava bem. 

— O que aconteceu? — Foi a primeira pergunta que ela fez. 

Daemon olhou para a sobrinha, seus olhos se voltaram para o irmão sendo tratado e ele percebeu que não tinha nenhuma palavra para ser dita. 

— Alguém atacou Baelor quando ele tentou impedir Myrcella de ir para o lado da mãe. 

— Quem? 

Todos ficaram em silêncio, o homem que tinha feito aquilo deveria estar morto. Seu crânio havia sido enviado para Doran Martell, e não existia muitos homens grandes como ele. 

— Alguém muito parecido com a Montanha. — Daemon respondeu. 

Lisa sabia quem ele era, já havia o visto esmagar a cabeça de seu tio, tinha escutado as histórias do que ele tinha feito com sua mãe. O monstro que parecia perseguir sua família. 

Agora ele tinha atacado seu tio, ela viu o ferimento e não parecia feio, mas a preocupação do homem que cuidava de Baelor mostrava outra coisa. 

— A espada tinha veneno, não foi o suficiente para mata-lo. Só que é bom ele descansar, já separei todos os antídotos que possuo caso aconteça alguma coisa. 

Lisa foi até o lado do tio, ele parecia dormir tranquilamente. Segurou a mão quente e percebeu que ele estava com febre. 

— Você não pode morrer. — Sussurrou para ele. — Não agora que estamos reunidos. 

— Ele vai, Lisa. 

Daemon colocou a mão sobre seu ombro. 

— Quando ele acordar vamos conquistar o reino... 

— Com fogo e sangue. — Lisa completou

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Tyler não escondeu a felicidade por tudo ocorrido bem no parto de Lydia, ele tinha medo que algo pudesse ter acontecido com a garota e agora a casa Stark tinha ganhado um novo membro.  

— Soube que tem algo pequeno naquele castelo. — Nara falou, olhou para o castelo dos Stark. — Nunca achei que iria conhecer.  

— Um bebê ou um castelo? — Tyler perguntou, escutou ela soltar uma risada, algo que ele ouviu ser raro. — Por que achou que nunca iria conhecer um castelo?  

— Achei que ia morrer tentando passar pela muralha ou pelos homenzinhos de gelo. — Soltou o ar pela boca e viu aquela fumaça viajando para longe.  

— Não podemos prever aonde vamos chegar. 

Nara absorveu aquele ar gélido, porém não chegava a ser como o outro lado da muralha. Um ar frio que parecia aquecer seus pulmões se comparado com aquele que traziam os Outros. 

— Quando pequena não queria atravessar a muralha, esse lugar parecia tão...

— Diferente? 

— Não, destruído. Até que eles apareceram sem motivo e matando tudo no seu caminho.  — Ela sentou-se no chão frio, mas não se incomodava com isso. — Eles foram criados por alguma coisa e querem destruir a vida humana. 

— Os filhos da floresta, é o que algumas lendas dizem, eles o criaram.

O Snow acreditou ser importante falar aquilo, uma parte dentro dele confiava nela. 

— Os filhos da floresta... faz sentido. Destruímos tudo o que tocamos, matamos. Fizeram algo para nos impedir, não é algo que poderia culpa-los. 

— Mas eles perderam o controle, é como se eles tivessem vontade própria. 

— Nada é controlável para sempre. Se eles foram criados para proteger a natureza... eles têm um objetivo e nada mais que isso. — Olhou para Tyler que começava a ficar pensativo. — Quando eles te atacam entre as árvores... como estivessem trabalhando com eles. Em perfeita harmonia. 

Tyler sentou-se com ela, tinha algo diferente nela. 

— Acha que podemos vencer? — Ele perguntou. 

— Vencemos antes como as lendas contam. Podemos vencer essa batalha, mas podemos vencer a guerra?

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Sansa olhava para Shireen lendo, cheia de inocência e sonhos. Conseguiu ver de relance que era relacionado a dragões, imaginava o que a garota faria quando visse um. 

— Ela vai casar com Robin Arryn? — Perguntou para Davos atrás de si. 

— Foi esse o acordo entre meu rei e Lorde Baelish. 

A Stark olhou por cima do ombro, seu rosto parecia sombrio. 

— Foi um erro dele em confiar em Lorde Baelish, ele vai apunhá-lo pelas costas. 

— Meu rei espera que ele tente isso, a única coisa que ele precisa é um de exército para acabar com os Lannister e Targaryen. 

— Essa guerra não vai acabar com a morte de Baelor, ele tem um irmão e irmã. Se algo acontecer com Baelor ela vai trazer seu exército e junto com ele sangue e fogo. 

— Por isso vamos continuar unidos. — Foi a voz de Holly que lhe chamou sua atenção. — Eles conquistaram Westeros quando estávamos separados, mas não unidos. 

Sansa queria acreditar naquilo, mas Dorne e os Lannister nunca se juntariam com eles, o reino havia se dividido com a rebelião de Robert e dificilmente algo mudaria isso. 

— É melhor esperamos esperar essa guerra acabar. — Davos aliviou antes que um debate acontecesse, olhou para a pequena Baratheon — Esse é o nosso futuro.

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Sebastian arrumava suas coisas, tinha que voltar para casa por sua mãe e irmãs, não poderia deixa-las como reféns. Com a morte de seu pai ele se tornava o lorde e tinha o dever de protege-las, e poderia ceder o nome que Najma queria para poderem se casar. 

— Não vá, Sebastian, se eles entenderem isso errado... 

— Vem comigo, vai estar segura comigo e eles te conhecem. — Segurou a mão dela. — Não gosto da possibilidade de Aurane perto de você, se ele tentasse algo não poderia te proteger. 

— Sebastian... 

— Por favor, Najma. 

— Tudo bem.

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O apoio da casa Bolton trazia desconfiança para todos, principalmente quando Anezka Bolton colocava Theon Greyjoy sobre sua proteção. 

Ele poderia ter achado uma forma de recompensar sua traição ajudando Sansa, mas não garantia que ele não iria trai-los novamente quando uma oportunidade surgisse. 

— O que vocês fazem aqui? — Helena perguntou para Anezka, mas seus olhos se prendiam em Theon. — Precisa levar mais um soco no rosto para perceber que não é bem-vindo aqui. 

A Bolton aproximou do rosto da Tyrell, os olhos frios da garota analisavam Helena. 

— Foi pedido nosso exército, por Jon Snow. Não tente ser a Lady de Winterfell, você está muito longe de ser. 

— Você tem ousadia para voltar depois do que sua casa fez, matou Robb Stark e traiu toda casa Stark. Seu exército não é confiável. 

— Quem decide isso é Jon, ele acredita que o exército Bolton vai ser útil. — Lillian falou aproximando. — Mas ele pede que se juntam com os outros exércitos e partam para a muralha. 

— Prefiro falar com ele primeiro, conversar e depois vemos como isso segue. 

Anezka passou entre as duas com Theon atrás de si.

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Eles precisavam reportar o que tinham visto para os outros na muralha, um exército de mortos prontos para avançar contra a muralha. 

O pensamento assombrava Axel, assim como assombrava os outros que tinham ido com ele. Não poderiam atravessar contra eles, apenas podiam voltar para a muralha. 

A muralha era a única coisa que os separavam, o simples pensamento de pensar naquele bloco de gelo caindo no chão assombrava todos e causava um arrepio em sua nuca. 

As arvores se mexiam, criando sombras e vultos, deixavam todos em alerta. 

Axel não gostava disso. 

— Mantenham se atentos, por favor. — Avisou. 

Ele só queria ver a muralha e se sentir seguro, avisar para os outros o que tinha visto. Ou que acordasse e percebesse que tudo não tinha passado de um pesadelo. 

Ouviu o som de gelo se partido, algo rápido e baixo, porém sabia que tinha algo errado. 

Estava rodeado de neve, não tinha blocos de gelo por perto. 

Um grito agudo invadiu seu ouvido e olhou para trás assustado. 

Sua espada já estava em sua mão pronta para atacar qualquer coisa. 

Escutou novamente o barulho de gelo rachando, mas algo maior e irritante. 

As árvores se mexiam mais, causando confusão em sua visão, ele sentia que precisava sair dali. 

Algo tocou seu ombro, gelado. Antes que se virasse viu uma flecha passar perto de si e atingir quem estava atrás dele. 

— Eles estão aqui! — Josera berrou. 

— Temos que sair daqui! — Axel completou. 

Não ia ficar e lutar, principalmente quando viu aqueles olhos azuis que pareciam congelar cada parte de seu corpo. 

Se movia contra as árvores, mesmo sentido que algumas delas batiam em seu corpo, o atrasando mais. 

Sua esperança foi quando viu o pequeno raio de sol escapar, correu o mais rápido que pode para levar aquele combate para um campo aberto. 

Saiu de lá e viu rodeado por nada e sentiu um alivio em seu peito, viu seus homens saíram junto com ele. 

Segurou Elsera e a colocou atrás de si, sabia que ela estava fraca. 

Quando olhou para trás viu alguns homens seus sendo segurados por alguns caminhantes brancos. Eles tinham algo brilhante em sua mão, algo parecido com adagas. 

Axel olhou fixamente para Josera, viu aquela coisa brilhante cortar seu pescoço e seu sangue pintar a neve branca. 

Segurou Elsera antes que ela corresse contra eles. 

Seu olho encontro aquele que deveria ser seu líder, viu algo que parecia ser um sorriso. 

Quando ele abriu os lábios aquele som de gelo se quebrando se fez presente novamente, eles começaram a andar de costas para as árvores e deixando os corpos no chão. 

— O que foi isso? — Um homem da patrulha se questionou. 

— Um aviso para não chegarmos perto deles. — Axel respondeu ainda segurando a Snow. — É melhor queimamos os corpos, dar um enterro digno. 


Notas Finais


2. Os WW vão ganhar mais importância, assombrar sonhos e pessoas, e como a linguagem deles foram descrita como som de gelo se quebrando, se necessário vou traduzir e colocar me negrito, mas não significa que os personagens vão entende-los. - Só vou usar em momentos importantes, extremamente importantes -.
3. Ah, e o textinho de despedida está pronto para quando acabar.
4. Para a felicidade de seu personagem no final, pode ser importante comentar.... ou não...


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