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História Game Of Thrones - Capítulo 29


Escrita por: Dhampir

Capítulo 33 - Capítulo 29


Fanfic / Fanfiction Game Of Thrones - Capítulo 29

Quando os pecados do meu pai pesarem sobre a minha alma

E a dor da minha mãe não me deixarem ir

Bom, eu sei que não pode surgir fogo do céu

Purificando o mais puro dos reis

Mesmo sabendo que o fogo me machuca

Mesmo assim

Faça chover

Make It Rain - Ed Sheeran

 

A seeds needs the water

Ele reconhecia o trono na sua frente, viu muitas vezes seu pai subir aqueles degraus e reclamar das pontas afiadas que machucavam seu corpo, Baelor estava acostumado com aquela cena que parecia real.  

— De todas os caminhos que segui esse foi o único que fazia minha mente ficar atormentada. — Ouviu a voz que nunca achou que escutaria novamente. — Minha sanidade se foi quando trilhei esse caminho, filho.  

Olhou para trás vendo o homem que um dia chamara de pai, mas a aparência não era dos últimos dias de um homem insano, ele nunca havia visto o pai daquela forma; só havia escutado histórias.  

A barba estava rala, as unhas cortadas, os olhos violetas que muitas vezes carregavam a insanidade dele pareciam limpos daquele sentimento, os lábios formavam um sorriso, o cabelo platinado longo e amarrado.

Baelor conseguia ver uma versão mais nova de Aerys, conseguia ver seu pai.  

— Eu sabia que quando subisse como rei todos iriam conspirar contra mim. Amigos poderiam ser facilmente meus inimigos. — Soltou uma risada sem vida. — Até mesmo desconfiei de Rhaegar, sua mãe, de minha própria família. Esse é o preço de uma coroa, filho. Não existe confiança.  

— Você ficou louco, a prova é como te chamavam: O Rei Louco. — Disse, mesmo não sabendo se aquilo se tratava de um sonho. — Não vou ser como você, eu sei em quem posso confiar.  

— Sabe? Realmente acredita nisso? Eu confiei em Tywin Lannister e ele matou a esposa e as duas crianças de Rhaegar. Teria matado Lisa se ela estivesse aqui. Jaime Lannister um membro da guarda real me matou, ele fez um juramento de me proteger. Nunca se sabe de onde a traição vai vir, filho.  

— Não entendo o motivo desse sonho.  

Olhou para o trono novamente, sentiu o pai tocar em seu ombro e aproximar os lábios de seu ouvido.  

— Queime todos eles! — Baelor se virou para encarar o pai. — Eu não estava louco sobre isso. Precisa queimar todos eles. Fogovivo vai salvar essas terras por mais alguns anos.  

O local parecia mudar, mas Baelor ainda continuava ouvindo seu pai falar “Queime todos eles! ”  

As palavras de seu pai foram apagadas por um choro de bebê misturada com uma canção, uma canção que sua mãe cantava quando pequeno. 

Seu cabelo caia como uma cascata enquanto segurava a pequena garota em seu colo, Baelor se aproximou lentamente. 

— Se tornou um homem, meu pequeno príncipe. 

Aquela voz era como mil espadas atravessando seu corpo, uma dor que parecia brincar com eles todos os dias. Ele nunca se esqueceria da mulher que chamava de mãe. 

— Eu morri ou isso é um sonho? 

A mulher se virou o encarando, os olhos violetas faziam Baelor se afogar neles, o fazia se sentir uma criança novamente. 

— A escolha é sua, meu príncipe. Quer morrer e ficar aqui ou acordar e lutar mais um dia? 

Ele tinha muito do que abrir mão, independentemente de sua escolha, porém tinha pessoas para proteger e uma guerra para colocar o fim. 

— Sei que criei um guerreiro, não vai cair tão facilmente. O meu garoto aguentar mais que isso, sempre aguentou. 

Baelor aproximou, sentiu a pele dela quente, era difícil imaginar que aquilo tudo era só um sonho, parecia tudo tão real. 

— Deveria ter ficado com vocês, não deveria ter seguido Rhaegar. — Olhou para a menina nos braços dela. — Poderia ter protegido Viserys e Dany, talvez você ainda estivesse viva. 

— Não podemos mudar o passado, apenas moldar o futuro. — Baelor tocou na criança, os olhos eram parecidos com o de Lydia. — Teria tido uma garotinha, meu príncipe, mas ela foi arrancada do útero de sua mulher antes. 

— Onde eu estou? 

— Pergunta errada. Não é onde está, querido, mas a razão. — Ela entregou o bebê para Baelor. — Tem que parar de olhar para o passado, parar de achar que poderia ter feito algo. É o momento de olhar para o futuro, querido, nada do que aconteceu antes foi sua culpa. 

— É difícil, principalmente com memórias em todos os lugares. 

— Por isso novas vão surgir, mas antes... — Rhaella colocou as duas mãos em voltar do homem na sua frente, aquilo não parecia um sonho para Baelor. — Fogo e Sangue, não tenha misericórdia de seus inimigos. Eles não tiveram misericórdia de nossa casa, não precisa ter deles. Seja pior, mostre: Fogo e Sangue. 

— Vou vê-la novamente? 

— Estaremos esperando por você, meu rei, mas no momento certo.

Os sons de asas batendo e ele estava em um lugar diferente, e ele sabia que nunca estivera lá antes. Um lugar que parecia abandonado, caminhou lentamente até escutar um rugido cortar o céu. 

Olhou para o chão pegando uma espada, de aço valiriano, o cabo parecia ter sido feito com ouro e no centro uma joia azul. 

Se virou para trás vendo dois olhos vermelhos o encarando, escutava cada passo do animal, junto com eles vozes que diziam “Esse é o começo e salvação”. 

Baelor sentia que deveria recuar, mas suas pernas caminharam em direção ao animal; não era uma aberração, mas uma maravilha. 

O animal abriu a boca expelindo fogo e finalmente Baelor acordou. 

Estava na sua tenda, sozinho, conseguia escutar a chuva batendo no chão do lado de fora junto com as vozes dos outros homens. 

Tocou em seu rosto sentido a cicatriz. 

Mas ele sabia que tinha mais coisas para saber. 

  

Before they grow out of the ground

Os cachos ruivos da Tully estavam pousados delicadamente sobre a cama, Eddard poderia jurar que sua amada apenas descansava e logo daria aquilo sorriso que ele adorou receber depois da primeira vez que compartilharam uma cama. 

— Quem fez isso? — A primeira pergunta que veio na cabeça do Baratheon. 

— Acreditamos que um homem de Aegon, o falso dragão. — Um de seus homens respondeu. — Deve ter envenenado o vinho acreditando que você iria beber. 

Forçou seu braço a tocar o rosto tão tranquilo dela, sentiu a pele fria dela e percebeu seu estômago revirar junto com uma pontada em seu braço. 

— Ela sofreu? — Olhou para o meistre que abaixou a cabeça. — ELA SOFREU? 

— Não, foi tudo pacifico. — Mentiu, ele não precisava de todos os detalhes. 

Mindinho tocou o ombro do rapaz, sabia que era cedo demais começar a falar sobre Sansa, mas deveria começar a virar as cartas que tinha colocado na mesa, sem perder a cautela. 

— Sinto muito, Eddard, sei como estava disposto a abrir mão do casamento com Sansa para ficar com ela. — Eddard olhou para o homem, não precisava de falsas palavras. — Mas esse não é tempo para luto, estamos em guerra. Logo vai chegar notícia que o ataque falhou e ele vai tentar novamente. 

— Não vai. Mande os homens se preparem, vamos atacá-lo e eu juro que vou matá-lo com as minhas próprias mãos. 

— O que fazemos com ela, meu rei? — Um de seus homens perguntou. 

— Levem para casa, ela nunca deveria ter saído de lá... onde estava segura. 

 

But it just keeps on getting harder

Alyssa conseguia ver a felicidade no olho de Willas cada vez que ele estava perto dela, por isso tentava ficar longe quando ele fazia planos de guerra, queria que ele vencesse. 

— Meu irmão falou sobre o casamento. — Viu Margaery sentar ao seu lado. — Ele está feliz, mas não sinto o mesmo de você, Alyssa, e isso me preocupa. 

— Não existe nada para se preocupar. 

O único homem que poderia estar entre Willas e ela não estava vivo, não respirava — Ou ela acreditava nisso —. 

— Eu gosto de você, Alyssa, e saber que agora estamos na mesma página da história é algo bom. Fico feliz com seu casamento com meu irmão. 

— Willas é um bom homem. 

— Mas você entregou seu coração para outro. 

— Ele está morto, prima, e vou superar. 

 

Hunger more profound

Lydia olhava para a irmã segurando seu bebê, havia sentido falta de Arya e a personalidade forte dela. Sentia saudades, mas sabia que era o momento de criar novas memórias. 

— Poderia ensinar ele a atirar flechas quando crescer. — Lydia sugeriu. 

— Vou adorar ensinar isso e outras coisas que aprendi. — Completou. — Sansa sabe que teve seu filho? 

A expressão no rosto de Lydia entregava a resposta, não havia mandando nenhuma carta para irmã desde o dia que soube que ela tinha seguido para o Vale. Não sabia o que pensar da irmã, tinha tanta coisa entre elas. 

— Não quero pensar nisso. Tem muita coisa acontecendo. 

— Nenhuma resposta de Baelor? 

— Nenhuma e sinto que estão escondendo algo de mim. — Olhou para Selmy. — Ele teria escrito para mim independente do nosso filho, Arya. 

— Compreendo, mas deveria resolver o assunto com Sansa, ou terei que fazer isso por vocês duas novamente? 

— E o que iria fazer para conseguir isso? 

— Vou considerar um sim, vou descobrir quem está fazendo vocês duas entrarem em guerra. — Lydia ia começar a falar, mas Arya foi mais rápida. — Isso é uma guerra, quando envolve as duas sempre é uma guerra. 

As duas riram, era bom voltar a rir. 

 

I know they can't count tears from the eye

Daemon olhou para o irmão terminando de escrever, parecia determinado em cada palavra. Mudou o olhar para Kaylee que tinha um sorriso no rosto, algo que começou a considerar raro. 

— O que tanto escreve, irmão? — Daemon não tentou esconder a curiosidade. 

— Meu filho nasceu, tenho uma guerra para vencer e inimigos para matar. — Comentou com normalidade. — Preciso que faça algumas coisas para mim, Kaylee. 

— O que precisar. 

Ele se virou os para os dois, a cicatriz podia ser notada com facilidade. Daemon sentia seu corpo arrepiar com um simples olhar para ela, mostrava o quão perto de perder seu irmão ele esteve. 

— Quero ir espalhe rumores acusando Euron de ter matado Tommen, que eu morri, e tente fazer eles pensarem que planejo um ataque da mesma forma que Stannis tentou contra eles. 

— Por que espalhar rumores de sua possível morte? 

— Quero que eles recebam notícias falsas todo dia, que eles acreditem que estão um passo na minha frente. E quando​ for enfrenta-los quero que tenham uma surpresa. 

— Lydia? Os rumores podem chegar ao Norte. 

— Fiz uma carta para ela, não vou deixar ela pensar que estou morto. — Voltou sua atenção para o papel na sua frente. — Ela sabe o que aconteceu comigo? 

— Não, mandei Sor Barristan não comentar nada com ela. 

Baelor balançou a cabeça, olhou para a mensagem que Lydia tinha mandado. 

— Bom. Agora tenho que me preocupar em trazer fogo e Sangue para meus amigos. 

 

But they may as well all be in vain

Tyler apenas queria evitar Helena, não sentia que um dia poderia retribuir o mesmo sentimento que ela. E mesmo que um dia fosse capaz, havia a posição dela que impediria qualquer chance de união. 

Não gostava de ficar ao redor de selvagens, mas quando não estava no castelo sempre conseguia ver algum selvagem, apenas pessoas de confiança de Jon e Val, o primo sabia da importância de alguns deles permanecerem por perto. Tinham um grande conhecimento sobre os outros, e precisavam da ajuda deles na grande batalha. 

— Como está o braço? — Escutou a voz de Nara. 

— Está ótimo. 

— O que vai fazer com os Karstark? 

Nara queria se vingar pelo amigo, sentia que aquela casa tinha culpa pelo ataque. Ninguém seria tão bondoso assim depois de ter que fugir de sua própria e ver um selvagem assumindo controle. Não queria esperar Asher descobrir algo e ter certeza do que estava acontecendo lá. 

— Não sei de nada por agora, temos que esperar Asher com algumas respostas. 

Tyler a observou por um tempo, nenhum sorriso no rosto, apenas parecia analisar cada situação possível naquele momento. 

Tinha muito mais nela do que ele poderia enxergar e ela não permitia que os outros vissem o resto. 

 

And even though I know these tears come with pain

Conversar com o primo ajudava a sumir com os pensamentos negativos, Yrios fazia a recordar dos tempos de infância, do seu tio Oberyn e do tempo que as coisas pareciam mais simples. 

— Sinto falta dele todos os dias. Das histórias que ele contava. 

— E tudo piora ao pensar que Montanha possa ter sobrevivido. — Yrios adicionou. 

Pararam na frente da tenda de Lisa, ela beijou o rosto do primo e adentrou. 

Seu tio tinha tomado todas as preocupações que ela se sentisse confortável, mesmo que ele não tivesse sido a favor dela ir junto. Ela via o quanto ele era protetor com ela. 

Mas foi a cama que tinha chamado sua atenção, a flor nela. 

Sentiu seu coração acelerar, um sorriso nasceu apenas ao pensar na possibilidade que ele poderia ter voltado e estar tão perto dela. 

— Eu disse que ia voltar, princesa. 

Ela se virou vendo o rosto do homem que tinha entregado seu coração. 

— Tallon... 



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