História Game Of Thrones - Capítulo 5

Tenho um segredo
Você pode guardá-lo?
Jure que esse você vai guardar

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Fedor

Desde que Ramsay recebeu a mensagem que perdeu Forte do Pavor ficou mais irritado, os Lordes não tinham mais medo dele, não se importou em fazer Sansa pagar por isso.

– Vou esfolar eles! – Gritou e me encolhi – Vou enviar a cabeça dela como presente. Eles não vão roubar o que é meu!

– Podemos ataca-los de surpresa, estão no Castelo Cerwyn.

– Não! – Roose Bolton respondeu.

– Ficar aqui não vai adiantar nada. – Ramsay respondeu.

– Enviamos homens e nenhum voltou, nem seus cavalos. Não sabemos quantos homens possuem.

Os dois continuaram debatendo, mas as palavras de Roose continuavam batendo em minha cabeça.

“Enviamos homens e nenhum voltou, nem seus cavalos. ”

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Kaylee

Os membros da casa Targaryen estavam na sala, juntos com Barristan, Tallon e Lydia.

Daemon me abraçou por trás, ele não queria estar nessa sala.

– Depois que tomamos Winterfell vamos começar com a outra parte. – Baelor falou e observou o mapa de Westeros – Aqueles que se recusarem a se juntar a mim vamos conquistar.

– Temos o Norte e Dorne. Teremos de conquistar o território dos Baratheon e tentar negociar com os Tyrell.

– Margaery Tyrell é casada com Tommen Baratheron, porém o casamento não foi consumado. – Lydia adicionou a informação.

– Não quero atacar Highgarden. – Baelor pegou a flor que representava eles – Se chegarmos em um acordo em segredo vamos ter informantes em Porto Real.

– Eles vão precisar de algo. – Lisa levantou a questão – Um casamento seria bom.

– Não olhem para mim, estou comprometido. – Daemon beijou meu rosto – Eles têm um Tyrell solteiro, o herdeiro.

Lisa negou com a cabeça, mas mesmo se aceitasse o casamento não iria acontecer. Quem fosse casar com Lisa teria que ter a aprovação dos dois tios ciumentos.

– Temos Aelyx, Alysanne e Belf, se levar as palavras certas irão aceitar um dos três. – Falei e senti o Daemon ficar tenso com a possibilidade – Só precisamos dizer que Baelor não tem herdeiros e considera Aelyx como próprio filho.

– Vão precisar de provas que são um Targaryen. Podemos ter a possibilidades de eles quererem que Aelyx cresça com eles. – Daemon falou, estava mais receoso com isso do que eu.

– Só vamos oferecer isso sem chances de traição. – Baelor olhou para mim e Daemon por um tempo antes de voltar sua atenção para o mapa – Antes de Porto Real quero recuperar Pedra do Dragão. Agora faltam três lugares: Terras Fluviais, Terras Ocidentais e o Vale.

– O que vai fazer com os Frey? – Lydia perguntou.

– Depende de você. Eles traíram você, mataram sua mãe e irmão de forma covarde. Diga e eu faço. Não temos possibilidade de fazer acordo com quem comanda as Terras Fluviais e as Terras Ocidentais.

Ele não precisou dizer as palavras, todos sabiam que ele iria conquistá-las.

– Tallon e seus homens derrubaram sete homens da casa Bolton. – Comentei – Eles devem mandar mais homens para descobrir algo, mas não devem atacar tão cedo.

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Baelor Targaryen

Lydia não sorria mais ao saber que sua irmã havia se casado com Ramsay, os comentários sobre ele só pioraram essa situação.

Lá estava ela sentada em uma cama encarando uma vela, se perdendo em pensamentos.

– Não sabia que Daemon é casado. – Falou sem me encarar.

– Ele se casou escondido com Kaylee, ainda não sei o motivo de ser escondido. Um tempo depois ela engravidou e teve Aelyx, o garoto salvou minha vida.

– O que quer que eu fale para você? – Aqueles olhos castanhos se perderam nos meus.

– Nada, Baelor, já está fazendo muito. Recuperando minha casa e logo me unindo com minha irmã. Tudo o que eu preciso.

Segurei sua mão, aqueles dedos pequenos se entrelaçando com os meus. O anel que havia dado estava em seu dedo. Levantei sua mão e depositei um beijo.

– Pode conversar comigo sobre qualquer coisa. – Ela me olhava, mas só conseguia olhar sua mão junta da minha – Sei que não desejou se casar desse jeito, mas ambos estamos aqui. Confie em mim, por favor.

Sua cabeça encostou em meu ombro.

– Não posso perder minha irmã, Baelor. – Passei meu braço envolta dela – Perdi tanta coisa.

– Não vai perder mais nada, prometo. – Depositei um beijo em sua cabeça – Vou recuperar o que é nosso, você vai ser minha rainha e eu seu rei, vamos ter filhos, eles vão crescer e ficaremos velhos, vamos ser felizes. Acredita nisso?

– Quero acreditar.

Ficamos assim por um tempo, pela primeira vez estávamos juntos de uma forma diferente. Ela estava confiando em mim, contando algo que a assustava, se abrindo para mim.

Mas havia aquela sensação estranha, algo que mexia com minha cabeça. A sensação que tudo poderia acabar em um momento.

Algumas batidas na porta e Daemon entrando no quarto.

– Tem uma visita, Lady Lydia. Acho que vai gosta.

Uma garota ruiva entrou no quarto, minha atenção se voltou para a garota do meu lado.

Levantou da cama como tivesse sido hipnotizada, correu para o braço da ruiva e escutei um Sansa baixo.

Andei ao lado de meu irmão para não interromper o momento.

– Ela fugiu junto com um Theon. – Olhei para Daemon que encarava a cena – O que vai fazer?

– Dormir e amanhã vamos recuperar Winterfell.

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Lisa Targaryen

– Lisa Targaryen iluminando minha noite. – Baelor me olhou com um sorriso – Quer vinho?

– Aceito. – Encheu uma taça para mim – Não deveria estar com sua mulher?

– A irmã dela está aqui, então deixo as duas aproveitarem o momento e eu aproveito o vinho. – Ergueu a taça e tomou um longo gole – Espero que não esteja acordada por causa de alguém.

– Se eu estiver?

– Diga o nome, por favor, vou adorar cortar a cabeça do adorado cavalheiro. – Ele ultrapassou o limite de vinho que poderia tomar, não estava tão sério – Meu irmão te amava muito e iria te proteger desses homens. Ele não está aqui, mas eu estou.

– Vai espantar cada homem da minha vida?

– Espantar, matar, jogar na masmorra. Faz diferença? Estou fazendo o que Rhaegar iria fazer. – Me puxou para um abraço – Ainda é a mesma garotinha que segurei no braço quando nasceu.

– Você está bêbado.

– Ainda não, estou alegre. Elia estaria orgulhosa de ver a mulher que a filha se tornou.

– Como eram meus pais? Nunca realmente falou deles.

– Elia e Rhaegar poderiam ter dado certo, se ele não fosse tão estúpido. Eram amigos e existia aquele amor que se bem trabalhado teria sido algo único, infelizmente ele não percebeu. Os dois se davam bem, ele a amava.

– Amou mais Lyanna.

– Não acredito nisso. Se alguém voltasse no tempo e contasse o que iria acontecer. – Ele se afastou e olhou para o céu – Fique com Lyanna e terá alguns momentos marcantes, mas toda sua família vai ser destruída ou esqueça Lyanna e irá começar um reinado de bondade. Ele teria escolhido o segundo. Rhaegar não esperou que toda fúria caísse sobre sua família também.

– Acredita nisso?

– Princesa, eu estava lá. Antes da batalha ele falou sobre vocês e me fez prometer que iria cuidar da sua família. Você é minha para proteger.

Bagunçou meu cabelo e ficou me observando.

– Algum problema?

– Amanhã talvez eu lute contra o exército dos Bolton e já sei o que vai pedir, mas não posso permitir que vá comigo. Eu preciso de alguém capaz para montar Rhaegal e você a pessoa que parece mais ligada com ele.

– Está me pedindo para montar um dos dragões nas batalhas?

– Estou. Dany com Drogon e você com Rhaegal. Vá dormir, princesa, não quero que fique bêbada.

– Tio Oberyn cuidou dessa parte, sou bastante tolerante.

– Eu acredito nisso.

O abracei mais uma vez e ele beijou minha testa.

Baelor nunca falou sobre se sentir na obrigação de me proteger, nunca ouvi sobre a promessa que ele tinha feito para o meu pai. Não sabia de muitas coisas que ocorrem naquele tempo. É difícil saber o que realmente acontece em uma guerra, muitos segredos continuam esperando o momento para serem revelados.

E ele havia me pedido para montar Rhaegal nas batalhas, ele estava confiando em mim uma parte importante do seu plano de conquistar Westeros mais uma vez.

Entrei no meu quarto e uma vela estava acessa perto da minha cama ajudando o suficiente para enxergar uma flor sobre meu travesseiro.

Os mistérios nunca param.

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Lydia Stark

Sansa queria falar sobre tudo, mas estava cansada. Foi uma fuga exaustiva que havia feito com Theon e só queria descansar.

Mas quando acordou não tinha nada mais impedindo de conversamos.

Queria saber como ela estava e ela queria saber como eu estava.

– Viu algum de nossos irmãos? – Perguntou, ela tinha esperança.

– Ia fazer a mesma pergunta. Não sei nada de Arya.

– Theon me falou que não matou Bran e Rickon. – Ela fez uma pausa dando tempo para absorver tudo – Ele matou outros dois garotos e disse que era Bran e Rickon, não sabe para onde eles fugiram.

– Não sei se fico feliz ou triste. Eles ainda podem estar vivos ou... Nem quero pensar. – Ela segurou minha mão e forçou um sorriso – Como chegou até Ramsay? Tyrion disse que não sabia o que tinha acontecido com você depois da morte de Joffrey.

– Mindinho me ajudou, me levou até nossa tia e depois arranjou esse casamento. – Hesitou, conseguia perceber que não queria falar sobre aquilo – Vi o anel, então casou com o Targaryen?

– Casei, prometi a mim mesma que faria de tudo para recuperar nossa casa. Conheci Daenerys e ela arranjou o casamento com Baelor.

– Eu vi vocês dois juntos. Está se apaixonando?

– Não sei. Baelor faz me sentir confortável, tenta mostrar que não vai me machucar. Se apaixonando é muito cedo, mas estou gostando dele.

– Acha que ele pode vencer Ramsay?

– Derrubou os Karstark e agora falta apenas os Bolton. – Conseguia sentir algo errado com ela – O que Ramsay fez com você?

– Não quero falar sobre isso, Lydia. – Segurou minhas mãos e deu um sorriso verdadeiro – Estou feliz por estar novamente com minha irmã.

Não teve problemas para falar como foi seu tempo em Porto Real, o quão cruel Joffrey se mostrou, como Cersei é uma pessoa amargurada, como Tommen é uma criança que ama gatos, como Margaery teria ajudado se Tywin Lannister não tivesse um passo em sua frente, como Tyrion foi gentil e não a machucou.

Mas escondeu detalhes de Mindinho, existia tantos segredos em volta daquele homem que causou um arrepio na minha nuca. Não tinha vontade de conhece-lo, mesmo que tenha sido um amigo de minha mãe. Sempre podemos fazer péssimas amizades.

Baelor entrou no quarto usando sua armadura, o dragão pintado, seus violetas me fixados em mim. Mudou o olhar para Sansa.

– É um prazer conhecê-la, Lady Sansa Stark.

Ela se levantou e fez uma vênia.

– É meu prazer conhecer o marido de minha irmã.

Sua atenção voltou para mim.

– Vim dizer que estou indo encarar Roose e Ramsay. Não sei se será apenas conversar ou vamos lutar, mas precisa saber que estou partindo.

Caminhei em sua direção e ele pegou minha mão.

– Vou voltar, Lydia. Vou recuperar sua casa, tirar aqueles estandartes e colocar de sua casa.

Beijei seus lábios e ele devolveu o beijo, consegui senti seu meu medo lá. Ele não saberia se iria voltar, ele não sabia o que iria acontecer.

– Se algo der errado voltem para Essos, vão estar seguras lá.

– Só volte, Baelor.

Ele assentiu e beijou minha testa antes de sair do quarto.

Ele iria voltar, voltar com a vitória sobre a casa Bolton e recuperado Wintefell. Sentia isso no meu coração.

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Tyler Snow

Depois de terem ouvido a queda da Casa Karstark as outras casas se sentiram confiantes o suficiente para se levantar contra os Bolton, não havia o que mais tremer. Uma parte de seu exército se perdeu e outros Lordes ainda guardavam rancor pelo casamento vermelho.

Todos querem um pedaço de Roose Bolton.

Alyssa se aproximava de Rass Urram, não fazia ideia o motivo dela se aproximar de um homem como ele. Chegava a ser estranho observar os dois caminhando juntos, mas o sorriso que carregava deixava as coisas mais estranhas.

– Estamos perto para juntar forças? – Rass perguntou.

– Podemos pegar o exército Bolton de dois lados, não terão para onde fugir. – Peguei uma taça de vinho e ofereci para Rass que recusou – Nunca o vi beber.

– Porque não bebo. Bebi uma vez e nunca mais.

– Não aguenta?

– Eu aguento. O problema é quando bebemos e não percebemos as coisas ao nosso redor. Faço meu trabalho sóbrio, o vinho me atrapalha.

– Eu entendo, mas não vamos lutar hoje.

– Nunca diga isso. – Bateu no meu ombro e sorriu – Você luta todo dia, desde o momento que abre os olhos está batalhando.

– O que aconteceu tanto para odiar um bom vinho?

– Meu pai morreu por seu filho estar ocupado bebendo, quando devia estar preparado para atacar. Não vou cometer esse erro com minha irmã. O que vai fazer depois de retomar sua casa?

– Ficar lá, não tenho planos de me juntar ao Targaryen. Acredito que o casamento de Lydia foi conveniente para ambos lados, isso evita que nossa casa se una contra eles e nós recuperamos o que sempre foi nosso. Mas o que vai fazer depois de acabar a batalha?

– Achar outras. Não me vejo sentado curtindo essa paz. Homens sempre estão lutando e eles fazem meu ouro, é uma regra da vida.

– Homens lutando?

– Homens dando ouro aos outros para fazer o trabalho sujo.

– Então está fazendo o trabalho sujo do Targaryen?

– Não estou fazendo o trabalho sujo de Baelor, dessa vez é mais que ouro. Você tem sua razão para recuperar Winterfell e eu tenho uma para ajudar Baelor Targaryen. Nem tudo é sobre ouro, Tyler, mercenários conseguem pensar em outras coisas.

– Então vai se preparar para uma batalha?

– Sempre devemos estar prontos. As espadas gostam de compartilhar sua voz em momentos inesperados, devemos estar prontos para ajudá-la.

Se dirigiu para fora da tenda e me deixando sozinho.

Em outro momento não teria gostado de conhecer Rass Urram, mas em uma batalha parecia um bom aliado. Não parecia tremer a morte, na verdade parecia correr em sua direção.

Agora o motivo de estar ao lado de Baelor não parecia dinheiro, ele havia revelado isso. Existia algo que ele não iria contar.

Todos temos segredos.

Um garoto invadiu a tenda ofegante, mas conseguiu dizer cada palavra.

– Querem o senhor e o exército preparado para atacar os Bolton hoje.

Nunca se sabe quando uma batalha se aproxima.