1. Spirit Fanfics >
  2. Gamer love >
  3. Rumo a Valar!

História Gamer love - Rumo a Valar!


Escrita por: Na-Sama

Notas do Autor


Atualizadoooooooooooooooooooo!!

Capítulo 19 - Rumo a Valar!


Hoje era o dia. Bilbo observava o seu reflexo no espelho. Seus cachos insistiam em cair sobre seus olhos, o que fez com que o jovem optasse por usar uma bandana com diversos logos do STAR WARS, sua camisa negra do personagem Venon só tornava tudo mais sombrio. Sorriu para si mesmo... Estava vestido para arrasar. Esse era o objetivo, afinal.

– Você vai sair em um encontro? – se sobressaltou ao ouvir a voz do seu pai, Bulgo, na entrada do seu quarto. Como sempre, o patriarca da família detinha em uma das mãos um cachimbo e na outra um item que podia variar entre uma xícara de chá, scone* ou um livro, desta vez era mesmo um livro.

– Bem, se sua definição de encontro for “encontrar” com meus amigos, então a resposta é sim. – disse arrumando rapidamente a sua mochila do Overwatch*, depois soltou um baixo palavrão com a tolice que estava fazendo. Ir a uma empresa de software que também faz videogames com uma mochila de outra empresa de games (no caso a Blizzard Entertainment) era uma afronta, era como trazer um lanche do Burgue King para dentro do Mc Donald! Ou mesmo trazer uma pokebola para capturar Digimons! Ir ao acampamento meio sangue com uma varinha e gritar Wingardium Leviosa! Uma grande afronta!

– Aquele rapaz... O que veio te pegar na última vez. Qual é mesmo o nome dele? Tulin? Pulin? Enfim, não importa!  Quero saber se ele, por acaso, vai estar nesse “encontro”?

Bilbo soltou um suspiro, sabia muito bem o que seu pai estava fazendo... Fingindo puxar conversa, tentando investigar mais sobre as aventuras amorosas do seu único filho. Era algo fofo, sem dúvida, ainda mais, levando-se em consideração a quase insistência de “aventuras” do quesito amoroso na vida de Bilbo até então, contudo não deixava de ser irritante.

– O nome dele é Thorin e você sabe.

– Sei? – Bulgo arqueou uma sobrancelha, de forma elegante digna de um Bolseiro.

– Pai, nós temos mais de 100 parentes e você sabe decorado todos os nomes deles! Com uma memória dessas seria impossível não decorar o nome do meu namorado, não é?

– Precisamente. – concordou, por fim, Bulgo – Creio que te fiz uma pergunta, antes dessa tola discussão sobre minha memória para nomes.

– Sim, pai, Thorin vai estar lá. – resmungou de contragosto. Por fim, tinha encontrado uma outra mochila que lembrava o formato de um Game-boy color, talvez não fosse algo ofensivo, afinal tratava-se de um clássico!

– Pois muito bem. Você está levando proteção, não é mesmo?

– C-como é? – Bilbo se virou para encarar, abismado, o seu progenitor. Esperava esse tipo de conversa de sua mãe e não do sempre recatado Bulgo Bolseiro.

– Proteção, filho... Uma camisinha. – nisso colocou o seu livro (“Crime e Castigo” de Dostoiévski*) sobra a escrivaninha lotada de livros da faculdade, HQs, Mangas e algumas revistas de games e séries, de seu filho. Bulgo sempre reclamava da desorganização de Bilbo, afinal tinha uma construído uma estante no quarto do filho para ele guardar seus livros, mas... Olhando em volta percebeu que a dita estante já estava entupida de livros, isso deu uma certa pontada de orgulho no Bolseiro mais velho, já que ser um leitor ávido era uma característica que seu filhote parecia ter herdado de seus genes.

– Pai! Eu vou estar com meus amigos... Não iremos fazer nada, digo, iremos fazer coisas, mas não esse tipo de coisa! – Bilbo estava mortificado, não tinha planejado de falar sobre a sua vida sexual com o seu pai, ainda mais, tendo em vista que ele e Thorin só tenham trocando intensos beijos. Novamente, se fosse Belladona, até entenderia o assunto ter vindo à tona.

– Nunca se sabe. É melhor estar preparado. – nisso, para aumentar o embaraço e a surpresa do jovem Bolseiro, Bulgo retirou do bolso um pacote de camisinhas.

– PAI! Isso é sério?

– Lógico que sim. – confirmou com um aceno decidido.

–Mamãe te obrigou a fazer isso, não é?

– Minha preocupação com a sua segurança é algo compartilhado por nós dois, sua mãe e eu! Existem várias doenças sexualmente transmissíveis que devem ser levadas em consideração...

– Pai, eu e Thorin... Nós ainda não... Você sabe! – levou a mão ao rosto totalmente corado, será que poderia conjurar um portal para leva-lo para longe dali? Não estava mesmo preparado para ter essa conversa com seu progenitor.

– Não? – o alivio na expressão de Bulgo Bolseiro era palpável.

–Não. – confirmou em um resmungo, Bilbo.

– Bom, bom. Mas melhor sempre prevenir do que remediar. – ofereceu o pacote de camisinha que o rapaz pegou com embaraço. Satisfeito, Bulgo acenou com o cachimbo uma despedida e saiu do quarto deixando seu filho consumido pela vergonha e desesperado para fugir do seu lar, antes que Belladona também entrasse em cena e tornasse o dia ainda mais estranho. Enfiou o pacote de camisinhas em sua mochila e saiu. Prometeu a si mesmo se livrar daquele pacote, antes de encontrar seus amigos... Afinal, não sabia qual seria as consequências para caso um dos seus companheiros (principalmente Dwalin e/ou Thorin) descobrisse as camisinhas.

 

~*~*~

 

– Aonde você vai mesmo?

Ori soltou um suspiro, pensou que poderia sair de sua casa sem passar por um interrogatório. Seus irmãos mais velhos, que normalmente estão ocupados em seus trabalhos, o que levava a possibilidade de encontrar os dois ali, ao mesmo tempo, muito duvidosas, fizeram questão de tornarem obstáculos para a sua saída.

– Eu já disse... Vou me encontrar com meus amigos, nada demais! – resmungou apertando a alça de sua mochila de padrão xadrez.

Dori, o mais velho, franziu o cenho e até mesmo parou de polir as peças de porcelana que estavam sobre a mesa, sendo dono de um antiquário dedicava muito tempo na restauração de peças delicadas como aquelas. Dori tinha cabelos grisalhos e uma curta barba, parecia um homem antiquado, talvez por isso tenha optado pelo antiquário... Sempre se vestia de forma formal o que o fazia ele parecer mais velho do que realmente era.

– Vocês nunca me questionaram sobre isso antes. – continuou a resmungar e lançou um olhar de suplica a Dori, mas esse pigarrou e verteu seu olhar para Nori.

– Antes você só tinha Bilbo e Drogo como amigos. – respondeu o irmão do meio com um sorriso arrogante que se tornava estranhamente irritante, principalmente pois esse sorriso era sobressaltado devido a sua barba castanha avantajada e bem cuidada, um dos hobbies preferido de Nori era justamente o “cuidar” de seus pelos faciais, o que lhe conferia um ar malandro ao estilo Jack Sparrow.

Agora era a vez de Ori franzir o cenho.

– Você andou me vigiando? – concluiu abismado, sabia do passatempo... Ou melhor, profissão do seu irmão: detetive particular. Bem que essa apenas um dos incontáveis bicos que Nori fazia, na lista também estava incluído entregador de pizza, encanador e operador de telemarkting.

– Eu só passei, eventualmente, na livraria onde você trabalha, sabe?

– Passou? Quando? – De vez enquanto Nori ou Dori passavam em seu trabalho de meio período apenas para checar que estava tudo bem, como se livros pudesse, de alguma forma ataca-lo ou algo do tipo! Seus irmãos eram extremamente protetores, mesmo sabendo que o seu irmão caçula já era maior de idade ainda o tratavam como uma criança. Contudo, ultimamente, não vira nenhum dos dois rodando seu local de trabalho o que de fato era estranho...

– Isso não vem ao caso. Você não nos avisou que Dáin tinha contratado outro funcionário?

Ori engoliu em seco e resolveu concentrar sua atenção nos seus sapatos All Star Converse laranja-neon (presente dado por Bilbo em seu aniversário).

– E daí? Eu não sabia que tinha que fazer relatórios sobre o que ocorre no meu trabalho...

– Viu, Dori? Agora ele está sendo petulante!

– Calma, Nori...

– Ori nunca foi rebelde! Sempre nos contou tudo!

– Dê o garoto uma chance de se explicar, tenho certeza que o nosso Ori tem um uma explicação plausível para tudo.

– Inclusive para o fato desse novo funcionário ficar tocando a bunda dele? – falou Nori bastante sobressaltado.

– Bem... Isso é algo que também gostaria de saber. – disse isso alisando sua curta e cinzenta barba.

Ori podia sentir o olhar dos seus irmãos direcionados a ele. Por que hoje não era como os outros dias? Por que justamente hoje Nori e Dori tinham que estar em casa? Talvez fosse tudo premeditado... Contudo, quem sabe estivesse adiando o inevitável. De seus amigos, fora o primeiro a começar a namorar e até o momento não tinha revelado a existência de Dwalin a seus familiares, ao contrário de Bilbo e de Drogo que já tinham passado por aquela fase de revelações e embaraços.

Você tem vergonha do Dwalin? Teme que seus irmãos não o aprovem?

Aquela intrigante voz martelava em sua cabeça as questões que o incomodavam nas últimas semanas.

“Não! Eu amo Dwalin! Não tenho vergonha dele, pelo contrário... Agradeço a todos os deuses que existem no mundo eu ter esbarrado em alguém como ele...” pensou cerrando ainda mais o punho na pobre alça da mochila. Por fim, levantou os olhos e falou:

– Ele é meu namorado! – exclamou em um tom um pouco mais alto que tinha previsto.

Nori abriu e fechou a boca, tal como um peixe fora d´água. Dori, ao contrário, assentiu com a cabeça, sempre fora o irmão mais sensato.

– Namorado? C-como assim? – Nori recuperou a fala – Eu pensei que ele tivesse de molestando ou praticando uma espécie de bullying! Tem certeza que ele é seu namorado?

– O que está insinuando? Que por Dwalin ser todo fortão e sexy, não poderia gostar de alguém como eu?

– Eu não disse isso! Definitivamente eu não definiria como sexy... Talvez fortão.

– O que Nori está querendo dizer é se esse senhor Dwalin não está se aproveitando de você. – tentou explicar Dori.

Ori se controlou para não gritar com seus irmãos. Sabia que eles só estavam tentando protege-los... Depois da morte dos seus pais, Nori e Dori assumiram o papel de seus responsáveis, abandonaram sonhos, Dori mesmo deixou a faculdade para começar a trabalhar e Nori atrasou seus estudos na escola para fazer o mesmo, tudo para prover ao pequeno Ori segurança e um lar estável. Não, não podia culpa-los, deveria ter um modo de mostrar para eles que estava bem... Que havia mais alguém que também queria protege-lo. Alguém que eles podiam confiar.

– Pois é, de certa forma eu me aproveito dele, afinal devo aproveitar meu namorado, não? – Ori que estava a poucos passos da porta se virou extasiado para notar a presença de Dwalin logo ali, com sua jaqueta de couro, camisa regata negra e calças jeans meio esfarrapadas, não transparecia a imagem de bom-moço, na verdade, era mais uma personificação de alguém pertencente a uma gangue de motoqueiros.  Pelo menos a jaqueta cobria as tatuagens em seus braços, mas ainda se podia parte delas subindo pelo seu pescoço.

“O timing não podia ser mais perfeito...” lamentou Ori em pensamento.

– Como você entrou aqui? –exigiu saber Nori.

–  A porta estava aberta e vocês estão gritando muito. – disse simplesmente, dando os ombros –  Acredito que todos os vizinhos já estão sabendo do novo namorado do Ori. – nisso piscou divertido para o referido garoto que no momento desejava cavar um buraco no chão e se esconder eternamente.  

– Então, você é o namorado? – Dori falou lentamente. O clima da sala parecia ter despencado alguns graus. Até Ori sentiu um calafrio percorrer seu corpo.

– Precisamente, me chamo Dwalin Fudin, tenho 24 anos e faço curso de Geologia. Estou apaixonado por seu irmão. Sim, gosto de pegar na bunda dele, mas esses toques são consensuais.

– Dwalin! – murmurou Ori aflito, mas o outro rapaz o ignorou.

– Farei qualquer coisa para deixar Ori feliz. Sei também que vocês são muito importantes para ele...Logo compreendo a relutância de Ori em me apresentar e também a preocupação de vocês.

Agora Ori engoliu em seco e mordeu o lábio inferior. Não tinha mencionado a sua insegurança quanto ao encontro de Dwalin com seus irmãos. Sim, tinha procrastinado o evento, mas nunca havia sequer mencionado isso ao seu namorado... Tinha subestimado o poder de observação de Dwalin, o que fora uma idiotice de sua parte, afinal fora Dwalin quem descobriu as identidades dos membros do grupo Burglar, também fora ele que arquitetou o plano para que ambos os grupos se encontrassem. Lógico que Dwalin sabia de seus receios e isso deixou Ori se sentindo ainda mais culpado, por não ter se confidenciado antes.

– Ei. Nada de fazer essa cara triste. – provocou o estudante de geologia dando um leve soquinho no ombro de Ori – Não estou chateado, eu disse que entendo. Além disso, ainda não falei para os meus pais e principalmente meu irmão mais velho, Balin, sobre você.

– Hã? Você não falou! – a culpa se esvaiu totalmente.

– Er... Não surgiu a oportunidade. Meus pais moram longe , sabe? Meu irmão, por outro lado...

– Espera! – Dori os interrompeu – Você é irmão de Balin Fudin?

– Sou. – respondeu Dwalin franzindo o cenho.

– Não pode ser. – resmungou Nori – O Balin sempre fala do irmãozinho dele como fosse uma criança levada, logo pensei que fosse um pouco menor e menos, sei lá... Bad-boy!

Ver Dwalin corar era um dos raros eventos presenciados por Ori. Aquilo o intrigou.

– Espera um pouco!  Vocês conhecem meu irmão? Como assim?

– Balin foi meu colega de classe, iriamos para a mesma faculdade, Direito, antes de eu... Bem, desistir. – explicou Dori – Mantivemos sempre contato desde então, nos encontramos no Pub todas as sextas-feiras. Nori o conhece também, pois faz alguns serviços de “detetive” para ele...

Dwalin levou a mão ao rosto.

– O que Balin andou falando para vocês?

– Nada demais! – sorriu Dori, pelo menos a temperatura da sala voltou ao normal, o clima de opressão e tensão tinha terminado, para o alivio de Ori. – só trocamos fotos, sabe?

– Fotos? Que tipo de fotos? – agora até mesmo Ori se interessou.

– Ori era tão fofinho quando era bebê... Pelo menos, não era rebelde. – suspirou sonhador Nori.

– Hã?! Vocês trocam nossas fotos de bebê!? – agora era a vez dele corar.

Dwalin parecia resignado, como se já esperasse por aquela revelação.

– Vocês devem entender que somos irmãos mais velhos responsáveis e que adoramos nossos irmãos caçulas. – tentou esclarecer Dori dando um meio sorriso embaraçado – Balin também ficou responsável por cuidar do Dwalin, quando seus pais tiveram que optar por trabalhar fora do país. Então, trocamos experiências e nós apoiamos, esses tipos de coisas...

Ok. Talvez não fosse algo tão ruim saber que aqueles irmãos corujas se conheciam, poderia ser algo bom e que beneficiaria o relacionando de Ori que estava “julgamento” ali.

– Bem... Então, já que vocês meio que conhecem o Dwalin, significa que posso namora-lo? – inqueriu Ori esperançoso.

– Pelo o que eu sei, você já o namora com ou sem nossa permissão. – enfatizou Dori, Nori prontamente concordou acenando com a cabeça.

– S-sim, mas... Gostaria que vocês aceitassem. Digo, vocês dois fazem parte da minha vida, me criaram... A opinião de vocês é importante para mim. – revelou, sentindo seu coração apertar. Dwalin ficou calado e esperou pelo resultado... Normalmente não ficava nervoso diante de “avaliações”, mas naquele momento suas mãos estavam suando, seu coração acelerava e sua garganta estava extremamente seca. Esperava que não existissem nenhum obstáculo que afastasse Ori. Não agora quando finalmente o tinha em seus braços, não iria suportar perdê-lo.

Um silêncio se instaurou. Dori e Nori trocavam olhares de cumplicidade que deixavam Ori cada vez mais nervoso...Se eles dissessem “não” o que faria? Abandonaria Dwalin? Não, não conseguiria, mas também não conseguiria se afastar dos seus amados irmãos. Seu coração estava imerso em um grande conflito de sentimentos.

– Ori, nós te amamos muito. – começou a falar Dori – Sabemos, bem... Meio que sabemos que você já não é mais uma criança. Estamos orgulhosos por você ter conseguido adentrar na universidade quando nós não tivemos essa oportunidade, fizemos o possível para que vivesse bem. Quando nossos pais morreram, as coisas não foram fáceis, eu tinha apenas 18 anos, ainda era inexperiente para a chamada “vida de adulto” e você era apenas um bebê. Nossos parentes até se ofereceram para te adotar, mas eu e Nori não aceitamos. Nossa família iria perpetuar unida e continuaremos unidos. Confio em seu julgamento, Ori. Sei que não escolheria qualquer pessoa para entregar o seu coração.

Ori sentiu lágrimas rolarem por sua face e correu para abraçar o seu irmão mais velho que quase caiu da cadeira em que estava sentado para amparar o seu irmãozinho.

– Pois é, como o Dori disse. – continuou Nori – Aceitamos essa relação, mas com ressalvas. Digo, Ori é maior de idade, sim, mas ainda mora por debaixo de nosso teto e ainda é nosso irmão caçula!

– Nori... – resmungou Ori já imaginando aonde aquele discurso iria chegar.

– Se você fizer nosso irmão sofrer... Acredite, mesmo que sejas irmão do Balin, eu irei te caçar e farei você sofrer! Juro! Eu sou detetive, assisti muito CSI, Castle, Criminal Minds e Bones na minha vida, logo sei como esconder as provas de um crime!

Ori já iria reclamar novamente, mas Dwalin se adiantou.

– Se algum dia eu ferir Ori de alguma maneira, nem vai precisar me caçar, cunhado, pois eu mesmo me entregarei a você de livre espontânea vontade e aceitarei todo o tipo de punição que planejas.

–Pera aí... Cunhado?! – Nori ergueu as sobrancelhas quanto aquilo.

– Pessoal, nós já estamos atrasados! – falou subitamente o menor, se desvencilhando dos braços de Dori (antes lhe dando um beijo na bochecha) – Tenho que ir! Bilbo e os outros estão nos esperando!

– Hum... Está certo. – concordou o “detetive” – Depois convide o seu “namorado” para o almoço de domingo, sim? Gostaria de trocar algumas ideias...

– Er... Tudo bem. – Ori não gostou do brilho no olhar de Nori.

– Nós vemos domingo, então, cunhados! – acenou animado Dwalin se deixando ser arrastado por um afoito Ori.

 

~*~*~

 

Bilbo abraçava a mochila de encontro ao peito, nada tinha saído como planejado, pelo menos em relação a missão de se livrar do pacote de camisinhas... Por que Thorin tinha que ser pontual? Pois é, o seu amável namorado apareceu na frente de sua casa dirigindo um Porsche Panamera*de coloração negra, um claro indicativo de ostentação do Durin, logo quando Bilbo saiu correndo de sua residência. Agora estava ali dentro e não estava sozinho.

 – Primo, tem alguma bomba na sua mochila? – inqueriu Drogo do banco traseiro – Está segurando com tanta força que... Humm...Está escondendo algo?

“Droga! Por que meus amigos me conhecem tão bem? Será que Drogo não podia simplesmente ignorar as evidências obvias, só dessa vez?” pensou enquanto lançava um olhar mortal em direção ao seu priminho.

– Escondendo? O que? – Thorin deu ligeira mirada ao seu nervoso namorado.

– Nada! – respondeu incisivo, Bilbo.

– Sério? – ergueu de forma elegante uma sobrancelha.

– Thorin, faz o favor de olhar para a estrada, sim? Quero chegar vivo na sede da empresa Valar.

– Não mude de assunto. Por que está na defensiva?

– Eu na defensiva? Não estou na defensiva! Posso estar tudo, menos na defensiva! Você deve estar alucinando, quem sabe seja melhor Frerin dirigir! Realmente, temo por minha segurança.

– E-ei! Não me meta nisso! – reclamou o dito Frerin, também no banco traseiro.

– Você está seguro comigo, sabe disso. – nisso o Durin mais velho deixou cair sua mão no joelho do seu namorado, este se sobressaltou e apertou ainda mais a mochila contra si.

– Thorin, controle-se, sim? Não estamos sozinhos no carro...

Frerin e Drogo soltaram resmungos de concordância quanto aquela fala.

– O que tem na sua bolsa? – insistiu o Durin.

–Já disse, nada. Por acaso está surdo?

–Sabe que irei descobrir, cedo ou tarde. – falou dando um sorriso arrogante. Bilbo não queria corar, mas foi exatamente isso o que ocorreu.

 – Vejam! São As duas torres! – exclamou afoito Drogo apontando logo a frente onde duas torres negras se erguiam no horizonte. Se podia ler na lateral o nome “Valar”.

– Impressionante! – Frerin também parecia animado, isso foi a distração o suficiente, pois Thorin parecia ter voltado sua atenção para o destino final do grupo.

Ali seria onde travaria a batalha final para proteger Terra Média –online. Deviam se concentrar nisso e não nas malditas camisinhas.


Notas Finais


Desculpe a demora povo! Mas infelizmente meu tempo é limitado mesmo além de eu escrever várias histórias ao mesmo tempo, haverá umas que terei mais inspiração que outras...
Pois bem! O que importa é que agora está atualizado!
Espero que tenham gostado! A família de Ori foi apresentada! Finalmente!
Proximo cap será a entrada novamente no mundo da Terra Média online!


referências (*)
*Carro de Thorin.
https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/originals/58/50/88/5850881af70cc36349d6953879119208.jpg

*Para quem não sabe o que é scone?
O scone é um pão rápido (quick bread – expressão usada para diferenciar os pães que não utilizam fermento biológico) de origem escocesa. Ele é muito popular no Reino Unido e também nos Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e Irlanda. O que faz o scone ser diferente de um pão simples é que a manteiga que é adicionada deve ficar em pequenos pedaços, dando uma textura toda especial.

*Overwatch é um jogo eletrônico multiplayer de tiro em primeira pessoa desenvolvido pela Blizzard Entertainment.

*Fiódor Mikhailovitch Dostoiévski – ocasionalmente grafado como Dostoievsky – foi um escritor, filósofo e jornalista russo, considerado um dos maiores romancistas da história e um dos mais inovadores artistas de todos os tempos.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...