- Meu Deus!!
- WONNIE. - Suga correu na minha direção mas parou na minha frente, até que notou minha palidez e se atreveu olhar pro lado. O coitado ficou mais pálido que o normal.
- Suga...
- Mi... - sua voz saiu quase como um sussurro
- Suga. - insisti
- O que fizeram com você...?
- SUGA!
O coitado tomou um susto. Ele me olhou aflito e eu respirei fundo, engolindo o choro.
- Foi a diretora. Ela está fazendo isso. Ela fez a Hyaerin envenenar o Jin e enquanto eu estava presa sequestrou a Mi. Tudo isso, pra não haver nenhum vencedor.
Por breves momentos, achei que ele não havia acreditado em mim ou então não havia me escutado. Mas então, ele agarrou meu rosto e se aproximou até demais.
- Wonnie... Você precisa ganhar esse jogo, ouviu bem? Você tem.... Que ganhar!!
- Suga... Eu..
- Eu sei a cura que o Jin precisa. Perto da cachoeira...
- Suga!
- Vai Wonnie!!!!
Me aproximei do corpo de Mi e lhe dei um beijo na bochecha. Sua pele era fria e seca, apesar do calor que fazia na floresta. Suga me abraçou forte e me deu um beijo na testa, como fazia na Academia quando eu tinha pesadelos. Ele olhou nos meus olhos e sorriu. Ou pelo menos tentou.
- Você é corajosa... Eu acredito que você vá ganhar esse jogo. Quando fizer isso, mate a diretora. Tome o lugar dela e melhor: acabe com os jogos de uma vez por todas.
- Eu amo você. ... Amo todos vocês. Me perdoe por não poder fazer nada por vocês. Me perdoe por deixá-los morrer.
Corri em direção a floresta o mais longe possível de Mi e Suga. Quando senti que eu estava longe o suficiente, cai de joelhos na lama que gritei.
- MI!!!!!!
Minha garganta arranhou com a força do grito. Eu fiquei em silêncio, chorando, quando ouvi barulho de água. Corri em direção ao som e cheguei à cachoeira. Me deparei com Jin bebendo da água, e quando ele me viu, seu corpo se encheu de energia. Ele me abraçou forte e me beijou. Seus lábios estavam cortados mas não dei a mínima. O importante é que ele estava vivo. Estávamos juntos.
Fomos até um abrigo, pois estava escurecendo. Estava só eu e ele ali... Sozinhos. Então, lhe roubei um beijo. Acho que ele entendeu o que eu queria, pois passou a mão pela minha cintura, tirando minha camisa. Sua pele estava quente e suada. Ele me deitou no chão e tirou meu shorts, beijando minha barriga. Ele parou por um segundo e foi em direção a minha boca, me beijando.
- Tem certeza que é isso que você quer?
- Amanhã... Nenhum de nós pode mais estar vivo. Não quero mais perder tempo de amar alguém como você. Eu te amo Jin.
- Eu te amo Won.
(***)
Acordei com um grito. Corri pra fora da caverna à procura do Jin. Ele estava ajoelhado no chão, em bom estado. Ao me ver, sorriu. Caminhei em sua direção e lhe abracei. E então, me veio em mente outra coisa: Suga. Talvez o grito tivesse sido dele. Ele tinha dado o recado. Se matou para que eu ganhasse esse jogo. E então, a ficha caiu. Ele queria que eu curasse o Jin, mas talvez, eles tivessem combinado de se matar para que eu pudesse sobreviver.
- Isso é verdade? - perguntei de repente
- O que?
- O que estou pensando... Você também vai se matar?
- Wonnie. Precisamos sair daqui.
- Jin não muda de assunto!
- Eu não tô... Tem algo atrás das árvores. - ele parou por um momento, até que arregalou os olhos e me jogou no chão. Eu não vi, mas senti algo passando por cima de nossas cabeças. Ele se levantou rápido e me puxou, correndo para dentro da floresta. Estávamos correndo contra algo que não sabíamos o que era, e isso me assustou. Achamos um portão de ferro... Era a porta que dava acesso à sirene, que aciona o fim dos Jogos.
Jin me puxou e me beijou. Seus olhos se encheram de lágrimas, para então, apoiar sua cabeça em meu ombro.
- Eu prometi a Suga que te traria ao portão sã e salva, garantindo que você ganhe os jogos. E aqui está você. Mas só um pode passar pelos portões.
Ele pegou uma faca na sua cintura, mas me empurrou pra longe, me fazendo cair no chão.
- Mas se você acha que essa pessoa será você, você está muito... Muito... Enganada.
E ele avançou na minha direção, apontando a faca pra mim. Eu rolei pro lado tentando fugir dele.
- Jin, o que você tá fazendo?
- Eu não vou morrer por você!
Ele não desistiu e correu em minha direção mas dessa vez eu não fugi. Ele empunhou a faca pra mim, mas desviei, fazendo prender a faca no tronco da árvore. Com seu braço esticado, dei uma cotovelada, quebrando-o. Ele gruniu e me segurou pelo outro braço, me puxando para perto dele, soltando a faca do tronco e pondo-a em meu pescoço.
- Seus dias terminam aqui.
- Jin!!!
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