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História Gamers - Four


Escrita por: Seongwon

Notas do Autor


Gostaria de deixar explícito que todos os fatos ocorridos nesta fanfic, como diz o nome, são fictícios.

Capítulo 4 - Four


Eu não conseguia dormir. Minha mente estava muito perturbada para isso então me levantei e fui para o jardim da Academia, que era a única coisa bonita e pura daquele lugar. O cheiro agradável das flores me acalmava e o canto dos grilos e sapos durante a madrugada eram mágicos. O cheiro da grama molhada me recordava a época em que meus pais eram vivos e ficávamos no jardim em frente à nossa casa observando as estrelas. Éramos uma família feliz. Mas depois que aqueles seguranças invadiram a nossa casa, a minha vida nunca mais foi a mesma.
- Won? 
Me virei rápido para ver quem me chamava. Era o Jin. Meu coração acelerou e minha respiração ficou pesada. Ele estava com uma camiseta branca, que deixava exposto seus largos ombros, uma bermuda azul marinha e chinelos. Ele estava tão simples, e tão perfeito.
- Oi Jin. O que faz acordado a essa hora?
- Ia te perguntar a mesma coisa. - sorriu - não consegue dormir?
- Não... - meu sorriso murchou 
- Eu também não... Tava lembrando da minha mãe. Ela deve estar preocupada comigo.
- Eles já anunciaram para o Estado?
- Já. E seus pais? Devem estar preocupados também, né?
- Eu não tenho pais.
Ele me fitou com seus lindos e redondos olhinhos. Ele abaixou a cabeça e ficou em silêncio por alguns segundos.
- Eu poderia perguntar o que aconteceu com eles?
- Foram assassinados pelos seguranças da Academia. 
Ele ia falar algo mas pareceu desistir no meio do caminho e então fitou a grama, mas duvido que sua mente estava alí naquele jardim. Ele olhou para mim e sorriu, o que me deixou sem graça.
- Que foi? - perguntei
- Obrigado. - sorriu
- Pelo que?
- Por ter me defendido hoje no refeitório.
- Você sabe que está agradecendo por eu ter te enviado para uma arena carnificina, né?
- Eu sei que você me deu a oportunidade de fazer algo de útil para o Estado.
- Morrer em vão?
- Lutar pela minha vida.... Literalmente.
- Eu to pouco me lixando se eu vou viver ou não. Eu não quero me mudar para aquela casa cheia de pessoas fúteis. Eu quero voltar para casa, quero meus pais de volta. - permaneci em silêncio por alguns segundos e, ao olhar pra ele, notei que ele fitava novamente a grama, perdido em pensamentos - Desculpa, não estou sendo uma companhia agradável.
- Eu não sei como trazer seus pais de volta, mas eu te garanto que você não está sozinha. Eu estou aqui com você. - ele pegou em minha mão e a apertou. Em seguida, me deu um beijo na bochecha. 
Apoiei minha cabeça em seu peito e o senti apoiando sua cabeça em mim. Logo, adormeci.
No dia seguinte, acordamos juntos encostados na parede. Eu estava com minhas pernas em seu colo e ele com uma das mãos segurando-as e a outra em volta da minha cintura. Eu conseguia sentir seu cheiro agradável de roupa limpa e cabelo lavado, o que para mim era a melhor coisa do mundo. Ao me olhar, sorriu e acariciou meu rosto. Acordamos umas 2 horas antes do sinal do café da manhã, então ele me acompanhou até o meu dormitório.
- Você quer comer comigo? No nosso lugar?
- Nosso lugar? - sorri
- Bem, depois do episódio de hoje... Creio que aquele lugar vai ficar marcado nas nossas vidas.
- Nós só dormimos juntos. - ri
- Bom, foi lá que eu me apaixonei por você.
Eu senti meu rosto esquentar. Ele me fitava com um certo brilho nos olhos, seu sorriso era sincero e eu sentia sua vontade desesperadora de me beijar, mas não tomava nenhuma atitude. Me levantei nas pontas dos pés para ficar do seu tamanho e lhe dei um beijo no rosto, me segurando em seus ombros. 
- Eu sou apaixonada por você desde que eu entrei na Academia - sussurrei em seu ouvido.
Senti sua pele se arrepiar e seu sorriso crescer ainda mais. Me virei e entrei no dormitório, me debruçei na porta e sorri.
- Te espero no nosso lugar.
 



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