História Gamers - Seven

- Omma!! - gritei 

 Ela entrou no quarto sorridente e calma, sentando-se ao meu lado na cama. Passou a mão em meus cabelos e me deu um beijo na testa. 

- Está tudo bem meu anjo, Omma está aqui, tá bem?

- Mas Omma, e o meu irmão?

- Ele vai ficar bem. Ninguém precisa saber que ele existe, correto?

 Para protege-lo, minha mãe dava aulas particulares para ele. Ela era professora, e meu pai, mecânico. Eu e Taehyung nunca saímos de casa para fazer nada. E não reclamávamos. Entendiamos que era para a nossa proteção, agora que o presidente havia decretado que todos os jovens entre 10 e 18 anos de idade eram obrigados a ingressarem para a Academia de Habilidades Especias, seu novo projeto de melhoria social e proteção ao País. 

 Claro que a maioria da população não concordava com isso, mas era proibido se opor. Caso isso acontecesse, essa pessoa era exterminada. O pior de tudo é que eles também criaram os jogos de habilidades, Gamers, onde quatro grupo de cada Academia (que eram 5 no total), iriam lutar pela sua sobrevivência até a morte e apenas um sairia vivo. Foi assim durante os próximos 20 anos, desde a quase Guerra Nuclear.

 Quando meu irmão completou 10 anos, minha mãe simulou um acidente para o meu irmão, fazendo o Governo acreditar que ele havia morrido, o que durou por 3 anos. Certo dia, em meu aniversário, eu pedi para brincar no quintal de casa junto com meu irmão, e um carro estava passando ali por perto e acabou o vendo. Um mês depois, os seguranças da Academia invadiram as nossas terras, mataram nossos pais e nos levaram para a Academia. 

 Passamos por uma série de testes para enfim sermos enviados às batalhas. Tae se tornou o líder do grupo M, o que me deixou extremamente intrigada e orgulhosa. A minha batalha seria no dia seguinte e eu treinei até esgotar minhas energias. 

- Não exija muito de si mesma, Wonnie. Vai com calma.

- Eu quero me tornar líder igual a você, Tae!

- Então trabalhe duro, mas dê um tempo para seu corpo. Descanse e treine mais amanhã antes da batalha.

 Ao se retirar, ignore o seu conselho e voltei a treinar igual a uma desesperada. De repente, tudo ficou preto. Senti minha temperatura cair e não sentia mais meus membros. Cheguei a um ponto que não tinha nem mais forças para ficar em pé, e tombei no chão. Minha visão não voltava ao normal e eu estava começando a entrar em desespero, quando senti alguém me levantar.

- Tae? - chamei, sem forças.

- Shiiu - respondeu - Fica tranquila. Eu não vou te machucar.

 Era uma voz amiga, quente, doce e suave, mas não era do meu irmão. Não, disso eu tenho certeza. Quando recobrei minha consciência, vi um garoto de uns 15 anos. Ele tinha cabelos castanhos e usava óculos. 

- Quem... Quem é você? - gaguejei. 

- Meu nome? Você quer saber meu nome? 

- Por que a surpresa?

- As pessoas me acham estranho demais. Ninguém vem falar comigo, e ninguém pergunta meu nome 

- Bem, mas eu estou perguntando.

 Notei um sorriso tímido nascendo em seus lábios. Acho que ele gostou que eu perguntasse seu nome.

- Bem, me diz o seu que eu digo o meu.

- Ora, meu nome é Kim SeongWon. Mas meu irmão me chama de Wonnie. Agora, tem como você dizer o seu?

- Meu nome é Kim Seokjin.