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História Gang Bang! - Amada Nova York


Escrita por: AmazingLoopDaed

Notas do Autor


Olá, pessoal!

Essa fanfic se passa após os acontecimentos de Superior Spider-Man e pode conter alguns fatos relacionados à revista Spider-Man/Deadpool e outras revistas de ambos. Aos que não leram tais HQs, isso é totalmente um Spoiler Alert.

Capítulo 1 - Amada Nova York


CAPÍTULO #01: Amada Nova York

 

Se havia uma cidade que Wade Wilson simplesmente adorava visitar quando estava a trabalho, esta era Nova York. Todos aqueles arranha-céus, trânsito interminável, pessoas mal-educadas… Não que as outras cidades também não tivesse essas e muitas outras coisas em comum, mas quando se vive viajando interminavelmente por aí, você cria certa afeição por locais específicos.

 

— Ei, você derrubou meu jornal! — A senhora de não mais que setenta anos ralhou quando Deadpool passou por ela sem prestar atenção em quem estava em seu caminho.

 

— Mil perdões, minha boa velhinha. — O mercenário se abaixou rapidamente, pegando o jornal e o devolvendo à velha que passou a resmungar sobre o quanto a cidade era cheia de esquisitos mascarados.

 

Ah, Nova York.

 

— Ah, minha velha Nova York. Que falta senti desse cheiro horrível de escapamento de carro e dos montes de pombos ameaçando cagar sobre minha cabeça. — Wade começou a falar, embora as pessoas estivessem indo e vindo sem ouvi-lo. — Isso me lembra daquela vez em que eu havia acabado de comprar comida chinesa e aquele pombo filho da p--

 

O falatório do mercenário foi cortado por um grande estrondo algumas quadras à frente, e se as pessoas correndo e os carros voando eram algum sinal, algum super-vilão estava atacando a cidade. Se Wade corresse, com sorte poderia ajudar um dos Vingadores que aparecesse — porque um deles sempre aparecia, claro. Torcia que caso algum deles desse as caras fosse o Gavião Arqueiro, ou os Gaviões Arqueiros. Sem dúvidas seus Vingadores favoritos.

 

Era engraçado como Nova York, a cidade sede dos Vingadores e morada de praticamente centenas — arriscaria dizer milhares, mas não tinha tanta certeza — de super-heróis, ainda tinha tantos crimes e vilões por aí.

 

[Acredito que haverão idiotas em todo lugar.]

 

— Na verdade, acho que o sonho de todo o vilão fosse na verdade ter a chance de ficar cara a cara com um super-herói. — Deadpool falou após o comentário de uma das vozes, coçando o queixo coberto pela máscara. — Tipo aquele garoto do filme Os Incríveis.

 

(Ah, você diz o Buchecha???? Mas depois o sonho dele era apenas matar o Senhor Incrível.)

 

[Pffffff, isso não faz sentido. Senão, por que você ainda não é um vilão?]

 

(Hm… Achei que já fôssemos vilões?)

 

— Nah, parece que você não entende o conceito de ser anti-herói, vozinha entre parênteses. — Deu de ombros, desembainhando uma de suas katanas assim que chegou na origem da destruição. — O que acontece é que nem todos conseguem ser Batman nessa vida.

 

(Eu queria ser o Batman…)

 

[Só queria mesmo, uh. Aliás, sequer existe Batman aqui, o Grandão deveria parar de misturar os universos ao menos uma vez na vida.]

 

No meio de um cruzamento, dezenas de viaturas da polícia estavam paradas, policiais se escondendo atrás dos carros enquanto um grande robô humanoide jogava carros contra os prédios e soltava jatos de uma gosma fedida que parecia não oferecer nenhum perigo…

 

— Ah!!! — Um civil gritou quando um jorro de gosma atingiu um prédio e respingou sobre sua perna, o concreto e tudo o que a gosma havia tocado derretendo rapidamente. — Alguém nos ajude, socorro!

 

— Puta merda! — Colocando a mão sobre o ombro de um dos policiais, Deadpool o afastou de sua frente. — Ei cara, se eu fosse você tiraria todos os civis daqui. Podem deixar que o PapaiPool vai cuidar das coisas a partir de agora.

 

O policial pareceu hesitar, mas acabou concordando. Geralmente homens usando roupas apertadas em Nova York são os  heróis, certo?

 

Heróis ou gogo-boys, as vezes ambos.

 

(Já pensou se o Aranha é herói pela manhã e striper a noite????? Oh-Em-Gee, eu acho que vou morr--)

 

[Mereço.]

 

Heh, tá aí uma coisa que Wade não ficaria nada triste se fosse verdade…

 

****

A sala de reunião estava, como sempre, cheia.

 

Os sócios e cientistas das Indústrias Parker discutiam animadamente sobre o mais novo projeto da empresa, uma espécie de máquina de Raio X capaz de transpor nano transmissores através de ondas ao corpo de enfermos. Os nanorobôs seriam capazes de curar doenças e outras anomalias agindo diretamente na causa do problema, como o que aconteceu quando Dr. Ock, usando o corpo de Peter, conseguiu fazer Tia May voltar a andar normalmente.

 

Peter sempre sentia arrepios ao lembrar-se de como era se ver fazendo coisas sem poder controlar ao próprio corpo, mas não conseguia negar que algumas coisas que Dr. Ock fez não foram de todo ruim. Por isso decidiu investir naquele projeto.

 

No bolso de sua calça seu celular vibrou, e o moreno pegou o aparelho devagar, tomando cuidado para que não perdesse alguma parte da conversa dos cientistas.

 

De: BeasLoverDP

Para: Namredips5

Yo, Cabeça de Teia!

Adivinha quem tá em NY? Nah, deixa q eu mesmo falo: EUZINHO.

Tá afim de bater um papo e fazer coisas de macho?

diz que sim diz que sim diz que sim

 

Arregalando os olhos, Peter quase derrubou o celular no chão ao a ler a mensagem. Fazia tanto tempo desde que havia passado sua ID do LINE para Wade, ainda mais tempo que o mercenário não mandava uma mensagem que sequer lembrava do aplicativo.

 

De: Namredips5

Para: BeasLoverDP

O que você está fazendo em NY?

Não seria porque assinou um contrato novo, seria…?

 

Alguns segundos se passaram sem que recebesse nenhuma resposta. Peter sabia que Wade provavelmente estava fazendo bagunça em algum lugar ou simplesmente pensando em alguma mentira que soasse convincente.

 

Para: Namredips5

Uhh, talvez? ☻

 

Foi a única resposta que recebeu.

 

Deus, eu estou tão sem tempo para isso… Sem tempo e paciência.

 

Para: BeasLoverDP

Wade, olha, sem querer ser chato mas já sendo: to meio ocupado agora, sabe? Tenho um trabalho de guarda-costas e não to com tempo para ficar batendo papo ou fazendo coisa de macho.

Vc não deveria estar com os Vingadores fazendo alguma coisa "Vingadorífica"?

OBS: Achei que vc não fosse mais um...assassino.

 

Após apertar o botão “enviar” suspirou baixinho, ajeitando a gola da camisa que vestia e lançando um breve olhar para Anna Maria que em certo ponto da reunião havia começado a explicar aos diretores as intenções que a empresa tinha com aquele novo projeto. Pelas expressões entusiasmadas de todos, a ideia os havia conquistado completamente.

 

Anna Maria Marconi era sensacional, Peter não sabia o que faria sem ela.

 

Provavelmente choraria em posição fetal vendo sua própria empresa falir, tinha certeza.

 

— Anna, obrigado. Sua apresentação lá dentro foi demais. — O rapaz elogiou quando saíram da sala de reunião, segurando as pastas e notebook em uma das mãos, enquanto com a outra apertava o ombro da moça afetuosamente.

 

Deadpool não havia mandado mais mensagens pelo restante da reunião e Peter não sabia o que pensar caso o suposto ex-mercenário estivesse mesmo em Nova York para assassinar alguém. Então por enquanto, se concentraria nas coisas mais importantes que tinha a fazer, cuidar de sua empresa era uma dessas coisas.

 

— Esse projeto foi importante para o Otto, Peter. — Anna Maria disse, os olhos castanhos se fixando no rosto de Peter. Anna sabia o quanto o assunto era delicado, mas uma de suas maiores qualidades era a sinceridade (ou melhor, falta de papas na língua). — Eu fico feliz que tenha decidido retomá-lo, porque com isso temos a chance de conseguir algo grandioso.

 

— Eu sei, espero que tudo dê certo a partir de agora.

 

— Sei que vai, desde que você de dedique a isso. — O tom de voz dela deixou bem claro a Peter o que significava “se dedicar”. Talvez devesse mesmo deixar agora os assuntos de Homem-Aranha com o Miles enquanto precisasse trabalhar.

 

Bem, pensaria sobre isso depois.

 

Não era como se fosse conseguir deixar de ser Homem-Aranha da noite para o dia.

 

— Uhum…

****

Peter se balançou entre dois prédios, sua teia se agarrando ao telhado de um mais próximo do caos, onde o rapaz aterrissou com agilidade. De lá de cima, ele conseguia ver o robô que atacava a cidade e jogava ácido sobre o que restava de carros e pedaços de concreto pela rua.

 

Franziu o cenho quando avistou um borrão vermelho e preto passar por detrás do robô, atingindo-o nas costas com o que acreditava serem espadas. Sem esperar por mais alguma deixa, Homem-Aranha saltou do prédio, se segurando em uma teia antes de pousar com certa elegância sobre a cabeça gigante do robô e o agarrar com dois fios de teia.

 

— Ei, robozão! Não tinha outro lugar para estar fazendo robozices e maldades?

 

Homem-Aranha fez bico em reação à própria frase sem graça — qual é, ele havia acabado de sair de uma reunião, não tinha tido tempo nem de tomar o café da manhã ainda —, abaixando a cabeça quando um jato de ácido surgiu do nada e passou de raspão por seu rosto.

 

Abençoado seja o sentido aranha.

 

— Aranha! Que maravilha encontrar com você por aqui! Já falei que estava morrendo de saudades do meu aracnídeo favorito? — Peter rolou os olhos ao ouvir a voz de Deadpool, que retirava as katanas das costas do robô e com agilidade decepava um dos braços eletrônicos do humanoide. — Mas confesso que estava esperando outra pessoa, tipo o Gavião Arqueiro ou o Riquinho.

 

— Riquinho? — Riu, ignorando o mercenário e puxando a cabeça do robô com força até que esta desgrudou do corpo metálico que começou a soltar uns sons elétricos.

 

— Tony Stark, Riquinho, Bruce Wayne, Tio Patinhas… Não é tudo a mesma coisa?

 

— Acho a parte do Tio Patinhas uma comparação um tanto verídica, mas prefiro não comentar.

 

Com um salto, Deadpool e Homem-Aranha se afastaram do robô que parecia prestes a explodir mas que de maneira surpreendente continuou a se mover. A cabeça arrancada por Peter estalou, criando quatro pernas de metal e pulou contra um poste, os buracos de luz onde ficavam os olhos virando os atiradores de ácido desse “novo corpo”.

 

— Uh, legal. Adoro quando isso acontece. — Suspirou exasperado, checando os atiradores de teia rapidamente.

 

O aracnídeo jogou várias rajadas de teia na cabeça ambulante, cobrindo os atiradores de ácido que pareceram inchar. Pulou contra o mini-robô, se esquivando das pernas que agora o atacavam e também as amarrando com suas teias de maneira firme.  

 

Atrás dele, Deadpool parecia já ter se livrado do que restava do corpo gigante robô, se os pedaços de lataria caídos contra o asfalto eram algum sinal.

 

Uh, derrotar aquele robô havia sido mais fácil do que o esperado.

 

— Já não se fazem mais super-robôs-vilões como antigamente, Aranha. — Wade soltou um suspiro teatral, se dirigindo até Peter que inspecionava a cabeça de robô em suas mãos. — Hoje em dia os caras pensam que é só criar uma máquina que solta fogo/ácido e colocá-las nas ruas que está tudo ok, mas não está. É decadente.

 

— É triste, mas tenho que concordar com você. — O herói voltou-se para o mercenário, abraçando o pedaço de robô contra o próprio corpo. — Mas é também, hm, estranho. Geralmente esses pedaços de metal vem com alguma mensagem de algum vilão jurando vingança ou algo parecido.

 

Peter se sobressaltou quando um braço musculoso rodeou seu ombro, se vendo puxado contra Deadpool que cutucou os olhos do robô que estavam cobertos pela teia sintética.

 

— Como falei, os tempos mudaram, docinho. Tá afim de bater um papo, fazer coisas de macho?

 

O rapaz encarou Deadpool por alguns segundos, levemente tentado a acompanhar o mercenário a algum lugar e descobrir o motivo de seu retorno para Nova York. Mas ao mesmo tempo, não estava nada afim de passar mais tempo com o mercenário do que o necessário.

 

Um Team-Up a cada seis meses já estava de bom tamanho, obrigado.

 

— Uh, então, na verdade eu tenho que ir. — Peter falou abruptamente, se afastando de Deadpool que cruzou os braços. — Vou levar essa cabeça para as Indústrias Parker e darei-- uh, pedirei para o Parker dar uma olhada para saber se tem algo interessante aqui.

 

— Você ficou tão chato depois que começou a trabalhar para esse Parker.

 

— Não fiquei não.

 

— Sério, Aranha. Você sempre foi um tanto estraga prazeres, mas antigamente ainda tínhamos sintonia, comíamos juntos de vez em quando em cima dos telhados dos prédios, você fingia que não achava graça das minhas piadas e eu fingia que não olhava para sua bunda… Era uma linda história de amor entre dois homens.

 

— Não sei do que você está falando. — Resmungou.

 

Mas Peter sabia bem do que Wade estava falando.

 

Após ter retomado controle de sua consciência e se ver livre do Dr. Octopus de uma vez por todas, não teve outra alternativa além de tomar uma nova postura. Agora já não existia mais apenas sua reputação como Homem-Aranha em risco, mas também sua vida como Peter Parker.

 

Depois de ter jogado com a vida de tantas pessoas importantes para si indiretamente — como Tia May, Mary Jane, até mesmo Anna Maria por exemplo —, Peter não tinha mais tempo para ficar brincando por aí, ainda mais com o mercenário tagarela. Esse também foi um dos motivos para ter deixado os Vingadores assim que Deadpool se juntou ao grupo.

 

— Parece até que você está virando adulto e isso é um saco.

 

Peter bufou, rolando os olhos com força por detrás de sua máscara.

 

— Sempre fui adulto, Wade. — Respondeu, dando as costas ao mercenário e erguendo um braço, jogando uma rajada de teia no topo de um prédio. — Seria bem legal se você fosse adulto algumas vezes também. Não é difícil, sabia?

 

Sem mais palavras, Homem-Aranha se enganchou na teia que havia lançado, se balançando de prédio em prédio para longe dali.

 

****

 

— Ouch, direto no coração. — Wade murmurou, pousando a mão direita sobre onde deveria estar seu coração.

 

(Ele acabou de nos chamar de imaturos!)

 

[Nada além da verdade.]

 

— Nada além da verdade. — Concordou, dando de ombros, mas levemente cabisbaixo por seu herói favorito ter aquele pensamento em relação a ele.

 

Wade começou a se afastar do local da luta com o robô. Em breve os policiais e civis retornariam para lá e não queria ter que lidar com mais pessoas nesse momento; de repente se sentiu nada sociável.

 

(Bah, Homem-Aranha. Quem precisa dele? Ele sempre nos tratou mal mesmo.)

 

[Sem falar que ele não ficaria nada feliz de saber o motivo de você estar em NY.]

 

Embora teoricamente agora fosse um cara “do bem” e que não matava mais pessoas por dinheiro, Wade ainda fazia servicinhos quando extremamente necessário. Serviços tão secretos que nem mesmo a S.H.I.E.L.D. ou Os Vingadores sabiam e que ele jamais ousaria contar.

 

Ainda havia muita escória humana andando por aí livremente e se Wade pudesse ajudar a eliminá-la, faria até mesmo de graça.

 

(Hm, mas… O Aranha não gosta de matar, lembra? Isso faria ele ficar mais longe da gente.)

 

[Não que ele esteja perto, de qualquer maneira.]

 

— Isso não importa. — Resmungou, chutando pedaços de metal enquanto caminhava. — Tem alguma merda muito grande acontecendo aqui e precisamos limpá-la.

 


Notas Finais


Até o próximo capítulo!


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