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História Garota De Vidro - O inesperado novo amigo


Escrita por: eriks

Capítulo 24 - O inesperado novo amigo


Fanfic / Fanfiction Garota De Vidro - O inesperado novo amigo

Abri os olhos a procura do celular pra tirar essa bosta de música melosa; olhei no visor. Ah meu Deus porque hoje tem aula?

Escovei meus dentes e procurei domar meu cabelo fazendo um coque alto. Hoje o dia resolveu estar estranhamente quente,o que é provável depois de uma semana de frio.

Mesmo me recusando a lembrar do Jonathan, minha mante sempre vagava nele. Saí do quarto faltando dez minutos para saímos,ele estava lá. Ignorei sua presença de merda,e passei Nutella no meu pão de açúcar.

Você nunca vai me trair não é pão?
Sorri pro meu pensamento e vi quando Jonathan abriu a boca.

—Nem vem!

Ele saiu da cozinha e eu fui para o carro,logo Júlia veio atrás, e então tivemos que esperar até que a princesa saísse de casa.

—Vocês são tão chatos quando estão brigados!–Júlia disse e eu ignorei.

Ela continuou com o seu discurso e eu coloquei meus fones,o caminho pra escola foi longo,demorado,e tudo o que fosse relacionado à chatice.

—Então quer dizer que você não sentiu nada?–Quase não ouvi a voz do Gusttavo, quando ele estacionou o carro.

É claro que eu senti.

—O que isso interessa à essa altura?–perguntei me auto ignorando

—Liana , será sempre assim comigo? Vai sempre ficar na defensiva?

—Claro que não! Daqui à três dias não vou precisar te ver! Fica tranquilo!– falei sentindo as lágrimas virem mas as engoli.

Antes de receber uma resposta saí do carro,em direção às escadas procurando não olhar pra ninguém. Esbarrei em alguém.

—Calma Liana!–reconheci a voz de Alex então o abracei.

Não sei o que me deu,mas apenas o abracei desejando que ali fosse minha mãe, ele me abraçou de volta,passando a mão no meu cabelo,ou pelo menos tentando já que estavam presos.

—Você vai ficar bem,te garanto.– ele disse então o soltei piscando para as lágrimas não saírem.

Entramos juntos na sala e conversamos milhares de coisas. Por sorte fomos liberados mais cedo,e então pude ir ao Parque Central pensar em tudo. Me sentei na grama com a mochila apoiada nas costas,me lembrei de tudo;do quase beijo;do pega-pega; dele grudado em mim…

Isso soá tão irônico, foi apenas uma semana atrás! Agarrei minhas pernas e chorei por algum tempo. Essa dor ia passar, e se não passasse iria me acostumar a ela. Senti alguém fazer sombra pra mim e ergui o olhar.

—Você não deveria chorar por ele.–me lembrei da voz grossa do Matheus.

—Você nem ao menos sabe porque estou chorando! –Ele suspirou e se aproximou. Até de mais.

—Não quero nada com você tá? –falei e ele sorriu.

—So quero ser seu amigo,afinal eu sou gay.

Arregalei os olhos e com certeza abri a boca. Como? Essa delícia –não é porque eu levei um pé na bunda que fiquei cega–é gay? Nada contra vocês,são super amigáveis e uns amorzinhos.

—Tipo,bicha? Viado…

—Só gay já está bom não acha? Mas por favor,ninguém sabe de nada.

Sorri de forma amigável e fiquei ali,contando pra ele sobre tudo que aconteceu, desde Guilherme até Jonathan. Contei como minha mãe se foi,e tudo que guardava dentro de mim. E no final ele
apenas perguntou.

—Você não acha que essa barreira que construiu uma hora vai estourar e você vai se machucar ainda mais?

Refleti um pouco.

—Antes eu do que,quem eu amo,não é?–falei e ele concordou

.
—Sabe passei por uma coisa parecida!–franzi o cenho.

—Com uma mulher?–falei e ele fez uma careta.

—Quer que eu desenhe que sou gay?

Voltamos pra casa devagar,ele contando sua fracassada história de amor, e eu apenas achando engraçado o jeito como ele fazia piadas da própria infelicidade.

Quando cheguei na frente de casa perguntei se ele queria entrar mas ele negou.

—Vamos sair sexta pra encher a cara?–ele perguntou e eu sorri.

—Porque não?

Ele me deu um abraço apertado e senti que ele seria um bom amigo. Quando entrei pela porta,a única coisa que vi foi a cara vermelha do Jonathan, claro que ele não estava corado!

—O que você estava fazendo com ele?–ele disse quase rosnando.

—Hm..que eu saiba não é da sua conta!

Ele me olhou e sorriu de lado,mas ainda assim sentia dor em sua voz.

—Você pensa que estando com ele vai me atingir? Está muito enganada!

—Nossa. Estou mijando de medo. Jonathan, cresça. –falei e ele contínuo sorrindo. Doido.–Sai da
frente!?

Ele se virou,parecendo que ia virar uma parede,quando eu passei ele disse:

—Nossa história não termina aqui!

Nem me dei o trabalho de olhar pra ele,continuei.

—É que as vezes a antagonista vira principal, Jonathan. Então nossa história acabou sim aqui!

Eu deveria sentir vitória, deveria estar feliz; mas não. Meu coração está sangrando,minha vontade é de voltar lá e dizer que o amo pra cacete.

Mas não, eu tenho que mostrar como a velha Liana é!



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