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História Garota do capuz vermelho - Especial - Múltipla surpresa (Parte 1)


Escrita por: Mutekai

Notas do Autor


Finalmente consegui terminar o capítulo Especial, claro que dividi em 2 partes, ficou muuiito grande.. ainda to escrevendo a segunda, enquanto isso vou postar a primeira, pra matar a ansiedade de vocês.
Ficou beeeem grande, espero que gostem.
Foi feita com muito carinho e amor para vocês..
Agradeço a todos os inscritos <3 amo todos.
Boa leitura.

Capítulo 10 - Especial - Múltipla surpresa (Parte 1)


 

"Bonnie: O Menta virá me buscar amanhã. Seu pai vai conosco?

Eu: Eu e meu pai vamos antes, tenho que arrumar umas coisas. Eu mesma irei te buscar. (carinha fofa)

Bonnie: Ele vai passar o feriado conosco?

Eu: Vai ser só nós duas. É beeeeem difícil ele ficar em casa.

Bonnie: E o que vai fazer de surpresa pra mim? (carinha assustada x3)

Eu: Oras, é surpresa. (carinha rindo x5)

Bonnie: Fala logo.

Eu: Já disse que é surpresa. (coração pulsante)

Bonnie: (carinha amarrada)

Eu: Também te adoro. Irei dormir, boa noite docinha (carinha rindo)

Bonnie: Boa noite morceguinha. (mandou aquela imagem do morcego na caneca)

Eu: Awnt (mandei imagem de um fofo morcego mordendo uma balinha de goma)

Bonnie: Me dá.... eu quero.

Eu: Não, o morcego é meu (carinha sorrindo)

Bonnie: To falando da bala. (carinha de tédio)

Eu: Boa noite (carinha de vampiro)

Bonnie: Marcy, espera, volta aqui. E minha bala?"


 

Apesar de apenas ter aula pela manhã, não consegui ficar um segundo sem pensar na surpresa que me foi prometida. O pior de tudo era Íris dizendo que eu estava caindo em amores por tal pessoa, mas claro que eu sempre negava.

Após algumas horas na academia, fui liberada mais cedo da aula de química por causa que já apresentei, tornei ao meu quarto. Aproveitei pra tomar um banho rápido. Em seguida comecei a arrumar minhas malas, nesse instante Íris chegou no quarto.

-Ansiosa pra passar o feriado com sua namorada?- a loira ria animadamente.

-Ela não é minha namorada.- resmunguei

-Devia pedir ela em namoro então Juju.- sugeriu pegando a própria mala pra arrumar.

-E se ela não quiser?- estava um pouco confusa, admito que foi uma boa ideia.

-Ela não tem essa opção. Eu vi o jeito que se olham, tá na cara que se amam. Só deviam assumir logo.- notei ela pegar uma calcinha muito ousada, olhando a mesma com um sorriso malicioso.

-Vai visitar o Jake?-

-Claro. Meus pais estão fora, foram visitar meus tios na Coréia.- o sorriso boba dela me fez perceber o amor que tinha por ele.

-Vê se use camisinha..- soltei uma risada seguida dela.

-Minhas pílulas nunca falham, relaxa amiga. E olha.. Vê se usa uma calcinha descente, não vai querer assustar sua quase namorada.- riu sozinha, apenas fiquei com o rosto rubro.

-Que calcinha eu deveria usar?- olhei para minha mala.

-Deixa eu ver.- se aproximou olhando minhas calcinhas. -Essa rosinha aqui é tão fofa, acho que ela vai gostar.- pegou uma calcinha rosa com bolinhas brancas.

-Sério? Ela parece.. Simples..- fiquei confusa.

-Juju, combina com você. Aliás ela valoriza muito bem seu bumbum.-

-Acha mesmo?- peguei a calcinha a analisando.

-Claro amiga. Só me conta como foi sua primeira vez depois.- piscou tornando a sua mala.

-I-isso não quer dizer que vamos....-levei a mão até meu rosto rubro, sem terminar a frase, estava tão quente.

-Juju, não seja boba. A garota de olha com tanto amor, te trata com tanto carinho, acha que ela não vai fazer da sua primeira vez especial? Sei que está louquinha pra perder. Só está esperando a pessoa certa.-

Não soube o que dizer. Ela tinha razão, pra falar a verdade eu queria aquilo. Mas o que me intrigou foi que seria com a garota que tanto me fez sofrer.. E ao mesmo tempo me fez feliz. Seria a pessoa certa? Ela já teve tantas, não queria ser apenas mais uma.

Limpei minha garganta, aquela curiosidade de tomou, além de uma confusão enorme. Finalmente terminei de arrumar as malas. Daqui a pouco Menta viria me buscar, ia ter que encarar minha mãe. Suspirei.

Me despedi da Íris, ficaríamos quase quatro dias sem se ver. Claro que não ficaria os quatro dias com a morena, apenas o feriado, já que ficaria em casa no fim de semana, meus pais queriam ir pra praia, claro que iria junto.

Como de costume, Menta me levou para a casa. Minha mãe não estava então tratei de separar o que iria levar pra lá no feriado. Enquanto mexi em minha mala vi os pedaços do baixo quebrado ali. As amargas lembranças vieram a tona, logo o deixei em cima da cama. Peguei a calcinha rosa com bolinhas e algumas roupas. Ia tomar um banho descente agora, o anterior era só pra não feder a suor.

Após meu banho passei um creme de amêndoas no corpo inteiro. Vesti minhas roupas íntimas. O sutiã que combinava com a calcinha tinha uma renda contornando a parte de baixo do busto, apenas pra enfeitar.

Me olhava no espelho, analisando. Realmente valorizou minhas nádegas, acho que Íris entendia bem sobre como valorizar o corpo, já que ela não tem muito. Pensei então no que vestir enquanto passei um perfume levemente doce, não queria que fosse muito enjoativo.

Sequei meu cabelo buscando um penteado que me fizesse o agrado, porém optei por apenas deixar solto. Peguei no guarda-roupa um vestido rosa, até metade da coxa, aonde coloquei um short preto por baixo, colado ao corpo, o mesmo aparecia apenas um pedaço, aquele vestido curto sempre subia, não queria que ela visse minha calcinha.

Me senti tão bonita, até passei uma maquiagem simples, apenas um pouco de pó, um lápis nos olhos e um batom rosa claro, quase da cor da minha pele. Os detalhes do vestido o deixavam mais belo. Ele valorizava com certeza minhas curvas. Na cintura ele tinha um tipo de elástico, se adaptando ao corpo. O busto alguns babados, sem mostrar o decote. A parte da saia era bem solta, ou seja, qualquer vento levantava.

Desci com minha mochila rosa com mini unicórnios estampados. Fui a cozinha comer algo. Tinha alguns pedaços de bolo, foi o que comi. Ao terminar notei minha mãe entrando em casa.

-Nem te vi chegar filha. Nossa, está linda! Vamos no cemitério só amanhã, por que está arrumada?- senti um no na garganta nesse instante.

-E-eu vou passar o feriado com minha... Er.. Amiga..- evitei contato visual.

-Como é? – gritou.

-Vou passar o feriado com minha amiga.- fixei o olhar nela.

-E seu avô? Achei que ele valia algo pra você. Não vai sair de jeito nenhum.- continuou alterada.

-Por favor mãe.. Não grita.- disse calma. -Sei o quanto ele vale pra você... Mas não o conheço.. Não gosto de ir no cemitério, tem uma energia muito negativa, fico o dia inteiro mal com isso, você sabe.- abaixei a cabeça.

-E quem é sua amiga.- tentou controlar o tom de voz.

-Íris..- menti.

-Aquela coreana?-

-É.- engoli em seco, não gostava de mentir.

-Mas ela não namora o filho do daqueles dois detetives? Ouvi o Joshua comentando que a namorada do seu filho ia passar o feriado com eles.- droga, esqueci que ela era amiga dos pais do Jake.

-N-na verdade... Vou ficar em uma casa de campo.. Com Marceline.- fechei meus olhos nem querendo ver a expressão dela.

-Como é? Aquela ladra?- gritou novamente. -Te proibi de vê-la. Vai já pro seu quarto.- Franzino a testa e abri os olhos.

-Não. Você não conhece ela. Sei o que ela fez, mas no fundo não foi culpa dela.. Mãe para de me tratar feito criança.- alterei um pouco a voz.

-Já mandei ir pro quarto. Vai passar o feriado de castigo lá. Tem que aprender a me obedecer. Não deixa essa bandida te enganar.- Ela parecia gritar cada vez mais alto.

-Ela não está me enganando... E-eu.. Eu gosto dela.. Acho que estou apaixonada..- Nem mesmo acreditei no que disse, senti meu coração acelerar.

-Não acredito. Como pode gostar de uma garota? Ainda mais uma ladra? O que fiz de errado? Planejei tanta coisa pro seu futuro.. Agora vem com essa.-

-Acontece que nunca me perguntou se eu queria algo do seu planejado.- segurei as lágrimas para não borrar a maquiagem, falava baixo.

-Vai já pro seu...- o interfone tocou e a interrompeu.

-Tem uma moça dizendo que veio buscar a Jujuba aqui.- disse a voz do segurança ao interfone.

-Diz pra moça que ela não vai sair.- mamãe respondeu.

-Fala pra ela que estou indo.- peguei minha mochila e corri pro quintal.

-Volta aqui, está de castigo mocinha.- gritou tentando correr atrás de mim.

Cheguei ao portão, vi a morena parada em frente a ele. Meu coração parecia mais feliz. Ela estava vestindo uma jaqueta de couro com uma blusa vermelha em baixo. Usa uma calça jeans preta e um tênis vermelho com cadarço preto. Os cabelos estavam mais bagunçados que o normal, notei até que passou um lápis bem de leve no olho, não era de se arrumar, mas dessa vez estava.

Ao me ver ela sorriu, acabei retribuindo sem perceber. Passei pelo portão caminhando até ela, fui recebida com um abraço.

-Bonnie, estava com saudades.- disse animadamente.

Não respondi, ainda me segurava pra não chorar. Ouvi minha mãe gritar meu nome, mandando voltar, porém apenas corri com a morena, ela segurou meu braço e me guiou até uma moto preta com alguns detalhes cromados.

-Tens uma moto?- perguntei.

-Era do meu pai. Não deixei ele vender.- me deu um capacete preto e colocou outro de mesma cor.

Nem sabia que ela já dirigia. Já podia tirar a carteira e nem ao menos fiz. Só agora que me toquei, Flame era mais nova que eu, e elas estudavam juntas.

-Quantos anos tem?- não resistiu em perguntar.

-Quinze e você?- sentou na moto e a ligou, me esperando subir.

-Dezessete... Espera... Dirige sem carteira?- perguntei assustada, pensei que ela fosse mais velha que eu.

-Achei que fosse mais nova.- Não respondeu minha pergunta pelo visto.

Ao ver minha mãe vir em minha direção, coloquei o capacete e subi na moto. Sem demora ela acelerou. Mamãe tentou vir atrás, porém não conseguiu. Segurei ela com força, estava com um pouco de frio e assustada. Fechei até meus olhos, nunca briguei com minha mãe assim, temia o que aconteceria quando chegasse em casa. Esperava conseguir relaxar o feriado.

Já estava algumas horas na moto, parecia ser longe. Meu corpo estava dolorido. Finalmente a moto parou e foi desligada. Só aí consegui abrir meus olhos. Desci da moto, cujo estava em uma garagem com paredes frias de pedra. Próximo havia um carro preto, nem me interessei pelo modelo, mas era daqueles mais esportivos que o teto abria.

-Está tudo bem?- a voz dela era preocupada.

-Sim estou.- suspirei. Ao tirar o capacete sacudi minha cabeça, aonde notei a morena corar.

-Sabe aquelas cenas de filme que o crush tira o capacete e sacode os cabelos? Tudo parece câmera lenta e você fica sem fôlego.- a garota tirou seu capacete também, colocando sobre o espelho da moto.

Não evitei de corar com as palavras dela, imaginando a cena. Dei meu capacete a ela, que botou sobre o outro espero. Segurou minha mão me guiando em direção a uma porta aberta de madeira. Ao olhar para trás vi o portão enorme de madeira da garagem, estava fechado, parecia ser eletrônico.

Mal me dei conta que subimos uma escada de pedra. Chegamos em um pequeno corredor, aonde as pedras ficam até um pedaço da parede e o resto era um tipo de madeira escura, parecia tronco de árvores.

Próximo às escadas havia um suporte pra chaves, onde Marceline botou a chave da moto. Caminhou mais em frente chegando a cozinha, no corredor ainda havia uma porta semiaberta, com certeza era o banheiro.

Uma grande mesa de madeira maciça centra o local. Ao redor armários de madeira completam o visual rústico, inclusive o fogão a lenha. Até a geladeira tinha um tom amadeirado. A macio a mencionada foi aberta pela morena, aonde pegou algumas coisas colocando a mesa. A essa altura já estavam com as mãos livres. Aproveitei para me encostar sobre a mesa, observando ela servir a mesa com muitos atrativos. Havia salada de fruta, bolo, sorvete, notei ela botar pizza no micro-ondas pra esquentar.

-Estou sem fome.- puxei uma cadeira e sentei.

-Algo a perturba?- se sentou do meu lado, eu nunca rejeitava doces, a não ser que estivesse doente ou triste.

-Briguei com minha mãe... Ela não queria me deixar vir aqui.- suspirei.

-Sei que é difícil, mas ela é sua mãe. Pode estar brava com você, mas tenho certeza que te ama independente disso. Você é foda! Nunca conheci alguém tão esperta, no fundo ela deve ter orgulho.- sentou em meu lado e colocou a mão sobre a minha. Ao olhar pra ela notei aquele sorriso de canto, era tão misterioso que me cativou.

-Obrigado Marcy.- estiquei meu tronco e abracei ela, aonde fui retribuída.

-Coma algo.- disse separando o abraço e pegando a pizza, colocando em minha frente, estava quentinha.

Neguei com a cabeça a pizza, apontei pra salada de frutas e depois pro sorvete. Ela fez uma careta, pegou um pontinho e serviu um pouco de cada pra mim.

-É bom, experimenta.- soltei uma risada da expressão dela.

A morena experimentou, a careta dela foi de alguém que gostou e ao mesmo tempo achou esquisito. Aliás não era, acho que só ela que nunca provou. Percebi uma colher ser estendida a mim, nem acredito, agora ia receber na boca, como criança. Até que era fofo, então cedi em deixar ela me alimentar. Acabei esboçando um sorriso tímido enquanto mastigava.

Eu comi mais alguns potes de salada de fruta com sorvete, já ela comeu um pouco comigo e também alguns pedaços de pizza.

-Dessa vez tem comida aqui.- zoei ela.

-Claro, meu pai as vezes trás uns amigos e peguetes.- acabamos rindo juntas.

-Qual sua surpresa em Marcy?- perguntei.

-Só posso te mostrar depois. Agora não é hora. E a sua?- perguntou.

-Tenho que fazer uma ligação.- acabei me lembrando do que ia fazer de surpresa pra ela.

Pro meu azar Menta não me atendeu, então apenas enviei uma mensagem pra ele pedindo para ele fazer algumas coisas.

-Qual o endereço daqui?-

-Pra que?- parecia confusa.

-Menta vai me trazer uma coisa. Faz parte da surpresa.- notei ela se levantar e procurar um papel, dava o mesmo a mim.

Era uma conta de luz, aonde diz o endereço. Tratei de mandar o mesmo ao mordomo. Sabia que ele era fiel a mim, era quase como parte da família. Mesmo com a briga lá em casa, posso ter certeza que ele está do meu lado, era o único que confiava naquele momento.

-Vai trazer minha surpresa hoje?- disse ansiosa.

-Não, talvez só amanhã.- acabei rindo da expressão decepcionada dela.

Ajudei ela a arrumar as coisas. Em seguida lavamos a louça na enorme pia de mármore da cozinha. Logo me lembrei do pai dela, não tinha o visto em lugar algum.

-Seu pai está?- murmurei.

-Não, está negociando com um cara, não é longe daqui.-

-Vi um carro na garagem.- comentei.

-Ahh é o carro de passeio. Papai usa outro carro quanto está a trabalho.- deu de ombros.

-Um carro da empresa?- perguntei curiosa.

-Não. É dele mesmo.. Se bem que é o dono da empresa..- pareceu pensativa. -Bonnie, vamos ver um filme?- disse animada.

-Claro. Achei que não tivesse TV.-

-Tem sim, eu acho que fiz um pouco de drama só pra você vir.. Mas aqui é chato.- soltou uma risada. Franzi a testa, mas não consegui brigar, até que estava sendo divertido estar ali.

A morena segurou meu braço e me guiou até a sala. Havia enormes e confortáveis poltronas, além de um grande sofá. Nem me lembrei da mochila, a deixei na cozinha. Sentei ao sofá, em frente à uma enorme TV. Mais a direita havia uma lareira.

-Seria legal passar o fim de ano aqui, tem neve e é bem calmo.. Mas meu pai vai visitar os parentes.- reclamou ligando a TV

-Podia convidar alguém e ficar aqui.-

-Minhas opções se resumem a você, Fionna ou Marshall. Fionna com certeza não vai parar de querer dar pra mim..- suspirou, acho que aquilo a incomodava, mas acredito que no fundo ela gostasse. -Marshall é cuzão, não da pra confiar, aquele tirado sempre quer me ver nua.- fez cara de nojo, apenas ri. -O que me deixa com a dúvida. Se quiser passar o fim de ano aqui.. Comigo.. Bem.. Adoraria.. Podia passar o Natal aonde você quiser.. E a virada ficamos aqui...- o jeito dela sem graça era fofo, até olhou pro lado e coçou a nuca.

-Vou pensar no caso.- sorri gentilmente, ela também.

Sentou em meu lado, aonde encontramos um filme de ação pra ver. Ela me deu o controle pra poder mudar de canal se quiser, porém não fiz. Percebi a morena colocar o braço por cima do encosto do sofá, porém não reclamei, apenas encostei minha cabeça ao ombro da mesma. Aonde a mencionada pendeu o braço o fazendo cair por cima dos meus ombros.

Ficamos horas assistindo filmes, as vezes mudamos de canal procurando outro. Ela zoava alguns personagens, era idiota, porém engraçado. Foi divertido ficar ali com ela, mal percebi que já era de noite. Ouvi uma voz masculina falando ao fundo.

-Marcy, deixei seu lanche em cima da mesa, vou dormir.- ouvi passos, mas a morena não deu a mínima.

-Valeu pai.- apenas disse mudando de canal.

-Por que não vai falar com ele?- olhei para trás curiosa tentar ver como era o pai dela, porém não consegui.

-Por que quando ele tá com sono super me ignora.- suspirou.

-Vamos comer então?- me levantei animadamente.

-Vai ser o jantar?- zoou. Apenas franzi a testa, o que fez ela rir. Nem notei meu rosto ficar corado.

Fomos até a cozinha, lá havia uma sacola, dentro algumas caixas, com certeza lanches que ele trouxe. Marcy foi logo pegando uma das caixas, abrindo a mesma. Já eu me direcionei ao banheiro para lavar as mãos antes de comer. Assim como a casa, a decoração do banheiro também era com madeiras e tons mais pesados. Aproveitei pra usar o bacio e após voltei a cozinha, com as mãos bem limpinhas para poder comer.

A morena estava com uma caixinha vazia ao lado e já abria outra, será mesmo que ela comeu um lanche nesse pequeno tempo? Sentei ao lado dela pegando uma caixinha, era um hambúrguer, tinha alface, tomate, queijo, bacon, ovo e acho que mais coisas que não consegui identificar, mas era bom.

Marceline abriu um pote maior, aonde tinha batata frita. Que tentação. A mesma também colocou uma lata de refri em minha frente e abriu outra, bebendo na lata mesmo. Eu preferi pegar o canudo ao fundo da sacola. Não era possível, já havia terminado o hambúrguer, agora a mesma devorou algumas batatas, com certeza era um saco sem fundo.

Por incrível que pareça ela apenas beliscou algumas batatas, acho que deixou pra mim, porém estava cheia. Mal consegui tomar o refrigerante de citros. A morena que terminou por mim. Pra terminar ela ainda pegou sorvete no freezer da geladeira, aonde não resisti em comer com ela. Parece que a outra estava tentando me agradar o tempo todo. Sorri meio sem graça com isso. Finalmente arrumamos as coisas na cozinha, ela deixou as batatas pra comer no café da manhã, nem me importei.

-Dei dinheiro pro meu pai trazer o lanche pra nós.- Disse enquanto colocou as embalagens ao lixo.

-Aonde conseguiu dinheiro?-

-Mesada.. bem.. o que sobrou dela... o resto tive que.. bem.. não importa, vamos pro quarto.- segurou minha mão, porém estava engordurada, então a soltei.

-Hey.. vamos lavar a mão primeiro.- minha voz parecia enojada, a outra riu.

Fui até o banheiro lavar a mão, seguida dela. A ousadia dela era irritante, custava ela esperar. Tinha que lavar a mão ao mesmo tempo na pia comigo. Após secar as mãos ela me deu a toalha e eu a coloquei novamente no lugar.

Dessa vez fomos para o quarto, não esqueci de levar minha mochila. Subindo mais algumas escadas de pedra, finalmente chegamos em uma porta de madeira ornamentada, em um tom bem escuro. Ao abrir e acender a luz, me deparei com um quarto espaço. Havia duas camas de solteiro, lado a lado, com apenas uma cômoda ao meio separando. Em cima de uma das camas tinha um violão, no qual o lençol era preto com caveirinhas.

-Meu violão.- Ela saltou na cama pegando o instrumento. -Esqueci ele aqui.-

-Pensei que só tivesse um baixo.- negou com a cabeça.

-Tenho um banjo, violão, guitarra, baixo... mas slá.. aquele baixo era especial pra mim.. meu favorito.- olhou pro instrumento, cruzou as pernas puxando algumas cerdas testando a nota.

-Toca algo.- coloquei a mochila na cama e sentei, olhando a outra.

Após um pequeno tempo afinando, a outra começou a tocar algumas notas. Parecia se acostumar um pouco, fechava levemente os olhos apenas tocando, aos poucos o som foi mudando e ela começou a cantar.

-Às vezes se eu me distraio... Se eu não me vigio um instante..... Me transporto pra perto de você...- Não me canso de dizer que adoro a voz dela cantando.

-Já vi que não posso ficar tão solta... Me vem logo aquele cheiro...Que passa de você pra mim...Num fluxo perfeito..-

-Enquanto você conversa e me beija... Ao mesmo tempo eu vejo.. As suas cores no seu olho..Tão de perto.. Me balanço devagar... Como quando você me embala..... O ritmo rola fácil... Parece que foi ensaiado.- ela me olhava fixamente, acho que pensava em mim enquanto cantava, o que me fez corar.

-E eu acho que eu gosto mesmo de você... Bem do jeito que você é.... Eu vou equalizar você.. Numa frequência que só a gente sabe... Eu te transformei nessa canção... Pra poder te gravar em mim.- era incrível como ritmo calmo deu lugar a um mais agitado, ela fazia isso tão sutilmente.

-Adoro essa sua cara de sono.. E o timbre da sua voz.... Que fica me dizendo coisas tão malucas... E que quase me mata de rir.. Quando tenta me convencer... Que eu só fiquei aqui.. Porque nós dois somos iguais..- soltei uma risada baixa, negando com a cabeça

-Até parece que você já tinha... O meu manual de instruções.. Porque você decifra os meus sonhos.. Porque você sabe o que eu gosto.. E porque quando você me abraça.. O mundo gira devagar.- notei ela fechar os olhos.

-E o tempo é só meu.. E ninguém registra a cena.. De repente vira um filme.. Todo em câmera lenta... E eu acho que eu gosto mesmo de você.. Bem do jeito que você é..-

-Eu vou equalizar você.. Numa frequência que só a gente sabe.. Eu te transformei nessa canção.. Pra poder te gravar em mim... Eu vou equalizar você.. Numa frequência que só a gente sabe.. Eu te transformei nessa canção.. Pra poder te gravar em mim.- os olhos dela se abriram, o som foi se cessando aos poucos, mas o olhar se manteve fixo em mim.

-Incrível, adorei a letra.- aplaudi, o que fez a outra corar. -Você que fez?-

-Não.. é de uma cantora conhecida, mas eu gosto das músicas dela.. - coçou a nuca um pouco sem graça.

Apoiou o violão próximo a cômoda, me levantei e sentei ao lado dela.

-Acho fofo de sua parte cantar pra mim, sempre quis aprender a tocar violão.- segurei a mão da morena, com um sorriso aos lábios.

-Poderia lhe ensinar.. o que mais quero fazer agora é te encher de beijos.- só deu tempo do meu rosto corar e os lábios dela tocarem os meus.

Como sempre era tão carinhoso. Acabei nem ligando de ter meu batom borrado por ela. Meu coração tratou de acelerar. Coloquei a mão que eu segurava em minha cintura, aproveitando pra levar meus braços ao pescoço dela, entrelaçando-os no local.

Foi a minha vez de adentrar a língua na boca dela, aonde acabei lambendo graciosamente seus lábios. Alguns involuntários suspiros escaparam durante o beijo. É inevitável demonstrar o quanto gostava daquilo. De uma maneira ousada a morena mordeu minha língua, o que me fez soltar uma fina exclamação e separar nossos lábios para respirar.

Olhávamos uma para a outra, olho a olho. Ela com seu sorriso misterioso e eu com minha expressão doce.

-Uau.. aprende a beijar rápido.- me deu alguns selinhos tentando me convidar para mais um beijo, apenas ri.

-Parece que você está usando batom.- passei o dedão na boca dela, limpando o que estava borrado.

-Não te preocupa, vou borrar mais ainda seu batom.- notei a outra abrir os lábios para vir me beijar, levei o indicador aos lábios da mesma, impedindo o ato.

-Só vai ganhar mais quando me disser o que tem de surpresa.- mantive os lábios no local.

-Oras.. ia te levar em um local bem lindo, onde me inspiro pra tocar.. mas não dá de ir agora.. tá escuro e.. bem.. é meio longinho.- fez um biquinho manhoso.

-Tá certo, vem.- disse entre risos tirando o dedo.

Como um leão ela saltou, me derrubando na cama, aonde ficou por cima de mim agarrando meus lábios. Mas que beijo intenso, misto de algumas mordidas no meu lábio inferior, algumas lambidas e sei lá eu o que. Acho que sentir o carinho que ela tinha por mim me deixava animada. Senti até o braço dela ir até meus cabelos e acariciar o topo da minha cabeça.

Se o eu do passado me visse agora, nem iria acreditar. Estava aos beijos com uma garota e o toque dela me agradava.. espera.. senti a mãozinha boba dela passando por cima do meu seio, ficando por ali. Meu rosto nunca queimou tanto, mas que ousada. Ia reclamar, mas quando a outra apalpou o local, soltei um suspiro forte, acho que não era só o toque, mas o beijo dela me deixava excitada.

-Hmn.. a janela está aberta.- separei um pouco os lábios, como ela conseguia? Era como se estivesse entregue a ela.

-Eu fecho.- resmungou, saindo de cima, correu até a janela e fechou apenas a cortina. -Pronto?- voltou até a cama, foi aonde me sentei.

-Você é uma pervertida.- cruzei meus braços olhando a outra.

-Sou sim, louca de amores por você Bonnie. Seu jeito meigo, doce, tímido.. me deixa tão.. bem.. interessada.. curiosa.. não sei como reagir próximo a você, foi a única que já conseguiu me deixar sem ações.- novamente aquele sorriso de canto dela me deixou pensativa.

-O que tenho de mais? Sou só..-

-Você... é espontânea. Por um instante achei que nunca ia te beijar novamente.. mas.. olha aonde estamos.. consegui até me apaixonar por você..- levou uma das mãos a boca, olhando pro lado.

-Eu pensei que ia te odiar.. mas.. acho que meu ódio virou amor?- me encolhi, foi onde a mesma me olhou.

-Acha que é só uma paixão boba?- perguntou.

-Tenho certeza que é.. vai passar..- murmurei.

-Enquanto essa paixão durar.. me deixa te encher de beijos.. mordidas.. e marquinhas...- ela engatinhou para próximo de mim.

-Só em lugares que não vai aparecer.- mordi meu lábio inferior.

Ela novamente se inclinou pra cima de mim, cedi em deitar. Antes de me beijar a morena retirou sua jaqueta de couro, atirando a mesma para o lado. Agora ela direcionou alguns beijos em meu pescoço. Aquilo me fez estremecer, levei as mãos até as costas dela segurando a blusa vermelha dela, era sem mangas.

Por alguns instantes ela parou para tirar meus cabelos da frente, estava levemente suada, portanto grudou um pouco, parecia estar tão quente de repente. Segurei com força a blusa dela, sentindo ela abaixar a alça do meu vestido beijando minha clavícula, até arriscou algumas mordidas.

Como to toque dela me arrepiava! Ela ainda se aproveitou da situação tornando a colocar a mão em meu seio. Dessa vez isso não ia ficar quieto. Segurei a mão da mesma, o que fez ela olhar pra mim um tanto sem graça. Retirei a mão dela do local, desci pelo meu corpo e pousei em cima da minha coxa, passei a língua aos lábios. Notei aquele sorriso misterioso dela. Meus lábios foram rapidamente tomados. Era evidente as segundas intenções dela, mas.. certa curiosidade e desejo me tomaram conta. Nunca me senti excitada pra uma mulher. Dessa vez fui eu que mordi o lábio dela, porém não o feri, apenas arranquei um profundo suspiro dela.

A mão dela em minha coxa subiu lentamente, tocando entre minhas pernas, por cima do short. Aonde a morena pressionou um dos dedos em direção ao meu clitóris. Acabei por soltar um gemido durante o beijo, foi abafado, mas ainda sim audível.

Usou a mão livre para abaixar levemente a alça do meu vestido, o puxando para baixo. Eu queria negá-la, dizer pra ela parar, mas no fundo desejava aquilo. A única coisa que ansiava era que fosse minha primeira, ficaria a noite acordada entre beijos e orgasmos.

Puxei um pouco a blusa dela, erguendo a mesma até aparecer o umbigo, a morena separou nossos lábios para respirar. Aproveitou para me ajudar a tirar sua camisa, estava com um top preto. Seu corpo é magro, com leves músculos abdominais, nunca tinha reparado nos seios dela, mas eram bem arredondados, imaginei que fossem menores, talvez fosse o tipo de roupa que ela usava.

Foi a vez dela de puxar meu vestido, aonde ficou observando meu corpo por alguns instantes. Não estava despida ainda, apenas dava pra ver meus volumosos seios e meu abdome liso. Trocamos alguns olhares, até que ela voltou o rosto próximo ao meu.

-Achei que fosse impossível eu te achar mais bonita.- me deu um selinho antes de falar.

-Não imaginei que iria lhe impressionar.- acabei notando uma marca roxa na costela da mesma, imagino que apanhou. Levei a mão ao local delicadamente.

-Me impressionada a cada.. ai..- olhou pra minha mão. -Cuidado.-

-O que houve?- fingi que não sabia.

-Só caí na escada, relaxa. Está sarando. Se preocupa mais em tirar a roupa.- riu seguida de mim, aonde puxei ela para um beijo, muito bem retribuído.

Enquanto trocamos um gracioso e apaixonado acariciar de lábios, senti a mão teimosa dela tocar novamente em meu seio. Dessa vez ela puxava o sutiã, deslizando as mãos para minhas costas abrindo com facilidade. Minha nossa, mas que rapidez! Logo jogou a peça para o lado, próximo as demais peças. Interrompeu nosso beijo para focar em alguns chupões ao pescoço, o que me fez agarrar os cabelos dela suspirando.

-Vai ficar roxo.. hmn.. não..- reclamei.

Ela entendeu o recado, tratou de beijar mais para baixo. Com sua pura audácia ela mordeu meu seio, deixando uma marca avermelhada. Não consegui evitar de soltar um resmungo alto.

-Vai ficar marca..- falei com a voz baixa.

-Essa é a intenção.- ergueu o rosto para me olhar, seu misterioso sorriso se canto me fez negar com a cabeça, mas bem.. até que era bom.

Não demorou para que a outra passasse a língua bem na ponta do meu mamilo, já endurecido. Mordi meu lábio inferior, apoiando meu corpo sobre os cotovelos, erguendo um pouco meu tronco, basicamente estava sentada.

-Tira sua blusa também.- pedi.

Com um sorriso a morena tirou seu top, só agora que notei uma tatuagem na costela costela oposta a que estava com uma marca roxa. Era um morceguinho com uma das asas indo pras costas e a outra beirando o seio dela. Mal observei o corpo dela e já tive meu mamilo tomado por seus lábios, agora ela os chupou com força, me fazendo soltar um gemido arrastado.

Um bater na porta fez ela cessar os movimentos, olhando na direção, assustada coloquei uma das mãos na frente dos meus seios.

-Marcy está tudo bem? Ouvi alguns barulhos estranhos.- era o pai dela.

-To cantarolando pai, me deixa.- reclamou, esticou a mão para a cômoda, aonde tinha um pequeno rádio, que foi ligado, acho que for pra encobrir nosso barulho.

Neguei com a cabeça olhando a morena com um sorriso. Quando nossos olhares se encontraram, os rostos ficaram cada vez mais próximos, finalmente nossos lábios se tocaram. Ela se deitou sobre mim, aonde envolvi meus braços ao redor do pescoço dela.

Aos poucos as mãos dela deslizaram pelo meu quadril, estava com tanto desejo que ajudei ela tirar meu short junto com a calcinha. A morena também tirou sua calça, acho que ela nem ao menos viu a cor da minha calcinha e muito menos eu a dela.

Ambas já estávamos nuas, fechei meus olhos apenas deixando que o beijo dela me guiasse. Senti o dedo dela passar pelos lábios de minha intimidade, aonde a mesma o umedecia, fazendo movimentos circulares na entrada. Eram dois dedos que estavam ali próximos, não queria dizer, mas queria que ela fizesse logo estava tão ansiosa.

Finalmente os dedos dela me penetraram, já de cara com dois dedos causou um certo desconforto. O que me fez mexer o quadril. Senti a direita dela, que estava livre, acariciar meu rosto, acho que tentava dizer que está tudo bem.

Com movimentos inicialmente lentos, ela moveu seus dedos em meu interior, fazendo um certo “gancho” no órgão inchado que era massageado. Soltei alguns baixos gemidos durante o beijo. Conforme me acostumava, o movimento ficava menos desconfortável e mais prazeroso. Passei minhas unhas com força as costas dela sem me conter. Aos poucos a velocidade de tal movimento também aumentou. Senti meu corpo queimar, estava suada. A essa altura não gemia mais tão baixo, por sorte o som e o beijo ajudaram a abafar.

Finquei minhas unhas nas costas dela, com certeza ficaria marcado, mas isso nem me importava. Meu corpo estava estremecendo, o prazer havia tomado conta. Parecia que cada vez ela ia mais fundo, era tão bom. Ainda mais o beijo acompanhado, senti até uma mordida em meu lábio. Não demorei para ter um orgasmo, aonde ela ainda continuou com os movimentos da mão por uns instantes, cessando lentamente.

Estava mais cansada do que o previsto, acho que era por culpa da aula. Senti uma felicidade enorme me invadir. Quando nossos lábios se separaram, pude olhar o sorriso dela enquanto me observou, tirei as mãos das costas dela. Notei a mencionada passar a língua em sua mão lambuzada enquanto me olhou.

-Tem um gosto doce.- riu.

-M-Marcy..- foi o que consegui dizer, sem fôlego, abraçando a morena.

Ela inverteu as posições, me deixando por cima, fiquei aos braços dela. Uma das mãos dela acariciou meus cabelos, enquanto a outra se manteve em minha cintura. O silêncio falava mais que minha respiração ofegante e o rosto sorridente de ambas. Fechei levemente meus olhos, envolta naquele cheiro ácido do perfume costumeiro dela, me senti protegida.

Não sei quanto tempo fiquei dormindo em cima dela, mas acordei quando ouvi ela me chamar.

-Bonnie, acorda. Quer ver minha surpresa?- a suave voz dela nem fez sorrir enquanto abri os olhos.

-Claro.- disse sonolenta coçando os olhos.

Me sentei, saindo de cima dela. Peguei minha calcinha e a vesti.

-Que fofa sua calcinha.- Comentou me olhando colocar o short.

-Cala a boca.- corei. -Vai se vestir.- joguei a calcinha vermelha na cara dela, espera.. a calcinha dela era vermelha, achei que seria preta.

Enquanto ria ela pegou as roupas para se vestir. Já vestidas saímos do quarto. Ela apenas passou no banheiro pra lavar o rosto, acabei acompanhando ela e fazendo o mesmo. Ainda estava escuro, devia ser tarde da noite. Próximo a porta da frente havia uma lanterna em cima de um armário baixo, com um vaso de flores murchas.

Saí junto com ela, segurei sua mão com intuito de não se perder. Caminhamos pra floresta, estava tão escuro, mas a pequena lanterna ajudou muito. Segurei o braço dela, estava um pouco assustada. Chegamos em uma grama macia, próximo ali havia uma queda de água. Vários vaga-lumes estavam pousados em uma árvore bem grossa, com folhas trançadas que tocavam o chão.

O local era tão lindo, acabei sorrindo. A morena desligou a lanterna, os vaga-lumes que passavam por ali, havia até umas rochas luminosas. Sinceramente, não sabia explicar como elas emitiam a luz, mas iria pesquisar.

-Adoro compor aqui, é um lugar só meu. Mas achei que devia conhecer.- soltou minha mão olhando para o lado sem graça.

-É lindo.- Olhei ao redor, com um sorriso bobo.

-Assim como você.- meus olhos focaram aos dela, trocamos sorrisos e aos poucos nos aproximamos.

Levou a mão em meu rosto, tirando alguns fios da frente do mesmo. O membro pousou sobre meu rosto, acariciando levemente.

-Marcy..- a chamei olhando em seus olhos.

-Diga.- aproximou seu rosto de mim.

-Você acredita em amor?-

-Você acredita?-

-Sim.-

-Eu também.- acabei sorrindo junto com ela.

Nossos lábios se tocaram, meu rosto foi acariciado enquanto nosso beijo durou. Não demorou para separarmos os lábios e ficarmos nos entreolhando.

-Marcy, acho que devíamos namorar.- nesse instante os olhos dela se arregalaram.

-E-eu acho que não é uma boa ideia.- se afastou um pouco de mim.

-Então só estava brincando comigo esse tempo todo?- algumas lágrimas escorreram por meu rosto, como pode, depois de tudo ela não me quer.

-Bonnie.. não é isso.- abaixou a cabeça.

-Então o que é?- gritei.

-Eu.. argh.. só não posso.- ela não teve coragem de me olhar, até virou de costas pra mim.

-Já imaginei.- sem pensar corri para a floresta, só queria sair de perto daquela cretina.

-Espera Bonnie.. pode se perder.- ignorei a morena, que veio atrás, mas já era tarde.

Corri entre lágrimas até onde não consegui mais ouvir os passos dela. Mas.. estava escuro, não sabia bem aonde ia. Só via algumas árvores próximas, nada além disso. Acho que só queria estar em casa agora. Meu peito doía, me encostei em uma árvore, sentando ao chão. Abracei meus joelhos escondendo o rosto enquanto chorava. Procurava fazer menos barulho possível. Além da forte decepção e o sentimento de ter sido usada, eu estava perdida. Com certeza a outra não viria atrás de mim.


Notas Finais


Continua...
Pra quem não conhece a música:
https://www.youtube.com/watch?v=x7WHL-o5tMo&feature=youtu.be
Quais serão os motivos de Marcy pra não "poder" namorar Jujuba? Será que ela vai mesmo esquecer a outra na floresta? (Mesmo que imaginem a resposta.. podem ter certeza que não quero algo óbvio :v )
Adoraria os comentários dizendo o que acharam do capítulo <3
Obrigado por lerem.
Bjs pra todos :3


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