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História Garota do capuz vermelho - Encontros e desencontros


Escrita por: Mutekai

Notas do Autor


Desculpem se demoro para postar meus amores <3
Prefiro escrever o capítulo com calma para que fique bem feito, talvez isso leve alguns dias. Sempre que possível posto um novo pra vocês.
Boas vindas aos novos leitores e agradeço a fidelidade dos antigos.
Desejo boa leitura a todos.
Amo vocês ~~<3

Capítulo 14 - Encontros e desencontros


 

“Não sabia dizer se iria demorar a me recuperar, me sentia agoniada por estar longe de minha amada, nem sabia se ela vai me perdoar depois do ocorrido. Mesmo que eu não fosse culpada, ainda sinto o peso em mim.”

 

Não sabia mais o que pensar depois de ler aquela mensagem. Fiquei o restante da noite em claro. Já encomendei alianças, imaginei que ela levasse isso tão a sério quanto eu. A única coisa que passava em minha mente era se aquilo fosse mesmo verdade.  

Passei o resto do fim de semana na cama, ora ou outra meu pai vinha ver se estava bem. Sempre respondi que sim, menos quando ele perguntou sobre minha namorada, aí nem respondi.  

Meu fim de semana foi uma merda, pior ainda foi levantar cedo pra ir à escola. Nesse dia estava bem frio, vesti meu moletom com toca, deixando meus cabelos a mostra enquanto as mãos ficavam enterradas ao bolso.  

Não sei se podia considerar como sorte, mas não vi certa rosada a manhã inteira. Confesso que queria falar com ela e entender o motivo de uma mudança repentina de ideia. As vezes preferia nem vê-la perto de mim. Passei o intervalo inteiro com o coração dividido dessa maneira. Mal toquei na comida, Fionna tentou dizer alguma coisa pra mim, porém foi ignorada assim como todo o resto.  

Um borrão rosado fez meu coração acelerar. Ao longe vi aqueles cabelos,  era bem da cor que eu lembrava. Me aproximei só para ter certeza e vi aquele garoto esquisito abraçando o Marshall, devia estar louca imaginando que fosse ela.  

O rapaz logo encontrou seu olhar com o meu, dei as costas mas ele veio atrás. Senti a mão dele tocar meu ombro. Não consegui esboçar mais do que uma expressão sem ânimo. Por mais que achasse esquisito eu não ter visto ela, ainda sim não queria conversar. 

-Soube do que aconteceu com a Jujuba?- a voz animada dele era irritante. 

-Não quero saber.- disse virando de costas para ele, tentando me afastar. 

-Houve um acidente e ela está no hospital. A mãe confiscou o celular dela, que não conseguiu te avisar. Acho que amanhã ela vem pra aula. Jujuba está agoniada por causa de você. Ela disse que está preocupada contigo.-  

-Já disse que não quero saber.- respirei fundo deixando algumas lágrimas escorregarem. 

Caminhei rápido em direção a aula, o sinal recém bateu. Sentei bem no fundo da sala encostando minha cabeça na parede. Apenas fiz o básico de sempre, comparecendo as aulas e fazendo as últimas atividades. Por sorte estava passada em todas as matérias, por segundos né senti aliviada.  

Finalmente chegou a última aula, era educação física, íamos jogar golfe. Acabei ficando em terceiro lugar, estava sem ânimo algum pra jogar, geralmente era boa em esportes. Antes que o professor pudesse falar comigo, fui para meu quarto me banhar.  

Após meu banho vesti uma camisa solta e um short bem curto, em seguida me joguei na cama. O desânimo era tamanho. Senti que deitei em cima de algo, ao olhar notei uma caixa. Bem acho que meu amigo mandou pra mim, com certeza era as alianças. Abri a caixa pegando a que estava escrito Bonnie em seu interior. Era uma peça de prata com um risco dourado bem no meio.  

Talvez me sentiria melhor com aquilo, portanto coloquei ao meu dedo, coube certinho. Mas meu sentimento só piorou. Tentei mudar meus pensamentos focando que eu tinha uma namorada, nem que fosse imaginária. Já que gastei dinheiro, cujo eu devia e muito, eu mesma iria usar aquela droga, nem que meu ânimo ficasse abaixo de zero. 

Fiquei o dia inteiro de molho e dormi muito mal a noite. Tive sonhos terríveis cujo eu era mal tratada por aquela que eu amava. Sentia uma dor no coração quando acordei. Notei que aquele cretino do Marshall nem estava no quarto. Olhei pro relógio, é estava atrasada pra aula novamente, pra variar.  

Vesti a primeira calça que vi na frente e a primeira blusa. Corri para a sala levando apenas um caderno. Ao chegar na sala a professora já me deu sermão, mas que chatice. Finalmente chegou a hora de comer. Demorei pra sair da sala pois fiquei fazendo as malditas tarefas de matemática.  

Assim que estava livre, vi uma cena de partir o coração. Certa pessoa estava andando com o auxílio de uma muleta, em sua bochecha havia um curativo. Ela sentou em uma mesa com a ajuda da Íris. Engoli em seco, talvez não fosse uma boa ideia me aproximar, porém assim fiz. Sentei então na frente dela, olhando pra mesma, esperava ela dizer algo. 

-Folgada.- comentou com um sorriso. 

-Então é verdade.- Ela revirou os olhos. 

-Me desculpa por... Espera.. O que é isso no seu dedo?- estendi a mão olhando. 

-Ahhh isso, é uma aliança.- falei indiferente. 

-Aliança?- parecia não acreditar. 

-É.. Tô namorando.- 

-Tão rápido?- ainda não acreditou. 

-Seria bom se fosse verdade.- suspirei. 

-Não terminei contigo sua boba. Foi minha mãe que pegou o celular... E ainda está com ele.- revirou os olhos, finalmente ela entendeu. 

-Então isso é seu.- peguei uma caixa no bolso estendendo a ela.  

Ao abrir a mesma sorriu colocando a aliança no dedo. 

-Não precisava, mas adorei.- aquele sorriso bobo me contagiou.

-O que houve contigo?-  perguntei puxando alguns assunto.

-Levei uma pancada na cabeça, mas estou tranquila, só adormeceu alguns nervos do meu cérebro, mas estão se recuperando. Acredita que não conseguia me mexer? Agora até caminho. Em pouco tempo estarei cem por cento.- disse de forma animada. 

-Que bom.-  

-Vai passar o natal comigo né?-  

-Sem dúvidas.- me levantei e fui até ela. -Tenho que ir, não posso ser vista com você... Bem... Por mais tempo.- pisquei pra ela sorridente. 

Acho que a Íris falou algo pra Bonnie, porém não entendi. Pra falar a verdade nem prestei atenção. Ainda estampei um sorriso nos lábios enquanto comia. Fionna tagarelou o intervalo inteiro, porém apenas a ignorei. Que péssima amiga eu era, nem pensar eu fazia direito.  

Finalmente chegou a aula de educação física. Dessa vez era natação. Nunca fui fã de mostrar meu corpo, porém não me importei dessa vez. Nadava livremente de biquíni. Pena que Bonnie estava livre da educação física, adoraria admirar o corpo dela. Acredito que era ela quem admirava o meu. Sempre que a olhava seus olhos estavam fixos em mim, mesmo que desviasse, o rosto corado dela a entregava.  

Nem me importei em trocar de roupa. Só vesti uma camisa em cima da roupa molhada, já estava indo pro quarto. Enquanto caminhava percebi que estava sendo seguida. Ao virar o corredor eu parei, não demorou para um grupo de garotos me cercar.

-Lich.- bufei

-Lembra do valor que deve pro Lich?- um garoto disse sarcasticamente enquanto os outros riam.

-Quem liga?- revirei os olhos.

-Gostaria de sofrer?- perguntou tentando me socar, porém desviei.

-Espero que a grana que ele lhes paga seja maior que a do hospital.- com um golpe preciso segurei o pulso com uma mão e o cotovelo dele com a outra. Enquanto uma mão puxava a outra empurrava, ouvi o “crac” e o urro de dor, com certeza quebrou.

-Acabem com ela.- berrou segurando o braço.

Os rapazes vieram pra cima de mim. Me defendi como pude, socando e chutando, mas eram muitos. Me seguraram e aplicaram golpes na barriga, costas e alguns no rosto. Não deixaram muitas marcas, apenas o suficiente pra me fazer sentir dor. Fiquei deitada ao chão com as mãos na barriga, como doía, nem queria me mexer.

-Hey cara, ela é uma garota, estupra ela.- disse o cara que quebrei o braço.

Meus olhos fixaram nele, o ódio era emitido pelo meu olhar. Não tinha apenas nojo de estupradores, também não curtia muito homens, desde que me assumi, nunca mais fiquei com nenhum, muito menos gostaria de que alguns deles me tocasse. Os rapazes me seguraram e encostaram na parede.

-Eu quebrei seu braço, posso cortar seu pinto. Não consegue me evitar enquanto estiver dormindo, tenho acesso livre ao dormitório masculino.. vou cortar o pinto de todos vocês e enfiar na porra dos seus cus.- gritei.

-Ela está mentindo.- disse um deles.

-Sei não, já vi ela no dormitório.-

-É verdade.- disse Marshall no fim do corredor. -Podem olhar na porta do meu quarto, tem o nome dela, sou o colega de quarto dela.-

-Moleque você não viu nada, ou será a próxima vítima.- os homens me soltaram indo embora, esperava ter amedrontado eles.

-Ele ainda paga gente pra te bater?- o moreno se aproximou me ajudando a caminhar, não conseguia muito bem, de tanta dor que sentia.

-Só por que lhe protegi agora a dívida é minha. Me deve sua vida seu caralho.- falei com a voz fraca. -Se eu tivesse sido estuprada ia enfiar um cano no seu cu.- dessa vez falei mais rápido.

-Er... calma Marcynha...relaxa, está tudo bem. Eles já foram.- me ajudou a sentar na cama do nosso quarto.

-As vezes me arrependo de ter surrado aquele bandido.- bufei.

-Foi por uma boa causa.- coçou a nuca.

-Dever uma nota preta pra ele? Claro, ótima causa. Agora nós dois temos que roubar, sério? Pra piorar mais ainda a merda da minha reputação. Como vou ter uma banda desse jeito cara?- me levantei irritada.

-Roqueiros tem reputações ruins. Isso os deixa maneiros.- deu de ombros.

-Claro, quero ser conhecida pelos meus atos ruins. Quero que meus fãs me usem como o pior exemplo pros filhos. Foda-se ser maneiro. Só quero credibilidade, confiança, reconhecimento. Só me afundar no poço não vai me levar ao topo.- levei a mão a cabeça.

-Pare de ser pessimista, um dia vão reconhecer nosso talento.- pegou um jornal observando. -Acredita que o colégio vai ter um rádio pra tocar no recreio? Que lixo, é cada música ruim que tocam, e ainda precisam de um locutor, blargh.- jogou o jornal em cima da minha cama.

-Não jogue lixo na minha cama seu lixo.- bufei entrando no banheiro, estava louca pra tomar um banho de água quente.

Já passado alguns dias, minhas dores estavam melhores. Tornei a agir normalmente sem ignorar ninguém. Via minha amada todos os dias, no almoço ou pelos corredores. Evitamos qualquer tipo de atitude suspeita, até encontrar ela no vestiário da quadra. Estava só de toalha, já eu vestida. Meus olhos contornaram o corpo dela, seu rosto corou de imediato, assim como o meu.  

-O que houve que foi a última a sair do banho?- perguntei como quem não quer nada, já que ela sempre era a primeira. 

-Fiz uma corrida extra depois do basquete, já que não preciso mais de muletas, tenho que me exercitar.- respondeu evitando meu olhar. 

-Faz vários fins de semana que vou te visitar e você não está em casa.- comentei. 

-Estou passando mais tempo na empresa com a mãe, tá difícil até pra mim nos fins de semana.-  

-Nossa! Tem um futuro brilhante.- me aproximei dela, envolvendo a mão em sua cintura.  

-Ao menos uma de nós.- revirou os olhos.  

-Eu virei locutora da rádio da escola.- pisquei quando ela me olhou. 

-Sabia que aquela linda voz era familiar. Geral adorou sua voz, ainda mais quando você canta.-  

-Imagina se soubessem que sou eu.- meu rosto estava tão perto do dela, conseguia sentir o calor de sua respiração.  

-Ia melhorar sua reputação.- sussurrou. 

-Não antes de eu resolver umas coisas, só assim terei paz.- Nem deixei ela falar, apenas toquei nosso lábios deslizando os mesmos lentamente. 

Estava com muita saudade daquele beijo, provavelmente ela também, sentia o arrepio de sua pele, os suspiros e sua sede por mais. As mãos dela foram apoiadas em meus ombros. Que falta eu sentia do corpo dela tão perto do meu. A puxava cara vez pra mais perto aproveitando pra entrelaçar minha língua com a dela.  

Com movimentos rápidos retirei a toalha dela, passando as mãos em suas costas. Foi quanto o beijo se separou. 

-Marcy estou menstruada, melhor pararmos, tô muito sensível esses dias.- se abaixou, pegou a toalha e me olhou. 

-Sem problemas docinho. Não quero te machucar.- beijei a testa dela.  

-Obrigado.- notei ela morder o lábio inferior, estava na cara o desejo dela.  

-Vai sofrer por isso depois. O natal promete.-  

-Então, quero falar com você sobre isso.- olhou pro lado. 

-Algo errado?- 

-Só o fato de que vamos visitar alguns parentes.- Bonnie era tão fofa corada. 

-Não tem problema amor, não fica com vergonha tá? Se não quiser não precisa.- 

-Não vai ficar chateada?- se encolheu. 

-Tenho certeza que vamos ter um tempo a sós outra vez, não tenho pressa.-  

-Você é um amor.- me abraçou.  

-Por que te amo.- retribui o abraço. 

-Na próxima vês que me encontrar de toalha, aproveite.- me deu um selando e se retirou.  

Olhei ela sair pensativa, isso quer dizer que a veria novamente aqui? Espera, semana que vem íamos ter educação física juntas. Ahh entendi, como conseguia ser tão lerda? Com certeza vou me aproveitar da situação.  

Lá estava eu, em mais um fim de semana chato. Mandei mensagem pra Bonnie que demorava muito pra responder, dizia estar ajudando a mãe a organizar os negócios da empresa antes das festas de fim do ano. Estava tão tedioso lá em casa. Sorte que ganhei uma aposta e paguei o Lich, faltava bem pouco pra dívida ser quitada. Só assim ficaria em paz. Acho que minha vida iria se resolver em breve.

Ao fim da tarde acabei me encontrando com o Marshall, juntos roubamos alguns descuidados com o celular pra fora do bolso, nem fomos flagrados. A dívida com Lich estava quase quitada, o que era um alívio. Podia já me ver livre daquele trapo. Meus pensamentos só focaram em certa pessoa, queria preparar uma surpresa para ela, algo que faria na frente da família dela, talvez assim a mãe dela aceitasse melhor nosso namoro. Hmn.. talvez algumas flores e doces arrancariam um lindo sorriso dela. Podia dar a ela um colar...

Parei em frente a uma loja observando alguns colares, um mais caro que o outro. Seria difícil pagar minha dívida, economizar com comida e ainda comprar um colar, era tão caro. Quem dera eu poderia ficar rica magicamente. Respirei fundo abaixando a cabeça, estava escuro e tinha um vento friozinho. Botei a toca do moletom na cabeça, levando as mãos ao bolso, olhava pra o chão.

Eu tinha que impressionar ela de alguma maneira, um colar era caro, melhor ficar com o clichê de rosas e chocolate. Algo em mim pedia que fosse diferente. Acho que poderia cantar pra ela, o rostinho alegre da minha namorada ao ouvir minha voz me deixava muito mais alegre que ela. Mas o que eu vou cantar? Ando tão sem ideias pra compor algo. Poderia apenas tocar, mas qual seria o melhor ritmo?

Nunca imaginei levar um relacionamento tão a sério, mas os sentimentos que nutria por ela eram tão fortes. Podia até ver ela no final da rua, segurando uma pasta, parecendo assustada. Espera, não era ilusão, era a própria. Com um sorriso corri até ela, porém um ônibus parou bem ali. Não pensei duas vezes, entrei nele também. Paguei a passagem com o dinheiro que usaria para jantar, oh latão caro, cinco dólares dava dois belos hambúrgueres no final da rua.

Tudo valeu a pena quando sentei ao lado dela, o acento estava vazio. Como quem não quer nada apenas fingi não a conhecer.

-Licença.- Pedi antes de sentar.

Um enorme sorriso tomou o rosto dela, mal sentei e já fui abraçada. Segurei a mão dela admirando aquele sorriso bobo.

-Que saudades eu tava de ti.- falei com a expressão neutra.

-Eu também Marcy. Perdi meu ônibus e tive que esperar esse. O carro quebrou e Menta não conseguiu vir me buscar, hoje não é meu dia.- suspirou.

-Era só me ligar que eu viria te buscar meu amor.- ela deitou a cabeça em meu ombro.

-Não queria incomodar Marcy, muito menos me aproveitar de você. Acho que hoje viesse iluminar meu dia.- soltou uma risadinha sem graça.

-Não meu bem, só queria te ver. As aulas estão quase acabando, amanhã será a última semana, depois isso só lhe verei no natal, pensa que tortura.- resmunguei.

-Nem fala, mamãe ainda não devolveu meu celular.-

-Relaxa, ela vai devolver.- deitei minha cabeça sobre a dela.

-As duas sapatonas vão parar de viadagem? Esse lugar é público, não é lugar para vocês.- disse um homem nos encarando.

-Ninguém pediu sua opinião seu mané, vá se foder.- xinguei alto, o que fez Bonnie rir.

-Isso é um absurdo, Deus não permite isso. É um pecado.- reclamou.

-Poupe-me. Deus não permite você julgar seus irmãos e não a opção sexual de cada indivíduo. Pecado maior é você se meter na vida dos outros e não viver a sua.- o cara ficou roxo e escondeu a cara, ainda com olhar de desaprovo.

Gargalhadas eram ouvidas por todo o veículo. Acho que eu tinha razão. Até um gay veio me cumprimentar antes de desembarcar, disse que eu tinha razão. Olhei para minha namorada e dei de ombros, a rosada apenas ria.

-Só você mesmo. Eu gosto do seu jeito rebelde e malcriado.- me deu um selinho.

-Ao menos uma de nós faz as coisas certo, ou íamos pro fundo do poço.- acabamos rindo juntas.

-Tola, tenho que descer, vou caminhar ainda até em casa.- ser ergueu para sair, me levantei junto.

-Lhe acompanho.- peguei a pasta da mão dela, estava pesada.

Descemos juntas, eu carregando as coisas da mesma com uma das mãos, enquanto a outra segurava sua mão. Caminhei com ela em uma rua bem escura, era perceptível ela assustada, olhando para vários lados.

-Espero que ninguém nos assalte.- falou baixo, ainda com medo.

-Não se preocupe, sou mais perigosa que eles. Já que estou devendo pra um ganster, isso você pode ter certeza, ele não vai deixar ninguém me matar.- soltei uma risada, porém ela ficou séria.

-Então é isso que vem escondendo de mim?- suspirou.

-Já falamos sobre isso. Mas não se preocupa, a dívida está quase paga.- paramos em frente ao portão dela.

-Espero que sim, espero que tenhamos paz no natal.- ficou de frente para mim.

-Vamos ter, vou agilizar tudo, se ocorrer bem, até final da semana que vem está tudo pago.- ela sorriu, assim como eu.

Nossos olhos se encontraram, nossos sorrisos combinavam. Não lembro quantos segundos demorou, porém nossa agonia passou. Estávamos em mais um carinhoso beijo. Nossos suspiros sempre amorosos demonstrando nosso amor. Narrei tudo em forma de rimas pra explicar o quanto combina nossa cor.

Manter nosso lábios unidos, olhos fechados, respiração desregulada, assim como nossos batimentos. Cada ato era inesquecível para mim, por mais carinhoso e ingênuo que fosse o beijo dela nesse momento. Ainda me lembrava dos nossos beijos quentes e momentos de pura luxúria. Não iria perdoá-la quando encontrasse de toalha novamente no banheiro. Após alguns minutos foi que separamos nossos lábios.

-Tenho que entrar.- disse respirando forte e com um sorriso bobo aos lábios.

-Sem problemas.- entreguei a pasta pra ela.

Após mais um selinho finalmente me deu as costas, indo em direção ao portão de casa. Ao ver ela entrando com segurança em casa, foi minha vez de ir embora. Iria a pé mesmo, nem ligaria quanto tempo levaria, quis ficar perdida em meus pensamentos, todos relacionados a certa pessoa. Queria que nosso natal juntas fosse o melhor de toda nossa vida.


 


Notas Finais


Se alguém quiser sugerir uma música pra Marcy cantar pra Bonnie, eis a oportunidade. Vou lançar um desafio. Vão escrever um comentário como se fosse uma carta, pedindo a dedicatória de uma música. A dedicatória escolhida vai virar um personagem da história, cujo será um amigo(a) da Marcy.
A dedicatória precisa conter:
Nome da música:
Autor:
Link (se possível):
Mensagem pra Marcy: (escreva algo pra Marcy ler)
Nome do personagem:
Idade do personagem:
Características: (colocar a aparência, personalidade e profissão)
Lembrando que o novo personagem será mais velha(o) que a Marcy, será um tipo de conselheira pra ela.
Todas as dedicatórias serão analisadas pela personagem Marcy e escolhidas por ela (sim, vou interpretar a Marcy para responder as dedicatórias.)
Obrigado pela atenção. Boa sorte a todos.
Comentem também se estão gostando da história ~~<3 adoraria a opinião de vocês sobre o desenrolar da mesma.


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