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História Garota do capuz vermelho - Especial - Melhor Natal de todos


Escrita por: Mutekai

Notas do Autor


Finalmente postei o especial.. foi feito com muito suor, amor e carinho para vocês..
Agradeço aos favoritos, aos novos e antigos...
Vou avisando... um capítulo muito gay :p aproveitem... <3
O vencedor da competição que lacei no capítulo 14 foi ~Bloe.. parabéns, sua música é gay demais.. deixou o capítulo bem purpurinado.. Luna será a nova personagem, em breve ela aparece...
Boa leitura a todos...

Capítulo 16 - Especial - Melhor Natal de todos


 

“Planejava cada segundo de nosso encontro, convidei meu pai para passar o natal conosco. Por incrível que pareça ele aceitou. Na verdade acredito que só iria pois disse que tinha muitas mulheres solteiras com a idade dele. Apenas queria que ele visse a surpresa que preparei para Bonnie, teria que ser inesquecível.”

 

Acordei bem cedo com o telefone tocando. Estava tão alto que devo ter ficado surda. A voz preocupada da minha mãe andava de um lado a outro no corredor. Enrolei um pouco pra levantar, porém tomei coragem. Lavei o rosto, prendi meu cabelo em um coque. Vesti uma blusa com os ombros caídos de cor branca, meu top rosa aparecia. Vestia um short da mesma cor do top. Pretendia me arrumar antes da ceia de natal, aliás ansiava muito por hoje.

Era véspera de natal. Comprei um presente, na verdade eu fiz, pra minha namorada. Só esperava que ela gostasse. A neve lá fora estava densa. Só usava roupas curtas por ser quente dentro da minha casa, digo, pelo menos no meu quarto. Ao sair pro corredor já senti o frio. Tratei de me trocar novamente.

Usei uma calça moletom, bem quente. Botas, uma camisa rosa de gola alta e um suéter bordô por cima, cujo caía sobre os ombros. Desliguei o ar quente do quarto. A expressão da mamãe era preocupante.

-O que aconteceu?- perguntei.

-Seu tio está com uma gripe horrível. A ceia desse ano vai ser aqui em casa. Não arrumei nada, nem estava preparada. Sorte que a comida foi armazenada aqui, mas a casa está uma bagunça.- levou a mão nos cabelos e começou a puxar.

-Vamos arrumar as coisas, não se preocupe. Vai dar tudo certo.- tentei ser positiva.

-Bonnibel.. vamos ter que terminar de pintar a sacada, enfeitar a casa, e ainda fazer toda a comida. Eu, você e Menta não damos conta. Só a limpeza já irá consumir o dia inteiro. Fora que a frente da casa ainda não foi pintada e os enfeites não foram postos.- negou com a cabeça todo tempo.

-Posso pedir ajuda pra Íris... ela é ótima com decorações... Menta e eu ficamos com a limpeza e você cozinha.- pensava que poderia dar certo dessa forma.

-Mas e a pintura?- tirei meu celular do bolso pra olhar, alguém que eu conheça talvez saiba pintar.

-O namorado da Íris já pintou a casa, bem, ele e seu amigo Finn moram sozinhos, talvez possam ajudar.-

-Meu deus, espero que fique tudo certo. Vou correndo pra cozinha.- desesperada ela desceu as escadas.

Já comecei a fazer ligações. Estava sentada a mesa, comendo uma tigela de cereais, alimento calórico era ótimo antes de limpar a casa.

-Íris, oi amiga, pode vir aqui em casa e trazer Jake e Finn? Preciso muito da ajuda de vocês.- sorte que ela topou, fiquei tão feliz.

Também liguei pra Flame, ela gostava de decorar as coisas, bem as vezes ela tinha um gosto esquisito, sorte que se dava bem com a Íris. A garota estava na cidade, por sorte, pois ela morava na cidade vizinha. Tudo parecia ir tão bem. Liguei o rádio pra animar as coisas, deixei o som bem alto. Mesmo que fosse aquelas tradicionais músicas natalinas, ainda sim estava de bom humor pra ouvir qualquer coisa.

Um por um meus amigos chegaram. Expliquei toda a situação, pedindo ajuda. Sem questionar todos aceitaram, me senti tão feliz. Jake e Finn estavam tão animados com a pintura. Sorte que eram de secagem rápida ou não secaria até a noite. Flame já fazia alguns desenhos de como seria a decoração. Claro que não foi de primeira que eles toparam ajudar, ofereci dinheiro e comida a todos. Ora ou outra levaria alguns lanches para cada.

A limpeza demorou horas. Mamãe ainda quis passar no mercado. Fomos comprar algumas coisas. Minha mãe pareceu não ter gostado da ideia da Marcy passar o natal conosco. Ela me ameaçou se eu ficar beijando a garota em público, dizia que eu devia esconder isso dos parentes. Era como se ela tivesse vergonha de mim. Talvez fosse uma boa oportunidade pra conversar.

-Vai gostar da Marcy quando conhecer ela melhor.- peguei um cacho de uva e coloquei em uma sacola.

-Não quero ver ela nem pintada de ouro. Só por ser natal eu deixei... fora que prometi.. uma vez no mês.- apertou a melancia com força, se fosse mais mole teria estourado.

-Sério, ela é uma boa pessoa. Agora está trabalhando em uma editora, sabia que aquela voz que você tanto elogia é dela?- um sorriso surgiu em meus lábios, mas ela pareceu séria.

-Até aquela ladra roubar algo e ser demitida.- empurrou o carrinho para perto da prateleira cheia de bananas.

-As vezes as pessoas fazem coisas erradas pelos motivos certo, mas isso não quer dizer que elas estejam erradas.. hmn.. acho que foi algo assim que ela me disse.. a questão é..- apoiei minha mão ao ombro dela. -Marcy erra eu sei disso, todos erramos. Mas a diferença é que ela reconhece seus erros e tenta concertá-los, sei que não gosta dela, mas poderia da uma chance para ela provar ser uma boa pessoa. Nesses meses que estamos juntas, ela sempre foi alguém que eu confio muito. Gostaria que visse ela como eu a vejo.- os olhos de minha mãe me focaram.

-Sapatão..- negou com a cabeça se afastando de mim.

Que vontade de chorar, como ela era tão cabeça dura... espera.. eu também era. Apenas pude suspirar e continuar. Me sentia um pouco triste com isso, até parar em frente ao congelador. Quanto sorvete. Assim não iria precisar fazer sobremesa. Tratei de pegar alguns potes, coloquei no carrinho e alguns sacos de balas. As pessoas me chamariam de louca por comer sorvete no inverno, mas eu tinha a solução perfeita para quebrar o frio. Eu chamava de sensação térmica, cujo a pessoa comia um musse quente com sorvete, era tão bom.

Claro que eu faria a sobremesa, teria frutas, musse, pudim, além de sorvete com musse quente. Todos iriam adorar. Levei meu carrinho para o caixa, ao longe mamãe já estava passando. Paguei para a moça e coloquei as coisas no carro. Como tinha menos coisa foi mais rápido. Até sobrou tempo para ajudar minha mãe. A viagem de carro foi silenciosa.

Quando chegamos em casa pude ver tudo arrumado. A sacada estava bem pintada, assim como a frente da casa. Soltei uma risada vendo os meninos todos sujos de tinta. Íris e Flame estavam terminando de colocar os enfeites na parede. A luzes estavam lindas, até colocaram renas na parede.

Menta nos ajudou a esvaziar o carro. A neve atrapalhou, mas nem tanto. Quando cheguei dentro de casa, fiquei impressionada com a enorme árvore que as meninas montaram, esta tão linda. As luzes brilhavam na escada, parecendo gotas pingantes. A mesa estava bem organizada, a toalha bem posta, a louça escolhida minunciosamente. Elas pensaram em cada detalhe. Acho que nenhum decorador faria melhor que minhas amigas, pois conheciam bem meu gosto.

Agradeci muito a todos, lhe ofereci café com torradas e paguei para cada um deles. Ouvi Finn e Jake comentar algo sobre um jogo novo. Antes o garoto disse que levaria a namorada para casa. Finn e Flame se olharam estranhos, eram como um casal recém-separado, mas não poderia afirmar nada.

Ajudei minha mãe com os preparativos. Fiz chocolate quente, todos os doces que queria. Colocamos uma mesa separada só com guloseimas. Alguns frigobares guardava bebidas para os convidados. A noite estava chegando e queria estar linda. Após tudo terminado corri para meu quarto. Tomei um demorado banho. Batia até uma certa saudade de minha amada, só nos falávamos por mensagem, já que as aulas acabaram. Minhas notas estavam ótimas, o que me impressionou foi que as dela também estavam, claro comparadas ao semestre anterior.

Como ficaria dentro de casa, não era tão frio então poderia usar minha calça jeans, botas com veludo dentro, eram bem quentes. Coloquei uma blusa que cobri com um casaco rosa, até metade do joelho, coloquei um cachecol e uma touca rosa. Passei uma maquiagem básica, apenas para destacar meus olhos azuis escuros. Um leve batom rosado. No dia anterior havia até pintado a unha.

Estava tão feliz, cheirosa, perfumada e bem agasalhada. Ouvi a campainha correndo ao encontro, torcia para ser que eu esperava. Era apenas minha madrinha, desejando feliz natal e trazendo seus dois filhos, um de catorze outro de onze, dois pestes que só pensavam em correr. Gentilmente cumprimentei cada um deles.

-Está tão linda Jujubinha, como você cresceu!- disse a madrinha.

-Eca, ela não é doce.- um dos pirralhos riu acompanhado do outro.

-Pelo jeito já namora.- disse meu tio enquanto apertou minha mão, corei de imediato.

-Ahh claro.- olhei por entre os ombros, minha mãe já franzia a testa pra mim. -Entrem.- sorri gentilmente.

Agora eles foram cumprimentar minha mãe.

-Pode cuidar dos meninos para nós?- disseram sentados no sofá.

-Claro.- falei sem ânimo.

-O que tem de legal pra fazer Jujuba?- o mais velho pareceu procurar algo.

-Tem videogame?- perguntou o mais novo.

-Não gosto de jogar videogame. Podemos jogar xadrez, que tal?-

-Que chato!!!- disse o mais novo.

-É coisa de neeerd.- reclamou o mais novo.

-Vamos lá fora então.- bufei.

Foi a melhor ideia que já tive. Eles ficaram jogando bolas de neve. Eu coloquei minhas luvas e os ajudei a fazer um boneco de neve, pareciam se divertir. Não deixei de cumprimentar nenhum convidado, mas quem eu queria, bem.. ela parecia nunca chegar.

Gumball, meu irmão, resolveu dar as caras. Estava vestindo uma calça bem mais justa que a minha e uma blusa tão rosa e gay, o topete ficava aparente na sua toca. O cachecol bem organizado. Ainda bem que o casaco rosa dele era bem comprido, não gostaria de ver o estado que estaria o zíper dele. Acho que a calça nem cabia em mim.

Percebi ele rindo com um garoto moreno, um que andava com a Marcy, de olhos verdes e cabelos escuros. Usava um calça também colada, esses dois só deviam ter combinado. Por cima um casaco xadrez preto e vermelho, uma toca vermelha onde sua franja quase cobria os olhos. Um cachecol preto estava de maneira desajeitada ao redor do pescoço dele.

Foi então que vi eles segurando as mãos. Será que a mãe sabia disso? Foi então que ela se aproximou e pareceu brigar com eles. Eu sempre era a última a saber? Meu irmão veio pra fora pisando fundo, com o moreno atrás, então pude ouvir a conversa deles.

-Não acredito, ela não aceita que estamos juntos, isso me dá uma raiva.- bufou o rosado.

-Hey.. calma Gungum. Ela vai ter que aceitar, não vou te deixar por culpa dela. Foi o primeiro homem que eu tive interesse e me apaixonei.- ele segurava o rosto do meu irmão e o beijou.

As palavras agradáveis dele me lembrava a Marcy, acho que a convivência deles deixou as falas semelhantes, aliás ela diz conhecer Marshall desde criança. Me aproximei dos garotos como quem não quer nada.

-Desculpa atrapalhar o casal, mas... por que não me contou Gumball?- cruzei os braços, de imediato eles separaram os lábios.

-D-desculpe... fiquei com medo que falasse pra mãe e...- revirou os olhos.

-Ela também não aceita eu e a Marcy, relaxa.- dei de ombros.

-Imagina, ela tem apenas dois filhos que são homossexuais. Ela foi criada em uma família rígida. Deve ser difícil pra ela também.- olhou para o chão.

-Além de ser pra nós.- olhei para baixo.

-Marcy vem aí?- Marshall pareceu preocupado.

-Óbvio.- franzi a testa.

-Droga... Gumball vamos ficar lá dentro.- eles se entreolharam.

-Ela está brava com você?- tentei entender.

-Pior... tá me cobrando uma grana.- riu meio sem graça.

-Deve ser merecido.- ri.

A neve começou a engrossar, os garotos já entraram. Fui chamar as crianças. A casa nunca ficou tão cheia, sorte que era espaçosa ou ficaríamos apertados. Menta servia alguns aperitivos, como biscoitos natalinos feitos por mim e alguns doces. Estava com uma impaciência gigantesca, olhava pela janela, a neve se acumulava em sua soleira. Não via a hora de vê-la tocando a campainha.

De minuto em minuto olhava o celular, esperando por uma resposta dela, porém estava offline. A última coisa que mandou era que estava se arrumando e chegaria logo. Isso já faz horas, ela não demorava tanto assim. Temia que algo tivesse acontecido.

-Já são onze e meia, está na hora do jantar.- mamãe anunciou.

-Mãe.. espera... estou esperando alguém, você sabe, vamos comer mais tarde hoje?- meus olhos marejados a fizeram suspirar.

-Só mais dez minutos.- revirou os olhos.

-Obrigado.- esperava que fosse tempo o suficiente.

Já imaginava o que diria para ela, cada palavra do esporro que levaria. Claro que não podia só ficar brava, também imaginei belas palavras antes do feliz natal. Será que ela vai trazer algum presente pra mim. Segurava uma caixinha pequena na mão, dentro tinha alguns biscoitos natalinos com o formato de morcegos, era sabor morango, sabia que ela adorava e separei pra ninguém comer.

Os dez minutos estavam quase fechando, podia ter certeza que vi ela lá fora caminhando. Quando o poste iluminou o ser, se tratava apenas de uma mulher encarando a neve, parecia apressada. Ou estava fugindo de alguém, não sei dizer.

-Desculpem pelo transtorno, agora está na hora do jantar.- anunciou minha vez.

-Mãe.. não passou os dez minutos.- reclamei.

-Passou quinze Jujuba.- a família toda me olhava.

-Espera mais um pouco.- pareci implorar.

-Ela não vem.- minha mãe suspirou.

Abracei meus joelhos, ainda estava sentada no banco em frente a janela, todos já se deliciavam, tinha vontade de chorar e xingar aquela garota, ao mesmo tempo também me sentia preocupada. E se ela não soubesse onde é minha casa? Ela já veio aqui, não tem como não saber. Fiquei atormentada com pensamentos. Ouvia todos se desejando feliz natal, até alguns parentes vieram me abraçar, apenas desejava a eles de maneira indiferente. Menta sentou em meu lado, estava com um prato de comida.

-A senhora devia comer algo.- ofereceu a comida. -Todos já comeram.-

-Não quero.- escondi meu rosto nos joelhos.

-Entendo como a senhora se sente, mas precisa comer algo, está desde de manhã sem comer, pode passar mal.- me cutucou com o prato, tentando me fazer pegar.

-Já disse que não quero.- continuei daquele jeito.

Ouvi alguns parentes fofocando.

-O que será que deu nela?-

-Nunca foi assim?-

-Será que está esperando o namorado?-

-Acho que ele terminou com ela da pior maneira.-

Aquilo já me irritou. Não iria ficar calada. Foi então que me levantei e bati o pé.

-Parem de fofocar, consigo ouvir todo... pra começo de conversa, estou esperando minha namorada.. namorada.. sou mais feliz com ela do que com um homem.. não me prendo a padrões da sociedade pra ser feliz, eu sou apenas eu. Eu só queria que ela chegasse logo..-

Todos os parentes me olhavam boquiabertos, estavam incrédulos, uns com cara de nojo, outros com um sorriso. Sei que nem todos me apoiariam, mas não iria desistir da Marcy por causa disso. Mal notei e algumas lágrimas escorreram de meu rosto. As atenções ainda estavam em mim, o que me incomodava.

-Disse algo errado?- reclamei.

-Quem é ela?- um deles apontou e perguntou.

Olhei para trás vendo Menta segurando a porta. Marcy estava com um sorriso bobo ao rosto e o pai dela parecia meio confuso. Fiquei um tanto congelada, as lágrimas não caíam mais e nem pude correr para abracá-la.

Estava linda, como sempre. Seus cabelos até os ombros, cresciam rápido até. A touca preta, com cachecol da mesma cor. Um casaco bem grosso vermelho e cheio de bolsos a aquecia. A calça preta e botas até o joelho, da mesma cor do casaco. O pai dela parecia vestir um tipo de terno, só que um pouco mais quente.

-Bonnie, que saudade.- foi ela que correu em minha direção, me abraçou e ergueu. Retribuí o abraço, percebendo que ela trouxera o baixo, pois estava em suas costas.

-Que demora foi essa?- reclamei.

-A estrada fechou por causa da neve, tinha umas máquinas tirando tudo.. demorou muito. Fiquei tão triste.- o rosto dela estava úmido, aposto que não fui a única que chorei.

-Ela quase me deixou em depressão.- reclamou o pai dela se aproximando timidamente. -Tem muita gente aqui Marcynha.- olhou curioso as pessoas.

-Não acredito esse é aquele milionário Hunson Abadeer e a filha dele que canta no rádio.- uma tia disse alto e impressionada.

-Não só no rádio, mas vou cantar uma música dedicada a minha amada.- depositei um beijo a bochecha dela.

A garota sacou seu baixo das costas, retirou da capinha e deu pro seu pai segurar. Ela dedilhou um ritmo. Os parentes ficaram ao redor, minha mãe apenas cruzou os braços. Sentei na poltrona, ela me olhava com um sorriso, até que fechou os olhos e começou a cantar.

-I met you in the dark....You lit me up...You made me feel as though.. I was enough..We danced the night away...We drank too much..I held your hair back when...You were throwing up..(Eu te conheci no escuro.. Você me iluminou...Você me fez sentir como se....Eu fosse o suficiente..Nós dançamos a noite toda..Nós bebemos demais..Eu segurei seu cabelo quando...Você estava vomitando) - lembrei de alguns momentos com ela, acabei sorrindo, a voz dela fazia meu coração palpitar.

-Then you smiled over your shoulder.. For a minute, I was stone cold sober...I pulled you closer to my chest... And you asked me to stay over...I said, I already told ya.... I think that you should get some rest.. (Então você sorriu sobre seu ombro... Por um minuto, eu estou sóbrio como uma pedra fria.. Eu te puxei para mais perto de meu peito... Então você me pediu, para ficar mais.. E eu disse, eu já te disse... Eu acho que você deve descansar um pouco...)- isso parecia contar nossa história, bom algumas partes eram fantasiosas, mas anexei a cada momento, não consegui conter meu sorriso.

-I knew I loved you then... But you'd never know... Cause I played it cool when I was scared of letting go... I know I needed you... But I never showed... But I wanna stay with you.. Until we're grey and old.. Just say you won't let go... Just say you won't let go.. (Eu já sabia que te amava... Mas você jamais saberia... Porque eu fiquei na boa quando eu estava com medo de te deixar ir.. Eu sei que eu precisava de você.. Mas eu nunca demonstrei... Mas eu quero ficar com você... Até que nós fiquemos grisalhos e velhos... Apenas diga que você não vai embora.... Apenas diga que você não vai embora..)- na verdade eu era mais velha, porém iria aceitar aquilo, já que estava gostando da música.

-I wake you up with some breakfast in bed... I'll bring you coffee... With a kiss on your head... And I'll take the kids to school.. Wave them goodbye... And I'll thank my lucky stars for that night.. (Eu vou te acordar com café da manhã na cama.. Vou trazer-lhe café.. Com um beijo na sua cabeça... E eu vou levar as crianças para a escola... Me despedirei deles... E eu vou agradecer a minha estrela da sorte por aquela noite..)- consegui sentir os lábios dela tocando minha testa, mesmo que fosse coisa da minha mente. Me sentia tão feliz, os parentes estavam quietos ouvindo.

-When you looked over your shoulder... For a minute, I forget that I'm older... I wanna dance with you right now, oh.... And you look as beautiful as ever.. And I swear that everyday you'll get better.. You make me feel this way somehow... (Quando você olhou sobre o seu ombro... Por um minuto, esqueci que sou mais velho.. Eu quero dançar com você agora... E você estava linda como sempre.. E eu juro que todo dia você estará melhor.... De algum modo você me faz sentir assim..)-

-I'm so in love with you... And I hope you know... Darling, your love is more than worth its weight in gold... We've come so far my dear... Look how we've grown.... And I wanna stay with you.. Until we're grey and old... Just say you won't let go... Just say you won't let go.. (Eu sou tão apaixonado por você.... E eu espero que você saiba.. Querida, seu amor é mais do que vale em ouro... Nós viemos tão longe, meu bem... Olhe o quando crescemos.. E eu quero ficar com você... Até que fiquemos grisalhos e velhos.... Apenas diga que você não vai embora... Apenas diga que você não vai embora..)- as duas últimas frases todos pareceram cantar junto, eu apenas consegui ouvir, e só a voz dela entrava em minha mente.

-I wanna live with you.... Even when we're ghosts... Cause you were always there for me... When I needed you most... (Eu quero viver com você... Até quando nós virarmos fantasmas... Porque você sempre estava lá para mim.. Quando eu mais precisava de você..)- as imagens dela chorando com o cabelo curto vieram em minha mente, onde consegui consolar ela, meus olhos estavam até úmidos, porém não queria chorar.

-I'm gonna love you till.... My lungs give out... I promise till death we part.. Like in our vows.. So I wrote this song for you... Now everybody knows... Cause that is just you and me.. Until we're grey and old.. Just say you won't let go.. Just say you won't let go.. (Eu vou te amar até.. Meus pulmões desistirem... Eu prometo até que a morte nos separe.. Como em nossos votos... Então eu escrevi essa canção para você... Agora todo mundo sabe... Porque é só eu e você... Até que fiquemos grisalhos e velhos... Apenas diga que você não vai embora... Apenas diga que você não vai embora..)- não consegui aguentar, deixei que as lágrimas escorressem de meu rosto.

-Just say you won't let go... Oh, just say you won't let go.. (Apenas diga que você não vai embora.. Oh, apenas diga que você não vai embora..)- ela abriu os olhos e me olhou com um sorriso aos lábios.

-Não vou embora boba.- falei em voz chorosa. Ela deu o baixo para o pai segurar e me abraçou.

-Eu trouxe um presente pra você. Comprei com meu primeiro salário.- afastou o abraço para me olhar, retirou uma caixinha do bolso de seu casaco. -Espero que goste.-

Ansiosa eu abri a caixinha, meus olhos brilharam ao ver meu presente, o que fez me sentir mal pelo que daria a ela. Não dava pra acreditar que ela gastou se salário com aquilo, mas eu adorei. As lágrimas escorreram forte, só conseguia sorrir, meus parentes pareceram curiosos então os mostrei. Ela me deu um simples colar prateado com uma pedrinha rosada, além de um par de brincos que combinavam.

-É um colar de morganita, uma pedra muito bela, me lembra você.- não consegui resistir em puxar ela e acrescentar um beijo bem carinhoso em meu abraço. Com certeza ela entendeu que eu adorei.

-Ninguém quer comer a sobremesa?- minha mãe anunciou alto, cortando o clima, tanto que separei o beijo.

-Estou com fome, sobrou comida?- perguntou.

-Claro. Só me ajudar a colocar?- ela pegou o colar e colocou em mim. -Como ficou?-

-Combinou com seu cabelo e sua pele clara, como imaginei.- sorri boba. Ela passou a mão em minha bochecha pra secar as lágrimas.

-E-eu também tenho um presente..- falei sem graça. -Não é grandes coisas, eu fiz com carinho pra você.- um sorriso animado surgiu ao rosto dela.

Entreguei a caixinha com biscoitos e outra onde estava seu presente. A cara animada dela ao ver os biscoitos foi muito gratificante, ela comeu apenas um e disse guardar o resto pra mais tarde. Ela abriu o presente com pressa, retirando um suéter feito a mão da caixa. Ele é todo preto, com três pequenos morcegos vermelhos enfeitando o peito, no ombro direito tinha um M. Os olhos dela brilharam.

-Vou usar o inverno todo, achei tão lindo.- me abraçou com força, não conseguia parar de sorrir, não imaginei que ela gostaria tanto.

Nós três finalmente fomos comer, claro que nós duas e o pai dela. Minha mãe pareceu acompanhar de perto. Até que o senhor Hunson começou a conversar com ela, quem diriam que eram antigos colegas de colégio? Acredito que isso foi muita sorte.

Após jantar e comer a sobremesa, Marcy e eu sentamos no sofá, ela ficou tocando baixo e cantando as músicas que alguns parentes pediam, as crianças pareciam ter gostado dela. Alguns até desejaram felicidades ao casal, me sentia feliz por alguém da família aceitar nosso relacionamento. Pena que nem todos gostaram, alguns foram embora cedo e nem quiseram se despedir. Bom, era algo que iria conviver.

Todos os parentes foram embora, era cinco da manhã, Marcy, Menta, mamãe, eu e Hunson ajudavam a arrumar a casa. Nunca imaginei que ele colocasse as mãos na massa. Ainda achei suspeito ele só ir ajudar minha mãe. Finalmente terminamos de arrumar tudo, o sol já havia nascido. Estava tão cansada, assim como Marcy, que cutuquei por estar cochilando encostada na parede.

-Vamos pro quarto.- puxei o braço dela, que pareceu se arrastar comigo. Ela sempre dizia dormir tarde, mas acho que desse vez nem tanto.

Apenas tive tempo de tirar alguns casacos, me jogar na cama e apagar. Não vi mais nada do que aconteceu, com certeza minha amada estava dormindo comigo, pois sabia que não estava sozinha. Sentia ela abraçando meu corpo. Com certeza esse foi o melhor natal de todos.


Notas Finais


Pra quem não conhece a música:
https://www.youtube.com/watch?v=0yW7w8F2TVA

Estou aguardando ansiosamente a chegada do meu celular.. assim consigo adiantar minhas histórias... TT-TT
Adoraria saber o que estão achando, não sejam tímidos... deixem seus comentários..


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