1. Spirit Fanfics >
  2. Garota do capuz vermelho >
  3. Tom musical - Segundo passo

História Garota do capuz vermelho - Tom musical - Segundo passo


Escrita por: Mutekai

Notas do Autor


Olá meus amores, resolvi postar mais cedo o capítulo :3
Preparem para a introdução as tretas, logo logo haverá mais uma, e das feias.
Espero que gostem dessa capítulo feito carinhosamente pra vocês <3
Não esqueçam de comentar, pois amo saber a opinião de vocês.
Boa leitura a todos.
Obs.: Estava com muito sono enquanto escrevia algumas partes então pode ter passado algum "bug", já que escrevi no "word" e não revisei muito bem por estar muito cansada. Pretendo arrumar caso seja avisada, conto com vocês ;)

Capítulo 4 - Tom musical - Segundo passo


 

"Perto dela meus sonhos foram doces, sentia um imenso carinho, estava protegida. Talvez um sentimento estivesse crescendo, mesmo que não queira admitir.

Poderíamos manter aquilo em segredo ou talvez me entregaria. Mas ainda é cedo, preciso avaliar como ela reage em diferentes situações e saber se aquilo realmente é bom pra mim ou apenas uma ilusão."
 

Acordei com a outra se mexendo em meus braços. Ela se sentou a cama e ficou me olhando, enquanto me sacudiu levemente buscando despertar-me.

-Bom dia Marcy. Acorda preguiçosa.- Dessa vez ela parecia de bom humor.

Abri lentamente os olhos, focando na feição gentil que ela aparentava. Seus cabelos rosados caiam sobre o rosto, como era bonita aquela garota.

-Bom dia.- respondi bocejando.

-Desculpa se sou tão dura com você tá? Só não quero me machucar nem machucar você.- comentou desviando o olhar para a porta.

-Te entendo. Me senti confusa muitas vezes. Já tive namorados, mas foram as garotas que me encantaram.. Acho que você é a principal delas.- Me sentei olhando o rostinho lindo dela corar, o que me fez sorrir.

-Para com isso. Ainda estou confusa. Você beija muito mal.- resmungou fazendo biquinho.

Não pude evitar de rir. Segurei a mão dela tocando meus lábios as costas da mencionada, o que fez ela olhar pra mim.

-Se beijo mal, me ensina princesa.- aquele olhar sem graça dela era tão meigo. A timidez com que ela se aproximou me fez sorrir feito boba.

Não demorou para que nossos lábios se tocassem calmamente. Dessa vez conduzidos por ela. Por enquanto a ferida em meus lábios não doía. Pude aproveitar para acariciar os lábios dela com muito carinho. O cheiro doce de morango na pele dela era bem marcante. Com certeza aqueles beijos ficariam marcados pra sempre em minha memória. Pena que não poderia continuar muito com aquilo.

A porta se abriu, aonde um homem viu o que fazíamos. Apenas notamos ele quando falou.

-O café está na mesa senhorita.- Acho que era algum serviçal.

De imediato ela separou os lábios de mim, o rosto dela chegou a ficar rubro, enquanto o meu apenas estava corado.

-Menta.. Bata na porta.- reclamou.

-Desculpa senhorita.- O homem se retirou.

Agora os olhos dela se voltaram pra mim.

-Vai embora daqui. Vamos nos ver a tarde pra fazer o trabalho. Não se atrase.- ela me empurrou da cama, quanta pressa.

-Nem vai me convidar pra tomar café?- disse de forma bem humorada.

-Não. Apenas vá, ou quer ir pra delegacia?- Já havia entendido o recado.

Assim que lhe roubei um selinho, não resisti em dar uma risada quando a expressão mista de surpresa e raiva invadiram a face dela.

-Vai logo.- ela me empurrou até a janela.

Foi aí que abri a mesma e fiz questão de escapar. Os seguranças cochilavam, cheguei até a tirar fotos deles, não resisti em usar o chantilly próximo para desenhar bigodes neles. Já que ninguém vigiava, apenas abri o portão e sai. Sim estava aberto. Pode ter sido apenas sorte.

Caminha para casa com um sorriso bobo, mas ele logo cessou quando vi Fionna caminhando com uma sacola. Olhei ao redor procurando um lugar pra me esconder, porém ela me viu.

-Maaarcy.- disse a voz melosa dela vindo até mim.

-Oi.- respondi friamente.

-Larga de ser boba. Quer ganhar uma grana?- perguntou.

-Vai mandar eu matar alguém por acaso?- Disse de forma sarcástica.

-Nem.. Vi que está me evitando. Sei que precisa de grana.. Digamos que arranquei algumas respostas do Marshall.- aquele sorriso estranho ao rosto dela me fez pensar o que ela havia feito.

-Ele está bem?- mesmo que não me importasse, apenas queria desviar o rumo da conversa.

-Com certeza.. Olha Marcy.. Você sabe que eu quero você né?- um olhar malicioso tomou conta dela.

-Mas eu não te quero.- falei seca, aliás, outra pessoa veio em minha mente.

-Que grossa!- reclamou.

-Obrigado senhorita pervertida. Tenho coisas pra fazer.- cruzei os braços me afastando dela.

-Te pago uma nota.-olhei ela por cima dos ombros.

-O que quer?- disse seca.

-Você.- ela sorriu.

-Sem chance.- tornei a olhar pra frente

-Mil dólares.- arregalei os olhos me virando.

-Tá pensando que sou uma puta?- franzi a testa.

-Cinco mil e duas horas.- ela pegou a carteira.

Fechei mais ainda a cara, se não tivesse devendo uma grana eu nem teria aceitado. Me aproximei dela e estendi a mão. Recebi apenas dois mil e quinhentos.

-O resto recebe depois que acabar.- ela estendeu a sacola pra mim e a segurei.

-Devia encontrar um amor e deixar de pagar as pessoas assim.- bufei

-Amor não existe meu bem. Já fui usada, mal tratada. Não irei maltratar você, apenas preciso..-interrompi ela

-De uma boa reputação e mídia. A modelo vai ser muito comentada e criticada por sair com uma lésbica.- indaguei

-Espertinha, é apenas marketing. Falem bem ou falem mal, pelo menos falam de mim.- a outra sorria

-Já ouvi isso antes.- bufei.

-Segura minha mão e vamos pra uma rua movimentada. Está com fome?- o tom gentil dela era bem convincente, se não conhecesse ela até cairia em seu teatro.

-Não.- na verdade sim, mas não queria nada vindo dela.

Cedi em segurar a mão dela. Parecíamos até um casal. Mal entramos em uma rua movimentada e já avistamos algumas pessoas segurando seus celulares para fotografar.
Acho que preferia ter rejeitado o dinheiro, ainda teria que tirar fotos? Só de pensar já dava ânsia de vômito. Dramática? Claro. Não era nada espontânea quando me obrigavam a fazer as coisas. Principalmente quando isso brincava com os sentimentos das pessoas.

Paramos em frente ao quintal dela, uma enorme mansão aonde morava com o irmão e a mãe. A garota segurou meu rosto tratando de iniciar um beijo. De início não retribuía, mas senti uma mordida em meu lábio machucado, teria que ser mais convincente, entendi. Então retribuía o beijo, mesmo que não quisesse. Só a via como amiga, o perfume forte dela não me agradava. Por alguns segundos lembrei de um outro alguém, uma pessoa que me fazia suspirar, que eu queria estar perto, mas não podia. Se apegar a alguém era encrenca na certa, se alguém soubesse do que houve com Jujuba, com certeza estava ferrada.

Me senti tão aliviada quando ela separou o beijo. Fez até questão de sorrir para um fotógrafo, eu mantive apenas minha expressão emburrada.

-Ela não é fã de câmeras.- comentou piscando para o rapaz.

Aquele cretino nos seguiu até ali. Foi segurando minha mão que adentrei a casa dela. Agora longe dos fotógrafos malucos, por fim acho que ela me deixaria em paz.

Me apoiei ao balcão da cozinha, ela estava arrumando as coisas para o café, apenas observei aqueles móveis extremamente brancos, de arder os olhos, podia ser mais escuro ou ter detalhes em outras cores, apenas para não contrastar tanto.

Fionna era bem talentosa, me conquistaria fácil fácil pelo estômago, porém não me apego com facilidade a alguém. Mesmo com aquele carinhoso lanche que ela fez pra mim, eram deliciosas panquecas com recheio de chocolate, pareciam ótimas. Não resisti em devorar o prato assim que ela colocou na mesa.

-Pensei que não queria comer.- sorriu me observando comer.

Nem dei bola, apenas continuei comendo. Estava com muita fome, fora que, não faltaria muito pra acabar meu tempo com ela, deve já ter passado uma meia hora ou mais. Aquela loira era muito legal comigo, sabia que tinha uma quedinha por mim, mas acho que minha mente estava em outro lugar, talvez em certa rosada. Lembrei daquele beijo, era complicado eu me apegar, seriam apenas doces lembranças, meu desejo por mais era forte, mas tinha que resistir.

-Está pensando em alguém?- estalou os dedos próximo aos meus olhos, trazendo meus pensamentos ao presente.

-Claro que não.- sacudi a cabeça corando levemente.

-Está sim. Não me engana, eu conheço a pessoa?- um sorriso malicioso apareceu aos lábios dela.

-Não sei.- olhei para meu prato já vazio.

-Sabia que estamos sozinha? Meu irmão está na casa do amigo e minha mãe só volta de noite, foi visitar uma tia.- ela apoiou os braços abaixo do busto, empurrando os mesmos para cima, dando ênfase ao seu decote.

-Podíamos ver um filme.- olhei para o lado.

-Podíamos ir pro meu quarto.- ela mordeu o lábio inferior me observando.

-Lá parece ser chato. Um filme é mais legal.- levantei indo até a sala.

Ela me seguiu, sentei ao sofá e peguei o controle. Passava mais tempo ali do que em casa, então já conhecia bem o lugar, Finn, Jake, BMO e eu adoramos jogar vídeo game. A garota sentou ao meu lado emburrada.

-Podíamos jogar vídeo game.- apontei para o Playstation 4 conectado na TV.

-Acho que podíamos jogar outro jogo.- colocou a mão em minha coxa acariciando a mesma.

-E... se err... p-podemos tomar um sorvete..- levei minha mão em cima da dela, impedindo que acariciasse o local.

-Que chata Marcy.. nem parece que gosta de garotas.. não sente atração por mim?- se levantou para sentar em meu colo, deixando seu decote aparente bem em frente da minha visão, acabei cedendo em observá-lo, era bem avantajada.

-Eu.. s-sinto..- levei as mãos até a cintura dela.

-Podemos aproveitar o resto do tempo de uma forma bem prazerosa.- a garota pôs o indicador em meu queixo, erguendo meu rosto.

Lentamente aproximou seu rosto ao meu, assim que nossos lábios se tocaram tratei de retribuir. Foi um beijo intenso, nossas línguas se tocaram, aonde foram entrelaçadas em um picante bailar. Acho que agora meus pensamentos apenas conseguia focar nessa loira, minha mente se desfez, como conseguia ser tão sensual e atrativa? Em alguns segundos atrás juro que se ela tentasse me beijar eu iria virar o rosto. Passei minhas mãos as costas dela, erguendo sua blusa lentamente, porém ela separou seus lábios dos meus.

-Vamos pro meu quarto.- disse rápido voltando ao beijo.

Segurei ela no colo, me levantando. Caminhei lentamente mantendo aquele beijo. Encostei ela em uma parede no corredor, assim podia tomar um pouco de fôlego do intenso acariciar de lábios. Aproveitei para despejar alguns beijos ao pescoço dela, assim como chupões leves, talvez ficasse algumas marcar avermelhadas em sua pele clara, mas não foi a intenção.

Já recuperando o fôlego tornei ao beijo levando ela até o quarto, aonde deitei delicadamente ela na cama, ficando por cima da mencionada. Aquele beijo dela parecia desesperado, acabei nem ligando para a ardência em meus lábios, consegui acompanhar cada movimento dela.

As mãos dela passavam por minhas costas, puxando minha blusa, ajudei então ela a retirá-la. Costumava usar top, mas dessa vez estava com um sutiã preto, meus seios nunca foram muito grandes, mas de tamanho suficiente para “mostrar que tenho”. Meu corpo magro é atlético, as vezes matava aula pra fazer educação física, portanto mantinha a forma. Aproveitei o intervalo de tempo, que nossas bocas foram separadas, para retirar a blusa dela.

Que obra magnífica! O corpo dela é escultural, seios fardos, um abdome lisinho, suas curvas eram impecáveis. Agora entendi o motivo dela ser modelo. Se bem que não era daqueles tipos magros, assim era bem melhor. Tornei aos lábios da loira levando as mãos até o jeans dela, descendo o mesmo por suas coxas volumosas. Passei as mãos na mesma, subindo até o abdome dela, aonde por fim levei as mencionadas em cima dos seios dela, apalpando delicadamente os mesmos.

Nossos lábios se separaram, precisamos de fôlego. Foquei meus beijos ao pescoço dela enquanto deslizei as mãos pelas laterais do corpo dela, aproveitando para desatar o sutiã e o retirar.

-Vai logo Marcy.. to ansiosa por isso. Nunca dei pra uma garota.. - ela sussurrou isso em meu ouvido.

Após tais palavras já desci minha destra para a calcinha dela, a retirando de vez. Como ela estava pedindo resolvi acabar com essa agonia logo, penetrando dois dedos em seu interior. Estava tão úmida, senti o corpo dela estremecer ao sentir os membros entrando. Massageei lentamente o local com movimentos de vai e vem, formando um pequeno gancho pra completar. Enquanto ela gemia apenas acelerei tais movimentos, aonde senti as unhas dela fincarem em minhas costas. Acabei por morder acidentalmente o pescoço dela, aonde estava beijando. Com certeza ficaria marcado.

-Ahh Marcy.. que gostoso.. me beija..- gemeu próximo ao meu ouvido.

Tomei agora os lábios dela mantendo aquela massagem. Alguns suspiros e gemidos tomaram conta de meus lábios, o corpo dela estava cada vez mais quente, o suor do mesmo era perceptível. Não demorou para soltar um gemido alto iniciando um orgasmo. Tratei de continuar a massagem, no qual tal sensação foi um pouco mais prolongada. Por fim deslizei meus dedos para fora, mostrando a ela minha mão lambuzada.

Fionna segurou minha mão levando a mesma até a boca, fez questão de lamber enquanto me olhava, estava arfante. Eu nem tanto. Deitei ao lado dela, aonde se apoiou em meu ombro, passando o dedo um pouco a cima de meu seio, fazendo desastrados círculos.

-Transar com mulher é muito bom. Acho que devia recompensá-la.- foi abaixando a mão em direção ao meu seio, porém segurei o membro antes.

-Nunca toque em mim.- pigarreei.

-Entendi.- soltou uma risada bem humorada. -Você só pega.- completou.

-Que bom que entendeu.- olhei para o lado vendo o relógio. -Acho que foi bem mais que duas horas.- resmunguei me sentando.

Senti uma enorme culpa invadir meu corpo. Olhava pra Fionna, era tão linda, mas minha mente agora se focou em outra coisa. Peguei minha blusa e a vesti. A garota estava se vestindo também.

-Vai dizer que não valeu a pena?- perguntou enquanto sorria, acho que o desejo dela tinha se realizado.

-Apenas fazer sexo não vale a pena. Só satisfaz o desejo do corpo, mas nunca da alma.- minhas profundas palavras expeliam inteiramente como me sentia.

-Que profundo.. bem.. se precisar do meu corpinho de novo...-interrompi ela.

-Não vou fazer de você um brinquedinho sexual, não sou dessas. Apenas me pague o resto.- Fui a frente dela e estendi a mão. Pelo jeito a garota estava vestida.

-Certo, como quiser. Mas vou estar sempre aqui para o que precisar.- Me entregou o restante, logo pus ao bolso e virei de costas.

Não demorei para deixar a casa dela. Como pude fazer aquilo? Não me senti nenhum pouco confortável, mas por que? Fionna sempre foi desejada, mas de fato, por que eu não a desejava? Aquela garota está dando mole pra mim, podia me aproveitar, mas acho que não conseguia. Roubar é fácil, mas ter meu coração roubado.. isso é horrível.

Minhas mãos se mantinham aos bolsos da calça enquanto caminhava, olhei o relógio da praça, caramba, era quase uma e meia. Limpei minha garganta procurando por um cabelo rosado, esperava não estar atrasada. 

Um vento frio soprou, estava ficando frio meus olhos foram de encontro a uns cabisbaixos. Em minha frente, no outro lado da pequena rua que dividia a metade norte e a metade sul da praça. Estava a garota dos cabelos rosa. Vestia um sobre tudo rosa, seus olhos brilhavam quando me via, assim como os meus também. Durante alguns minutos fiquei encarando ela do outro lado da rua. O mesmo vento que teimava em jogar os cabelos na minha cara, retirava os cabelos dela do rosto. Era como se apenas me sentisse viva perto dela. Tomei coragem e atravessei a rua, foi quando a expressão dela ficou raivosa.

-Achei que ia me abandonar aqui. Aonde esteve?- gritou

-Estava ocupada, me desculpe. Nem trouxe as coisas.- minha voz soou desanimada.

-Como assim? Fiquei te esperando e não trouxe nada? Pare de ser irresponsável.- me senti intimidada com a tonalidade de sua voz.

-Me desculpe. Olha, faz o seguinte. Na saída do parque tem um mercadinho, compra uma lasanha pra eu comer a noite, vou em casa, volto e trago as coisas. Assim vamos a biblioteca que fica na esquina depois do mercadinho tá?- ela cruzou os braços, mas concordou.

-Me dá o dinheiro.- estendeu a mão.

Peguei uma nota qualquer do bolso, era de cinquenta, mas teria que ser né, não iria mostrar a grana que tinha ali, ou ela poderia me dar um sermão de “roubar é errado” mesmo sem saber que ganhei o dinheiro.

-Certo.- saí correndo, ia direto pra casa, apenas isso que se passava em minha mente.

Enquanto corria pra casa, um cara alto, bem magro, todo de preto, o mais chamativo era seu sobretudo. Estava parado bem próximo a minha casa, assim que me viu ele desencostou da parede e esperou que fosse até ele. Queria desviar mas não podia.

-O que quer?- perguntei friamente.

-Minha grana. Disse que ia me pagar esse fim de semana.- esticou a mão.

-Lich.. cara.. não to com toda a grana. Aceita uma parte? Prometo que vou pagar.- limpei a garganta, não sabia bem do que ele era capaz.

-Mande.- peguei tudo que tinha no bolso lhe entregando.

-É tudo que consegui, te paguei um pouco ontem.- percebi ele contando o dinheiro.

-Dá pro gasto. Mas ainda quero o resto, ou vai se arrepender de ter nascido.- se retirou entrando em um beco. Aquele cara enorme era de arrepiar, mesmo que fosse magrelo.

Ao entrar em casa peguei minha mochila, já estava equipada com tudo o que iria levar, arrumei ontem antes de sumir de casa. Levei também meu baixo, agora tranquei a casa escondendo a chave em um vaso na janela próxima, ninguém desconfiaria.

Voltei correndo e vi Jujuba me esperando em frente ao mercado, estava furiosa, mas por que? Assim que me aproximei, quase tomei um tapão na cara, desviei por pura sorte e reflexo.

-Não acredito que fez isso comigo.- raiva era pouco para explicar o que ela parecia sentir naquele momento.

-Demorei?- perguntei confusa.

-Que cara de pau. Marcy.. não dá. Achei que fosse mais séria. A merda do dinheiro que me deu é falso. Imagina a cara que fiz quando a moça do caixa perguntou a forma que eu pagaria, quando dei a nota tive essa surpresinha. Não devia ter confiado em você. Sendo enganada novamente.-quase dava pra ouvir ela gritar do outro lado da rua.

Parecia um pouco pálida. Eu fui enganada, Fionna me deu o dinheiro falso, apenas me usou... quando Lich descobrir.. agora estaria morta. Quase que desmaiei ali, meu corpo ficou meu mole, mas Bonnie me segurou, colocando meu braço por cima de seu pescoço.

-O que houve contigo? Está sem comida de novo?- o tom dela era indiferente.

-E... e... n... b.... ..- as palavras não conseguiam sair de meus lábios.

Por sorte a rosada me ajudou, ficamos sentadas em um banco próximo a biblioteca, a garota estava me olhando, já preocupada. Apenas respirava forte, aqueles pensamentos invadiam minha cabeça, como explicaria ao Lich que foi um engano? Estava ferrada, precisava achar dinheiro logo pra compensar aquilo ou iria acabar morrendo ou sendo torturada, a reputação daquele gangster era das piores.

-Quer meu número? Você não parece bem.- Jujuba levou a mão em minha testa preocupada.

-Número?- finalmente consegui dizer algo.

-Mamãe me deu outro celular... vê se não rouba esse.-resmungou

-Não vou.- consegui finalmente me recompor.

-Pega meu número, se tiver com fome me liga.- peguei o papel, apenas sorri olhando para ela.

-Levou uma bronca?- lembrei da mãe dela gritando ontem a noite.

-O básico apenas, nada de mais. Vamos então fazer o trabalho?- se levantou animada.

Assenti e acompanhei ela. Ficamos várias horas montando nossa maquete. Foi muito divertido, quando terminamos saí com ela da biblioteca, fomos até a praça e fiquei tocando baixo enquanto cantava. Aquele olhar bobo dela me vendo cantar me cativou, nunca vi alguém parecer admirar tanto minha voz. A garota até arriscou cantar comigo, olha que ela também era boa cantora. Algumas pessoas até pararam em nosso redor e nos aplaudiram. Ambas ficamos sem graça.

-São artistas?-Perguntou um cara.

-Nem. Apenas amigas cantarolando.- respondi sorridente.

-Você é a filha da mulher do Reino Doce né?- perguntou outra pessoa.

-Sou sim.- respondeu.

-São um casal?- alguém que não vi disse alto.

-N-Não.. s-só amigas.- respondemos em coro levemente avermelhadas.

-Gente, tenho que ir, está ficando tarde.- cortou Bonnie já se levantando e pegando a maquete. Ajudei ela a levar.

-Viu, eles nos shipparam, pena que tá fazendo cu doce.- Zoei ela, que soltou uma risada.

-Querida, desculpe se sou doce demais pra você.- riu.

-Pra mim é perfeita.- Paramos em frente ao muro alto da casa dela, aonde nos olhamos.

-Vai parar de ficar me mandado essas cantadas horríveis né?- disse em tom marrento.

-Assim que parar de resistir a mim.- lentamente aproximei meu rosto ao dela.

Em um simples suspiro entreguei meus lábios a ela, deslizando os mesmos com carinho. Aquela rua não era muito movimentada, por sorte ninguém viu. Apoiei meu baixo ao muro, pra ter a mão livre e poder acariciar o rosto dela. Essa troca de carinhos com os lábios era a melhor sensação que podia ter. Acho que não trocaria uma noite com a Fionna por aquilo. Meu coração parecia disparar, só senti vontade de ficar perto, o doce cheiro do creme corporal dela ficava preso em meu nariz. Adorava sentir isso. Algumas lembranças do Lich vinham em minha cabeça, tratei então de separar o beijo.

-Não importa o que acontecer, apenas quero que saiba que você é a única pessoa que eu gosto. Mesmo que não retribua o que sinto, vai ficar em minha memória e em meu coração. Bonnie.. desculpe.- olhava aos olhos dela falando bem baixo.

-Desculpar pelo que?- ficou confusa.

-Não fique com raiva, apenas pense que não tenho escolha.- mal terminei de falar, dei um selinho nela e corri, deixei o trabalho ao chão próximo a ela, que parecia confusa me olhando partir.

Mandei uma mensagem a ela.

“Hoje foi o melhor encontro que já tive, mesmo que fosse apenas para estudar. Me perdoe depois desse dia.”

 

~~~~~

 

Estava muito confusa com a atitude daquela garota depois do beijo. Como não conseguia resistir a ela? Aquela cretina deve ter conseguido o que queria, roubou meu coração. Mas claro, que não ia ceder tão fácil a vontade dela. Olhei aquela mensagem, mas o que a garota queria dizer com aquilo?

Peguei a maquete e vi o baixo dela, já havia sumido, acho que esqueceu ele aqui, devolveria pra ela amanhã na escola. Quando entrei em casa vi mamãe lendo uma revista parecendo incrédula.

-Filhaa... já viu a nova namorada da Fionna?- perguntou, na verdade nem sabia quem era.

-Quem é Fionna?- perguntei entregando as coisas para Menta, que levaria até meu quarto.

-Aquela modelo que fez uma vez nosso comercial. Uma loira.- agora que ela mencionou eu lembrei.

-Que tem ela?-

-Veja só.- me mostrou a revista, aonde a garota estava se beijando com Marceline. Na revista dizia que foram flagradas essa tarde.

Não pude acreditar no que via, meus olhos se arregalaram, levei minhas mãos a boca, senti uma imensa vontade de chorar. Fui enganada, e pensar que cheguei a duvidar da minha sexualidade por causa de tal pessoa.

-Tudo bem?- mamãe perguntou.

-Só preciso relaxar.- dei as costas a ela.

Chegando em meu quarto vi o baixo dela, acho que não iria devolver. Tranquei a porta, eu mesma iria preparar meu banho. Como pude ser tão burra, pelo menos já sabia o que faria, quebraria a merda do baixo na frente dela, amanhã no pátio da escola. Meu banho já estava pronto quanto ouvi uns gritos.

-Filha da puta, minhas joias sumiram. Aquela ladra cretina.- gritou com tamanho ódio, com certeza aquilo não ficaria quieto.

Acho que dessa vez o ódio me consumiu e meu desejo de vingança apenas aumentou, ela merecia sofrer muito mais por tudo aquilo, o baixo minha cartada final, após revelaria a quedinha dela por mim, isso com certeza mancharia a reputação dela. Cretina miserável.


Notas Finais


As coisas estão tensas, parece que o lado de Marcy é beeem embaraçoso de se explicar.
Será que Bonnie vai perdoa-la? Se coloquem no lugar dela, como se sentiriam?
Bem, vou ter que deixar vocês com esse "feels" para o próximo capítulo.
Muito obrigado pelos favoritos <3
Agradeço por lerem.
Comentem sempre.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...