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História Garota do capuz vermelho - Intrigas tenebrosas


Escrita por: Mutekai

Notas do Autor


Desculpem a demora pra postar, estava com uma dificuldade enorme de conseguir tempo.
Por fim, espero que gostem desse capítulo adorável ~~<3
Agradeço pelos favoritos, estamos quase com 100, bora lá, to planejando um capítulo especial, pra não fugir muito da história base, acho que ainda não é tempo pra hot bubbline (caso pedirem) pois tem que ser um momento especial, elas ainda não estão "apegadas" o suficiente, mas prometo ser um capítulo fofo <3 e se consegui desenrolar a história até lá.. pode haver hot.. mas.. vou deixar isso como surpresa.
Saibam que adoro vocês ~~<3
Boas vindas aos novos leitores :3
Boa leitura a todos.

Capítulo 8 - Intrigas tenebrosas


 

“Naquele dia eu consegui estudar, pensava bem e meu sono foi ótimo. Íris já sabia de tudo, aquele meu sorriso bobo, alegria repentina e aqueles pulinhos que eu dava de vez em quando. Não podia ser normal, com certeza aquilo era mais forte que eu, estou apaixonada. É tão bom, porém tenho medo de me ferir, será que ela sentia o mesmo ou só estava me usando novamente? Por instantes nem me importei, só pensava em encontrar ela no outro dia.”

 

Acordei pela manhã, peguei o despertador jogando pro lado, odiava aquele som e menos ainda de acorda. Marshall saltou da cama em um susto quando foi atingido pelo objeto.

-Caralho tá louca?- coçou os olhos não crendo que joguei o despertador nele.

-Foi reflexo.- sentei na cama bocejando.

-Quase me matou de susto.- reclamou emburrado, porém sorriu em seguida.

-Me conta tudo.- aquele sorriso dele, já sabia o que aconteceu, ele ficou com alguém com certeza.

-Advinha quem eu peguei ontem quando estava fora?- ele parecia orgulhoso.

-Quem?- acabei inflando o ego dele, mas fiquei curiosa.

-F-i-o-n-n-a.-

-Sério?-

-E ainda.. transamos. Foi a melhor tarde da minha vida, aquela garota tem um fogo.- pra mim ele estava sorridente demais.

-Hey.. isso eu sei. Como aconteceu?- perguntei

-Ela estava triste, animei ela e começou a se pegar comigo. Transamos no banheiro, cara, foi muito louco.- soltei uma risada seguida dele.

-Tem que me contar os detalhes.- falei rindo. Ele se sentou ao meu lado para contar.

Sempre compartilhamos histórias assim, sobre como foi que pegamos alguém ou com quem ficamos, sabia que ele nunca contaria pra ninguém sobre. Inclusive ele sabe que já peguei a Fionna, até expliquei pro mesmo umas coisas que ela gostava. Nossas histórias eróticas não eram nada decentes, era divertido contar pra ele.

“Estava encostado na parede do corredor, como de costume, só pensava na vida. Já que você ia no refeitório, ia lhe esperar ali, aí podíamos apostar quem corre mais rápido. Foi aí que ela apareceu.”

-Hey.. ela ainda me deve uma aposta, vai ter que se vestir de menino.- reclamei.

-Pare.... tá cortando minha linha de pensamento.- socou meu braço voltando a mentalizar a cena.

“Ela chorava, não sabia por que. Fui até a mesma pra consolar.

-O que houve Fifi?- levei a mão ao ombro dela.

-Ninguém me quer. Sou um lixo, sempre a segunda opção.- chorou, foi aonde que ergui o rosto dela com uma das mãos, fazendo os olhos azuis dela me olharem.

-Eu gosto de ti, pra mim não é segunda opção.- eu tinha um sorriso nos lábios, assim como os que abriu nos dela.

-Você é um fofo Marshall.- usou as mãos pra secar as lágrimas.

-É uma pena que sempre me jogue de escanteio, admiro tanto seu jeito de sorrir.- a garota riu sem graça, tocando seus lábios nos meus.

Mas que beijo vorás! Nossos lábios se roçaram perfeitamente, ela até ousou algumas mordidas no meu lábio inferior, era tão bom. Encostei a garota na parede, separei os lábios para respirar. Aproveitei para morder o pescoço dela e dar alguns chupões.”

Fiquei em completo silêncio, ele descreveu bem o que acontecia. Achei até engraçado o sorriso que ele tinha no rosto, era como se tivesse realizado um sonho.

“Ficamos muito tempo nos beijando, até que ela colocou a mão por cima do volume em minha calça. Como fiquei com vergonha, estava excitado. Senti a loira apalpar o local, sorte que quase ninguém passava por aquele corredor, ou seria constrangedor.

Fui empurrado para dentro do banheiro feminino. Acabei indo aos beijos com ela enquanto apalpava meu volume, mas quanta delicadeza e safadeza, era tão gostoso ela apalpando.

Sentei no vaso sanitário, aonde ela fechou a cabine, sentando no meu colo. A loira vestia uma saia curta, passei a mão na coxa dela que estava aparente. Ela segurou em meu rosto e continuava com os intensos beijos. Levei a destra dentro da blusa dela apalpando o seio da mesma, no qual ela mexia o quadril em cima do volume em minha calça. Me sentia tímido com ela, mas queria muito despi-la e prosseguir.

Nem precisei fazer nada. Fionna se afastou um pouco, abriu meu zíper, colocou a mão em minha cueca e puxou meu pênis ereto pra fora. Se ajeito mais pra frente, erguendo o quadril, com a ajuda das mãos ela puxou a saia pra cima, a calcinha pro lado e sentou lentamente em cima dele.

Soltei um suspiro ouvindo algumas vozes. Já estava todo dentro dela, olhei pra mesma, mas ela não ia parar, rebolou levemente, aonde mexi meu quadril, ajudando a mesma a quicar sobre o membro. Abafamos nossos gemidos com um beijo. As garotas nem perceberam nada, que bom!

Usei minhas mãos pra ajudar os movimentos de sobe e desce ficarem muito rápidos, assim que as garotas saíram. Os gemidos se mantiveram baixos, por fim não consegui me aguentar, acabei gozando dentro dela, claro que fiquei um pouco preocupado, mas estava tão bom. A garota mal saiu de cima e já ficou de joelho, aproveitando para meter a boca no meu pênis. Ela começou lambendo a glande, antes de colocar ele em sua boca, chupando na ponta enquanto fez movimentos com a cabeça de vai e vem. Segurei nos cabelos dela mordendo meu lábio inferior.

Após um pouco de repetição, finalmente me desfiz na boca dela, que por fim sentou no meu colo, dessa vez sem penetra-la e me beijou profundamente. Em seguida levantou, ajeitando a calcinha. Olhou pro meu pênis, colocando ele para dentro da cueca e delicadamente fechou o zíper, beijando o volume existente.

-Você é todo gostoso Lee.- piscou pra mim e deixou a cabine.

Fiquei boquiaberto sem saber como reagir. Paguei o maior mico quando resolvi sair do banheiro, várias garotas me viram e ficaram cochichando. Acho que não vai estragar minha masculinidade, por sorte estava fazendo algo tão bom.”

Acabei cochilando enquanto ele falava. Meu sono foi maior, além da voz dele ter me embalado, adorava pedir pra ele me contar uma história aleatória, desse jeito ficava com sono. Irritado levei um chutão na canela, acordei de imediato.

-Que merda Marshall.- levei as mãos na canela.

-Nem prestou atenção desgraça.- franziu a testa se afastando de mim.

-Também te adoro.- reclamei indo até o armário, ia me trocar, ou chegaria atrasada pra o café da manhã e consequentemente pra educação física. -Vaza.- apontei pra porta.

-E se não quiser sair? Pode se trocar no banheiro.- reclamou deitando na cama com seu pijama de morceguinhos.

Não o respondi. Apenas peguei meu tênis, joguei em cima do rapaz. Que soltou um urro de dor. Alcancei outro calçado jogando nele. Minha expressão estava séria, e o acertava na cara, propositalmente.

-Ai para.. to saindo.- reclamou saindo do quarto, bateu a porta.

Tranquei a mesma pra se certificar que o mesmo não voltaria pra espiar. Sabia que ele era um tarado e não hesitaria em olhar meu corpo, mesmo sabendo que eu gostava da mesma fruta que ele.

Não costumava dormir de roupas íntimas, então tive que vesti-las as pressas. Coloquei um top pois iria pra educação física, só vesti uma blusa listrada branca com preto. Ela tinha alças largas, aonde aparecia a lateral do meu top preto. Usei uma calça jeans rasgada e um coturno preto, da mesma cor da calça. Usei por cima uma jaqueta de couro, sim estava frio, mas o estilo que contava mais. Nem penteei o cabelo, apenas peguei minha mochila e sai do quarto.

Não vi o Marshall no corredor, então nem avisei se iria demorar. Fui até o refeitório, peguei uma xícara de café e um sanduíche caprichado, com direito a alface, mortadela, ovo, bacon e afins. Comi ligeiramente, me apressando pra chegar até a quadra, talvez por sorte encontraria Bonnie no caminho.

Nem notei minha boca toda suja, até dar de cara com Fionna, no qual a mesma me olhou atravessado.

-Err... não se vestiu de homem ontem.- comentei meio sem graça regredindo o passo.

-Vou usar o uniforme masculino, tá bom pra você?- disse sem me olhar, suspirei.

-Desculpe tá? Não queria te magoar, só.. bem.. acho que gosto de outra pessoa..- limpei a garganta.

-Hnf.. tá, tá.. depois de levar um fora vem chorar pra mim novamente.- reclamou virando no corredor, me sentia mal por ela, mas não podia fazer nada em relação a aquilo.

Corri ao encontro do vestiário, as meninas já saíram de lá, acho que Jujuba já devia estar no aquecimento. Procurei por meu armário vendo ela no final do corredor, estava terminando de colocar a camisa, pude ver a suave curva em suas costas. Acho que ela não me viu. Desci um pouco o olhar pelo corpo dela, o short era tão curto que aparecia um pouco de sua bunda, estava bem em forma.. era tão linda. De repente ela virou aonde meu rosto ficou rubro de imediato.

-Estava me olhando trocar de roupa?- perguntou parecendo brava.

-D-de jeito nenhum, acabei de chegar.- segurei as alças da mochila olhando pro chão, meu rosto começou a queimar de vergonha.

-Está tudo bem?- se aproximou, a vermelhidão do meu rosto não era comum.

-S-sim.- Levantei o rosto pra ela com um sorriso de lado.

-Ficou com vergonha né? Sei.. meu corpo é meio esquisito.. as vezes acho que tenho curvas demais..- comentou pousando uma mão sobre meu ombro.

-Eu acho bonito.-

-Boba.- o rosto dela corou e a mesma olhou para o lado, soltou uma risada sem graça.

-Se importa de ficar de costas?- disse me direcionando ao meu armário, no meio do corredor repleto do mencionado.

-Fique a vontade.- ficou de costas pra mim, aproveitou pra sentar em um banco que tinha bem no meio do corredor, separando o espaço no local pra cada armário de direção oposta.

Envergonhada abri meu armário pegando meu uniforme esportivo. Tirei minhas vestes colocando o mesmo. Um pouco atrapalhada com as roupas, acabei cedendo em sentar, estava de top, com o short preto do uniforme, amarrava meu tênis.

-Acho que vou ir me aquecer.- olhei em direção a ela, estava me observando, rubra, virou novamente de costas. -Me desculpe, pensei que tivesse terminado.-

-Er.. t-tudo bem... olha.. não me importo se você olhar.- por mais que estivesse um pouco corada, minha voz saiu brincalhona.

-Pode terminar, não vou olhar.- levou as mãos ao rosto.

-Fique a vontade.- coloquei minha camisa e fui em direção a ela, abraçando a mesma pelas costas.

-O que está fazendo?- foi pega de surpresa.

-Só abraçando você.- encostei meu rosto ao dela, ambos estavam quentes, bem quentes na verdade.

-Tem uma marca roxa na sua barriga.- a voz dela soou baixo.

-Eu só cai.- disse indiferente.

-Devia ver a enfermeira, poderia ter sido mais grave.- senti ela pousar as mãos sobre as minhas, a voz dela agora parecia preocupada.

-Estou bem, não se preocupa.- Sorri, foi aonde ela virou o rosto, me olhando por cima dos ombros, também conseguia ver aquele rostinho rosado.

-Está mesmo?- parecia não acreditar.

-Melhor agora.- aproximei meu rosto ao dela, estava tão perto que nossos lábios quase se tocaram.

Ninguém avançou ou recuou, ficamos imóveis, ela em meus braços, aonde a mesma acariciava minhas mãos. Conseguia sentir o calor dos lábios dela bem perto dos meus, quase podia sentir um beijo, porém não ocorria. Era como se uma estivesse esperando a outra reagir. Mas nenhuma cedia. Nossos olhos se focaram, tão belos os olhos azuis escuros dela, pareciam brilhar quando se encontraram com os meus. Aquele cheiro doce emitido pelo corpo da menor era agradável, era um tipo de morango misto com açúcar, eu acho. Por alguns minutos parecíamos congeladas ali.

-Marcy..- quebrou o silêncio me fazendo sorrir.

-Diga.- disse de imediato.

-Você é sempre assim com as outras?- parecia insegura.

-Não.. geralmente só pego elas uma vez.. ficamos.. e se rolar algo a mais não dura uma noite.-

-Então foi assim com a Fionna?- perguntou.

-Er.. por aí.. ela é a fim de mim, mas eu não dela. Sabe.. é complicado.- confesso que corei.

-Por que não gosta dela?- o olhar dela abaixou, talvez estivesse desapontada.

-Por que gosto de ti.- pude notar agora um sorriso surgir aos lábios dela, enquanto seu rosto corou.

Finalmente ela selou nossos lábios. Deslizei os mesmos com tamanho carinho, como aquele beijo me arrepiava. O sorriso bobo nos meus lábios era muito perceptível. Senti a mão dela segurar a ponta dos meus dedos, aproveitei pra virar a mão, possibilitando que ambas se tocassem. Aproveitei pra entrelaçar nossos dedos. Levei minha mão livre a bochecha dela, afastando os cabelos da rosada até sua orelha.

Como um simples beijo conseguia me deixar tão tímida, tão eufórica, parecia alto mágico. Meu coração até acelerava, a única imagem que vinha em minha mente era a dela, esquecia do mundo. Se não fosse essa atração louca que sentia por ela, acho que nunca teria a perdoado por conta do baixo.

Certo, não passa de uma simples atração, sempre imaginei que iria passar. O mais estranho era que a tal atração que sentia não era aquelas que você sente vontade de apenas transar, muito mais que isso. Sente vontade de estar junto, cuidar, ter filhos.. não, pera, a última parte foi brincadeira. Mas sim, era uma atração diferente. Ah como queria que fosse duradoura.

Ouvimos um apito do professor, isso sinalizava que o jogo começou. Merda, era para estarmos lá. Delicadamente separei o beijo, ainda sorri um pouco sem graça, soltando a garota.

-V-vamos nos ver depois da educação física?- perguntou olhando pro chão.

-Sem dúvidas.- sorri de canto. -Podemos nos encontrar atrás da arquibancada, é bem a sós lá, poderíamos.. bem.. conversar..- na verdade queria beijar ela novamente, se não fosse essa vergonha incomum eu teria dito logo de cara.

-Claro, vamos conversar um pouco.- reforçou a ideia de conversar, ainda bem que a pureza dela não a deixou entender minha real intenção, achei tão fofo.

Levei as mãos no cabelo fazendo um rabo de cavalo, por fim peguei um boné no armário e fui até a quadra. Hoje era o dia de jogar beisebol, adorava esportes. Não demorou para a rosada aparecer no local, claro que não queríamos ser vistas juntas, culpa do Lich, se ele soubesse ia dar ruim.

Finalmente chegou minha vez de rebater. Ajeitei o boné em minha cabeça, a aba fazia sombra no meu rosto. Segurei o taco firme e joguei a bola longe. Corri rapidamente pelas bases piscando pra certa pessoa quando consegui completar.

Conforme fomos jogando era minha vez de arremessar, e advinha quem iria rebater? Sim, Jujuba. Eu sempre fui uma brutamonte arremessando, mas não queria machucar ela, nosso time estava na frente. Quem diria que cada uma foi pra um time por ter sobrado.

Fechei os olhos e arremessei bem fraco. Óbvio que a bola foi torta e caiu antes de chegar na base. A rosada franziu a testa enquanto os outros riram. Neguei com a cabeça, fui até a bola, peguei a mesma e suspirei.

-Vê se rebate.- falei baixo, porém em tom o suficiente pra outra ouvir.

Arremessei com força a bola, Bonnie parecia focada, acho que ela conseguiria rebater. Mas não ouve, ela mexeu o taco antes e tomou uma pancada bem na testa. Fez um barulho zoado de “toc” e ela caiu ao chão. Corri até a mesma vendo se estava bem, ela apenas respirava forte.

-Desculpe, não foi de propósito. Está tudo bem?- perguntei em vão, ela não conseguia falar, só puxar ar, no qual não parecia ser suficiente.

Em pouco tempo um aglomerado de alunos se formou ao redor dela. Eu acabei empurrando a maioria e me abaixei perto dela, tentando abanar ela com a mão. O professor logo pediu para nos afastarmos. Ele pegou de uma bolsa uma bombinha de asma e deu a ela, a garota parecia feliz ao usar.

A bolsa do professor tinha de tudo, coisas pra dor, curativos, remédios e afins. Mas acho exagero uma bombinha de asma, nem sabia que ela tinha, pois nunca a vi usando.

-Não sabia que tinha asma.- o professor tirou as palavras da minha boca.

-É raro... faz anos que não tenho uma crise assim. Acho que foi o susto.- ela se sentava, levando a mão a testa, ficou uma marca vermelha. Fiquei contente pela respiração dela se normalizar aos poucos.

-Tem que se cuidar. Devia andar sempre com uma dessas.- o professor ajudou a mesma a se levantar, foi aonde que nos encaramos, o olhar dela atravessou o meu, espero que a mesma não fique com raiva.

Já que ela ainda não estava cem por cento, o professor a mandou descansar. Continuamos então o jogo, por sorte meu time foi o vencedor. Estava indo para a arquibancada, enquanto os outros iam pro vestiário, aproveitariam pra tomar banho.

Em minha frente Fionna me encarou, estava com um short bem largo, uma blusa de igual. Parecia um homenzinho, até pintou um bigode com lápis na cara, estava até com boné. Não pude evitar de rir.

-Está ridícula.- falei brincando.

-O vestiário é pro outro lado.- disse grossa, foi onde meu sorriso cessou.

-Eu sei.- respondi em mesma altura, nos encaramos, com certeza ela não ia deixar quieto.

Fionna fechou a mão, mirando um soco bem no meu nariz. Consegui me esquivar por pouco, porém ela não cessou, já mirou uma joelhada em meu estômago, acertando em cheio. Urrei baixo, olhei para ela franzindo a testa. Apenas virei o braço acertando com tudo o rosto dela, aonde a mesma caiu no chão. Levei a mão até meu estômago, nossa que dor!

-Porra Fionna, quanta agressividade.- reclamei.

A loira cuspiu sangue pro lado, acho que cortou. Apenas senti uma rasteira da garota ao chão, foi aonde caí. Ela se pôs em cima de mim, segurava meus braços e me apertou entre suas coxas. Senti uma cabeçada em meu nariz, que agora escorreu sangue.

Enquanto me remexia soltei uma das mãos, virando com força e batendo com as costas da mão na bochecha dela. O olhar mortal da mesma me focou. Usei a mesma mão pra socar o estômago dela, ao mesmo tempo levei uma joelhada na virilha. Se fosse homem teria doído bem mais.

Consegui jogar meu corpo por cima dela, aproveitando pra soltar minha outra mão. Agora ficou mais favorável pra mim. Acertei um soco no nariz dela e outro no queixo. Após tomei uma joelhada bem na costela. Nossa.. vai ficar um roxo feito, cheguei a tombar com a dor.

Ela se levantou, limpou o sangue em sua boca com as costas da mão. Estava no chão, com as mãos na costela, apenas levantei os olhos pra ela, fechei os mencionados quando ela afastou um pouco o pé. Com certeza tomaria um chutão.

Uma risada fez meus olhos se abrirem. Aonde vi a mão dela estendida. Me apoiei na mesma, que me ajudou a levantar. Dessa vez a briga foi feia, mas por sorte passou. Comecei a rir também.

-Cara.. me assustou, temos que parar com essa briga boba.- disse entre risos.

-Eu sei.. mas estava com raiva. Desculpa se descontei em ti.- o riso dela cessou, agora estava séria. -Me perdoa?- assenti, aonde a mesma sorriu e me abraçou. -Por isso que te adoro Marcy.- o tom dela soou gentil.

-Ai.. pera... para... tá doendo.- reclamei empurrando a mesma.

Ambas rimos. Com um aperto de mão, no qual diziam ser algo masculino, sinceramente, não ligava pra isso. Afinal, me assumi lésbica, pego mais garotas que eles, deve ser apenas inveja da minha masculinidade. Usando vestido ainda consigo ser até mais homem que muito hétero, já nem comento sobre o Marshall, já que sou o “macho alfa” do quarto.

Não demorou pra loira se despedir e sair. Minha nossa, devia estar atrasada. Corri para abaixo das arquibancadas, olhei de um lado a outro, porém não a encontrei. Vi apenas no fundo um casal hétero se pegando, pra variar, aonde estavam os homossexuais desse colégio? Ao olhar pro lado vi ao longe ela sentada, mais afastada, estava triste?

Lentamente me aproximei, acho que procurei ela tão desesperadamente que nem a vi ali. Sentei ao lado da mesma, no gramado.

-Desculpe a demora.- a rosada virou o rosto fazendo uma expressão espantada.

-Ai meu glob.. o que houve com você?- passou a mão abaixo do meu nariz, aonde me mostrou sangue, engoli em seco.

-Só briguei com a Fionna.- passei a mão no lugar com intuito de limpar.

-Não passe a mão, vai encher de bactérias.- reclamou

-Mas você passou primeiro.- retruquei.

-Se eu me jogar da ponte você se joga?-

-Claro, vou ter que te salvar né?- a garota franziu a testa, ficamos nos olhando, ambas sérias.

Foi então que a outra riu.

-Como consegue ser tão tola?- neguei com a cabeça.

-Como consegue ser tão adorável?- sorri levando a destra a bochecha da outra e apertando a mesma.

-Pare.. ai..- fez uma careta de desaprovo.

-Nhow, dá vontade de morder.- soltei a bochecha dela.

-Pare, já disse.- levou a mão ao local, que estava avermelhado.

Ficamos um tempo em silêncio, nos olhamos, desviamos o olhar, depois eles se encontraram novamente. Queria dizer algo, mas não conseguia, não sabia o que. Acho que ela também queria dizer alguma coisa.

-O trabalho é pra amanhã.- disse baixo.

-Qual?- fiquei roçando um dedo no outro, observando o pouco de sangue que havia na minha mão.

-De química. Estuda a parte que lhe falei, aí vamos tirar nota máxima, com certeza.- disse sorridente.

-Ahh sim. Vou estudar.- sorri de canto, levei o dedo ao rosto dela, deixando um risco de sangue

-Que merda Marcy.... você tem quantos anos, dez?- reclamou esfregando a mão no rosto, enquanto ri.

-Desculpe, só que estava sujo.. ai fui limpar.. não deu certo.- levei uns tapas na cabeça, não consegui parar de rir. A garota cedeu em rir também.

-Vou ter que tomar um banho.- Se levantou.

-Eu também.- me levantei. -Que coincidência né?- ri.

-Não.- me olhou atravessado.

-Ohh.. foi brincadeira, não leva a mal.. sabe.. não tinha segundas intenções..- cocei a nuca, será que transmitia a ela a ideia de uma pervertida que só quer se aproveitar dela?

-Espero que seja.- deu as costas, porém segurei o braço dela.

-Bonnie..-

-Diga.- me olhou de canto.

-Quer sair comigo esse feriado? Meu pai vai passar um tempo na casa de campo, lá é chato.. se importa de me fazer companhia?- meu rosto corou levemente.

-Pode ser..- a garota olhou pro lado, estava corada também, foi quando a soltei, deixando que fosse ao vestiário.

Abri um sorriso. Olhei de longe ela sair, minha nossa como a bunda dela era perfeita.. espera... o que estava fazendo? Desviei o olhar, agora foquei o chão nem acreditava que passaria o feriado com alguém além do meu pai. Acho que a Fionna queria que eu passasse com ela, inclusive o natal. Prefiro aproveitar com Bonnie, talvez fosse mais divertido, já planejei exatamente como seria nosso feriado, só esperava que ela gostasse.


Notas Finais


Adoraria comentários dizendo o que estão achando da minha história e o desenrolar dela.
Agradeço por lerem <3


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