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História Garota Em Chamas - Sozinhos


Escrita por: BangtanGirlARMY

Capítulo 1 - Sozinhos


Aya se lembra muito bem dos últimos sete dias. Os sons horríveis daquelas coisas lá fora. Tudo o que ela tinha era seu irmão, Ayo, que estava tentando acalma-la e ao mesmo tempo se acalmar também. Ele dizia que alguém iria ajudá-los. Talvez o Governo, talvez seus pais. Mas Aya sempre acabava pensando o pior: Que ela iria morrer. De fome, de sede ou....Devorada.

O ataque começou a dez dias. Seus pais estavam em uma viagem de negócios, e os deixaram com uma babá. Eles assistiam TV, enquanto a Dona Haney, sua babá, preparava o jantar. O desenho tinha sido cortado por um aviso urgente no jornal, o qual dizia que pessoas estavam devorando outras...vivas. Mas os canibais não pareciam mais humanos. Pareciam monstros. Monstros de carne podre dos quais se viam nos filmes. Na mesma hora, batidas na cerca branca assustaram os gêmeos e Haney, a qual foi olhar o que era. Ela disse que estava tudo bem e que iria resolver isso. Cinco minutos depois, eles ouviram um grito, e Haney correu para a porta, a fechando e trancando. Seu braço escorria sangue, e havia uma enorme marca de mordida no local. Ayo olhou preocupado, mas ela disse que estava tudo bem, e que nada de ruim iria acontecer.

Aquilo foi uma mentira.

Um dia depois, ela não conseguia nem mesmo se mexer, estava queimando em febre, e tinha sérias convulsões de vez em quando. Mais 4 horas depois, ela soltava leves grunhidos e gemidos, e chamou os gêmeos, os avisando o que deveriam fazer. Aya pegou a bainha com a Katana do pai, e Ayo o arco de mãe. Ambos tinham uma vida dupla, não que Aya soubesse de algo, nem mesmo seu irmão sabia. Mas eles tinham armas. Sabiam lutar e ensinaram aos filhos o máximo possível. Eles pegaram toda a comida da casa, e subiram na casa da árvore, ficando lá aguardando o inesperado. Durante 5 dias.

Só de lembra disso, Aya se encolhia. 

A velha Katana de seu pai estava na bainha. Aya não sabia usar muito bem mas seria muito útil e necessário. Dona Haney, desde 5 dias atrás, virou um daqueles monstros, e está lá em baixo só esperando para o jantar. A garota sentia frio, estava com fome e cansada, e sempre lhe vinha a cabeça que a qualquer momento aquela casa de madeira poderia ceder, e esse seria seu fim.

Toda vez que pensa nisso, Aya começa a chorar. Uma garotinha de 8 anos presa numa casa na árvore, sabendo que poderia morrer a qualquer suspiro ou barulho de choro que fizesse, além de saber que se não morrer através deles, morrerá de fome ou sede. 

Ayo tocou o braço da irmã, a olhando em um gesto reconfortante,no que a fez deitar a cabeça em seu ombro.

-Olá??- Aya se assusta quando ouve uma voz no rádio que eles haviam trazido, caso alguém conseguisse encontrar o rádio restante na casa.- Tem alguém ai?

-Pode ser nossa última esperança.-Ayo a olhou, ansioso de uma forma curiosa.

-Ola?? Nos ajude por favor!-Aya falou no rádio, rezando para que respondessem novamente.

-Quem é você?

-Aya. Ayano Kannagi. Estou com meu irmão Ayo.

-Me chamo Lee, Ayano. Aonde vocês estão??

-Aqui fora. Na casa da árvore!- Um homem de pele escura na varanda da casa, aparentava estar com a perna machucada. Aya faz um sinal com a mão e só pôde ouvir ele dizer. "crianças espertas."  

Aya se assustou e gritou ao ver algo que um dia era a dona Haney, se jogar em cima dele, que só podia desviar dos ataques dela. Aya desce rapidamente da casa com sua Katana em mãos, e corre até ele a procura de qualquer coisa que o ajudasse. Um martelo. Ele a joga pro lado e começa a acertar o martelo na cabeça dela. Ele fez isso umas quatro vezes, desfigurando o rosto da mulher.

Aya ficou bem assustada com isso, vendo o sangue escorrer do rosto deformado de sua babá. Logo depois que a cara de Dona Haney estava desfigurada, e ela não tenta mais atacar o homem, ele se apoia nos próprios joelhos e recuperava o ar perdido na pequena "luta".

-Olá.- Ele diz e os gêmeos somente se afastam da poça de sangue que ia se formando em volta da cabeça podre de sua babá.

-Você matou ela?- Ayo perguntou, assustado.

-An....Acho que alguma coisa fez isso. Antes de mim eu acho.

-Ela levou uma mordida a 7 dias atrás...será que foi isso que a transformou?- Aya perguntou

-7 dias atrás? Sim, é o que deve ter acontecido.- Ele diz um pouco triste e distante.- Vocês fizeram tudo isso sozinhos?- Ele se abaixa para ficar da altura dos pequenos irmãos.

-Sim, queremos que nosso pais voltem para casa. 

-Olha, eu não sei o que aconteceu. Mas vou cuidar de vocês agora.

-O que devemos fazer?- Aya pergunta com um pouco de medo.

-Precisamos encontrar ajuda antes que escureça.

-Sim, não é seguro a noite.- A ruiva olha por entre a porta de vidro da casa, somente tentando ignorar aquele corpo ao seu lado.

Ele manca até a pequena garota e pega em sua mão.

-Vamos lá, fique perto de mim.

Aya observa o corpo da Dona Haney, e logo fecha a porta de vidro.

Os dois iam andando até verem dois homens tentando empurrar um carro velho e quebrado, que bloqueava o caminho da estrada. Eles pareciam nervosos e um pouco assustados, porém habilidosos.

-Nunca vamos conseguir voltar para a casa da mamãe desse jeito.- Um deles diz.

-Mas que merda.- O outro reclama.

Eles tentam empurrar o carro novamente. O homem moreno mancou até um portão, e Aya ficou parada no mesmo lugar.

-O que aconteceu?- Lee pergunta.

-Devo ficar?- Pergunta sem jeito.

-O quê?-Ayo olhou para ela confuso.

-Não quero dormir na casa da árvore esta noite, mas não sei se devo ir. E se nossos pais voltarem para casa?

-Não vou deixá-la sozinha.-Ayo falou firmemente.

Aya deixa um pequeno sorriso escapar.

-Vamos para um lugar seguro próximo daqui, ok?- Aya diz em concordância.

-Isso é uma boa ideia.- Lee se levanta, e Ayo pegou a mão de sua irmã.

Aya abre o portão e eles vão andando até eles, que se viraram assustados, apontando as armas.

-PORRA!

-NÃO COMA AGENTE!

Ele gritaram assustados, enquanto as mãos tremiam no gatilho das armas.

-Não vamos te machucar.- Lee diz tentando acalmá-los.

Eles abaixaram as armas lentamente percebendo que cometeram um erro, e que, na verdade, os três eram humanos ainda, e não aquelas coisas assustadoras.

-Ufa. Por um momento pensei que você e os pequenos fossem me morder.

-Precisamos de ajuda.

-Vocês estão tentando sair daqui? Porque acho que deveria. Estas coisas estão por toda parte. Não vi algo tão feio como este bairro desde o centro de Atlanta, vinte e quatro quilômetros atrás. Me chamo Shawn. Shawn Greene.

-Lee. 


-Aya/Ayo.- Os gêmeos falaram seus próprios nomes aí mesmo tempo, e logo o grandalhão se abaixa.

-Me chamo Chet.- Ele faz sinal de "OI" com a mão.

Aya se esconde um pouco atrás de Lee como forma de brincadeira, e sorri somente com os lábios. Enquanto Ayo olhava Chef, pensativo

-Não devemos ficar num lugar aberto como esse.- Shawn se manifesta.- Que tal você nos ajudar a limpar caminho e tiraremos você e seus filhosndaqui? Vamos direto para a fazenda da minha família. Lá deve ser mais seguro.

-Eu não sou o pai deles. Eu sou....apenas um cara.

-Um cara?

-Sim.

-Eles estão sozinhos? Bom, vamos continuar. Ficar muito tempo parado aqui é suicídio.

Lee concorda com a cabeça e se vira para Aya.

-O que você vai fazer?

-Eu...- Aya olha para sua casa. A mansão dos Kannagi. Deve mesmo deixar tudo isso pra trás? Ou deve esperar seus pais voltarem?- Eu...- Antes que ela responde-se, se ouvem gemidos e grunhidos. Aquelas coisas estavam vindo para cá.

-Os monstros estão vindo! TEMOS QUE DAR O FORA!- Eles dizem baixo e voltam a empurrar o carro.

-Lee, rápido! Vamos lá!- Shawn diz baixinho.

Lee logo vai ajudá-lo. E Aya fica observando. Ela está com muito medo. Ela percebe Lee lhe pedir ajuda com um movimento com a cabeça, que é concordado pela garota que logo os ajuda a empurrar o carro quebrado, Ayo fez o mesmo e depois que o tiraram do caminho, eles sobem na caminhonete o mais rápido possível. Logo eles dão a partida e saem de lá, deixando aquelas coisas mortas-vivas para trás, tentando lhes alcançar enquanto tropeçavam e grunhiam. 

-Para "Apenas um cara" parece que você salvou um monte de vidas hoje Lee.

 

 



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