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História Garota Em Chamas - Sem Mais Volta


Escrita por: BangtanGirlARMY

Capítulo 57 - Sem Mais Volta


Internato Erickson Para Jovens Problemáticos.

Era oque dizia a placa que ficava lá a alguns meses atrás. Provavelmente os que moravam lá arrancaram.

O local era escondido, uma boa localização para caça e pesca. E haviam duas pessoas que interessavam ao observador. Que esteve anotando e explorando seus movimentos cautelosamente, sabendo cada nome do lugar, sua história e tudo que aconteceu e acontecia.

Aya e Ayo. Os gêmeos que ele procurava, que sabiam como sobreviver e como proteger um ao outro. Eram eles quem comandavam o lugar. Organizavam as coisas como proteção, caça e saqueamento de cidades próximas. Eram espertos. Inteligentes mesmo tendo apenas 17 anos. Espertos demais.

O homem se levantou, guardando seu caderno de anotações e foi para sua moto, subindo nela. A moto foi refeita para ser movida a vapor, de maneira que não precisava de gasolina. Além de ter uma grande proteção contra zumbis, sendo fácil para matar hordas sem ser ferido. Ele colocou o capacete, ligando a moto girando o guidon de metal e saiu em disparada pela estrada, atraindo a atenção de alguns zumbis que era. facilmente mortos por seus tiros.






AYA POVS ON

A vida nunca esteve tão...calma. Era estranho, apesar de ser muito bom. Não ter que correr de lugar em lugar em busca de suprimentos e comida era..bom. Ter uma casa, cama, quartos..Aya nunca esperava que teria algo assim de novo. Não era como quando ela era criança claro..mas era..algo. Algo especial, que ela cuidava com carinho e acordava todo dia querendo sempre proteger.

Ela sabia que Haru e Haruki amavam esse lugar..Ayo e Inori também. Então ela estava mais do que satisfeita, porque eles conseguiram. Um ano de paz. Um ano sem mortes, sem medo, sem lutas. Era apenas um ano de sobrevivência, que eles caçavam, pescavam, brincavam e dormiam.

E não era apenas isso...tinha...ele. Louis. Ele havia alegrado sua vida com suas piadinhas e brincadeiras. Aya nunca pensou que se apaixonaria por um garoto tão bobo mas...ele conseguia deixar ela apaixonada. Ele fez uma música pra ela..ele a salvou. E era incrivelmente fofo.

-Aya você tá me ouvindo?- Ayo estala os dedos na frente de sua irmã, que piscou algumas vezes se despertando dos pensamentos.

-An? Ah oque foi mesmo?-Ela estava tão perdida em seus pensamentos que esqueceu que estava em uma missão de saqueamento. Ela e Ayo estavam numa pequena cidade deserta, eles haviam conquistado a cidade depois de meses matando zumbis, e sempre que encontravam alguma coisa pegavam.

-Caramba você anda avoada em! Perguntei qual caminho você prefere ir, tem o hospital, que ainda falta mais da metade pra explorar. E tem o mercado, que a gente pegou quase tudo mas ainda tem muita coisa sobrando.-Ayo explicou, mostrando no mapa que fizeram da cidade.-Temos outros lugares também mas esses são os principais.

-Bem..acho que o hospital é interessante. Nunca se sabe quando vamos precisar de remédios, além disso tem um refeitório lá também não é?

-Sim mas já Revistamos todo o refeitório.-Ayo falou pensativo, vendo um X marcando o refeitório como já explorado.

-Beleza, então vamos procurar remédios.-Aya arrumou sua mochila nas costa, vendo o pente de sua pistola para ver se estava totalmente carregada.-Vamos precisar de mais balas também.

-Podemos ir na delegacia depois se der tempo.-Ayo falou.-Até fica perto do hospital.

-Ok a gente vê isso.- Aya sorriu e Ayo fechou o mapa, o guardando enquanto eles andavam pela cidade, atentos a qualquer movimento suspeito. Cuidado nunca era demais, independente das circunstâncias.

Depois de uma longa caminhada eles chegaram no hospital. Vinhas cresçam pelas paredes brancas do edifício, e suas janelas antigamente brilhantes e bonitas estavam embaçadas e quebradas. Alguns corpos estavam entulhados pela entrada, um ou dois corpos estavam pendurados nas janelas, com as barrigas perfuradas pelo vidro. Já estavam mortos, já que na última expedição aya acertou duas facas nas testas deles. As facas ficaram presas e ela nunca mais conseguiu pegar, mas foi um bom treino de mira e foi menos 2 na contagem de zumbis.

Ayo abriu as portas do hospital lentamente, entrando com aya, que já havia tirado sua catana da bainha, enquanto seu irmão segurava o arco.

-Vazio.-Ayo abaixou o arco, relaxando um pouco e no lugar pegando sua pistola.- Vamos pelo corredor B. Não chegamos lá ainda no mapa, então não sei se tem muitos zumbis ou não.-Ele diz pensativo, olhando o mapa que estava anotando como local vermelho, ou seja, com perigo- Cuidado.-Ele foi andando ao lado de aya, que sacou uma faca para melhor movimentação.

-To vendo um.- Aya sussurrou se agachando ao lado de Ayo, ambos viram um zumbi perambulando pelo corredor vazio, porém ensanguentado e destruído.-Eu pego esse, procure outros na primeira sal.-A mesma falou e Ayo assentiu, entrando na primeira sala enquanto Aya chegou por trás do zumbi, o segurando pelos cabelos e acertando a faca na têmpora dele, rasgando seu cérebro e o jogando morto no chão. Ela entrou na segunda sala, vendo agora cinco zumbis que se viraram lentamente para ela, grunhindo e avançando desordenadamente. Aya lançou a faca na testa do primeiro, depois sacou sua catana, girando a espada e cortando a cabeça de mais três no meio, finalizando o movimento com a catana fincada na testa do quinto.

-Exibida.-Ayo falou emburrado, após terminar de limpar a primeira sala. Aya riu com o comentário dele, limpando o sangue da catana com um movimento para o lado.

-Ah bem, você sabe. Se eu sei alguma coisa, por que não utiliza-la?- sorri de lado.

-Você tem um ponto maninha tenho que admitir.- Ayo foi até o armário, o abrindo encontrando algumas pílulas, injeções e outros medicamentos genéricos.-Não tem muita coisa, mas foi mais do que da última vez. Encontrei alguns na primeira sala.

De repente, um alto barulho foi ouvido. Como um...rugido. Depois um barulho de algo muito muito grande correndo. Na direção deles.

-Que porra foi essa?!?!-Ayo falou, colocando sua mochila rapidamente, na hora em que uma coisa gigante arrebentou a parede com seu próprio corpo soltando um rugido ainda mais alto do que o primeiro.

Parecia uma pessoa..porém deformada. Era um...zumbi? Não, um zumbi não seria daquele tamanho..muito menos com aquela velocidade. Zumbis não rosnavam tão alto, nem corriam, nem...que merda era aquilo?!

A criatura avançou para Aya, que desviou por pouco, acertando seu ombro no armário. Um choque de dor percorreu seu ombro mas ela ignorou, correndo rapidamente para fora da sala junto de Ayo enquanto a criatura se levantava. É rápido e muito forte. Músculos grossos e gigantes. Mas não tinha direção. Uma vantagem para os dois pelo menos.

-Corre!-Aya gritou, correndo rapidamente ao lado de Ayo enquanto o zumbi gigante começo a correr atrás deles. Cada passo da criatura fazia o hospital tremer, enquanto ele avançava cada vez mais rápido.-A curva! Rápido!- Aya falou, vendo que o corredor iria virar. Teria uma curva e o zumbi não conseguiria parar. Eles viraram rapidamente, se jogando com força pro lado. E foi uma péssima ideia, já que Ayo acertou um dos armário de vidro, que se quebrou e cortou bastante sua pele e a de Aya. Porém o plano deu certo, o zumbi acertou a parede, quebrando o gesso. Era a última parede antes do fim da construção, oque fez o zumbi cair.

O barulho quando ele fez quando caiu do chão foi...bizarro. Parecia um terremoto, a cidade inteira tremeu.

-V-vamos...sair daqui...-Ayo falou, recuperando o fôlego já que ele e Aya correram muito...muito mesmo.

-Temos que saber oque era aquela coisa! Não tinha isso antes! Não faz sentido algum! Nunca vimos um zumbi assim ele....ele corre Ayo! Ele é gigante! Não é normal...não é.-Aya respirou fundo, tentando se acalmar e se levanta, limpando a sujeira que havia ficado em suas roupas já que ela e Ayo tiveram que se jogar pro lado.

-Que?! Você quer ver aquela coisa?! Ele pode tá vivo ainda Aya!

-É só a gente matar.- Aya tirou uma Ak da mochila, a destravando e recontando as balas, pensativa.

-Isso é suicídio! Tá maluca?! Nao podemos ir lá! Não conhecemos aquela coisa ela é perigosa! A gente não morreu por sorte! Quer dizer, eu quase morri né! Não sei se você percebeu mas os cacos de vidro que você me fez quebrar quase acertaram meu pescoço!

-Ayo, o plano deu certo não deu? Voce se machucou, eu me machquei..mas estamos bem.- Aya foi até ele, que desviou o olhar.-Olha pra mim.-A mesma segurou o rosto dele gentilmente, o fazendo olhar para si.- Somos irmãos. Nos protegemos. Protegemos nossa família, que está no internato, esperando a gente voltar. E nós vamos voltar, mas com respostas. Não quero ficar sem saber oque é aquilo Ayo..não quero ficar despreparada. E se tiver mais deles? E se atacarem nossa casa? Não quero que isso aconteça. Preciso conhecer o inimigo Ayo.

Ayo apertou os punhos com força, e se soltou de Aya, se afastando.

-Você não tá falando isso só por proteção Aya..você tá falando isso porque você gosta de matar. Você gosta quando tem alguma ação envolvida...você odeia ficar parada. Odeia quando não tem algo que envolve luta. E isso sempre quase mata a gente! Isso é loucura! Você....você parece o Carver.

Aya olhou pra ele sem palavras. Ayo sempre concordou com suas escolhas...sempre fez tudo ao seu lado, independente do perigo então por que agora ele falou isso...ela não entendia.

-Não sou como ele.-Aya murmurou, apertando os punhos com força. Ela prende a contra a parede, com o braço prendendo o pescoço dele.-Retira oque disse eu não sou como ele!

Ayo girou o corpo, a derrubando no chão segurando os pulsos dela com força, que se debatia com raiva tentando se soltar mas Ayo era muito mais forte que ela.

-Sim você é! Você é Ayano e o Lee odiaria isso! Todo mundo que a gente conheceu odiaria isso! Kenny, Jane, Luke, Rebecca! Por que você acha que todos morreram?! Foi pra proteger você! Pra me proteger! Eles morreram por nossa causa...-Ayo murmura, olhando pra baixo.-Na verdade....morreram por sua causa. Porque você é teimosa demais pra ficar longe dos problemas! Luke estaria vivo Aya...ele estaria vivo se você não fosse intrometida em tudo e tivesse ficado longe da porra do gelo! Você quase morreu com ele por causa disso! Se você não tivesse ido pegar a merda daquele rádio o Kenny não teria sido ferido no olho e ele não teria enlouquecido! Você sempre quer ajudar as pessoas, sempre quer protege-las mas você acaba fodendo todo mundo! Você vai acabar matando a todo mundo! Você sempre sai viva..a gente sempre sai vivo. Os outros morrem quando a gente tá perto! Tudo porque eu sigo seus planos imbecis!

-Fodasse eu não quero ouvir!- Ela grita, tentando chutar ele mas Ayo a prendeu com seu corpo muito bem. Ele conhecia seus movimentos. Sabia como ela lutava, como se movia.-Me solta! Me solta agora!!-Ela acerta uma joelhada na barriga dele com força, virando o corpo girando para tentar ficar em cima e se soltar, porém Ayo também girava, enquanto ambos brigavam e xingavam, empurrando e socando, Ayo a segurava e Aya o socava.

-Chega dessa merda! Chega!-Ele fala irritado a segurando com força pra ela parar de se debater e tentar acerta-lo.-Você não percebe?! Você me atacou Aya! Você é uma maluca psicopata e suicida! Será que dá pra você acordar?! Esse mundo não é legal! Não é nada bom ter que ficar caçando comida e sempre indo em cidades a procura de mais comida! Você acha oque?! Que Nossos pais ficariam orgulhosos de você por saber matar?! Que o Lee ficaria orgulhoso?! Eles teriam medo de você! Porque você não liga de matar se achar preciso. Você mata pessoas que sente que são uma ameaça. Você fez a Haru matar uma pessoa Aya. Ela é uma criança! Você matou a esposa do Kenny! Todos morreram por sua culpa. Sua.-Ele a soltou bruscamente, se levantando.- Nossos pais estarem mortos é algo bom pra você. Todos os nossos amigos estarem mortos é bom. Porque assim você não sente culpa por ser quem você é. Você acha que sendo assim está vingando eles, está orgulhando. Mas não está nem um pouco.

Aya se levantou, não sabendo oque dizer. Ela....ela queria chorar. Por que ele estava falando essas coisas..? Por que eles estava..sendo tão cruel e injusto?!

-Ayo...-Ela murmura, começando a falar.

-Eu não quero ouvir Aya! Eu só..não quero. Eu vou pra casa. Você pode fazer oque achar melhor, mas não me meta nisso.-Ayo saiu andando, esbarrando seu ombro nela com força quando passou por ela.

Aya apenas ficou parada. E se sentia fraca demais para continuar de pé. Seu corpo escorregou pela parede até ela sentar, abraçando os joelhos enquanto pensava. Pensava em tudo. Ela sabia que tudo que ele disse era verdade..as pessoas morreram por ela, por sua culpa. Mas ela...não era o Carver. Ela não gostava desse mundo ela não gostava de morte...

Aya se levanta, limpando as lágrimas que escorriam de seus olhos e ela pegou a catana, começando a descer rapidamente, não querendo mais ficar naquele hospital. Mas ela também não queria volta pro internato ainda.. Ela só queria andar por um tempo. Mas também não podia deixar aquele zumbi gigante na possibilidade de estar vivo. Então ela pegou sua doze, que também estava na mochila e se aproximou do corpo do zumbi. Seu corpo parecia quebrado, seus ossos estavam virados de uma maneira esquisita..então ela atirou em sua cabeça com a doze, explodindo seus miolos antes dele poder fazer algo para ataca-la. Aya abaixou a doze, respirando fundo e saiu andando pela floresta enquanto pensava. Ela cutucava suas unhas conforme andava pela trilha que já estava decorada em sua mente.

De repente uma dor forte acertou sua cabeça, a fazendo cair no chão com a visão turva. Ela sentiu algo quente no local acertado. Sangue. Haviam acertado uma coronhada em sua têmpora. Seu corpo estava mole, ela não conseguia se mexer ou enxergar direito. Só ouvia vozes abafadas por cima de um "piiii" muito forte. Aya tosse com a dor, e sente ser levantada por dois homens fortes, que a colocaram de joelhos, a mantendo no lugar.

-Ei ei.-Outro homem ficou na frente dela, dando tapinhas fracos em seu rosto.- Nada de desmaiar garota, você tem que tá acordada, senão como a gente vai saber se você morrer em? A gente ainda nem se divertiu.-As mãos dele desceram pelo corpo da mesma, a te chegar em seus seios e os apertarem. Um ódio cresceu dentro de Aya.

Aya trincou os dentes, e cuspiu sangue no rosto do homem com ódio.

-Puto nojento..!- Aya xingou num grito, apertando os olhos com força por conta da dor na cabeça, que sangrava bastante e sujava sua testa e rosto. Sua orelha estava coberta por sangue já que a batida foi por aquele lado.

-É bravinha em.-O homem falou num suspiro, limpando seu rosto e arrumando sua luva preta calmamente. Ele socou o rosto de Aya com força, virando a cabeça dela para o lado com o impacto. Aya tossiu sangue, o soco foi Forte o suficiente para cortar sua bochecha externa e internamente.-Vamos conversar querida.- Ele se ajoelhou na frente de Aya, a fazendo erguer o rosto segurando o queixo dela.-Você é uma garota esperta...armada, bem alimentada. Provavelmente sabe oque está acontecendo aqui. Sabe que quero respostas suas não é? Você pode sair viva daqui, é só responder minhas perguntas com jeitinho que tal? Ou se não...-Ele estalou os dedos, e alguns outros homens trouxeram um zumbi que estava amarrado, uma corda o segurando pelo pescoço e uma mordaça cobrindo sua boca por proteção.-Você vai ter que brincar com meu bichinho. E acredite ele odeia crianças desobedientes... principalmente garotas.

-Bem... é uma oferta tentadora mas prefiro ficar com as perguntas.

-Uma boa resposta.- Ele sorri de lado.-E não tente mentir para mim querida, ou você vai acabar sem alguns dedos da mão.-O homem se senta calmamente, olhando para os olhos de Aya.-Estou procurando dois irmãos. Ayano e Hayato. Conhece eles?

-Não. Nunca ouvi falar de nenhum deles.- Aya falou olhando ele seriamente. Ouvir o nome do Ayo agora doía... doía lembrar da briga, das palavras que ele falou. Mas isso não importa a agora.

-Esta acompanhada ou sozinha?-O homem acendeu um cigarro.

-Estou sozinha. Não gosto de companhia, só servem pra atrapalhar.

-É uma resposta interessante, se parar pra pensar que você estava com um garoto agora a pouco. E que briga feia vocês tiveram em?

Aya apertou os punhos com força. Ela ainda não conseguia se mexer. Era como se eles soubessem aonde tinham que acertar para incapacitar seu corpo...eles eram doentes. Doentes da cabeça. Porra..

O homem acertou outro soco em Aya, deixando uma marca vermelha enquanto sangue escorria de sua bochecha. Aya soltou um grunhido de dor, sentindo o homem a segurando pelos cabelos, levantando seu rosto e olhando nos olhos dela profundamente.

-Vou te dar outra chance, porque me sinto caridoso hoje. Qual o seu nome vadia.?

-Emily.-Aya murmurou, olhando para ele sem qualquer medo. Se estavam procurando por ela e Ayo, a última coisa que ela faria era falar seu nome verdadeiro.

O homem riu da resposta, dessa vez acertando um tapa no rosto dela. Sua bochecha queimava e ardia, enquanto o homem ria sem parar.

-Meu nome é Jou, Ayano. Queria testar se era tão mentirosa quanto dizem. Acho que não estavam enganados.-Ele sorriu de lado e ele deu um sinal com a cabeça para os homens que seguravam o zumbi, que se aproximaram empurrando o zumbi com as armas.

Aya tenta se mexer, mas sem sucesso.

-E-espera...-Ela fala com dificuldade, tonta pelo golpe na cabeça, mas desesperada por saber oque aquele cara queria fazer.-Oque vocês querem comigo?! Se querem me matar é só me dar um tiro cacete!

-Oque queremos de você? Só que você sofra, nada mais.

Um dos homens que seguravam o braço de Aya  deixou o pulso dela a mostra para o zumbi que já estava bem próximo de seu braço fino e pálido. A única coisa que o impedia de morde-la agora era a focinheira que estava em volta de sua boca.

Aya não queria...ela não queria mas era a única forma....a única esperança que tinha. Era implorar.

-E-espera! Por favor eu...eu faço oque quiserem mas por favor para!-Ela gritou, com lágrimas nos olhos. Ela..nunca sentiu um desespero tão grande. Aya já chegou ao ponto de morrer várias vezes...já sofreu várias coisas. Mas aquilo...aquilo era irreversível. Se ela for mordida....acabou. Por que ela sabia que não deixariam com que ela cortasse o braço, não deixariam..e era o braço direito..sem o braço direito ela seria inútil, não conseguiria fazer nada ela...ela não podia acabar assim.

-Ah vai implorar? E chorar querida?-Jou sorriu, indo até ela e secando as lágrimas dela.- Não...não chore querida, não chore sim? Vai ficar tudo bem é só você cortar depois. Igual você já fez com a namorada do seu amigo lembra? É algo simples. Pena que não deu certo naquela vez..uma pena mesmo.- Jou se levanta.-Mas você pode me ajudar é claro. Eu sempre estou aberto a acordos, e sempre quero ajudar as garotas, principalmente uma garota tão ardente e linda como você.-Ele abriu o zíper da calça lentamente.-Eu adoro domar as mulheres...quando elas estão assim, chorando e desesperadas, é quando estão prontas para serem domesticadas. Como as éguas. Meu pai tinha um curral cheio de Éguas, são difíceis de domar, essas éguas.-Ele sorri de lado, acariciando o rosto de Aya.-Você quer ser minha égua?-Ele sussurrou, acariciando o rosto dela e descendo a mão pelo pescoço dela com os dedos.

Aya virou o rosto para o lado, apertando os olhos com força, segurando as lágrimas enquanto sentia os dedos de Jou explorando seu rosto e pescoço, chegando até seus lábios, os acariciando de forma delicada. Aya queria chorar. Ela se sentia...suja com ele a tocando aquele jeito. Ela preferia ser espancada ou morta do que continuar sendo humilhada daquela forma. Um ódio ardente cresceu dentro dela, e logo ela mordeu os dedos dele com força, força o suficiente. Sua mordida arrancou três dedos de Joe, que gritou de dor, socando Aya umas três vezes, mesmo assim Aya apenas mordeu os dedos ainda mais forte, até arranca-los de vez. Aya cuspiu os dedos de Jou aos pés dele, junto de sangue.

-SUA PUTA DESGRAÇADA!-Ele chuta a barriga de Aya com força, uma, duas, cinco vezes. Aya tossia sem ar, sem conseguir se mexer, apenas recebendo os golpes.-VADIA!-Ele xingava com dor.-SAIAM!- Ele gritou quando alguns homens tentaram se aproximar de si-TERMINEM ISSO LOGO!-O homem saiu andando, entrando num trailer para cuidar de sua mão.

Tinha um trailer....um maldito trailer no meio da trilha e Aya não viu. Ela não reparou. Estava tão distraída que....isso vai custar sua vida. Por um descuido..por uma maldita discussão com seu irmão...porra...porra..porra..

-AYO!-Aya gritou o mais alto que podia, enquanto os homens tiravam a focinheira do zumbi e seguravam o braço de Aya com força-AYO!-Ela gritou novamente, sentindo sua garganta arder e arranhar enquanto ela gritava pelo seu irmão.

Os homens apenas riram, e um deles tampou a boca dela com força, enquanto Aya tentava gritar. Sua voz era abafada, enquanto ela gritava por seu irmão, gritava para que parassem, para que não fizessem isso. Gritava "não" repetidas vezes. E chorava.

   O zumbi avançou no braço da mesma, o mordendo com força e perfurando a carne com os dentes até o osso, fazendo Aya gritar abafadamente. Na mesma hora o zumbi levou um tiro, soltando o braço de Aya que estava com uma mordida profunda e nojenta. Na hora que o zumbi caiu os dentes dele se moveram pelo seu braço, rasgando mais a carne a fazendo gritar novamente de forma abafada. Lágrimas escorriam pelo seu rosto ferido pelos socos. Enquanto ela sentia que iria morrer. Ela sabia que iria morrer.

Por que quando você é mordido...

Não tem mais volta.




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