-Quem é você?- Aya perguntou, pronta para atirar.
-Bem, eu sou o seu vizinho.
-Vizinho?- Ayo repete desconfiado.
-Isso mesmo. Minha família e eu estamos acampando rio abaixo. Eu.... estou meio surpreso por não termos nos cruzado ainda. Qual o nome de vocês?
-Qual o SEU nome.- Aya pergunta.
O homem solta uma risada e oferece a mão á Aya.
-Meu nome é George, querida.- Ele diz e Aya olhou sua mão, e ela o cumprimenta.- Foi um prazer conhece-los.
Um silêncio desconfortável recaiu sobre os três. Até que George disse:
- Vocês se importariam se eu entrasse?- George entrou na casa, olhando em volta.
-Por favor, você poderia ir embora?- Aya falou, desconfortável.
George olha em volta, e logo sua atenção se volta para a velha casa cheia de fotos
-É um lugar legal, tem mais alguém aqui?- Ele pergunta. Sua voz rouca fazia a espinha de Aya gelar.
-Somente nós e nosso pai.- Os gêmeos falam juntos.
-É mesmo? E qual o nome dele?
-Ed.- Ayo falou rapidamente, pensando em qualquer nome que viesse a cabeça.
-Um nome forte. Eu gostei. Onde ele está?
-Ele.... Saiu.- Aya falou, e George dá de ombros.
-Bom vou direto ao ponto. Eu estou procurando pelo meu grupo. Sete deles, para ser mais exato. Eles sumiram á um tempo e.... Eu estou preocupado se eles se perderam. Talvez vocês tenham visto eles. Alguns caipiras, um velho.... um cara espanhol e sua filha. Um cara negro, desce tamanho.- Ele faz um gesto para "engordá-lo". Provavelmente estava falando de Carl.
-Nós os vimos....- Ayo olha para sua irmã.
-Estão mortos.- Aya fala, olhando seu irmão.
-Vocês viram quem? Aonde?- George pergunta, num tom preocupado.
-Rio abaixo outro dia.- Aya aponta para a porta.- Os zumbis pegaram eles. Sinto muito.-
George solta uma risada sarcástica.
-No rio? Vocês tem certeza disso?
-Com certeza.- Ayo assente com a cabeça.
-Bom sem ofensas, mas eu acho que não eram eles. Por que os que estou procurando são pessoas muito cuidadosas.
-Se você está dizendo....
Ele sorri para os dois e abre a porta da cozinha, entrando sem pedir, apenas observando em volta.
George observava em volta, vendo a bagunça da louça e da cozinha em si.
-São muitos pratos para 3 pessoas. Parece que um tornado passou por aqui.- Ele se encosta no balcão.
-É. Bom, essa aqui deveria estar lavando os pratos.- Ayo diz e faz o mesmo que George, se encostando na mesa- Não é irmanzinha?
-Sim....- Aya responde, e seu olhar parou em uma faca em cima da mesa.
-Vocês estão só de passagem, ou já estão aqui á um tempo? Espero que não sejam um desses doidos que estão indo para o norte, procurando por um barco. Pois eles já infestaram até o mar.- George falou.
-Aonde você mora?- Aya pergunta, mais por impaciência que por curiosidade.
-Rio abaixo. Tem um lugar bem legal com barco onde fizemos um acampamento. Tem algumas barracas e tudo mais.
-Você tem um cachorro?- Ela pergunta.
-Não. Que diferença isso faz?
-Só perguntando...- Aya desvia o olhar, e ficou observando a faca, atraindo a atenção de George, que foi até ela e a pegou.
-Onde fica isso?- Aya aponta para uma gaveta qualquer, ele vai até lá e guarda a faca.
George saiu da cozinha, indo para a sala.
-Eu conhecia um cara que usava essa camisa, um doutor.- Ele observa a camisa de Carlos, jogada no sofá.- Um verdadeiro filho da mãe convencido. Mas um homem esperto.
-Bom, essa camisa é do nosso pai.- Ayo diz a pegando.
-Ora ora, o preto vai perder.- George observava para o jogo de xadrez que Aya e Ayo estavam jogando.-Quem é o preto?
-Eu...- Ayo diz emburrado.
-Ele nunca vence.- Aya riu.
-Três movimentos e xeque-mate.- Ele comenta.
Os três ouvem um barulho lá de cima, algo como um passo.
- O que foi isso?- Os gêmeos dão de ombros, fingindo não saber. Ele vai em direção a escada. - Eu pensei que você tinha dito que não tinha ninguém aqui.
-Não tem ninguém aqui. -Aya fala, séria.
George pega a pistola e começa a subir, os dois logo atras. Ele observa o corredor vazio e vai em direção a porta do quarto de Inori.
George abriu a porta rapidamente apontando a arma para o nada, pensando. Aya percebe Inori debaixo da cama, que se afasta mais da borda.
-Te dissemos, não tem ninguém aqui.- Ayo cruza os braços.
-Parece que sim.- Ele guarda a arma.- Não quis ser rude. Eu não poderia deixar vocês aqui com a consciência limpa se alguém estivesse bisbilhotando certo?
-Claro....-Aya falou.
Ele ia sair mas dá um passo para trás e se abaixa.
Ele sorri e se levanta com uma foto.
-Quem é essa?- Ele pergunta como se já soubesse a resposta, uma foto de Inori estava no chão....
-Nossa prima. Ela está morta.
-Sério? Sinto muito em ouvir isso.- Ele diz ainda com a foto na mão.
-Obrigado.....- Os irmãos disseram, incomodados.
George faz uma careta meio brava. Ele solta um longo suspiro
-Vocês não fazem ideia de quem essas pessoas são não é?
-Não sabemos do que você está falando.- Ayo diz o encarando.
-Me deixe lhes perguntar uma coisa, quando os conheceram, eles confiaram em vocês?- Sua voz rouca se tornou mais assustadora, agora com o rosto bravo e cheio de rugas de irritação.
-O que quer dizer?- Aya pergunta, com os braços cruzados.
-Se as pessoas não confiarem em você, como irá confiar nelas?- Ele cruza os braços.- Bom eu acho que já enchi vocês o bastante. Eu vou embora agora.
George começa a descer as escadas e eles foram segui-lo.
-Espere! Quem é você??- Aya pergunta mais uma vez.
-Tenha um bom dia.- Foi só o que ele disse, saindo da casa.
-Ele já foi?- Inori diz.
-Sim.- Ayo diz a ajudando a levantar.
-Quando ele voltar, o que faremos?
-Não sei.
-Temos que encontrar os outros.- Aya diz, se levantando.
Aya abriu a porta da divisória da sala para o corredor principal e na mesma hora, Luke abre a porta da frente.
-Aya, Ayo.- Ele diz entrando, aliviado.
-Alguém veio aqui.- Ayo diz.
-O que?- Carlos diz.
- Vocês abriram a porta para um desconhecido??- Rebecca diz, encarando Aya com desprezo.
-Não abrimos, ele ja foi entrando.- Aya responde firme.
-Se acalme Rebecca.- Luke diz e vai até os gêmeos.
-Me acalmar? Eu estou calma! Você que se acalme!- Ela responde irritada.
-Ele disse o nome dele? Ele disse qual era o nome dele??- Carlos pergunta.
-Ele disse que se chamava George.- Ayo responde.
-O que? George?- Rebecca repete.
- Olha somente nos conte como ele era, o que usava.- Carlos fala, tentando soar calmo.
-Ele tinha bigode, usava um casaco marrom e sua voz era...rouca eu acho.-
-Você o viu Inori? O reconheceu?
-Eu não o vi. Mas aquela voz com certeza era do Carver.- Inori fala tremendo com as lembranças daquele nome.
-Ele está procurando por nós. Tivemos sorte, ele não esperava encontrar Aya e Ayo.- Carlos responde, pensativo.-Os dois devem te-lo surpreendido, se eles não estivessem lá....- Carlos balança a cabeça esperando espantar pensamentos ruins.- Bem, Bill Carver foi bastante esperto em não ficar por aqui. Mas voltará com os outros. Não temos muito tempo.
-Ele está certo, todos façam as malas. Nós vamos embora.- Luke diz.
-Vá pegar suas coisas querida.- Carlos diz.
Inori assente e foi subir as escadas.
-Por que vocês deixaram o acampamento?- Ayo pergunta.
- Por que tínhamos que fazer. Ele é um cara horrível, por isso fugimos. Dsculpe envolver vocês nisso, mas agora ele viu vocês, estarão mais seguros conosco.- Carlos responde.
-Muito bem, todos peguem suas coisas. Vamos para estrada.- Luke diz.
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