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História Garota Má - Drastória - Hébio Brounckdorf


Escrita por: Samm_Rockman

Notas do Autor


#Lumus
#Lumus

Ficaram com medo, não é?? Já que o último capítulo com nome foi o do "SONSERINA vs GRIFINÓRIA" e tudo fudeo com tudo.... Kkkk.... Esse vai ser pior!!!

 

***

 

Capítulo 48 - Hébio Brounckdorf



Skay ria de alguma coisa que Jace havia falado. Boa parte do time (na verdade, todos os garotos da equipe) andavam juntos pelos corredores.

Ouviam suspiros e mais suspiros vindo das garotas que os viam passar. Não era para menos, já que pertenciam ao grupo dos mais belos e cobiçados de Hogwarts.

Viraram uma curva ainda conversando sobre besteiras entre si e contando piadas sujas de como Malfoy desacordou Nott com sua vassoura.

Zabine parou imediatamente quando terminou de virar uma curva.

Benedict chocou seu corpo contra o do goleiro, o empurrando para frente, assim batendo em Brousnton chocando-se com Malfoy que por sua vez, deu uma braçada no rosto de Skay.

Nott foi o único que não foi atingido.

Ele consegue sorrir com isso, mas esse gesto logo se desfaz quando um forte soco forte o atinge no rosto.

Todos soltaram diversos palavrões e gemidos por seus corpos doloridos.

— Porcaria, Zabine — Malfoy murmurou. — O que deu em você?

Blásio não respondeu, estava paralisado com a visão que contemplava.

Theodore olhava para Skay com raiva. Um risco vermelho de sangue escorria pelo queixo do rebatedor.

— Você é louco?

O loiro de olhos verdes deu de ombros.

— Pensei que fosse seu braço que me atingiu...

Theo ainda continua olhá-lo como se ele fosse maluco.

Blásio não pisacava ao ver sua namorada conversando bem próxima a um garoto que não conhecia.

O garoto da Corvinal mais alto que Zabine estava próximo demais de sua garota fazendo com que partes de seus corpos roçassem levemente. Ainda paralisado com a cena, ouviu Skay sussurrar no silêncio que se seguia:

— Blásio que plantou mais chifres do que Sra. Sprout plantou plantas, acaba de ser chifrado pela garota mais fofa de Hogwarts — murmurou logo notando que falara demais, e assim recebendo olhares repreensivos de todo o time.

Blásio o ignorou totalmente e continuou paralisado, seus olhos ardendo de um ódio profundo que nutria por aquele garoto que nem conhecia.

— Quem é esse imbecil — destaca com a voz tremendo e falhando de raiva — que ousa falar com Alexis?

Nenhuma resposta se ouve, só uma risadinha debochada.

O grupo de garotos deram um salto quando perceberam a Greengrass que acabara de chegar em silêncio se posicionando ao outro lado do corredor completando a equipe toda das Serpentes.

Blásio voltou sua atenção para a prima com seus olhos injetados de sangue.

— Quem é aquele verme que está falando com a minha garota? — rugiu com a voz possesa de ódio.

Astória lançou-lhe um olhar de nojo, mas respondeu de qualquer forma.

— John Hébio Brounckdorf II — um breve sorriso se formou em seus lábios. — Sangue-puro de uma linhagem tão antiga como a nossa. Único corvino de uma família completamente sonserina — seu olhar avaliador e perspicaz estava fixado no garoto de quem falava. Um brilho perigoso e um sorriso travesso estava estampado no rosto belo da Greengrass. — Ambicioso como todos nós, porém ainda mais inteligente que qualquer herdeiro de Ravenna Ravenclaw. Filho único. Cabelos negros macios. Olhos azuis e frios como gelo. Mãos fortes... — um leve suspiro nostálgico e prazeroso escapa por seus lábios. — Rico — dirigiu o olhar unicamente a Malfoy. — E beija bem — espreme os olhos onde as íris esmeraldas brilhavam. — Muito bem, devo ressaltar.

Os punhos de Draco se apertam com uma força indomável.

— Mas o que ele está fazendo com a minha garota?! — Zabine vociferou ignorando a careta de Malfoy para o comentário de Astória.

Skay franziu o cenho incomodado com o desconhecido.

— Esse cara humilhou uma amiga de minha namorada quando ela se declarou para ele — sua voz tinha um tom desconfortável, como se não gostasse de falar sobre aquilo. — Escarneceu dela terrivelmente...

A prima cruzou os braços olhando fixamente, e de uma maneira bem pervertida, para o corvino arrogante.

— Hébio despreza a todas as garotas de Hogwarts que considera inferior a ele — sorri. — Quando desaprova alguém sempre trata tal pessoa como um lixo. Nunca muda sua opinião a respeito dos inferiores, só empina o queixo e reprime os lábios em uma linha reta, desprezando-os como o mais puro trasgo — morde o lábio inferior como se o desejasse na sua cama. — Mas quando aprova — a garota ri levemente —, ele olha para a felizarda com um sorriso de canto e faz de tudo para ter essa pessoa para si — olhou para Blásio e depois foca no estranho. — Assim como esse que está fazendo agora...

Os garotos encaram o desconhecido que ainda conversava com a loira bela.

Zabine rugiu quando o corvino abaixa o queixo que mantinha sua face superior, desfaz a expressão arrogante e abre um sorriso de canto para a garota loira que não era sua.

***

— Vou matá-lo! — rosnou partindo em direção a eles.

Skay e Benedict o seguraram.

— Está louco, Zabine? — Sacage questionou o agarrando pelo braço, enquanto Blásio se debatia. — Não faça uma besteira de cabeça quente...

— Mas ele está sorrindo para a minha Lexis! — rebateu ainda exaltado.

Malfoy meio que não tira a razão de Blásio. Um sorriso pode levar um homem a cometer atos dos mais desastrosos.

A Greengrass revira os olhos com desprezo para a atitude do primo.

— Acalme-se, Blásio — ela ordena o olhando com nojo. — Alexis jamais faria algo para magoá-lo — solta um profundo suspiro lamentoso. — Infelizmente.

Ele consegue sossegar um pouco com aquele comentário.

Benedict e Skay o soltam depois de perceberam que Blásio não correria para atacar o corvino.

Astória, com a expressão divertida e maliciosa, fala:

— Venham — os chama dando um passo em direção aos dois que conversavam. A sonserina olha por cima do ombro. Ninguém apreciou aquele sorriso astuto que portava. — Vou apresentá-los á Hébio, mas cuidado — avisa com as esmeraldas ficando cada vez mais perigosas —, ele não é o cara ideal para se escolher como um inimigo...

***

Ao se aproximarem notaram o ar tão superior que Malfoy teve que compará-lo ao seu pai, mas com uma atmosfera mais intelectual. Alexis conversava com ele como se conhecesse a anos. Fala enquanto gesticulava de forma sutil e tímida, abrindo a boca para opinar sobre algo, mas o garoto parecia avaliá-la de uma maneira discreta. Tão discreta que Malfoy quase não percebeu, o que era de alguma forma impressionante.

Sim. Era um perfeito sangue-puro.

O corvino disse algo e a Cheever sorriu timidamente com as bochechas rubras. Então ele inclinou o queixo parar baixo e sorriu de maneira amigável, assentido a cabeça para si mesmo. O que quer que estaca avaliando, acabara de aprovar.

Alexis os vira quando estavam a dois metros de os alcançar.

Ela acena e o corvino volta a face com expressão arrogante e superior para o grupo que se aproximava.

— Olá, garotos — a pequena loira cumprimenta, corando por Blásio a estar olhando de uma maneira tão faminta que se sentia constrangida.

Todos respondem educadamente.

Zabine se aproxima da garota.

— Aly — ele falou antes de beijá-la docemente nos lábios.

Ela se surpreendeu porque Blásio não a beijava em público, mas não pode deixar de se derreter com aquele gesto carinhoso que estava recebendo.

O beijo foi demorado e ela ficou completamente ruborizada depois do ato terminar.

Os garotos do time tinham a face virada, dando privacidade ao casal, Astória tinha a expressão totalmente enojada. Só o débil de Skay os olhava fixamente, sem pudor algum, com um largo sorriso nos lábios.

Blásio encarou pela primeira vez o corvino quando terminou de enrolar a namorada em um abraço de uma forma totalmente possesiva.

— Ah — diz tão descaradamente como se não o tivesse percebido. — Quem é esse, Lexis?

Os olhos azuis não pertencia a cor do céu, mas eram puramente gelos glaciais. Os cabelos negros eram densos e a pele tinha a cor branca e perfeita.

O desconhecido nem se limitou a ficar furioso. Só o olhou de uma maneira tão esnobe que Blásio sentiu que não passava de um rato incômodo para ele.

Sua garota iria responder quando alguém a interrompe.

— Dois — a voz de Astória soou como um ronronar.

O corvino imediatamente desfez os lábios reprimidos em uma linha reta para um sorriso de canto.

— Asty — cumprimentou de uma forma tão íntima que mutuava a relação entre os dois.

A Greengrass sorriu quando o garoto alto e belo de aparência enlaçou o braço em sua cintura a trazendo para um abraço quente.

Hébio passa a ponta do nariz pelo maravilhoso pescoço da sonserina e ela o agarra pelo pescoço, o sentindo distribuir beijos quentes sobre sua pele branca e macia.

Draco não acreditava. Astória estava se pegando com outro na sua frente.

Ela agarra com mais força os cabelos negros do corvino, se arrepiando com os beijos e carícias que fazia pelo rosto, pescoço e por toda a pele que conseguia alcançar da garota, deixando um rastro de fogo por onde seus lábios passavam.

Agarra as mechas compridas e escuras como trevas de Astória, passando os dedos entre elas, sentindo a textura macia dos fios.

A abraça mais uma vez e interrompe seus carinhos quando ela fala:

— Dois — o chama com voz rouca o agarrando mais pela roupa. — Quanto tempo...

Ele sorri e cheira o cabelo perfumado da garota.

— Continua deliciosa como sempre, Astória — ele murmura em voz sensual.

Os dois, aos poucos, se soltam, voltando a olharem os demais. Astória continuou ao seu lado e agarrou o braço dele de uma forma amigável não se importando com as balbuciações de raiva que Malfoy dava.

Zabine tinha a face rígida e severa como se não tivesse se convencido que aquele cara não estava de olho em sua namorada. Abraçava mais forte a pequena loira.

Alexis tinha a face normal e (pasmem!) não estava corada já que o corvino e a sonserina sempre se cumprimentavam assim quando se encontravam. Não era uma coisa nova de se ver. Os dois se adoravam.

Malfoy estava pasmo. Sua descrença era tão grande quanto seu ódio pelo corvino. Quem ele pensava que era para beijar a sua Asty daquele jeito?

Tudo bem que não haviam se beijado na boca em nenhum momento, já que o pertencente à Corvinal sempre desviava seus lábios dos dela, o que podia se deduzir que não tinham nenhum relacionamento, mas uma amizade muito forte e íntima.

Brousnton e Nott estavam tão sem fala quanto Malfoy. Benedict desviava o olhar para o outro lado, não querendo ver aquela cena.

— Nossa — Skay exclamou. — Até fiquei excitado.

Jace e Theo se seguraram para não rir. Hébio reprimiu os lábios e o olhou de uma forma tão superior e miserável que parecia estar se dirigindo para um trasgo.

O artilheiro era um idiota mesmo.

Astória sorriu e deu um leve beijo na bochecha do loiro de olhos verdes.

Petterson sorriu.

— Este é John Hébio Brounckdorf II — ela o apresentou enrolando seu braço no do corvino. Se dirigiu a ele: — Dois, esse são Skay Petterson e Jace Brousnton — informou primeiro para depois fazer uma careta de nojo e desprezo: — O restante são trasgos que jogam comigo no time da Sonserina.

O corvino deu um leve aceno de cabeça para os jogadores que retribuiram o gesto depois para o restante do grupo, que tiveram que se apresentar sozinhos.

— Blásio Zabine — o capitão foi o primeiro a falar. — Namorado de Alexis — destacou.

Sua raiva aumentou quando Brounckdorf observou a sua mão estendida. Ele franziu as sobrancelhas como se aquilo fosse realmente estranho e ficou confuso, ainda com os braços cruzados sobre o peito, ele se virou para Astória como se perguntasse: Essa criatura insignificante acabou de falar comigo?

Como a mesma expressão de superioridade, ela lhe lançou um olhar cansado como se respondesse: Sim, está. Acredite.

Zabine recolheu a mão e encolheu os ombros se sentindo um inútil.

Brounckdorf apenas desviou o olhar como se não o suportasse mais.

— Theodore Nott — o rebatedor também se apresentou com um meneio educado de cabeça.

O estranho não respondeu ao cumprimento.

— Benedict Sacage — o Quase Loiro se apresentou.

— Conheço seu irmão — a voz fria de Hébio soou pela primeira vez a alguém que não fosse Astória.

— Jake, deduzo — ele falou rispidamente. — Amigos? Inimigos?

Brounckdorf soltou uma curta risada debochada pelos dentes e olhou para Astória que pareceu achar graça na pergunta, já que sorria abertamente balançando a cabeça de um lado para o outro.

— Não tenho inimigos — ele começou com a voz tão rígida que fez Benedict engolir um seco. — Tenho apenas as pessoas invejosas qua acham que podem se elevar ao meu nível quando não alcançam meus pés nem se levantarem os braços — olhou para suas mãos que dobravam a manga da camisa até a altura dos pulsos. — Seu irmão é um deles.

Ben sorri coma afeição.

— Bem típico dele.

Brounckdorf parou sua tarefa repentinamente e olhou sério para o artilheiro. Suas íris se moviam de cima á baixo, o avaliando periculosamente. Ele se voltou para Astória ao seu lado, que deu de ombros mas lhe lançou um olhar aceitável. Ao se virar de novo para Benedict, abaixou o queixo e sorriu com o canto dos lábios lançando um olhar bem mais amigável.

A Greengrass arqueou as duas sobrancelhas, surpresa. Era muito difícil John simpatizar com alguém.

— Draco Malfoy — o apanhador é o último.

Sua voz saiu tão cortada pelo ódio que sentia que podia o socar a qualquer instante de tanta raiva que sentia.

O corvino olhou para o apanhador com superioridade e logo depois voltou seus olhos para a garota agarrada a seu braço.

— Entendo — falou como se compreendesse tudo.

Draco rugiu um palavrão quando o corvino, por ser muito alto, se inclinou para sussurrar algo ao pé do ouvido de Astória.

Ela ofegou.

— Dois! — o repreendeu enquanto ria.

Era óbvio que falavam de Malfoy.

O sonserino enfurecido que se preparava para começar uma briga com aquele idiota se surprendeu quando a mão de Brounckdorf foi estendida para ele junto com um sorriso de canto.

— Muito prazer, Malfoy — disse em tom de desafio. — Ouço muito de você.

Draco, muito a contragosto e como sempre fora criado muito bem por Narcisa, apertou a mão estendida, ainda com os dentes trincados.

Astória não ficou surpreendida em Hébio gostar de Draco.

Ele franze o cenho desconfiado daquilo.

Foi aí que percebera que os olhos azuis gélidos do corvino não estavam voltados para Astória, mas para Alexis.

Brounckdorf não queria a Greengrass, ele queria a Cheever.

Zabine estava soltando fogo pelos olhos.

— E sobre o que estavam conversando? — ele questionou se voltando para a namorada tentando não rugir impropérios e palavrões.

— Ah — a loira exclamou e sorriu para Hébio. — John e eu vamos fazer o trabalho de Herbologia juntos.

Zabine a olhou com a expressão de "O quê?!".

— Não tínhamos combinado que só eu fazeria os trabalhos com você, Alexis? — ele tentou soar calmo, mas não estava conseguindo.

A loira se encolheu, desconfortável.

— Si... Sim. Tínhamos — a pequena loira suspirou. — Mas foi naquele dia em que você nem Asty e muito menos Thomas compareceram na aula — explicou-se. — Então Hébio... — ela limpou a garganta com as bochechas coradas — ....então Brounckdorf se ofereceu para fazê-lo comigo — ela lançou um olhar para o garoto em questão que pareceu entender algo que só os dois sabiam, e assentiu levemente.

Blásio a olhou. Ela se reveria ao dia em que eles haviam voltado da Floresta Proibida, e já que estavam cansados, não foram a nenhuma aula daquele período.

A face dela estava abaixada e arrependida.

Blásio não conseguiu a sentir qualquer coisa além da vontade de beijá-la.

Por Merlin. Zabine não conseguia ficar bravo com aquela garota nem se tentasse.

Ele apertou sua mão grudada na dela como se disssese um "Tudo bem".

O goleiro olhou para Hébio.

— Obrigado por se oferecer para fazer o trabalho com ela, mas agora eu serei a dupla da minha namorada.

Alexis arregalou os olhos com aquilo. Brounckdorf apenas arqueou as duas sobrancelhas com arrogância e superioridade.

— Oh, não, Blásio — ela negou pondo uma mão no peito do namorado. — Isso seria muito rude de se fazer...

Ele não achava rude em nada dispensar aquele idiota que estava de olho em sua garota.

— Muito? — Astória rira-se. — Seria o extremo da má educação.

Ele rugiu para ela. Sua prima apenas sorriu maliciosamente e cruzou os braços.

Não teve tempo de urrar algo para ela, pois uma voz glacial soou:

— Vamos, Alexis? — perguntou olhando fixamente para ela.

A pequena sorriu e concordou com a cabeça. Deu um beijo rápido na bochecha de seu namorado, que a viu sair caminhando ao lado do corvino superior.

Seus punhos se fechavam com força de tanto ciúme que sentia.

Quase matou sua prima quando, com ar esnobe, comentou em voz alta olhando para os dois que acabaram de sair:

— Até que formam um belo casal...

***

Os jardins estavam tranquilos e uma brisa suave soprava naquele lugar.

Blásio rugia ao ver Alexis e o esnobe corvino, conversando sentados sobre uma toalha estendida sobre a grama e com vários livros espalhados por todos os lados.

Hébio falava algo bem próximo a loira, que apontava para um livro em sua mão. Os dois estavam sentados bem perto um do outro, com as laterias de seus corpos se tocando.

Ouviu uma risadinha tão reconhecível, mas não podia acreditar que era de Alexis. O que Brounckdorf tinha de tão interessante para ela rir? Ele provavelmente nem era tão engraçado assim! Blásio imaginou que a expressão que ele sempre usava e uma pedra de gelo não eram tão diferentes assim.

Os olhos de Zabine estavam injetados de sangue.

Caminha em direção á eles com seus punhos fechados e a mandíbula trincada com tanta força que seus dentes sofriam uma tensão constante.

— Alexis — ele rosna olhando para o sangue-puro.

Sua namorada ergue a face para vê-lo e sorri.

— Blásio! — exclama se levantando e jogando seus braços no pescoço dele com entusiasmo.

Ele fica surpreso no começo, mas depois de um tempo consegue retribuir o caloroso abraço com um sorriso bobo no rosto.

Merlin. Como poderia se zangar com aquela garota sendo que se derretia todo por ela?

Sua namorada se afasta, mas ainda entrelaça seus dedos com os dele.

— Eu e John estávamos decidindo qual planta vamos escolher para o trabalho de Herbologia — revelou sorrindo para o mais novo amigo.

Ele e Zabine se olham.

O garoto de olhos glaciais já estava de pé e era cinco centímetros mais alto que o goleiro.

Blásio tinha a face rígida e dura enquanto Hébio mantinha a sua superior e arrogante, o olhando como se não significasse nada além de um empecilho pequeno e incômodo em sua vida.

— Brounckdorf — cumprimentou.

O corvino não retribuiu a saudação, só entortou os lábios em desprezo e nojo pela criatura que Blásio era.

— Alexis — a voz dele ainda tinha o gelo glacial presente e a gravidade costumeira, mas um toque de suavidade era percebível. Apontou seu queixo firme e proeminente para Zabine. — Essa coisa está nos atrapalhando.

Ela arregalou os olhos verdes, meio envergonhada, e olhou para seu namorado como se dissesse "O perdoe por essas palavras".

— Temos que continuar a fazer o trabalho, Blásio — falou delicadamente. — Mas nos vemos depois...

— No almoço? — ele perguntou acariciando o terno rosto de sua garota.

Ela corou, envergonhada, mas Blásio não sabia o motivo de não ter gostado daquela reação.

— E-eu prometi a John... — gaguejou e ficou ainda mais escarlate. Ergueu os maravilhosos olhos verdes para o capitão — ... que iríamos comer juntos para discutirmos o trabalho enquanto...

Blásio vira se rosto e afasta seu toque da face dela.

— Nos vemos depois então — decretou rispidamente saindo a passos largos com seu olhos crispados de um fogo bem maior do que ciúmes.

***

Ele rebate o balaço com força.

Não era seu trabalho, não fazia nem parte da tarefa de sua posição no time treinar tais movimentos, mas isso o acalmava.

Ou assim pensava.

Outro balaço enfeitiçado para o atacar foi atingido por seu bastão.

Blásio enxuga o suor da testa e se prepara para o rebater novamente. Não estava montado na vassoura já que não tinha condições nenhuma de o fazer, mantinha seus pés firmes no solo.

Deu graças á Merlin por o único que o vira no campo, bufando feito um boi e irado como o cão fora Malfoy.

Draco o ficou observando por minutos antes de se manifestar.

— Está num péssimo dia, hein? — comentara.

Blásio apenas rugiu um palavrão.

— Cale-se — ordenou rudemente.

O apanhador nem se considerou ofendido por aquilo, somente colocou as mãos no bolso com um ar de sabedoria incomum em seu rosto.

— Sabe que se esforçar inutilmente não vai resolver em nada os seus problemas, não sabe?

Ele se virou repentinamente para Malfoy.

— Não me importo desde que eu ocupe a minha mente que não seja com o que os pensamentos que desprezo...

Essa fala e distração foi o suficientemente perfeita para um balaço o atingir na nuca. Mais furioso do que já estava, se põe em alerta para rebater novamente as bolas agressivas.

Draco olha para o garoto farto e exausto que ainda se mantinha firme em rebater algo inútil que nem o beneficiaria em seu cargo de goleiro.

— Só não monte na vassoura — falou o encarando fixamente antes de tirar as mãos do bolso. — Não está apto para isso e pode sofrer um grave acidente se tentar.

— Não o faria — mentiu. Seu plano era montá-la assim que saísse das vistas de Malfoy.

E ele conhecia Blásio o suficiente para saber disso.

Zabine rugiu ao ver, por canto de olho já que estava concentrado nos balaços, seu apanhador e colega de dormitório pegar em sua Demolions novinha (já que a outra, sua prima a havia destruído).

— Vou levar isto comigo — murmurou. O olhou. — E tente se acalmar, Zabine.

Ele o ignorou e o amaldiçoou por ter levado sua vassoura.

Os músculos de Blásio tencionavam, pedindo um alívio, um descanso nem que fosse mínimo pois se encontravam absurdamente doloridos e cansados de tantos movimentos fadigantes, mas ele se recusava a obedecer.

Minutos se passam com ele fazendo os gestos que utilizavam sua força ao limite.

Havia um balaço em especial que o tirava do sério. Era aquele que o tinha acertado na nuca, parecia mais debochado e rápido para se rebater, inúmeras vezes já havia desviado do bastão de Blásio e o atingido nas costas ou costelas.

O goleiro se cansou quando recebeu um impacto em sua testa.

Com um ódio vindo dos quintos dos infernos, ele correu ao encontro da bola agressiva e bateu no balaço, o disparando para frente.

Desistiu.

Zabine arrancou a varinha do bolso de sua calça e com uma leve sacudia os balaços perderam a vida.

Ele chutou o bastão que estava no chão, sem motivo nenhum para o fazer, que voou para longe.

Não estava gostando da aproximação de Brounckdorf, que deixava muito claro, claro até demais, que pretendia muito mais do que a amizade de Alexis. E, se ela ao menos se tornasse amiga dele, temia que ele a tratasse de uma forma não tão digna. Como Astória, por exemplo, e ela alegava que eles eram apenas amigos.

Blásio com certeza não queria a amizade de Brounckdorf para Alexis. E muito menos para si.

Ele odiava não saber ao certo o que o corvino queria. Tinha horas que ele parecia tão desinteressado como se só estivesse lá pelo trabalho, mas outras ele realmente deixava claro e às vistas de todos que estava adorando estar com Alexis.

Confuso. Era a palavra que resumia tanto a situação de Blásio quando a personalidade de seu rival.

Tinha que saber mais sobre ele. Não poderia o enfrentar sem estar a sua altura, algo lhe dizia que ele nunca chegaria tão alto.

Arrogância era um dos principais pontos de Brounckdorf. Blásio conseguia ser muito arrogante quando quisesse.

Inteligência emanava do corpo do bruxo, o que era bem normal. Ele parecia honrar com glória sua Casa. Isso era um problema para Zabine que não ao era burro, mas também não estava no nível do corvino.

Ambição. Blásio se lembrou das palavras de Astória: "Um corvino de uma família completamente sonserina". Ele com certeza era ambicioso como qualquer outro pertencente às Serpentes. De qualquer jeito, isso era um problema a menos. Blásio não estava na Casa de Salazar por acaso.

Agora a superioridade. Isso era um problema. Isso sim. Zabine nunca tivera preconceito com trouxas e não tinha o costume de menosprezar os outros. Hébio era o oposto disso. Qualquer pessoas que se demonstrasse humilde seria descartada rapidamente por ele.

Juntando todas suas personalidades, John Hébio Brounckdorf II era o próximo Lord Voldemort, só que com nariz. Um nariz bem perfeitinho, para ser exato.

Era questão de tempo até Alexis notar que Hébio era o melhor que ele. Admitir aquilo doeu, mas sabia que era verdade.

Mas tinha que se garantir.

Rapidamente se levantou da grama e correu campo á fora.

***

Já era tarde quando Zabine consegui uma informação útil da localização de Brounckdorf. Passara o resto da tarde o procurando e recolhento palpites até um garoto lhe falar o óbvio:

— No Salão Comunal da Corvinal.

O garoto não lhe deu a senha alegando que não tinha uma, o que confundi ainda mais Blásio. Também não gostou quando lhe olhou como se fosse a pessoa mais burra do mundo.

Corvinos e sua mania de saberem o nome de cada partícula do universo.

Blásio seguiu para o seu destino. Encontrou o quadro que dava passagem para a respectiva Sala destinada somente ao inteligentes.

Um velho senhor estava pintado no objeto. Parecia um astrofísico que checava a ordem das estrelas num telescópio e segurava um livro de capa vermelha na mão.

O homem levantou a cabeça ao vê-lo. Ele usava um monóculo no rosto e tinha os cabelos totalmente brancos e bagunçados.

Por nenhum motivo, o retrato lhe mostrou a língua.

Parecia um dos gênios dos séculos I e II. Blásio deu um passo frente esperando o homem do quadro o analisar e soltar:

— De acordo com o decreto errôneo de Burdock Muldoon no século XVI, sua teoria do que separava "seres" de "animais" que fora descartada na confusão de sua reunião com todos os "seres" que não era realmente "seres". Entre a teoria de Madame Elfidra Clagg e Grogan Stump, qual delas foi considerada a mais correta e imposta aos estudos avançados de Magioologia? — perguntou.

Zabine fugiu um palavrão.

— Resposta errada — afirmou o quadro. — Gostaria que eu repetisse?

Blásio o olhou esperançoso.

— Poderia fazer outra pergunta?

O senhor o analisou mais uma vez e depois coçou o queixo parecendo pensar em uma questão a altura. Olhou Zabine novamente como se lesse sua expressão confusa, suspirou e ergue o livro que segurava.

— Que cor é essa, meu jovem? — indagou apontando para a capa do escrito em sua mão. Blásio franziu as sobrancelhas.

— Vermelho. Porque...?

— Resposta correta — o quadro falou enquanto se abria revelando o salão de dentro.

O teto e as paredes eram feitas de vidro e o céu do entardecer preenchia a sala. Os sofás e móveis eram de tons de azul e branco e estavam espalhados de um jeito aconchegante. Se Zabine estendesse os braços, jurava que podia tocar nas nuvens e pareciam flutuar no chão. Era como se estivesse no centro do espaço.

Os pássaros voavam tão rente às paredes e o teto que pareciam que iam bater, mas eles se desviavam como se já tivessem decorado que havia algo ali. No final da Sala, um corredor se seguia com quadros pendurados nas paredes transparentes e acabava em duas portas uma de frente para a outra. Os dormitórios, era óbvio. Mas as paredes deles eram de um vidro espelhado, que apenas refletia o Salão.

Sentado confortavelmente em una poltrona azul. Hébio lia um exemplar de Hogwarts, Uma História.

— Brounckdorf — chamou Blásio.

O garoto sentado levantou o olhar nem um pouco surpreendido e quando se viu de quem se tratava, voltou a sua leitura. Blásio respirou fundo e saiu da entrada caminhando até ficar de frente para Hébio.

— Brounckdorf — chamou novamente. O garoto suspirou como se aquilo o entediasse e se levantou ficando a poucos centímetros do sonserino.

— O que você quer... Humm... — Brounckdorf pensou por um segundo. — Zabine? — chutou.

Os lábios do goleiro tremeram de ódio, mas ele se controlou.

— Quero saber o que você quer, afinal — disse sendo direto. — O que quer Alexis?

Hébio olhou para o lado e soltou uma risada debochante. Seu sorriso logo desapareceu quando tornou seu rosto para frente, encarando Zabine por cima, com os olhos gélidos e puramente glaciais, parecendo finas camadas de gelo se quebrando.

— Eu não te devo satisfação nenhuma, mas responderei apenas por que perguntou. E também porque não gosto de mentir — aproximou o seu rosto impassivo do de Blásio. Ele nem parecia com raiva. Usava uma expressão vazia, que fez o capitão recuar. — Eu quero Alexis.

O peito de Blásio pegou fogo. Ele encarou Brounckdorf mas não conseguiu nem chegar perto de ser impassível.

— Está louco! — rosnou. — Alexis é minha! Ela não desistiria de mim para ficar com — o olha de cima a baixo — você — se aproximou pelo passo que havia recuado. Seus olhos estavam mais perigosos do que os de sua prima. Era como se fosse um animal ameaçado tentando defender o que mais dava valor. — Não vai me tirar do seu caminho tão fácil, Brounckdorf — rugiu mortalmente.

Por um momento Hébio ficou calado com as sobrancelhas erguidas como se Blásio não o tivesse e entendido direito. Ele ergueu o queixo, olhando para Zabine como se fosse um inseto inoportuno. Depois soltou uma risada entrecortada para si mesmo.

— Acho que está se superestimando — comentou. — Você não está em meu caminho, Zabine. Nunca esteve. Quem é você para se achar tão importante ao ponto de me ser incômodo? Você é apenas um garotinho apaixonado com complexo de inferioridade que acha que não é bom o bastante para sua amada e que sabe que ela o trocaria por mim — Blásio recuou um passo, assustado. Hébio riu novamente de um jeito escarnecedor. — Não está completamente errado, é claro.

— Do que está falando, Brounckdorf?! Não me conhece e não faz ideia do que eu posso fazer — disse num tom tão seguro que ele se sentiu capaz de tudo naquele momento.

— Nada. Não fará nada. Porque é isso que você é. Um grande, completo e absoluto nada — disse em voz tão depreciativa quanto. — Veja bem. Não estou lhe pedindo para não tentar me impedir. Não estou pedindo que faça algo para continuar com Alexis. Não estou correndo atrás dela, mesmo que ela valha esse esforço, não o estou fazendo. Você é tão completamente imbecil que não precisarei fazer nem isto.

Blásio congelou, não entendendo as palavras proferidas contra si. Hébio o fitou mais uma vez, tentando explicar de uma forma mais clara, ele continuou:

— Você a dará para mim, Zabine. Entregará Alexis de bandeja nas minhas mãos — terminou. Blásio abriu a boca para responder, mas Brounckdorf ergueu o dedo em sinal em interrupção. — Não adianta, Zabine. Tenho o futuro ao alcance da palma das minhas mãos, acredite.

Naquele momento, o goleiro se esqueceu de qualquer coisa e partiu para cima do corvino. Ele agarrou sua gola, mas superior não parecia bem surpreso, como se esperasse por algo do tipo.

Agarrou mais forte o colarinho da camisa do bruxo e retirou sua varinha do bolso, encostando-a em seu pescoço.

— Não encostará um dedo em Alexis, Brounckdorf. Nem em um fio do cabelo dela, ou morrerá — disse quase como um sussurro.

Hébio não falou nada por um segundo. Uma das suas sobrancelhas estavam erguidas como se não acreditasse na ousadia de Blásio.

— Não deve estar em sã consciência, Zabine — comentou ele.

Blásio tinha os olhos brilhando de ódio.

— Estou. Estou sim, Brounckdorf. Muito consciente.

— Não está, não — insistiu o corvino. — Ou não esqueceria da regra.

— Regra?

Rapidamente Brounckdorf arrancou a varinha das mãos de Zabine.

— Não. Me. Ameace — pontuou. — Estupefaça! — gritou. O capitão voou metros até se chocar num sofá e cair sobre ele. Hébio apontou a varinha para o céu. — Avis!

Todos os passos do céu obedeceram. Eles atravessaram as paredes e o teto de vidro, quebrando completamente o material. Uma revoada de aves junto com uma chuva de cacos dr vidro se ajuntou em uma nuvem negra pairando em cima da ponta da varinha que Hébio segurava. Seu braço erguido se moveu e ele apontou para Zabine que se recuperava no sofá.

— Oppugno!

Os pássaros reunidos atacaram o sonserino, bicando suas roupas e pele. Blásio se ergueu tentando afastá-los inutilmente com os braços enquanto gritava de raiva e dor. Por um espaço aberto, ele fitou o corvino, que sorriu maldosamente e segurou as duas pontas de sua varinha com as mãos.

— Brounckdoooooorf! — ele gritou quando Hébio sorriu uma última vez e quebrou sua varinha ao meio.

Um clarão se criou a partir do objeto quebrado e a onda de energia mágica tomou a sala quebrando todos os vidros e arrastando todos os móveis para fora do Salão Comunal até o o vazio do céu. Os pássaros foram arremessados ao ar e, quando Zabine sentiu a onda tocar seu peito, foi como se uma força invisível o empurrasse para longe. Seus pés perderam qualquer tipo de apoio e ele caiu em queda livre.



Notas Finais


Todos os direitos autorais e Avadas pela da criação de Hébio Brounckdorf pertence a minha irmã por parte de pai Louise_Abdala (não adianta procurar porque essa vadiazinha não tem Spirit só Wattpad)

Te loves 😀😀😀


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