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História Garota Má - Drastória - Capítulo LVI


Escrita por: Samm_Rockman

Notas do Autor


#Lumus

Capítulo 56 - Capítulo LVI


O Três Vassouras estava agitado.

Eles escolheram uma mesa grande para os acomodar que ficava no meio do bar.

Zabine foi o primeiro a se sentar, já trocado, com o uniforme de Hogwarts e limpo como todos os outros, depois de longos banhos que custaram a demorar.

O ambiente estava confortável e acolhedor. Ben se remexeu um pouco.

Sacage ficara de um lado de Blásio e Petterson se sentou do outro. Jace ficou perto do Quase Loiro, e Nott de Brousnton. Draco esperou Astória se sentar para ficar ao seu lado.

Madame Rosmerta apareceu para os servir.

Skay ria de algo quando se lembrou que tinha que buscar Anne já que Zabine fez a rara promessa de permitir as namoradas dos integrantes do grupo na comemoração. Jace aproveitou e o acompanhou para trazer Cally.

Já tinham pedido uma certa quantidade de álcool, mas ainda não haviam bebido nem uma gota.

Draco sorria, mexendo na garrafa de hidromel destampada mas ainda cheia enquanto ouvia seus colegas de time discutirem todo o jogo como se o tivessem assistido.

Blásio, Theodore e Benedict comentavam sobre a técnica dos lufanos em passes longos e se perguntavam como poderiam ensaiar isso com a Sonserina.

Pareciam tão absortos na conversa que ele aproximou sua cadeira da de Astória disfarçadamente.

A Greengrass revirou os olhos verdes, mas teve que morder o lábios inferior para esconder o sorriso que queria lhe escapar.

Malfoy olhou para o lado enquanto sua mão procurava a dela e entrelaçavam seus dedos por debaixo da mesa.

Astória lhe lançou um rápido olhar, mas depois desviou sua atenção para outro lugar.

Draco ainda observava os três sonserinos conversando.

Batucou a mão que estava livre na madeira, não de forma impaciente, mas para um teste.

Ninguém o olhou.

Draco pegou um guardanapo e deixou-o cair no chão entre ele e Astória.

Nenhum deles sequer lhe deu atenção.

Ele se inclinou para pegar o pedaço de pano e pode sentir a rebatedora apertar suas mãos grudadas como se disse "O que está fazendo?". Ele apenas retribuiu o aperto.

Pegou o que havia deixado cair e, ainda inclinado com o rosto em direção ao dela, espiou se Zabine ou algum daqueles que se encontravam sentados e conversando à mesa, o estavam observando.

Sorriu. Não estavam.

Encostou brevemente seus lábios sobre os dela e se indireitou no assento.

Astória apenas soltou um risinho abafado com a pequena traquinagem do apanhador.

Continuaram com seus dedos entrelaçados e fingindo que nada acontecera. Draco voltou a mexer na garrafa de hidromel, vendo se o goleiro estava o encarando.

Não estava.

Sorriu e derrubou o guardanapo mais um vez.

Quando se inclinou para pegá-lo ouviu Astória sussurrar ao pé de seu ouvido:

— Acho que precisará derrubar muitos panos para conseguir me beijar de verdade...

Draco estremeu.

Aquelas palavras foram faladas pela sonserina em um tom tão desafiante que não conseguiria ignorar tal afronta.

Se ergueu mais um pouco e deposita o guardanapo na mesa, mas sem tirar os olhos dos dela.

A Greengrass já iria soltar outra frase com suas palavras ferinas quando...

A língua dele mergulhou brevente na boca dela, a saboreando profundamente.

Astória não teve nem tempo de suspirar pois segundos depois ele já estava ereto sobre a cadeira com um sorriso cafajeste nos lábios.

Zabine, Nott e Sacage ainda conversavam.

Astória estava fervendo de raiva por o beijo ter sido rápido demais.

— Seu...

Foi interrompida por alguém que, chegando por trás da Greengrass, sussurrou em seu ouvido:

— Que tal um beijinho, gata?

Draco já estava pronto para socar o sujeito quando reconhece o dono de cabelos loiros e belos olhos verdes.

Petterson sorri de forma galanteadora.

Astória revira os olhos verdes.

— Só em seus melhores sonhos, Skay...

O artilheiro alarga o sorriso depois de ter sido dispensado e vai até um lugar vazio onde empurra a cadeira para sua namorada se sentar.

Anne sorri para a sonserina para quem seu namorado pediu um beijo.

Já Cally se sentou do lado oposto da mesa, ao lado de Jace. Alexis se pôs na cadeira próxima a Blásio, que passou o braço pelo ombro da pequena loira, a trazendo para mais perto.

A prima do goleiro fez uma careta para o casal.

— Vamos comemorar! — Zabine exclamou erguendo um copo de uísque de fogo.

— Mas antes — Skay o interrompeu ainda de pé —, eu trouxe alguns convidados especiais...

Foi até a porta do bar e trazendo duas pessoas, ou melhor, duas meias pessoas.

— BEN! — Dennis gritou para logo correr para os braços do irmão.

Ele quase derrubou o artilheiro da cadeira com aquele abraço.

A garotinha que veio junto com o pequeno lufano e que também fazia parte da Casa dos leais se encolhe, envergonhada.

Todos pareciam surpresos com a aparição dos primeiranistas de Hogwarts.

— Scoot! — ouvem Anne o repreender. — Eles são crianças, não os devia ter trazido para um bar!

Petterson tem a graça de parecer envergonhado.

— Desculpe — pediu fazendo um biquinho fofo.

Sua namorada apenas revirou os olhos, mas não pôde ficar brava com ele.

— Minerva irá matá-lo se descobrir que trouxe alunos do primeiro ano para Hogsmeade — Jace falou ao amigo.

O artilheiro deu de ombros olhando para Benedict que estava todo feliz com o caçula.

Dennis o puxou pela mão e apontou para a menina que veio com ele.

— Lembra da Shamiran? — perguntou.

Claro que lembrava.

A pequena garota sorriu timidamente.

Era a melhor amiga do pequeno Sacage que sempre vinha nas férias para brincar na Mansão de sua família e filha de um sangue-puro holandês.

Tinha longos cabelos pretos e olhos azuis brilhantes.

— Como vai, Shamir? — perguntou se abaixando para ficar da altura dela.

Ela corou por ter usado seu apelido.

— Muito bem, obrigado.

Ele alisou sua cabeça, como fazia com o seu próprio irmão.

— Educada como sempre — elogiou sorrindo.

Isso a fez ficar mais vermelha do que antes.

Skay trouxe outras duas cadeiras que pôs ao lado de Benedict. Os pequenos se sentaram e começaram a conversar sobre o jogo.

Ben tinha os olhos brilhando de uma emoção verdadeira.

Era óbvio que adorava crianças.

As escutava com total atenção e não se dirigia a elas como um adulto faz com mais novos. Os tratava como se tivessem a mesma idade e não como um idiota que faz voz fina para os agradar.

Mas o que todos da mesa percebiam era que Dennis não parava de olhar para Astória.

Ben sorriu para o irmão. Cally também, como se compartilhassem um segredo.

— Essa é aquela que te socorreu quando foi estuporado — informou.

A Greengrass abriu um sorriso sarcástico.

— Eu e Dennis já nos conhecemos, Sacage — falou.

Draco se incomodou com aquilo, mas depois se autorepreeendeu por estar com ciúmes de um garotinho de onze anos.

Aquilo era caótico.

O menino a olha com um sorriso todo bobo e feliz.

Todos também percebiam que o pequeno estava gamado na rebatedora.

Shamir estava com as faces mais rubras do que antes enquanto apertava as pequenas mãozinhas com força e dando olhares de relances e duros para a tal sonserina.

Uma "Ah" coletivo foi dado por todos do time e pelas namoradas ali presentes.

Ben encolheu os ombros como se dissesse "O que eu posso fazer?".

Era óbvio que o caçula dos Sacages tinha uma queda, quer dizer, um precipício por Astória e a melhor amiga do garotinho tinha outro Grand Canyon pelo amigo.

Dennis não parecia se tocar que a pequena lufana sentia por ele.

Homens... Tão lerdos.

Benedict que estava a par da situação achava que não deveria se envolver nisso. Os dois eram jovens ainda e um dia, quem sabe, seu irmão poderia se tocar e perceber os reais sentimentos de Shamiran.

— Bom — Blásio continou o brinde —, á nossa vitória!

Todos ergueram seus copos de hidromel, cerveja amanteigada e uísque de fogo.

Benedict foi o único que pediu um rum de groselha vermelha.

O estranho mesmo foi que Theo piscou para a Greengrass antes de beber sua bebida.

Ela apenas revirou os olhos.

Alexis deu um pequeno gole sua cerveja amanteigada e depois rejeitou o restante do álcool.

— Foi bem inteligente o que vocês fizeram — Cally comentou tomando o hidromel. — Sabendo que quem ganhasse somariam os pontos da partida com os que tinham acumulados, foi ótimo terem demorado e enrolado para apanhar o pomo assim ficando de três ou quatro jogos de distância das outras Casas propositalmente..

Blásio arregalou os olhos para Brousnton.

— Contou a ela? — questionou.

O artilheiro sorriu.

— Não precisei — falou orgulhoso. — Cally deduziu tudo sozinha...

Era impressionante a corvina ter descoberto aquilo.

Era verdade que o placar das Casas estava quase igualado (a Sonserina na frente com 3.780 pontos; a Grifinória com 3.720; Lufa-Lufa com 3.690 e a Corvinal com 3.230).

A pontuação de um jogo normal (que geralmente era de trezentos a quatrocentos pontos) para quem ganhasse era somada aos pontos que a Casa tinha, já os que perdiam a partida não recebiam nada.

A Sonserina que fizera 1.280 pontos ficara uns três ou quatro jogos a frente das outras Casas com uma pontuação muito maior do que a média. Tudo porque arriscaram e apostaram em Malfoy para apanhar o pomo no tempo decidível da partida, além de ter enrolado para que conseguisse levar tantas vezes a goles aos aros, mesmo que a Lufa-Lufa tenha quase os alcançado por causa das cobranças das faltas cometidas pelas Serpentes.

Agora a fiel Casa dos ambiciosos tinha 5.060 pontos.

Cally e Jace sorriram um para o outro enquanto faziam uma competição entre Skay e Anne para ver quem iria matar dois copos inteiros de uísque de fogo em menos tempo.

Sacage falava com os dois pequenos e Astória olhava maliciosamente para o primo que conversava com Nott enquanto acariciava ternamente o braço da namorada.

Draco apenas observava a tudo e a todos.

— Então, Zabine... — a sonserina presente começou em tom alto fazendo todos a olharem. Ergue seu copo de licor verde. — Que cor é essa?

Não pôde evitar uma onda de risadinhas que correu pela mesa.

Blásio rosnou alguma palavra sórdida de forma baixa já que estava perto de Alexis.

— Muito engraçado, Greengrass — sarcastizou retorcendo os lábios em desprezo. Sua namorada afagou seu ombro para o acalmar. — Não sou tão idiota assim para não saber que isso é verde...

Ela arqueiou uma sobrancelha, mas sem se impressionar.

Skay parecia o mais divertido com aquilo tudo.

— Mas você não era daltônico, Blásio?

O goleiro fez uma careta.

— Mas não em um grau tão avançado — falou ainda irritado por todos estarem prestando atenção em suas palavras. — Só com algumas cores e... — hesitou um pouco, mas bebeu um pouco de uísque de fogo para criar coragem. — E há uma poção que eu deveria tomar para que isso não se agrave ou para eu melhorar por completo...

Isso chama atenção de Alexis que agora tinha os olhos brilhando de preocupação.

— Mas porque você não toma o que é indicado, Blá? — perguntou com uma voz arrastada e quase magoada de tanta apreensão.

Jace, Skay e Nott, mesmo o momento não sendo engraçado, se engasgaram com uma risada.

Cally e Anne lançaram olhares tão afiados aos seus namorados que eles imediatamente se tornaram comprometados e sérios.

Astória apenas abaixou os olhos lembrando que chamava o primo assim quando eram pequenos e inseparáveis.

— É por um bom motivo, Aly — falou com suavidade pois sabia que sua garota estava receosa pelo bem estar dele. — Eu... Meu desempenho físico não é o mesmo quando eu tomo a poção para daltonismo... Eu fico lento para agarrar uma bola e fico completamente tonto no ar...

Ela tocou-lhe o rosto e o olhou, preocupada. Blásio se sentiu o homem mais feliz do Mundo Bruxo por estar recebendo tamanho carinho e zelo da pequena loira.

— Mas...

O goleiro a beijou.

E de repente de público, aquele assunto ficou privado.

Ben voltou a falar com Dennis e Shamiran, Skay e Jace continuaram a disputar com suas namoradas sobre quem bebia mais rápido (Cally, surpreendendo-os por completo, ganhou em todas as vezes) e quando Jace junto com Ben (irmão coruja de carteirinha) disseram que já estava bom de bebidas para aquela noite, e os dois casais começaram a conversar sobre vários assuntos.

Blásio e Alexis ainda estavam naquele "love" do beijo apaixonado que ainda acontecia.

Nott paqueirava uma garota acompanhada com as amigas que não parava de o encarar e dar insinuações do que queria com olhares e gestos maliciosos que os dois trocavam mesmo a distância.

Astória faz uma careta de nojo para o casal que se beijava.

Draco acaricia os dedos dela que estavam entrelaçados com os seus.

A Greengrass somente pega um guardanapo e o deixa cair.

O sorriso do apanhador se alargou.

Ignorou o pano e, já que todos prestavam atenção em si mesmos e com quem conversavam, se inclinou para capturar aqueles lábios.

A boca dele pousou sobre a dela, a beijando de forma profunda.

Astória suspirou com aquele gesto e o correspondeu na mesma medida, fazendo sua língua deslizar pela dele. Mas logo Draco se afastou.

Sorrindo travessamente, percebeu que ninguém os deu atenção.

Voltou a se inclinar e, desta vez, explorou o pescoço branco da sonserina.

Astória gemeu alguma coisa e fechou os olhos sentindo ele mordiscar sua pele e beijar seus ombros com sensualidade.

Draco se indireitou na cadeira novamente.

Agora Zabine estava se explicando a Alexis do porquê não utilizar a poção que deveria tomar.

Ela parecia estar compreendendo mas ainda tinha aquele brilho preocupado nos olhos.

O mais importante era que estavam ocupados demais para os notar.

Draco a beijou novamente, mas desta vez Astória o pegou pela roupa e aprofundou o ato da maneira que queria.

Ele soltou um resmungo no começo, mas depois apreciou ao máximo.

Merlin. Como queria mais tempo para continuar com aquele beijo que estava incrivelmente bom.

Ela o empurrou.

Malfoy sorriu ao vê-la segurar um sorriso mordendo o lábio inferior lançando-lhe um olhar condescendente de "É assim que se beija".

O apanhador apenas acariciou o joelho dela de forma suave.

Os dois sabiam que estavam se arriscando demais e que, a qualquer hora, alguém daquela mesa poderia virara a a cabeça e os ver, mas isso não impedia deles continuarem.

Draco voltou a boca dela novamente e a explorou.

Astória o puxou para mais perto até ouvirem um toque de sino e se afastarem às pressas.

Todos também voltaram seus olhares para a porta por onde alguém havia chegado.

Drewanne tinha os olhos cor terra focados naquela mesa onde o time e as namoradas dos integrantes se encontravam.

Podia ser impressão de Malfoy, mas os olhos dela pousaram brevemente sobre Astória, que pareciam se cumprimentar em silêncio.

Depois desse gesto, McGuire os ignorou e se sentou sozinha na mesa mais afastada possível.

Um garoto se sentou frente a ela, mas ela logo o dispensou e continuou a beber sozinha sua bebida vermelha que havia pedido.

Depois de um tempo, Ben voltou a contar suas histórias de quando era pequeno em Hogwarts para os primeiranistas, Blásio e Alexis continuaram a discutir de forma baixa. Jace, Skay, Cally e Anne começaram a rir de uma piada contada pelo loiro.

Nott se levantou para seguir a garota que paquerava que caminhava, provavelmente, para um canto escondido do bar.

Astória pousou a cabeça sobre o peito de Draco enquanto ele beijava e acariciava seus cabelos negros macios.

Era incrível ninguém os notar.

Ela ergueu a cabeça para fitá-lo e o pegou a olhando.

Os olhos cinzas e verdes se encontram e ficam focados. Não conseguiam desviar a atenção por nada naquele mundo que não fosse seus lábios.

Suas bocas se aproximaram e suas respirações se ajuntaram até parecer uma só.

Os dois se beijaram.

Se empenharam inteiramente no gesto e em saborear um ao outro até estarem perdido e viciados naquela sensação.

Astória abre mais a boca para que ele tenha mais acesso e o faz gemer com aquilo. Malfoy se deliciou com o convite até sentir que estava sendo observado.

Abriu os olhos por um instante apenas enquanto a beijava e descobriu um par de olhos arregalados em sua direção.

Tentou se afastar de Astória, mas ela se negou a interromper o ato, o agarrando pelos ombros.

Malfoy tentou novamente, mas era inútil.

Por isso aproveitou o beijo delicioso enquanto podia até terem que se afastar para recuperar o ar perdido.

Ele focou sua atenção na pessoa que os vira.

Astória seguiu seu olhar e encontrou a pequena Shamiran totalmente corada e pasma com o que vira.

A Greengrass sorriu gentilmente para a menina, pôs o indicador nos lábios em sinal de silêncio e piscou para ela.

A garotinha assentiu,
provavelmente aliviada por a sonserina não estar de olho em seu melhor amigo.

Astória se levantou, mas se esqueceu de seus dedos grudados com os dele.

Draco puxou suas mãos, mas ela apenas sorriu maliciosamente e se soltou.

Ele a observou quando a Greengrass caminhou até Drewanne, onde trocaram poucas palavras e se dirigiu para o corredor onde daria acesso aos banheiros.

Pode ver quando ela parou enfrente ao corredor e olhou por cima do ombro com um olhar de segundas intensões direcionado a ele.

Draco entendeu a mensagem na hora.

Continuou a tomar tranquilamente seu uísque de fogo a pequenos goles para ninguém desconfie que estava com pressa de sair da mesa.

Quando terminou a bebida, se levantou e seguiu para onde Astória havia desaparecido.

Não tinha chegado nem ao meio do corredor quando alguém o agarrou e o empurrou para dentro de um cômodo pequeno e pouco iluminado que era usado como um antigo depósito.

Sentiu mãos quentes entraram por dentro de suas roupas e uma boca enlouquecedora começar a mordiscar e chupar o seu pescoço. Sua camisa foi aberta com brutalidade e seu peito arranhado por longas unhas que o fizeram ofegar.

Absorveu aqueles toque de olhos fechados até sentir alguns ágeis dedos abrirem o botão de sua calça e...

Abriu os olhos e se deparou com uma garota de lindos cabelos mels tentando, hã, bem, o estuprar, talvez...

A empurrou imediatamente.

— Que merda é essa? — berrou tentando fechar os botões de sua camisa, mas alguns já nem existiam mais por terem sidos estourados da costura.

A garota também parecia confusa.

— Quem é você? — ela perguntou.

— Quem é você — ele rebateu irritado.

— Eu é que pergunto. Eu estava esperando por Theo até...

Aquilo chegou ao limite de sua paciência.

— ACHA QUE EU PAREÇO COM THEODORE POR ACASO? — gritou.

Ela piscou pela grosseria e o tom exaltado de Malfoy.

— Não, mas...

— Então nunca mais ataque uma pessoa assim sem se certificar que é a que quer agarrar — rosnou com ódio estampado nos olhos. Olhou ao redor e berrou: — ONDE ESTÁ A PORCARIA DA MINHA GRAVATA?

Ela jogou o pedaço de pano para ele que nem se limitou a agradecer, somente a rosnar.

Saiu do pequeno cômodo batendo a porta com violência até se deparar com o som de uma risada que se rompeu assim que pisou no corredor.

Astória estava mais divertida do que nunca.

Ela gargalhava ferviamente, não conseguia nem parar para respirar, pois toda vez que tentava uma crise de riso a consumia.

Era impossível ela estar se divertindo com aquilo.

— Mas que porr...?

— Isso foi hi-lá-rio — destacou sem parar de rir.

O cenho dele franziu.

— Você viu o que aconteceu lá dentro?

— Claro — respondeu em meio as gargalhadas — Fiz um... — respirou fundo para poder se acalmar —... fiz um feitiço na porta para ver o que aconteceu lá dentro...

Ele não acreditava.

Seus punhos se apertaram e ele se virou para ir embora quando deparou com Nott procurando por algo.

— Acho que deve ser aquela porta ali — ouviu Astória dizer. — Malfoy voltou alegrinho por ela...

Theo o encarou dos pés a cabeça vendo o estado deplorável que o apanhador se encontrava.

— Você e Clatelin...?

— Não — ele negou. — Aquela doida me puxou para dentro pensando ser você, mas não aconteceu nada...

O "Hã-ram, sei..." da Greengrass não ajudou muito.

Theodore deu de ombros.

— Acredito em você, Malfoy — falou batendo-lhe no ombro de forma amigável para logo depois se dirigir para Astória: — Que tal um beijo, Greengrass?

Os punhos de Malfoy se retorceram em ódio e se preparou para socar Nott ali mesmo.

— Só em seus melhores sonhos — rebateu.

O rebatedor deu de ombros como se falasse "Pelo menos eu tentei" e entrou no pequeno cômodo que Draco havia saído.

Era para o apanhador estar furioso com ela, mas mesmo assim não pôde deixar de a enquadrar.

Astória sorriu maliciosamente quando ele a pressionou contra a parede.

Os olhos cinzas estavam posessos em ciúmes.

Ela apenas enrolou seus braços no pescoço dele e o lhe deu um selinho breve.

A careta de Malfoy não melhorou em nada.

— Porque todos estão pedindo para a beijar, Greengrass? — rugiu a pergunta. — Primeiro Skay que fez o pedido na frente da namorada dele e agora Nott que quis a mesma coisa... O que está acontecendo?

— Esqueceu de falar que Benedict também me pediu para beijá-lo... — alfinetou.

Draco foi consumido pelo ódio e a vontade de socar o artilheiro.

— Benedict pediu isso? — falou com a voz tremendo de raiva e fúria.

Ela revirou os olhos verdes.

— Você, por acaso, presta atenção no que seus amigos falam?

Draco piscou pensando sobre quem ela se referia como "amigos", mas depois se tocou que deveria estar falando de seus colegas de time.

— Na maioria das vezes, não — confessou ainda irritado. — Mas o que isso tem a ver?

A sonserina se segurou para não girar os olhos mais uma vez. Foi extremamente difícil, mas conseguiu.

— Antes do jogo vocês estavam reunidos na Sala Comunal da Sonserina e apostaram sobre quem conseguiria me beijar primeiro...

Ele franziu o cenho.

— Eu estava presente? — questionou.

Claro que estava — falou agora revirando as esmeraldas verdes. — Até eu estava presente.

Certo. Quem tinha lhe lançado um Obliviate para esquecer daquilo?

— Você não deve se lembrar porque estava me olhando como um idiota — a garota continuou.

Agora tudo estava começando a fazer sentido.

— Os garotos apostaram um prêmio sobre quem conseguiria fazer isso primeiro — ela fez uma careta e bufou irritada. — Mas não me quiseram contar qual é...

Ele se afastou ainda irado já sabendo a resposta que queria, mas a Greengrass o puxou pela camisa.

O colou ao seu corpo e ficou na ponta dos pés para falar:

— Acho melhor fechar essa calça antes de entrar novamente no bar, Malfoy — sussurrou em seu ouvido de maneira mais do que sexy. Sentiu um dedo dela traçar a borda de sua cueca box. — Ou talvez seja melhor se...

Ele a segurou pela mão.

— Por Merlin, mulher — falou deixando a mão dela longe de sua calça. — Não faça isso...

Os nervos dele estavam tensos desde aqueles beijos quentes que deram na mesa e não queria pagar o mico de ficar "alerta" na frente de Astória.

Sempre fora o autocontrole em pessoa nessas situações, mas aquela sonserina o tirava do sério.

Sempre conseguia parar com tudo, antes que acontecesse, de uma forma sutil, fazendo uma brincadeira ou dizendo algo que a irritasse para se que ela se afaste e desse um pouco de espaço para ele botar sua mente em ordem, mas querendo ou não, ele ainda era um homem.

Suspirou fundo quando ela captou a mensagem e riu daquilo.

— Acha isso engraçado, Greengrass? — questionou também sorrindo.

— Completamente — respondeu.

Draco a beijou profundamente.

Astória parou de rir no mesmo instante e se concentrou inteiramente em o beijar de volta.

Pararam quando começaram a ouvir gemidos altos do pequeno depósito.

Não teve como não rir.

— Usem um Abaffiato! — Malfoy berrou aos dois.

No mesmo momento, os sons pararam instantâneamente, como se tivesse os ouvido.

Mas logo recomeçaram com mais força e potência que antes.

Draco riu levemente e a beijou.

— Vamos sair daqui — falou caminhando de volta em direção ao bar.



Notas Finais


#Nox

Uma dúvida: que animal seu Patrono seria???


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