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História Garota Mimada (Hiatus) - London Bridge


Escrita por: mari_rafaela_2

Notas do Autor


Oláaaa!!!

Espero que gostem desse primeiro capítulo!

Se gostarem e quiserem mais, por favor, favoritem e/ ou comentem por favor ♥

Capítulo 1 - London Bridge


Fanfic / Fanfiction Garota Mimada (Hiatus) - London Bridge

Los Angeles, 04 de Julho de 2015

Crystal, Meg e Liza me esperavam na sala de estar. Era nossa ultima noite em L.A, e prometemos uma á outra que aproveitaríamos o máximo.

Quando saí do quarto, a reação mesmo já sendo esperada, causou frisson em mim.

— Uau! — Crystal bateu palmas, aprovando meu look de imediato.

— Você pode ter os caras que quiser essa noite, gata! — Liza deu um gole em sua tequila e pegou a bolsinha de mão, fazendo um gesto com a cabeça pra gente sair. — Viva o 4 de Julho!

— Vivaa! — Gritamos em uníssono, as altas doses de álcool fazendo o efeito esperado em nosso organismo.

Na rua já abarrotada de gente, estava quase impossível caminhar.

Me equilibrei no salto de quase dez centímetros Manolo Blahnik e mordi o lábio inferior, achando graça de mim mesma ao tentar caminhar por um simples quarteirão.

Meg estava agarrada a um cara gato de dois metros de altura, careca, negro e musculoso, e Crys e Liza estavam quase se beijando.

Por um breve momento me perguntei se aquelas pessoas eram mesmo minhas amigas. No que em tão pouco tempo eu me tornei, ao sair com aquelas pessoas?

Balancei a cabeça, tentando afastar aqueles pensamentos de mim. Eu estava aonde sempre quis estar. Era a melhor estagiária da Waldorf Designs, e faltava apenas um ano para eu ter o cargo de designer. Era o meu sonho se realizando. Eu só não imaginava fazer tudo o que eu fiz para chegar até lá.

— Que loira estonteante!

Olhei para trás e me deparei com Richard Wess, o herdeiro da Waldorf Designs, por quem todas nós tínhamos uma quedinha.

— Rick? O que está fazendo aqui? — Minha voz saiu estranha e infantil — Não deveria estar em Paris, com sua mãe?

Ele deu uma risada irresistivelmente sensual e segurou minha cintura. Pude sentir meu coração pulsando descontroladamente dentro do peito.

— Tenho coisas mais interessantes aqui em L.A.

Minhas bochechas escarlate denunciaram meu nervosismo. Richard me imprensou numa parede e senti seu hálito de vodka misturado ao perfume francês caro.

— O que está fazendo? — eu tinha plena consciência do desejo que sentia por ele, mas estava bêbada demais para me sujeitar à amassos no meio da rua.

— A garotinha do papai está com medo? — A voz de Richard mudou de um aveludado sensual para um ameaçador e hostil tom.

— Não quero fazer nada aqui. Não num beco escuro, com tanta gente por aí — Olhei ao redor e minhas amigas haviam sumido. Ótimo.

— Não se faça de santinha, Gab. Você é a maior putinha da Waldorf Designs.

— Quê? Isso foi muito grosseiro! — Tentei me desvencilhar do seu abraço, mas ele era muito mais forte do que eu. — Me deixe sair!

— Eu sei o que fez com Meg. O que ela fará quando descobrir?

— E-eu não sei do que está falando!

— Você é igualzinha a todas! Todas que trabalham pra minha mãe ficam iguais a ela! As coisas que fazem pra conseguir prestígio... Ou simplesmente para conseguir um lugar na primeira fila de um desfile na Fashion Week!

— Me.Deixe.Sair!

— Além de transar com o namorado dela, você roubou os esboços da nova coleção e disse pra minha mãe que foi você quem fez!

— E-eu... Eu nunca faria isso! Meg é minha amiga! — Ainda lutei inutilmente contra suas investidas, mas senti o corpo fraquejar.

— Sua amiga? Não foi ela quem atropelou um morador de rua há seis meses? E após pagar a fiança ficou livre?

— Arrrh! — Meus braços estavam doendo pela pressão que Richard fazia — O que quer de mim? O que prova com isso tudo?

— Que vocês são todas iguais! Vadias cretinas que só pensam em si mesmas!

Aquelas duras palavras poderiam machucar, se não fossem a mais pura verdade. Eu havia me tornado aquele tipo de pessoa.

O que meus pais diriam quando soubessem de tudo aquilo? O que meu irmão diria?

Senti uma vergonha imensa. Meus olhos arderam, e tentei inutilmente segurar a vontade de chorar.

— Pare de fazer biquinho, Gabi! Está ainda mais sexy...

— Richard! Me solta, por favor!

— Está na hora de alguém aprender uma dura lição...

A voz sombria e taciturna de Richard entrou em meus ouvidos como o pior pesadelo de minha vida.

Minha mente anestesiada gritava. Mas ninguém podia ouvi-la dizer que eu merecia tudo aquilo. Eu merecia tudo aquilo.

* * * * 

 

Londres, Dias Atuais

Pisquei duas vezes ao abrir os olhos e me deparar com a beleza britânica que me assomava toda vez que eu desembarcava em Londres.

Senhores passageiros, queiram aguardar o sinal, para poder retirar os cintos de segurança e prosseguir com o desembarque.

Fechei a Vogue que estava aberta em meu colo e esfreguei os olhos bocejando. 

A verdade era que eu estava exausta. E os remédios calmantes fizeram efeito rapidamente em meu organismo.

Colocar os pés no chão Londrino para mim era libertador. Depois dos anos sanguinários no estágio em L.A, finalmente eu estava aonde queria estar.

Meu celular apitou desenfreadamente. Todas as mensagens que não chegaram quando estava no modo avião chegavam numa velocidade incrível.

A maioria delas de meu irmão. Droga. Ainda não tinha contado para ele que aluguei um apartamento na Kings Cross. Ele não lidaria muito bem com essa noticia. Eu sabia que assim que pudesse, ele tentaria me convencer a ficar em sua casa. Em sua casa perfeita. Com sua família perfeita.

Aguardei o despache das malas com impaciência. Após longos minutos de espera, elas finalmente chegaram pela esteira. Puxei com desânimo e as coloquei no chão, xingando com o peso desnecessário.

O telefone tocou com o refrão de Chandelier de Sia e eu atendi, tentando parecer convincente.

-Brother!

-Já desembarcou? Estou aqui á sua espera...

Ouvir sua voz novamente foi bom e aconchegante como uma xícara de chá quentinha num dia frio. Era por isso que eu tinha medo de ficar em sua casa. Eu não conseguiria esconder o que aconteceu no ano passado se o visse todos os dias. Ele logo perceberia que eu escondia alguma coisa.

— Ah que bom! Estou chegando... Vamos comer no The Five Fields? Estou faminta!

— Pensei que quisesse passar em casa, deixar as malas lá e... Bem, a Ludy preparou aquela lasanha que você adora...

— Ah. – Escondi o desapontamento e engoli em seco. Eu precisava ser bem convincente ou ele logo perceberia – Claro! Vocês são mesmo um amorzinho...

— Está me vendo? Olha eu aquiiiii! - Vislumbrei em minha cabeça Oscar quicando com ansiedade.

Levantei a cabeça e vi meu irmão acenando como um bobo. Acenei de volta e desliguei o celular.

— Bem vinda de volta, irmãzinha! — Oscar beijou minha testa e me abraçou de um jeito acolhedor. Senti falta disso mais do que qualquer coisa na minha vida.

Caminhamos até seu carro e ele guardou minhas malas, fazendo uma piada do peso, como sempre.

Parecia tudo igual. O ar. As pessoas. Meu irmão. Mas eu estava diferente. Eu não era a mesma Gabriele.

— Coloque o cinto, bebê — Oscar avisou quando engatou o carro —Vou deixar você descansar um pouco depois que rever a Ludy e as crianças.... — Ele olhou o retrovisor e acelerou — Pois hoje à noite vamos dar uma festinha...

— Ah. Não... — Soltei um gemido de frustração.

— O que foi? Você adora minhas festas! Vai estar todo mundo lá. Todos os nosso amigos daqui.

— Não estou no clima de festas... — Rosnei e ele franziu a testa.

— É a festa de boas vindas pra vocês! — Seu tom de voz foi da incredulidade ao sarcasmo — Como não está no clima?

— Vocês?

— Sim, mana. Você e o David.

— Ah. —  Aquele nome me causava um tipo de reação estranha que eu nunca consegui explicar. — Ele voltou, é?

— O bom filho à casa torna.

— Ele não estava bem lá em Paris?

— Ah, Gabi. Pare de ser enjoada. Ele é nosso amigo. Praticamente da família.

Não ouvi mais nada do que Oscar fala. Eu estava concentrada pensando numa festa. Todos que eu conhecia ali, me fazendo perguntas. Eu não estava a fim de farrear. Queria preparar meu trabalho para começar na segunda-feira com o pé direito.

— Você mudou, Gabi. — Aquilo não era uma pergunta.

— O que? Como assim eu mudei?

— Não é mais a garotinha que eu achava que era — suas mãos afagaram meu rosto gentilmente — Você cresceu e se tornou responsável. Sei que está preocupada com seu emprego.

— É. É. Tô preocupada sim... — Seus olhos não desviaram dos meus nem um segundo, como se pudessem ler alguma coisa — Se concentre na estrada, não to afim de perder meu irmãozinho.

— Ok. — Ele riu. Por um instante pensei que tudo podia ser como era antes.

Mas eu estava redondamente enganada.


Notas Finais


Por favor, me digam o que acharam? Beijos!♥


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