História Garota Problema - Prólogo.

Desci do caminhão que carregava nossa mudança e sai correndo até a porta principal de onde seria nossa mais nova casa, ninguém havia descido dos carros a não ser eu, então entrei e comecei a olhar a casa. 
     Assim que abri a porta dei de cara com uma escada para o segundo andar e um lustre gigante, eu amo escadas! Subi os degraus dois a dois, as portas estavam abertas me deixando notar cada cômodo. 
     Obviamente todos ali eram quartos, olhei desinteressada, nenhum era grande coisa.  Todos eram brancos e possuíam um banheiro e um closet. O que eu amei, ja que tenho milhares de roupas e demoro no banho.  
     Quando eu olhei pela última porta do corredor meus olhos brilharam. Ele era todo branco com acabamentos em cinza, tinha uma prateleira gigante para livros e uma meia varanda. Sim, meia varanda já que é pequena e só cabe euzinha ali e de pé. E com certeza, o primeiro lugar onde eu vou dormir vai ser nessa varanda.  Mas o que mais me chamou a atenção foi a cordinha no teto perto da prateleira, corri até ela e a puxei vendo o que eu já imaginava. 
     Era o sótão. Pelo amor de Deus, que pessoa tem o sótão no próprio quarto em pleno século vinte um, aliás que pessoa que ainda tem um sótão. 
  _ Mãe, já escolhi meu quarto!  - gritei vasculhando aquele cômodo com os olhos, aquele seria o melhor esconderijo sem dúvidas.
       Desci as escadas e vi todos carregando caixas ou móveis, pisquei para o moreno lindo que carregava o sofá junto com um outro carinha e segui até o carro para procurar minhas coisas naquela bagunça. Os nossos pertences mais pessoais decidimos trazer no porta malas para não haver perigo de quebrar ou algo assim, já que estaria com móveis pesados. Puxei para cima o porta malas que estava aberto já que todos haviam pego suas coisas e me inclinei puxando minha caixa roxa. 
       Entrei novamente na casa e larguei minha caixa em cima da mesa que haviam acabado de descarregar e voltei a caminhar em direção ao carro, peguei a caixa preta de tamanho médio e bati o porta-malas com a outra mão. Olhei para a casa da frente onde chegava um carro, e descer dele um casal e três filhos. 
      A mulher aparentava trinta e poucos anos e o homem era normal como um pai de família, nada de mais. Uma menina de cabelos quase loiro que aparentava dezesseis anos e outros dois garotos, aparentemente com quinze e dezenove. 
    Interessante, então quer dizer que tenho vizinhos maravilhosos e o mais velho descaradamente está me encarando. Gostei.