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História Garota Problema - On the run


Escrita por: c-cris

Notas do Autor


Oi gente! Chegando com mais um capitulo!
Tô aqui tentando ressucitar uma outra fic que tá quase morrendo rsrs, mas tô de volta por aqui!

Capítulo 14 - On the run


Fanfic / Fanfiction Garota Problema - On the run

Natasha

- Sabe minha resposta!

- Sabia que eu costumava intimidar muita gente só pelo meu tamanho? – Eu reviro os olhos e começo a rir.

- Quer dar uma de fodão? Basta alguém dizer bom dia pra você que você abre o maior sorriso do mundo em resposta, fora que combinando com seus enormes olhos azuis de cachorro que caiu da mudança... - Falo seguindo para o estacionamento, ando a frente dele que me acompanha. Ele abre a porta pra mim percebo uma caixinha em cima da cadeira e paro encarando a caixinha com um sorriso, a coloquei na palma da minha mão para abrir e antes de o fazer ouço um gemido de dor típico dele já que ainda sente algumas dores e as vezes pisa de mal jeito provocando pontadas em seus joelhos. – Se machucou? – Pergunto revirando os olhos e esperando vê-lo com os olhos marejados de dor como sempre faz.

- Ele está perfeitamente bem! – Me viro imediatamente soltando o presente no chão do carro e ficando de frente para o porta voz. Mal pude acreditar na pessoa que via a minha frente com uma seringa na mão, olho pra Steve e ele está desacordado no chão com sangue escorrendo na cabeça.

Narrado por Steve ainda incosciente.

Depois da pequena conversa que tive com Natasha as coisas ficaram bem melhores entre nós, até mesmo as ligações que ela tanto fazia para o advogado passaram a ser na minha frente, em alguns momentos ela até pediu minha opinião o que estava me deixando bem contente. Ela estava deixando que eu realmente fizesse parte da vida dela e faltava apenas um dia para a tal reunião. Eu já tinha perdido a conta da quantidade de vezes que pedi para entrar com ela ou sugeria algo que levasse ao mesmo fim e sua única resposta era NÃO!

Apesar de que seu NÃO era só um jeito de me deixar calado, ela não ficava de fato com raiva por minha insistência, ela transformou em um jogo até, qual seria a minha desculpa mais criativa.

- De fato valeria a pena apostar nessa garota que caiu na sua vida sem paraquedas e veio fazendo uma enorme bagunça na sua cabeça? – Ela me pergunta pouco depois que eu digo que se eu entrar com ela poderia servir cafezinho durante a reunião e assim todos ficariam relaxados. Quando sugeri ela gargalhou bastante e depois ficou repentinamente séria e me fez essa pergunta.

- Passei semanas remoendo a morte de Peggy e repassando aquela noite, o que poderia ter feito diferente que talvez fizesse com que hoje ela estivesse aqui. – Ela parou e me encarou curiosa esperando que eu contasse o ocorrido na tal noite. - Você não poderia bagunçar mais minha cabeça do que ela já estava, acho que o que você fez foi arrumar!

- Como foi? O acidente?

- Lembro que na noite do acidente ela pediu que eu a deixasse em casa porque estava com raiva de mim, tínhamos tido uma briga feia porque ela achava que eu estava dando em cima da prima dela, Sharon.

- A Sharon namora Yelena a pelo menos quatro anos, eu conheci a Sharon por conta da Yelena! – Diz ela não ligando os pontos.

- Sharon me pediu conselhos porque queria assumir o namoro com outra garota que trabalhava com ela e estava com medo de como a família reagiria já que eram muito tradicionais. Ninguém na família dela sabia da sua opção sexual!

- E você sabia?

- Sim! Conhecia Peggy e Sharon, assim como sua família há muitos anos, desde que éramos adolescentes e muito cedo cheguei a ter um breve namorico com Sharon, mas logo ela me confessou que acreditava que gostava de garotas, mas não tinha coragem de se abrir com mais ninguém a não ser comigo então servi de “barba” pra ela por um tempo. Com o tempo ela resolveu sair da cidade...

- Foi quando ela entrou na academia? Lembro que Yelena tinha uma namorada na época, mas um dia ela chegou me contando que não conseguia tirar os olhos da novata, foi preciso eu puxar as orelhas dela um bocado pra ela não acabar traindo a namorada com Sharon, ela costumava babar quando a garota treinava conosco. – Diz rindo.

- Acho que foi mais ou menos nesse período, porque foi quanto eu e Peggy fomos chamados para a primeira missão no afeganistão, isso fez com que eu e Peggy nos aproximássemos e começamos a namorar, mas sempre que ela via alguma ligação de Sharon ou algo do tipo ela ficava séria, não que não gostasse da prima, pelo contrário, mas ela sempre foi cismada com minha amizade com Sharon.

- Porque simplesmente não contou pra ela?

- Eu até poderia, mas eu não achava justo com Sharon, eu fui a primeira e por muito tempo única pessoa pra quem ela contava a respeito disso e deveria ser algo de escolha dela contar, Sharon passou por maus bocados quando éramos adolescentes devido a sua opção sexual, na maior parte das vezes eu era a única pessoa com quem ela falava, fosse de problemas ou mesmo de algo como ter comido sucrilhos no café da manhã ao invés de pão.

- Não sei qual é a dela com aquele troço de criança, se um dia quiser fazer aquela garota feliz dê a ela uma caixa de sucrilhos de chocolate! – Diz Natasha sorrindo.

- No dia... – Eu não precisei completar para que Natasha entendesse que agora falava do dia do acidente. - Sharon queria minha opinião se deveria trazer a namorada para conhecer a família ou seria melhor conversar com a família primeiro e Peggy viu que eu conversava com ela pelo telefone as escondidas no quintal da casa e quando terminei a ligação ela estava completamente surtada achando que eu tinha algo com Sharon. Depois de tentar acalmá-la, o que não funcionou, ela me pediu que levasse ela em casa porque ela precisava por os pensamentos em ordem e então tudo aconteceu, não houve discussão no carro ou nada do tipo que me fizesse desviar a atenção da via, simplesmente o cara bateu na lateral.

- Steve? Sabe que nada disso é culpa sua né? Ou mesmo da Sharon!

- Acho que ela nunca ligou a conversa ao fato de estarmos na rua tão tarde! - Digo me referindo a Sharon. - Mas sim! Eu sei, só não deixo de imaginar se teria sido diferente caso eu tivesse dito de vez o porquê das ligações! – Ela passou a mão no meu rosto em uma tentativa de me confortar e beijei a palma de sua mão.

- Preciso ir agora! – Diz depois de me dar um beijo e levanta juntando o material que precisaria para a aula, mas isso era só uma memória!

...

- Sam? – Falo ao acordar no chão do estacionamento com o homem negro colocando um pano com um cheiro forte no meu rosto.

- Não filho! Nick Fury! – Ele me ajuda a levantar e vejo carros da policia, Sam mais a frente com uma moça branca de cabelos escuros, junto ao tal Nick estavam uma moça de cabelos loiros prateados, ela pressionava um pano na minha nuca.

- Ao! – Reclamo ao sentir a pressão na minha nuca.

- E sua perna? Dói? – Ela pergunta e tento mover a perna logo soltando um gemido de dor, visualmente minhas pernas estavam normais, mas estavam bastante doloridas, na verdade uma estava bastante dolorida.

- Que pergunta idiota Yelena! O cara passou com um carro por cima da perna dele, claro que dói! – Diz uma moça também loira, mas que parecia ser muito mais nova parecia ter no máximo vinte e dois anos.

- Bobby não enche! Vai ver se a Shay conseguiu falar com o carinha lá que é irmão dele! – A mais nova sai e eu estou completamente atordoado sem saber o que acontecia e quem eram aquelas pessoas.

- Preciso começar a imobilizar ele, Bucky me disse que ambas as pernas foram quebradas no acidente da Peggy, eu ainda tinha esperança que tivesse sido só à esquerda! – Diz Sharon se aproximando com paramédicos, a perna machucada era à direita. – Bucky e Wanda estão vindo pra cá! – Ela me diz.

- Cadê a Natasha? – Pergunto subitamente lembrando que estávamos voltando pro carro quando senti algo me espetar no pescoço e em seguida meu corpo amoleceu e agora aqui estou.

- Não se preocupe com ela agora! – Diz o homem negro.

- Você é o pai do Sam? – Pergunto e ele afirma, seguro a gola da camisa dele e vejo que as duas loiras que eu não conheço estavam com a mão nas armas que possuiam presas ao quasdril. - Se é tudo o que ela diz ser... – Fury indica com as mãos que ninguém faça nada. – Então apenas imobilize minha perna e me deixe procurar por ela, porque eu tenho plena certeza que quem quer que tenha levado meu carro levou ela junto e esse alguém foi o ex-marido dela!

A morena se aproxima cruzando os braços e olhando pra mim com olhos gélidos, ela tinha certo sarcasmo nas palavras e com minha resposta deu uma risada.

- Até agora foi à única pessoa que disse algo sensato nessa bagunça! – Eu achei que ela fosse rir de mim ou discordar, mas aparentemente ela pensava o mesmo que eu. Sam se aproximou e conversou com o paramédico que fez uma breve análise na minha perna com as mãos tentando tatear se eu não havia quebrado novamente a perna e colocou um bota para imobilizar.

- Cara como você tá? – Pergunta Sam quando empurro a mão da loira que ainda tenta limpar o sangue na minha cabeça, eu não sei bem como me machuquei ali, mas como eu estava próximo ao meio fio deduzo que tenha batido lá durante a queda.

- Meu nome é Maria Hill, prazer namorado da Natasha. – Chega à morena estendendo a mão em minha direção com expressão séria, em outro momento teria rido, mas não conseguia o fazer agora.

- Oi namorada do Sam! – Aperto sua mão e ela volta a cruzar os braços a minha frente.

- Então? Porque acha que foi Bruce quem a sequestrou? – Eu cheguei a me assustar quando Sam falou que ela foi sequestrada, claro que eu sabia que esse era o nome a ser usado, mas ouvir assim torna mais real.

- Ele iria para uma reunião com ela amanhã e vocês sabem que ele esteve aqui à procura dela há meses atrás, e até onde sei ele é médico ou cientista... Ele tem habilidade e acredito que capacidade pra isso! Vocês sabem mais que eu!

- Não temos ideia de por onde começar a procurar! – Diz Sharon.

- É pra isso que eu sirvo! – Diz Maria e com ajuda de Sam sigo o grupo de pessoas.

- Onde estamos indo? – Pergunto e o pai de Sam responde.

- Pra um hotel onde as garotas estão hospedadas!

...

Sharon.

- Nós brigamos ontem e sai do quarto dela sem me despedir, ainda não falei com ela desde então... – Digo quando Steve me interroga do porque minha namorada que acabei de apresentar a ele não dirige a palavra a mim.

- Eu não imaginei que em meio a tudo isso fosse finalmente conhecer a famosa Yelena! – Eu só resolvi fazer uma apresentação pra tentar distrair ele que apesar de não estar andando em círculos estava batendo o pé no chão enquanto Maria digitava comandos na internet na procura de acessar as câmeras de trânsito e assim conseguir localizar uma direção para o veículo de Steve.

- E eu não imaginei que iria trazê-la algum dia até a minha cidade natal! – Digo rindo, mas ele permanece sério.

- O que estamos fazendo aqui? Deveríamos estar lá fora atrás dela! – Diz tapando o rosto com ambas as mãos em sinal de impaciência.

- Escuta só Captain little ass, você brigar, furar o chão do hotel ou sair por ai feito um demente sem rumo não vai ajudar a achar Natasha, então me deixa trabalhar porque eu faço isso pra viver e com certeza irei localizar a droga da placa do seu carro nessas câmeras, mas preciso que deixe que eu trabalhe! – Fala Maria de forma irritada ao ouvir a lamentação de Steve. Como viemos à missão, estávamos equipadas e fazia mais sentido usar as habilidades de Maria para termos pelo menos um rumo a seguir, paralelamente a policia fazia sua própria investigação, mas eu sabia que as maiores póssibilidades de sucesso ainda estavam em nossas mãos.

Steve ficou um pouco assustado com agressividade de Maria e por sorte Sam estava voltando acompanhado de Fury e Bobby que traziam algo para comermos. Yelena pega duas bandejas das mãos de Bobby e trás uma pra mim no mesmo instante saindo de perto de mim, balancei a cabeça em negação por sua infantilidade e entreguei um sanduiche a Steve, ele não aceitou.

- Precisa comer alguma coisa, pelo menos tome isso! – O entrego alguns analgésicos, ele reluta, mas acaba aceitando o medicamento, somente o medicamento. Deixei-o lá com Sam e fui atrás de Yelena, a encontrei na varanda do quarto com um copo de café na mão, ofereci o sanduiche e ela também recusou, dei de ombros e comecei a comer em silencio ao lado dela.

- Eu sei que esse seu comportamento não é por causa da briga que tivemos ontem e acho algo perfeitamente normal se preocupar com Natasha. Ela passou praticamente um ano sem manter contato e quando finalmente soube onde ela estava ela foi sequestrada!

- Nessas horas me dá vontade de enfiar uma bala na testa da Romanova! Como que ela deixa um Zé ninguém daqueles agredir ela! – Ela toma um gole do café e fala quase em sussurro. – Como eu não percebi isso acontecendo bem de baixo do meu nariz?

- Há tá! Poderia ter usado aquela bola de cristal que te dei como presente de um ano de namoro! – Digo irônica e ela solta uma risada cansada.

- Às vezes esqueço que o teu sarcasmo supera qualquer coisa! – Diz ela com um pequeno sorriso.

- Se é por isso que me ama! – Ela abre mais o sorriso repousando a cabeça em meu ombro.

- Só não quero que esse Steve seja mais um Bruce Banner na vida dela!

- Isso eu posso lhe assegurar que não irá acontecer, conheço Steve, ele a fará bem! – Pouco depois retornamos a sala, ela mesma tomou a iniciativa de pegar minha mão enquanto andávamos e então pude ver Bobby tentando distrair Steve ao brincar com Maria por o chamar de Captain little ass.

– O apelido foi ideia do Sam, não me olha assim! – Diz Maria sem desviar os olhos do computador, mas Steve ainda mantinha sua cara de preocupação.

- Maria dá um tempo! – Repreende Sam.

- O que? Não é como se eu não estivesse no rastro do Banner por pelo menos meia hora! – Maria fala e Steve dá um pulo desengonçado devido à perna imobilizada e em dois segundos está ao lado dela observando as gravações que ela mostrava do percurso que ele fazia.

- Pode seguir em frente! – Diz ele quando Maria dá pause na filmagem.

- Isso é tudo que temos, daqui ele segue em uma rodovia aberta, a 322, lá não há câmeras de trânsito ou mesmo estabelecimentos com câmera de segurança, até onde sei o máximo que tem são postos de gasolina. – Explica ela recebendo a atenção de todos.

- Então não temos nada! – Choraminga Bobby deixando de lado seu bom humor de momentos atrás.

Duas batidas são ouvidas na porta e ao abrir vejo Bucky e Wanda, fazia uma eternidade que eu não via aqueles, dois, a ultima vez eles nem eram casados ainda. Entraram e nos informaram que um amigo deles tem acesso a tecnologias melhores e que o equipamento dele seria de melhor uso do que os nossos, mesmo relutante Maria aceitou e seguimos pra mansão do cara.

...

Natasha

Bruce me levou a força pra uma casa que eu não tenho a mínima ideia de a quem pertença, por todo o percurso eu quem dirigi e ele permaneceu com uma arma apontada pra mim. Sim, com todo o meu treinamento e experiência eu sou capaz de rendê-lo e sair daquela situação, o problema é que Bruce possui mais problemas além de um temperamento forte.

Pouco depois que começamos a namorar eu descobri alguns frascos de comprimido em sua casa, eram francos de tarja preta e apesar de não entender absolutamente o que eles significavam sabia que eles eram prescritos para doenças sérias, depois de muita insistência ele me confessou sofrer de bipolaridade. Eu aceitei sua condição em nosso relacionamento, até mesmo porque ele sempre se medicava, o problema foi que com o tempo ele passou a se autodiagnosticar independente das medicações e com o pouco uso muitas vezes ele entrava em crise.

E eu temia que aquela fosse uma de suas crises, ele poderia ir de estado de torpor até pura euforia em questão de segundos e eu sei disso porque eu presenciei acontecer outras vezes, e nesse caso ele se torna um perigo não só pra mim como pra ele mesmo e pra sociedade. Dirigi até uma rodovia deserta e entramos nesse casebre, assim que entrei na casa sinto a picada no meu pescoço e apago.

Acordei com as mãos amarradas nas costas de uma cadeira onde estava sentada, os pés também amarrados. O cômodo que eu me encontrava estava vazio e com a porta entre aberta, pude ver ele se movimentando em um cômodo mais distante e pouco depois percebi que ele vinha em direção a mim.

- Bruce? O que está fazendo?

- Eu preciso que coma agora, perguntas depois! – Ela puxa uma cadeira e senta de frente pra mim com um prato de sopa, o obedeci não o provocando para tentar convencê-lo a me soltar, precisava ganhar a confiança dele.

- Pode me soltar? Essas algemas estão machucando! – Digo depois de terminar a sopa que ele me dava na boca.


Notas Finais


Só esclarecendo "Barba" é um termo usado quando uma pessoa que é gay, mas mantém um relacionamento com alguém do sexo oposto para disfarçar, seja por insegurança, vergonha ou algo do tipo.
Mais uma coisa, espero do fundo do coração que eu não tenha passado a impressão errada com colocar Sharon e Yelena como um casal, na verdade eu tive a intenção de relatar a regeição que uma grande amiga minha sofreu pela familia ao se revelar Gay e tentei de alguma forma colocar essa situação aqui!

Para quem não pescou a referência, em uma entrevista da premier do Winter Soldier, Anthony Mackie chama Chris Evans de Captain Little Ass e Chris afirma que ele é Valcon Big Butt.


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