1. Spirit Fanfics >
  2. Garota Problema >
  3. Dulce

História Garota Problema - Dulce


Escrita por: c-cris

Notas do Autor


Gente meu conhecimento de medicina é uma bosta, então desconcidere se o periodo de cura dos ferimentos de Steve estiverem sendo muito rápidos!

Capítulo 2 - Dulce


Fanfic / Fanfiction Garota Problema - Dulce

Steve: - De forma alguma! Onde já se viu? Você cozinha e não come da própria comida? Pode tratar de dividir o que quer que tenha feito, mesmo que não seja bom. Assim pelo menos se for ruim mesmo não serei o único a ter que comer! – Ri do comentário.

- Tudo bem! Se insiste, já trago o NOSSO almoço então!

- Muito bem! – Diz se ajeitando enquanto vou pra cozinha e volto pouco depois com dois pratos, coloco ambos em seu criado-mudo ao lado da cama e volto a cozinha para pegar os talheres e dois copos com suco.

- Não lembro de ter fruta ai pra fazer suco, Bucky comprou?

- Não! Só achei justo dividir meu suco com você! – Ele sorri e aceita a bandeja que coloco em seu colo com o almoço e o copo de suco. Enquanto almoçávamos resolvi puxar conversa.

- Então... Agora a tarde irei começar a parte clinica, mas ainda não sei o que te acontece, quer me contar? – Tentei conversar porque vi que diferente do restante da semana hoje eu não estava ouvindo reclamações e teria a oportunidade de me distrair com a conversa, só que ele se demonstrou incomodado, logo adotando uma cara meio triste. – Me desculpe se a minha pergunta lhe incomoda senhor Rogers, só tentei quebrar o silencio, não precisa me responder...

Ele me corta levantando a mão para que eu parasse de falar.

- Esta tudo bem! E me chame de Steve por favor!

- Tudo bem Steve.

- Bem Nat... Posso te chamar de Nat?

- Meus amigos me apelidam de Tasha, mas Nat está bom!

- Bem Nat,eu sofri um acidente de carro sério e fui o único sobrevivente do acidente. No carro estávamos eu e minha namorada Peggy. Ela veio a falecer a um mês atrás, o motorista que nos acertou vinha bêbado de uma festa, eu iria leva-la para a casa dela quando ocorreu, o carro do bêbado sobrou numa curva e bateu na lateral do passageiro e nos fez capotar...

- Steve... Não precisa contar se te incomoda.

- Não! Acho que pela primeira vez estou preparado pra falar do assunto. – Acenei para que ele continuasse. – Capotamos varias vezes, não sei dizer exatamente quantas, mas Peggy ficou presa as ferragens, na verdade eu não cheguei a ver, o que te digo é o que me foi relatado. Acho que na primeira vez que ele capotou devo ter batido com a cabeça, não sei, mas fiquei desacordado, só voltei a consciência já no hospital depois de ter passado por procedimento cirúrgico nas duas pernas. Quebrei ambas, uma costela, uma contusão na cabeça e uma queimadura de segundo grau no peito.

- Queimadura?

- O carro começou a pegar fogo, só que segundo o que me disseram eu fui arremessado pra fora, mesmo com o cinto e o fogo se alastrou pela grama próxima ao carro me atingindo levemente. Não foi nada de mais. Quando eu acordei me foi explicado o que aconteceu e que eu estava a dois dias em coma induzido devido as dores, quando perguntei por Peggy eles me informaram que ela não chegou a sobreviver porque ficou presa nas ferragens durante o incêndio, e mesmo que tivesse sido resgatada as chances eram pequenas porque a lateral do carro estava completamente esmagada, dificilmente ela viveria e se vivesse provavelmente ficaria paraplégica... – Uma lágrima desce em sua bochecha e eu que estava sentada a seu lado, não sei porque, mas enxuguei a lagrima com o polegar fazendo com que me olhasse.

- Sei que talvez isso não ajude de nada, mas uma vez me foi dito que essa vida é um minuto de nós mesmos, aquele minuto que temos pra fazer valer a pena sabe, pra mostrar para as pessoas do que você é feito, então... Lembre quem a Peggy foi, não como ela morreu, ou a falta que ela lhe faz, mas o que ela deixou na sua vida, como ela melhorou o seu dia quando estava triste, ou o quanto ela valeu pra você! – Ele colocou a mão sobre a minha que ainda estava em seu rosto e sorriu, nos encaramos por alguns segundos. – Bem... Agora termine seu almoço que tenho que começar sua tortura.

Me levantei levando meu prato e copo para a pia da cozinha, tentando manter meu juízo no canto. Lá mesmo peguei a ficha e observei que mandava fazer a higienização do curativo do peito e fazer alguns exercícios nos joelhos para que ele não sentisse tanto quanto removesse os gessos.

...

Um mês, faz exatamente um mês que estou neste novo trabalho e estou praticamente pedindo férias, não tenho ideia de como irei aguentar, mas tenho que permanecer firme, meu curso depende disso. Minha rotina antes cansativa, agora era exaustiva. Acordando as cinco da manhã e dormindo meia noite todos os dias, inclusive nos fins de semana que apesar de não trabalhar, tinha muito a estudar e passei esse mês inteiro enfurnada dentro de casa nas horas em que não estava na casa de um dos clientes.

- Hoje era dia de... Senhora Dulce, a velhinha que reclama até do sol. - Digo para meus botões.

Chego pela manhã sempre bem cedo, porém hoje toquei a campainha inúmeras vezes e nada da senhora Dulce aparecer, comecei a me preocupar e liguei para a recepção da agência para me instruir no que fazer.

- Recepção... – Antes que a mulher do outro lado pudesse terminar de falar eu já perguntei.

- Pepper?

- Nat? – Devido a ser a recepcionista e eu era meio que obrigada a falar com ela todo dia, acabei por desenvolver uma amizade com Pepper.

- A senhora Dulce não atende e está muito cedo, não acho que ela tenha saído de casa.

- Já tentou a chave reserva com o porteiro?

- Chave reserva?

- Nat, tu tem que ler essas fichar! Por questão de segurança o filho dela deixou uma cópia da chave com o porteiro, justamente por que ela é muito debilitada, o porteiro te conhece, vai lá e pede a ele!

- Obrigada Pep! – Desligo sem esperar resposta e desço as carreiras pra encontrar o porteiro.

- Oi! Eu preciso que o senhor abra a porta do 102, a senhora Dulce não responde...

- Você é a moça da agência não é mesmo? – Pergunta o senhor velhinho de cabelos brancos que fica na portaria.

- Isso!

- Toma, pode ir lá! – Me entrega a chave e subo , ao abrir a porta me deparo com a dona Dulce no chão desacordada, imediatamente ligo pra emergência e em menos de maia hora vejo ela ser levada ao hospital, pego meu celular e ligo para o contato da ficha que seria o filho dela e informo a situação.

- Moça eu te pago pra tomar conta dela dois dias na semana, não quero saber onde ela esta!

- Mas...

- Mas nada, vá acompanhar ela no hospital, se tiver necessidade amanhã eu buscarei ela, mas hoje é sua responsabilidade! – Desliga na minha cara.

- Esperem! – Peço aos socorristas. – Eu vou acompanhar ela!

Ao chegar no hospital me informaram que ela tinha sofrido mais um AVC e que teria de ficar na UTI até ficar estável e eu não poderia a acompanhar enquanto ela estivesse lá, vendo que seu filho não era exatamente o exemplo em pessoa, coloquei meu numero como contato de emergência e me comprometi a visitá-la todos os dias.

Sigo para a agência novamente e vou direto até Pepper informando o ocorrido.

- Amiga eu sinto muito, mas isso não quer dizer folga! Eu vou te encaminhar pra outro cliente... – Alguns minutos depois ela volta da salinha que fica atrás de sua mesa com uma ficha. – Vai gostar desse!

- Porque?

- Seu príncipe encantado de pernas quebradas precisa de companhia pra remover os gessos...

- Rogers? – Pergunto.

- Quem mais?

- Ele não me disse nada, achei que ainda demoraria pra remover...

- Ele não chegou a ter nem uma fratura grave, os procedimentos cirusgicos que ele fez foram devido a costela, a cabeça e a queimadura... Não é como se ele te devesse satisfação Nat...

- Eu sei, eu sei... Me dá! – Estendo a mão e ela me entrega o papel, o endereço que constava lá era o do hospital e não o da casa, mas segui sem mais questionamentos.

Ao chegar no hospital me identifiquei e me informaram que um taxi já havia sido solicitado, que apenas me aguardavam para acompanhá-lo, logo um enfermeiro chega empurrando a cadeira de rodas com Steve já sem o gesso nas pernas, vestido normalmente com calças compridas. Mal parecia que tinha sofrido um acidente tão grave.

- Natasha? – Se espantou ao me ver.

- Oi! Me mandaram pra te acompanhar hoje...

- E seus clientes? – Nesse momento a recepcionista informa que o taxista nos esperava do lado de fora.

- Depois te explico, vamos? – Ele afirma e tomo o lugar do enfermeiro o empurrando pra fora do hospital em direção ao taxi. Com ajuda do taxista o colocamos no carro e seguimos em silencio para o apartamento de Steve. Ao chegar tivemos um pouco de dificuldade para colocá-lo na cadeira, mas em fim deu certo e estávamos seguindo para dentro do prédio.

Ao chegar em seu apartamento entro e ele tenta sair da cadeira e sentar no sofá, depois de ajudá-lo me sento a seu lado esbaforida.

- Deveriam ter encaminhado um homem pra te ajudar, estou exausta! – Digo.

- Me desculpe por isso! – Diz sorrindo.

- Não foi nada! E porque não me disse que iria remover o gesso? – Pergunto e ele me olha com duvida no olhar. – Desculpe a cobrança, só achei que agora éramos amigos.

- Não tem do que se desculpar, eu só não achei que importaria! – Agora eu fui quem plantei uma interrogação na testa.

- Claro que me importo!

- Ok então! E você? Não tinha outro cliente hoje?

- Tinha, mas ela está hospitalizada... – Não pude evitar em ficar abatida com a lembrança. – Quando cheguei pela manhã a senhora Dulce estava desacordada no chão e tive que chamar a emergência, ela vai ficar por um período indeterminado na UTI e só irei visitá-la nesse período.

- Parece abatida!

- Dona Dulce é uma mulher solitária e esquecida pela família sabe? Eu não consigo condená-la por ser rabugenta, ela não tem companhia nem uma e pelo pouco de contato que tive com o filho dela, ele não se importa tanto com ela... Nessas horas me sinto feliz por ter ficado ao lado dos meus pais até o ultimo instante, pelo menos sei que os amei o suficiente pra não os abandonar...

- Não sabia que era órfã...

- Faz menos de um ano que eles faleceram, meu pai a uns dez meses e minha mãe quatro meses depois...

- Sinto muito Nat!

- Não sinta! – Olho pra ele e tento forçar um sorriso. – Bem, tenho que trocar seus curativos...

- De novo?

- Na sua ficha diz que o do tronco tem que ser limpo com mais cuidado agora que foi removido o curativo antigo e terá que começar a fisioterapia na perna agora. – Ele faz uma careta e sorrio indo até seu armário buscar um kit de primeiros socorros, ele remove a camisa revelando o tronco pálido e musculoso me fazendo ficar vermelha e não conseguir lhe encarar.

- Algum problema? – Ele pergunta.

- Não! – Digo ainda envergonhada.

- Você está com vergonha de que? – Ele diz e quando olho rapidamente vejo que ele sorri.

- Digamos que... Não deboche de mim Steve! – Digo me levantando para molhar novamente o algodão em uma solução que seria usada para desinfetar a queimadura agora já quase sarada. Ele ri do meu comentário e com a mão oposta ao lado queimado ele põe dois dedos abaixo do meu queixo me forçando a olhá-lo.

- Não precisa ficar com vergonha porque estou sem camisa, não foi você mesma que disse que somos amigos? – Sorri ainda envergonhada e removi sua mão de meu rosto que deve ter ficado mais vermelho ainda.


Notas Finais


O que acharam? Muito rápido pra já ter um momento Romanogers?


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...