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História Garota Problema - O julgamento Parte I


Escrita por: c-cris

Notas do Autor


E ai galera?
Demorei bastante né? Eu sei, eu sei!
Honestamente não tenho nem uma justificativa boa, a não ser que ando meio sem tempo, mas também tive certa dificuldade com esse capitulo porque fiquei com medo de falar besteira rsrs
Eu estudei o que pude sobre como um julgamento funciona e na verdade a base que eu tenho é do Brasil, não sei se há diferença alarmante de um país para outro, mas considenrando que estamos falando de democracias as coisas funcionam na mesma linha de pensamento, então vou deixar de enrolação e colocar logo esse negócio.
~Rayssak
~izabella_2016
e ~guria406
Um super obrigado por comentárem!

Capítulo 20 - O julgamento Parte I


Fanfic / Fanfiction Garota Problema - O julgamento Parte I

Natasha

Chegando ao tribunal ambos seriamos separados, então antes de isso acontecer puxo a gola de seu palito e lhe ajeito a gravata apenas encontrando um modo de trazer sua atenção pra mim e não deixar que essa situação me desestruture mais ainda.

- Só tente ficar inteiro quando isso tudo terminar, porque eu não sei o quanto de mim ainda agüenta te ver sofrer por conta disso. – Digo olhando o nó de sua gravata que estava perfeito e não precisava ser arrumado, ele pega minhas mãos as removendo da gravata e me envolve em um abraço apertado e acolhedor.

- Eu estarei lá logo depois que testemunhar! – Ele diz. Eu era a acusação, então assistiria o julgamento inteiro, ele como testemunha, não poderia ficar lá até que desse seu depoimento.

- Eu espero que sim! – Lhe dou um selinho e vejo de canto de olho Math sair da sala de audiências e vir a meu encontro, um dia ainda entendo como um homem cego consegue ter mais senso de direção do que eu que fui treinada para isso, mas em fim.

- Rogers? Nat? – Ele chega cumprimentando a nós dois com um homem ao seu lado. Vejo ele e Steve trocarem um aperto de mão, Math se vira pra mim. – Este é o promotor, iremos acompanhá-lo, para que entendam eu não posso interferir em muito, quem acusa aqui é o estado que será representado por Walter.

O homem moreno e magro ao seu lado da um passo a frente e nos cumprimenta.

- Pronta? - Ele me pergunta.

- Não? – Digo sorrindo e aceno para Steve que fica pra trás.

Depois de um tempo aguardando a entrada do juiz e girando metodicamente o recém anel de noivado no dedo o juiz em fim chega e faz toda a parte chata. Ele anuncia então a entrada do réu, Bruce entra na sala com roupas laranja de presidiário e uma aparência para lá de abatida me fazendo sentir náuseas do que iria enfrentar ali, eu não conseguia decidir em ter pena dele ou querer ele a milhas de distancia de mim, tudo piora quando ele me encara com seu olhar de rato acuado.

- Não faça tanto contato visual com ele, sei que ele meche com você. – Diz Math no meu ouvido e o obedeço passando a olhar para o juiz e então todo o circo começa, porque era mais ou menos isso. Em um tribunal muitas vezes um advogado ou promotor usa não só de provas concretas, mas também de apelos psicológicos pra convencer o júri de seu ponto de vista. O artista circense era o advogado de defesa de Bruce que apelou pra idéia dos problemas psiquiátricos, então foi o momento de trazer Betty para testemunhar.

- Então senhorita Betty, é verdade que segundo suas avaliações psiquiátricas Bruce Banner sofre de distúrbios mentais?

- Mais especificamente esquizofrenia aguda, bipolaridade e OCD.

- Isso o faz incapaz de responder pelos próprios atos?

- Se em crise sim!

- Então ele não tem consciência do que estava fazendo no dia em que a senhorita Romanoff alega ter sido seqüestrada?

- Eu não teria como afirmar porque não pude examiná-lo no momento do ocorrido...

- Mas é possível?

- Sim!

- Obrigado! – Ele senta e Walter se levanta com as mãos cruzadas atras das costas.

- Betty Ross, isso? – Pergunta.

- Isso!

- Filha do delegado encarregado pelas investigações que acusam Banner?

- Sim, mas digamos que eu e meu pai temos visões diferentes da psique do homem.

- O que te motivou a tentar provar que Bruce não tinha consciência do que fazia?

- Eu acredito que em muitos casos pessoas como Bruce são julgadas erroneamente por crimes hediondos.

- Então você acredita que ele é inocente?

- Não! A questão é que pessoas com problemas como os dele ao serem jogados em uma prisão comum, estamos fazendo com ele o mesmo que prender uma fera em uma gaiola de circo, ele não irá melhorar, não poderá ser reintegrado na sociedade dessa maneira. Ele precisa de tratamento psiquiátrico...

- Nada do que está me dizendo tem haver com o fato de você conhecer o réu? – Betty ficou branca feito papel com a pergunta. - Diga-me? Como foi reencontrar seu antigo amor nessas condições?

- Isso foi há muito tempo...

- O que foi há muito tempo? Seu envolvimento com o réu ou sua descoberta que ele estava casado? Senhoras e senhores eu sinto lhes dizer que nossa doutora é uma testemunha comprometida já que tem histórico amoroso com o réu, portanto eu não tenho mais perguntas. – Ele volta a sentar e o juíz confirma que tudo que foi dito por Betty deve ser desconsiderado e que Bruce passara por exames feitos por outra psiquiatra indicada pelo estado.

- Porque não me disse isso? – Pergunto a Math.

- Porque você está cega pela culpa Natasha! Eu conheço como as pessoas reagem nessas ocasiões e pela sua insistência em tratar esse cara de forma estranhamente compreensiva, eu sabia que teria que descartar qualquer possibilidade de ele não ser julgado como réu comum.

Fiquei em silencio e o julgamento prosseguiu, algumas outras pessoas foram chamadas para interrogatório, algumas eu não conhecia, mas a maior parte eram pessoas que trabalhara comigo ou com ele. Em um dado momento um homem mal vestido e também em algemas é chamado como primeira testemunha de acusação, aparentemente Math me deixou no escuro em muitos aspectos.

- E esse? – Tento perguntar, mas Math me ignora e o promotor levanta e fica de frente ao homem.

- Então? Senhor Cole Hasen certo? O que exatamente você tem de envolvimento com toda essa história?

- Eu já disse cara, eu não fiz nada... – O juiz o interrompe com sua voz imperiosa.

- Aqui diz que você é um estelionatário, então a menos que queira seu acordo rasgado aqui e agora aconselho que comece a falar!

- Tudo bem, eu falo! – Ele respira fundo e com essa pequena interação minha atenção se volta total e completamente para as palavras que saem a seguir da boca do homem. – Ele me ofereceu dez mil para dar cabo do loiro e depois eu o subornei por mais cinco mil se não quisesse que eu o denunciasse a policia. Nosso acordo era metade antes e metade depois, só que eu não fui até lá, eu juro que não fui.

- Nós já sabemos disso meu caro, agora me responda o que quer dizer em dar cabo do loiro? Quem é esse loiro?

- O acordo era que eu desse um tiro no cara da foto que ele me mostrou, ele me disse que a idéia era só fazer dele inútil para ajudar à ruiva ai! – Diz apontando com o queixo em minha direção. – mas não se importaria se ele ficaria vivo ou não, a mulher era quem teria que ficar viva!

- Ele ti disse quais os planos dele com ela?

- Não cara! Ele só ficava repetindo “eu preciso dela” todo tempo sabe?

- Diria que a vida dela e de Steve Rogers estavam em perigo?

- Do cara com certeza, eu não acabei de dizer que ele não se importava se eu matasse ou não o loiro? Da mulher eu não sei, mas não poria minha mão no fogo por ele nessa. – Durante todo o decorrer do julgamento Bruce ficava lá estático, às vezes parecia nem mesmo piscar, não expressava uma emoção se quer.

- Não tenho mais perguntas! – O promotor volta a sentar ao nosso lado.

- O que mais você resolveu sem me consultar? Achei que eu era sua cliente e deveria estar a par de tudo.

- Natasha você também é uma amiga, não só minha como de muitas outras pessoas e a decisão não é nossa, como eu te disse quem acusa aqui é o governo e eles tem a própria metodologia, o que podemos fazer é acompanhar. Precisa aceitar que esse cara tem que pagar pelo que fez e se depender de mim e da promotoria ele o fara com ou sem o seu consentimento, ele deixou de ser uma ameaça só a você e passou a ser uma ameaça a sociedade Nat!

- Nós teremos um recesso para o almoço e retornaremos às duas da tarde... – Anuncia o juiz e antes mesmo que ele termine eu já vou saindo dali, chegando do lado de fora para minha sorte ou azar, estavam Steve, Maria, Sam, Sharon, Bucky e Clint me aguardando, pouco atrás vinha Math e Walter tentando me acompanhar.

- De quem foi à ideia de me trazer as cegas pra essa palhaçada! – Digo controlando o volume da voz, mas deixando clara a minha insatisfação.

- Natasha se acalma! – Maria tenta colocando uma mão em meu ombro, mas por impulso a afasto com um safanão. Sai pelo meio deles recebendo olhares assustados de todos e segui para fora onde estaria o carro de Steve, como eu esperava ele vinha me seguindo. Entrei no carro e esperei que ele o fizesse também.

- Não pergunte nada, só me leve pra casa! – Digo irritada.

Ele dirigiu em silencio até a agora “nossa casa” já que estávamos morando na casa que ele comprou com o dinheiro adquirido na venda do apartamento e da outra casa que ele conviveu com Peggy. Assim que ele estaciona abro a porta para sair com o objetivo de entrar em casa indo direto para um banho gelado, mas antes que eu pudesse subir as escadas ele me segura pelo pulso.

- Natasha para um instante!

- O que?

- Nós...

- Vocês o que? Fizeram isso pro meu bem? Poupe-me Steve, eu não sou incapaz de discernir as coisas! Vocês deveriam ter aberto o jogo comigo e não me fazer assistir aquela palhaçada.

- Você não entende não é? – Steve me solta e fica de frente pra mim sustentando meu olhar desafiador.

- O que eu não entendo Rogers? Diga-me?

- Esses meses que estamos convivendo juntos à única coisa que presencio é você tomando antidepressivos e medicamentos pra dormir, as poucas horas que dorme tem pesadelos e acorda suada e em prantos, o que esperava que eu fizesse? Dissesse a ti que Bruce planejou tudo, inclusive meu possível assassinato e que a louca da psicóloga que pensamos ter nos ajudado na verdade só estava tentando salvar a pele do namorado? Eu achei que seria melhor resolver essas coisas sem te perturbar mais ainda, se fiz mal me desculpe! Não irei mais me meter nos seus assuntos!

Eu fiquei sem palavras, tentei ao máximo esconder dele os medicamentos que andei tomando e todas as vezes que tive algum pesadelo ele geralmente estava ainda dormindo, ou pelo menos assim eu pensei, voltava a me deitar a seu lado e ficava acordada até o amanhecer na esperança que ele não percebesse.

- Como... Eu não quis te preocupar com meus problemas... - Desci o degrau que subi e parei mais próximo a ele.

- E esse é exatamente o problema! Eu esperei que viesse falar comigo, não quis forçar uma conversa porque penso que você tem que entender que precisa de ajuda, todo mundo precisa de ajuda e foi exatamente isso que decidimos fazer Natasha! – Eu já tinha deixado a raiva de lado ao perceber o quanto idiota eu estava sendo, pensado que o pouparia de preocupação acabei fazendo exatamente o oposto.

- Vamos a... Vamos pedir almoço pelo telefone. Se quiser pode ir na frente tomar um banho que eu faço os pedidos. – Eu me senti envergonhada por perceber que apesar de ainda me sentir excluída das decisões, me sentia também como injusta com ele. Sua resposta foi apenas sair dali e seguir para o quarto, uma meia hora depois estavamos almoçando.

Nós almoçamos em silencio e depois retornamos ao julgamento, me despedi de Steve apenas com um abraço e entrei novamente na sala e depois de horas de julgamento Steve foi chamado para testemunhar. Várias perguntas foram deitas por Walter para então ser a vez do advogado de defesa.

- Então, você é o atual da nossa “vitima”! – Diz ele fazendo com as mãos aspas ao dizer a palavra vitima, tanto eu quanto Steve ficamos de testa franzida.

- O que quer dizer com isso? – Steve pergunta.

- É uma pergunta simples, você é ou não o amante da senhorita Romanoff?

- Estamos noivos! – Ele responde por fim.

- Então posso afirmar que ela tem poder de manipular sua opinião a favor dela certo?

- Como assim a meu favor? Quer me dizer que eu encenei tudo? – Pergunto me alterando, mas Math pega meu braço me repreendendo com o olhar.

- Senhorita Romanoff eu vou pedir que não se pronuncie, é para isso que seu advogado está aqui! – Diz o juiz em sua posição intimidadora.

No lugar de Math quem se pronuncia é o promotor, protestando a acusação feita pelo advogado.

- O que você tem para suportar sua acusação? – Pergunta o juiz, ao advogado que sorri antes de responder.

- Eu retiro o que eu disse vossa excelência!

- Ele está tentando desequilibrar Steve! – Math sussurra.

- Está conseguindo! – Vejo Steve apertar os punhos ao redor na lateral da estrutura de mármore a sua frente.

Ele continuou o questionário sem mais perguntas ou insinuações como as anteriores, mas fez Steve relatar detalhadamente tudo que aconteceu na cabana, eu fui interrogada pouco depois passando pela mesmo situação, mas agora o advogado pareceu se controlar mais. Sai de lá inteira e isso foi uma vitória, mas quando eu pensava que a tortura estava chegando ao fim, finalmente eles resolvem questionar Bruce.

Ao olhar pra trás vejo Steve sentado junto com todos os nossos amigos, ele me direciona um sorriso encorajador, mas a minha vontade era sair dali, eu queria mais que tudo sair dali.

- E que comece o ato final! – Ironiza Math, o interrogatório começa com perguntas bem simples como qual seu nome, qual sua relação com a vítima, conhecia o namorado da vítima e etc. O problema é que assim que o interrogatório começa, Bruce passa a me encarar com um olhar triste.

- Doutor Banner? Eu lhe perguntei se você lembra-se de ter planejado o ataque, poderia me responder? – Pergunta o promotor pela terceira vez, mas Bruce não respondia. Ele acorda de seu transe e olha para o promotor.

- Eu quero fazer uma confissão escrita! – Um silencio maior que o já existente se instaura e o advogado de defesa vai até ele, o vejo sussurrando algo com Bruce que apenas nega com um balançar de cabeça, mas sem dizer uma palavra.


Notas Finais


E ai?
O que acharam?
Acham que Bruce vai mesmo se entregar?
Comentem, sugiram, critiquem!
Bjoooo!
=^_^=


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