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História Garota Problema - O fim do julgamento


Escrita por: c-cris

Notas do Autor


Agradeço mais uma vez a
~LaraRomanogers
~izabella_2016
~guria406
Pelos comentários e lógico que também agradeço aos novos favoritos e acompanhamentos, são minha grande motivação!
Sem mais delongas, segue o novo capitulo, espero que gostem e COMENTE!
=^_^=

Capítulo 22 - O fim do julgamento


Fanfic / Fanfiction Garota Problema - O fim do julgamento

Bruce

- O que acha a meu respeito? Acha que sou uma pessoa doente? Não estou perguntando somente por ser uma médica psiquiatra, mas por termos convivido anos juntos. Depois de tudo que aconteceu entre a gente, você acha que eu ainda tenho alguma salvação?

- Bruce... – Ela começa e então para de repente.

- Você no momento é a única pessoa que se importar de verdade comigo, então, por favor, seja honesta!

- Eu acho que você está obcecado pela Natasha e que isso não tem nada há ver com seus problemas psiquiátricos. – Ela fala e me sinto chocado, mas ao mesmo tempo agradecido por sua sinceridade.

- Agradeço sua honestidade! Acho que tomarei a única decisão que vejo até o momento ser o correto a se fazer!

- E o que seria isso?

Não respondo e passo a encarar minhas próprias mãos, a ouço respirar fundo e então ela me estende a mão com três comprimidos, o mesmo coquetel que venho tomando diariamente, em sua outra mão um copo d’água.

- Eu não tomarei hoje. – Digo e observo seu rosto, ela não estava surpresa ou triste, pelo contrário, tinha um leve sorriso no rosto. Pega os comprimidos e joga no lixo, bebe o copo d’água depositando o mesmo na mesinha de cabeceira e então pousa uma mão no meu joelho por poucos segundos.

- Espero que tome a decisão certa Bruce, de qualquer forma estarei aqui por você, basta que aceite minha ajuda. – Ela levanta para ir embora, mas então sinto a necessidade de agradecê-la de alguma forma, seguro sua mão pelas pontas dos dedos.

- Obrigado! – Ela faz um aceno positivo com a cabeça e se retira.

No retorno do julgamento são ouvidos os testemunhos de Natasha e Steve, depois seria o meu. No momento em que me chamaram senti meu coração disparar, era uma das maiores decisões que tomaria desde que me meti nessa confusão. Alguma pergunta me foi feita no momento que iniciaram o meu testemunho, mas não conseguia tirar meus olhos de Natasha e sua expressão de medo para mim, foi ai que eu soube que eu estava fazendo o certo por ela agora.

- Eu quero fazer uma confissão escrita. - Digo.

- O que? Você deixou de tomar seus medicamentos? – Sussurra o advogado e me limito a negar.

...

Steve.

Eu quase não acreditei quando ouvi o que Bruce disse.

- Ordem! – O juiz bate na mesa chamando a atenção de todos e se vira diretamente para a psiquiatra que foi designada pela promotoria para reavaliar o estado psiquiátrico de Bruce e pergunta. – Doutora Isabela eu pretendia colher sua opinião somente em uma necessidade e essa aparenta ser uma, o réu tem lucidez para responder por si ao alegar que deseja confessar o crime?

- Eu posso afirmar que no momento ele tem medicamento em seu organismo suficiente para manter-lhe lúcido, apesar de que bem mais lento que o normal. – O advogado tenta conversar aos cochichos com o juiz e vejo o promotor também argumentar algo e então o juiz faz um gesto com as mãos indicando que ambos sentem, eles o obedecem e mais uma vez ele pede silencio devido aos burburinhos que podem ser ouvidos.

- Doutor Banner está me dizendo que é culpado dos crimes que está sendo acusado? - Ele pergunta.

- Honestamente eu não prestei atenção suficiente para saber do que estão me acusando até mesmo porque a dose cavalar de calmante que estão me dando faz com que eu tenha dificuldade em me manter atento, mas posso afirmar que sim, eu sou responsável pelo sequestro da senhorita Romanoff e os ferimentos sofridos pelo senhor Rogers. Se há alguma acusação além dessa eu gostaria de saber para que assim afirmasse se sou ou não responsável.

    - Está sendo acusado também de perseguição a senhorita Romanoff já que fora a alegação dela, a acusação também encontrou provas que o senhor possui certa obsessão pela jovem. – Ele parou por um momento fazendo uma careta que aparentava ser de dor e responde.     

- Então sim, eu assumo responsabilidade.

O juiz explicou que não permitiria a confissão assinada, mas que o juri levasse em consideração o que Bruce acabou de falar e então os liberou para deliberação, o que poderia durar um dia inteiro, saímos para a área da recepção e Natasha tinha uma expressão confusa no rosto, ela não olhava para lugar nem um em particular, parecia estar refletindo sobre algo.

- Como se sente? – Pergunto ao me aproximar, pela forma como ela virou na minha direção ao som da minha voz, ela estava com a cabeça em outra dimensão. Não respondeu nada, mas se inclinou na minha direção encostando o rosto no meu peito, mas ainda mantendo os braços cruzados. A abracei e não disse mais nada.

- O que vai acontecer agora? – Maria pergunta a Math, estão todos conosco em um pequeno aglomerado de pessoas e todos cochicham para não fazer tanto barulho, mas a pergunta me chamou atenção.

- Eles tem de deliberar porque o Juiz não deu mais oportunidade da confissão escrita, mas mesmo que ele seja inocentado, o que acho impossível, lhe garanto que a promotoria ira fuçar para reabrir o processo ou mesmo encontrar outra acusação pra fazer, eu não me preocuparia tanto, duvido muito que ele seja tido como inocente depois de ter confessado tudo.

- Eu não tenho certeza disso, eles estão sempre apelando pra falta de sanidade do cara, porque acha que não vão considerar isso como insano dele? – Pergunta Sam.

- Com a médica afirmando que ele é capaz de responder por si próprio temos uma boa possibilidade de esse não ser um problema.

- Eu só queria que isso acabasse logo! – Ouço Natasha murmurar essas palavras contra minha blusa e esfrego suas costas gentilmente na inútil tentativa de confortá-la.

- Logo vai acabar baby e mesmo que demore uma eternidade, basta uma palavra sua e sumimos do mapa, podemos ir pra qualquer lugar que você quiser. – Digo tentando descontrair sua tensão e acabo conseguindo já que sinto seus ombros chacoalharem levemente com uma risada.

- Na cafeteria do outro lado da rua é o suficiente por hora! – Ela diz levantando o rosto com um sorriso cansado.

- Seu pedido é uma ordem! – Beijo sua testa e me afasto para sairmos, antes passo por Bucky e Wanda e os aviso que iremos até a cafeteria, nos avise a qualquer movimentação.

Na cafeteria ficamos em silencio esperando os pedidos serem feitos e a pego me observando.

- O que? – Pergunto confuso e ela sorri novamente, um sorriso fechado e cansado, todos os movimentos que ela fazia demonstravam cansaço.

- Me desculpe por mais cedo... Eu não sabia que estava tão obvio assim o quanto eu estou quebrada com tudo isso. Juro que tentei de tudo pra não envolver nem a você ou a qualquer pessoa na minha confusão, mas parece que a confusão foi grande suficiente pra me cegar também. – Deixo a cabeça cair um pouco de lado com as sobrancelhas juntas e ela solta um risinho, estico minha mão para pegar a sua através da mesa e trago ao rosto dando um beijo em seus dedos

- Não precisa se desculpar por nada, só peço que deixe de pensar que tem que carregar o peso do mundo nas costas. Eu não vou mais deixar que isso aconteça novamente, te prometo. – Ela sorri novamente e se levanta dando a volta na mesa e se inclinando para um selinho rápido de mais para ser o suficiente, mas estávamos em uma cafeteria, não poderia esperar mais que isso. Nossos pedidos vieram e passei a me concentrar no café que tomava quando senti meu celular vibrar.

- Oi? – Atendo a ligação sob o atento olhar de Natasha. – Ok, estamos voltando.

- Aconteceu alguma coisa? – Ela me pergunta assim que encerro a ligação.

- Eles já deliberaram, estão nos aguardando para poder dizer algo. – Ela levanta sem mais nada dizer, tomo mais um gole do café e deixo sobre a mesa dinheiro suficiente para pagar aos pedidos e sobrar alguma gorjeta e a sigo para fora no estabelecimento.

Já novamente no tribunal Natasha solta minha mão e caminha quase que de forma robótica ao seu posto de vítima ao lado do promotor e de Math. Depois de longos minutos finalmente é dito a decisão.

- Consideramos o réu inocente das acusações... – Um burburinho se faz presente no ambiente e o juiz bate novamente seu martelo para fazer-se silêncio. – Inocente das acusações que cometeu todos os crimes em sã consciência, porém sim o consideramos um perigo para sociedade até que se seja certificado seu controle sobre os próprios problemas psiquiátricos...

Mais algumas coisas foram ditas e me agoniava não poder ir até Natasha, eu não podia vê-la, mas sabia que não era esse o resultado que ela esperava, aliais não era o resultado que ninguém esperava. O juiz o sentencia a uma década de reclusão em uma prisão especial devido as suas condições psiquiátricas, ainda acrescenta que mesmo após os dez anos ele só será liberado quando for aprovado pela equipe médica responsável como apto a voltar ao convívio social.

Terminado tudo as pessoas começam a deixar o local e vejo Bruce pedir a um guarda algo e então ele se aproxima de Natasha e Math que não perceberam até que ele estivesse a centímetros de distância, pude o ver ele dizer algo para ambos e sua expressão era tristonha, Natasha dá um aceno positivo com a cabeça e se vira encontrando meu olhar sobre si, anda até mim e ao se aproximar apenas envolve novamente minha cintura em um abraço.

- Vamos pra casa! – Digo e ela se afasta um pouco, mas ainda mantendo um braço ao meu redor, andamos até o carro e por sorte nem um de nossos amigos sentiu a necessidade de perguntar nada, apenas nos deixaram ir embora.

Em casa ela não fala muito e alega não ter fome, vai direto para o banho, resolvo que talvez seja melhor dar a ela um tempo e vou até a cozinha preparar algo para comer. Depois de satisfeito subo com um suco e algumas frutas cortadas na esperança que ela comece pelo menos isso, mas ao entrar no quarto já a encontro embaixo das cobertas.

Coloco o suco e a tigela de frutas na mesa que costumo usar para desenhos, ao lado da janela e vou para o banheiro tentando não fazer barulho para não acordá-la, eu honestamente poderia passar horas em um banho quente para tentar relaxar um pouco desse dia estressante, mas sabia que esse era o momento de estar com Natasha, nem que fosse apenas para que ela soubesse que estou ali.

Saindo do banho vesti minha calça do pijama e deitei ao lado de Natasha, pensei se deveria mexer com ela, mas não pude deixar de lado a necessidade de tê-la em meus braços, a puxei de encontro a mim lhe envolvendo a cintura e sabia que ela não estava dormindo, podia dizer pela forma como estava, imóvel de mais para estar dormindo.

- Quer conversar? – Pergunto em sussurro e ela balança a cabeça em negação de forma suave que mal percebo.

- Acabou! Isso é o que importa! – Ela diz em um fio de voz e a aperto um pouco mais contra mim. Eventualmente acabo pegando no sono assim como acredito que ela também.

No dia seguinte me surpreendi ao encontrá-la já acordada e fazendo café da manhã o que na verdade era até comum, mas imaginei que devido ao estresse do dia anterior ela fosse estar mais indisposta.  Tinha o cabelo preso em um rabo de cavalo, usava uma camisa minha e a roupa íntima por baixo, conversava no celular enquanto fritava alguns ovos em uma frigideira. Sentei em um dos bancos e ela percebe minha presença pelo barulho que fiz, mas só se vira alguns centímetros me direcionando um curto sorriso e voltando novamente a atenção ao que fazia.

- Tudo bem Pepper eu estarei lá, pode deixar! – Alguns minutos ouvindo a resposta. – Não Pepper eu estou bem, de verdade, você não poderia ter me dado noticia melhor. Ok! Até mais.

- Bom dia! – Digo para tentar puxar conversa, pensei em perguntar como ela estava, mas sei que ela não gosta que eu insista em saber sobre suas emoções, apesar de que quando quer as mostra sem reservas.

- Bom dia! – Ela se vira e me dá um beijo no rosto voltando- se ao fogão logo em seguida.

- O que a Pepper queria? – Pego uma caneca e me sirvo de café, ela tinha uma a seu lado e podia ver que ainda tinha algum liquido, pois fumaça saia de dentro.

- Ela conseguiu uma entrevista de emprego pra mim hoje antes do almoço em um escritório de advocacia.

- E você vai?

- Claro! Porque não iria? – Ela pergunta e coloca os ovos mexidos em um prato junto com Bacon e me entrega em seguida pega dois garfos e começa a comer do mesmo prato, permanecendo em pé a minha frente.

Dei de ombros fingindo ter sido uma pergunta retórica, dividimos o prato que ela tinha feito e a dispensei para tomar um banho enquanto eu limpava a cozinha, o fiz rápido o suficiente para deslumbrar ela perambulando dentro da casa apenas com as roupas íntimas.

- O que está fazendo? Tentando me fazer te agarrar em plena luz do dia? – A brincadeira saiu naturalmente, porque na verdade eu estava achando suas atitudes estranhamente naturais, porém quando ela se virou sorrindo, vi que seus lábios sorriam, mas esse sorriso não alcançava seus olhos.

- Não, não é essa minha intenção. – Sua resposta foi quase que forçada, tentei manter o sorriso no rosto e me aproximei dela.

- Sabe que pode confiar em mim certo? – Digo chegando perto dela que fecha o sorriso, vejo seu lábio tremer levemente e sabia que ela tentava não chorar, a puxei pelo braço levemente e a abracei sentindo seu corpo relaxar junto ao meu.

- Eu só quero começar novamente com a minha vida, nesse momento eu sinto que quanto mais tempo eu passar me lamentando por conta das coisas que aconteceram, mas estática eu vou ficar. – Ela levanta o rosto e apesar de que eu esperava vê-la chorando, ela não estava. – Eu quero voltar a trabalhar, quero poder ter uma vida entediante como tinha antes, chegando todos os dias algumas horas mais cedo pra poder jantarmos juntos e aos fins de semana termos tempo de não fazer nada a não ser assistir a seriados da Netflix... – Ela dá uma pequena risada.

- Soa perfeito pra mim amor e posso te garantir que iremos chegar a isso, mas não precisa se esforçar tanto, tem o direito de passar pelo menos um dia de descanso não acha? Uma nova entrevista vai aparecer em menos tempo do que você possa imaginar, não precisa ir hoje e nem muito menos agora! - Ela envolve meu pescoço com ambos os braços e se estiva para me beijar.


Notas Finais


O que acharam? Ficou pequeno de mais?
Como acham que será a vida do casal Romanogers daqui pra frente?


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