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História Garota Solitária - Capítulo Único


Escrita por: Alekz

Notas do Autor


Inspirada sobre a música Lonely Girl de Miliyah Kato.

Capítulo 1 - Capítulo Único


Fanfic / Fanfiction Garota Solitária - Capítulo Único

Todos balançavam os braços assim que a música deu início, o ginásio estava cheio, e muitos também seguravam cartazes com o nome da cantora. Muitas luzes de celulares sincronizavam um fantástico movimento no ritmo da música, um tanto suave e melancólico ao mesmo tempo. Para muitos que mal sabiam, aqueles nomes que ela citava na música fez parte de sua vida.

Sua voz delicada era como uma brisa de um dia quente, no entanto a melodia com sua letra jogavam-nos numa relenta garoa, expressava sua dor de maneira que estivéssemos em seu lugar. Seus movimentos graciosos nos envolviam, era uma estrela que já chorou muito uma vez.

Talvez segredamos em nosso mundo interior, muito às vezes aquilo que adoraríamos apagar, algo que nos motivam encher de lágrimas, e nos piores momentos vem à tona esse abismo. Lembranças que marcam; que faz parte de qualquer vida, a nossa história, incompleta e sem sentido; um vazio que sempre volta quando algo semelhante nos atinge. E talvez seja difícil expressar como queríamos, mas podemos sublimar de alguma forma, a música parece ser uma dessas coisas que invade a alma, para alguns é tanto que faz sentir que está num outro lugar atemporal.

Para quem não tem essa frágil percepção, não perceba o quanto palavras podem vir carregadas, e pode desencadear vários sentidos. Um coração pode se ferir com um simples gesto, por isso algumas pessoas se fecham para o mundo a fora, um tanto complexo um tanto confuso; é como querer navegar os sete mares com um barquinho na tempestade.

É isso mesmo, nem todos podemos ser pessoas resistentes ou duras para aguentar a carga de um universo que não podemos controlar, a sociedade e suas histórias, os mundos de cada um a qual representa de alguma forma. Nem por isso precisamos descontar naqueles que consideram mais fracos, como ser algo de um outro mundo, ser o que é se torna um crime aos teus olhos, mesmo que sejam em palavras de veludo ou que seja uma forma de brincadeira, o tempo responde do que se trata.

No entanto, seria mais triste nos separar por coisas bobas, e mais longe ainda afastar ou nem aproximar. Sabe aquelas coisas que diz sobre sua natureza, cor, altura, constituição física, seu jeito de ser, como fala, etc. Sua mente também é corpo e imagem em conflito, não tem como fugir de si mesma, mas tem vezes que pode chegar a um nível de você não querer ser mais você, ou até mesmo colocar sua existência em dúvida. Por isso quando os outros nos medem estremecemos nossas bases, não somos espelhos, mas refletimos nossas subjetividades em cada um, nossos conflitos são como uma rede sem fio sem fim.

Larissa, Rafaela, Letícia, Bruna, Maria, Júlia, Ana, Vitória, Camila, Carol, Aline, Paloma, Sabrina, Natalia, Michele, Débora, Jessica, Carla, Eliane, Tatiane, Gabriela, etc.

Larissa que inventa boatos, e que os outros espalharam para piorar.

Rafaela que desloca e tira uma com as pessoas tímidas.

Letícia que procura detalhes para julgar defeitos.

Bruna que se compara sua beleza e mede com outras chamando de feias.

Maria que taxa outras de estranho e narra comportamentos.

Júlia que mede as alturas e seus olhares de reprovação.

Ana que coloca lenha no fogo e convoca as outras para excluir.

Vitória que tem suas brincadeiras desleais e sem graça.

Camila que ria dos óculos e de outros aparelhos.

Carol que imitava e ridicularizava as outras.

Aline que tira onda e gosta de expor os outros ao ridículo.

Paloma que vive dizendo que as pessoas não merecem e despreza relacionamentos.

Sabrina que ri das outras e chamam de burrinhas.

Natália que tem nojo de gente que não tem condições como as dela.

Michele que ri e zomba da inocência e virgindade.

Débora que ignora e te joga pra baixo com suas palavras.

Jessica que engana ser amiga ao mesmo tempo que te despreza.

Carla que conspira e cria artifícios de intimidar e rebaixar.

Eliane que cativavam os meninos para abusar das outras.

Tatiana que ridicularizavam os gostos e estilos dos outros.

Gabriela que agredia discretamente.

"Ainda que tivéssemos os mesmos nomes, nossas narrativas se repetem, e maltratamos uma as outras. Mesmo assim, sou a solitária que se fecha em suas feridas abertas."

A escola...

A música só citava os nomes, e além disso coube as lembranças desenhar. Hoje aquela pequena menina, se torna uma das maiores estrelas que brilham nas noites de seu espetáculo, contagia e rememoram nas outras pessoas as marcas da vida. Não sabemos o que nos ligam, ou sintonizam nessa vida, mas parece transformar o chumbo em ouro que há dentro de nós. A solidão fora apenas uma consequência, mas hoje sua ligação é a maior prova que o coração nunca mora sozinho, o que nos atinge pode ser uma chuva temporária.

Se tiver numa tempestade procure este farol que ilumina, mesmo que esteja sozinha.  


Notas Finais




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