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História Garotinhas - Duas caras


Escrita por: MarioNT

Capítulo 1 - Duas caras


Uma semana antes de começarem as aulas, Tainá Borges decidiu fazer uma festa em sua reformada mansão, na rua Limoeiro. Ela tirou a manhã no SPA Revitalize da cidade de Catolé do Rocha, uma pequena e prospera comunidade no interior da Paraíba, onde todos se conheciam desde pequenos e, agora, grandinhos, namoravam.

            – Tainá Borges? – gritou Rafaela Lúcio na entrada da sala onde colocavam as máscaras de coquetéis de hidratantes para a limpeza dos poros. – Não acredito que você está aqui!

            Tainá se levanta da maca onde repousava, antes de ter que tirar a máscara.

            – Oi, Rafa! – ela coloca um falso sorriso no rosto. Não gostava da garota. E Rafaela muito menos dela. – Que surpresa encontrá-la aqui!

            – Não é? – Rafaela se aproxima ainda mais da garota. Parecia procurar as rachaduras de sua máscara verde-limão. – Pensei que você estivesse em João Pessoa... com Fernando...

            – Não, não. Decidi ficar.

            Rafaela sabia disso. Já devia ter ouvido falar da festa na piscina na casa dela. Mas tocara no assunto para lembrá-la do divórcio dos pais.

            – Ok – ela assopra uma mecha de cabelo loiro de sua trança. Rafaela parecia estar incomodada com algo preso em sua garganta e faria questão de colocar para fora. – Você vai continuar na cidade?

            – Vou sim – Tainá balança a cabeça, afirmando. Permanecia com o mesmo sorriso nos lábios. A morena parecia ainda mais bonita que a loira, mesmo estando de touca e com as unhas dos pés sem esmalte.

            – Eu imaginei que você iria embora... com sua mãe, sabe? Como o seu irmão... Depois que o seu pai resolveu assumir a... sexualidade dele.

            – Eu não vou deixá-lo. E Fernando também não. Ele foi buscar a namorada dele.

            Rafaela abaixa a cabeça. Seria mesmo a sua intenção tocar nesse assunto? Falar na mãe que a abandonara para recomeçar? Ou no pai?

            – Bem, linda, tenho que subir para retocar as unhas. Tenha um belo dia, gata.

            Enfim, Rafaela se afasta de Tainá, que volta a deitar na maca. Não queria ficar triste por causa do que a garota a fez lembrar. Ela lhe desejara um belo dia. E Tainá teria um dia fantástico ao lado de quem mais amava no mundo, exceto a mãe; pois Fernando estaria de volta para apresentar a sua nova namorada. Ele disse que ela era daqui do interior e este seria o seu último ano no colégio, assim como o dele.

            – O que aquela vaca estava fazendo aqui?

            Clara deixa o cabelo cair sobre o seu rosto, fazendo com suas pontas toquem a máscara de Tainá, para ficar cara a cara com a menina.

            – Me atormentando! – a morena abre os olhos para ver a amiga. Uma moreninha baixinha, que conheceu de verdade no sétimo ano, depois que sua prima, Sara, se mudou. Tainá se lembrou de que não ligava mais para ela, nem escrevia mais e-mails. Contudo, também não fez questão de esquecer – e perdoar – o fato de que ela não te procurava mais.

             – Ela está com inveja porque não foi convidada para a sua festa – Clara beija a sua cabeça, levando consigo um pouco do aroma de seu perfume de baunilha. – Vou para o segundo andar arrumar o cabelo.

            – Eu sei que ela está com ciúmes – disse Tainá, mais para si mesma do que para a garota. Porque ela sabia que era verdade. Afinal, ela era Tainá Borges. E muitos queriam ser ela, inclusive Rafaela Lúcio.

            Aquilo, sim, faria o seu dia ser esplêndido.

 

 

 

 

 

Uma semana antes de começarem as aulas, Tainá Borges decidiu fazer uma festa em sua reformada mansão, na rua Limoeiro. Ela tirou a manhã no SPA Revitalize da cidade de Catolé do Rocha, uma pequena e prospera comunidade no interior da Paraíba, onde todos se conheciam desde pequenos e, agora, grandinhos, namoravam.

            – Tainá Borges? – gritou Rafaela Lúcio na entrada da sala onde colocavam as máscaras de coquetéis de hidratantes para a limpeza dos poros. – Não acredito que você está aqui!

            Tainá se levanta da maca onde repousava, antes de ter que tirar a máscara.

            – Oi, Rafa! – ela coloca um falso sorriso no rosto. Não gostava da garota. E Rafaela muito menos dela. – Que surpresa encontrá-la aqui!

            – Não é? – Rafaela se aproxima ainda mais da garota. Parecia procurar as rachaduras de sua máscara verde-limão. – Pensei que você estivesse em João Pessoa... com Fernando...

            – Não, não. Decidi ficar.

            Rafaela sabia disso. Já devia ter ouvido falar da festa na piscina na casa dela. Mas tocara no assunto para lembrá-la do divórcio dos pais.

            – Ok – ela assopra uma mecha de cabelo loiro de sua trança. Rafaela parecia estar incomodada com algo preso em sua garganta e faria questão de colocar para fora. – Você vai continuar na cidade?

            – Vou sim – Tainá balança a cabeça, afirmando. Permanecia com o mesmo sorriso nos lábios. A morena parecia ainda mais bonita que a loira, mesmo estando de touca e com as unhas dos pés sem esmalte.

            – Eu imaginei que você iria embora... com sua mãe, sabe? Como o seu irmão... Depois que o seu pai resolveu assumir a... sexualidade dele.

            – Eu não vou deixá-lo. E Fernando também não. Ele foi buscar a namorada dele.

            Rafaela abaixa a cabeça. Seria mesmo a sua intenção tocar nesse assunto? Falar na mãe que a abandonara para recomeçar? Ou no pai?

            – Bem, linda, tenho que subir para retocar as unhas. Tenha um belo dia, gata.

            Enfim, Rafaela se afasta de Tainá, que volta a deitar na maca. Não queria ficar triste por causa do que a garota a fez lembrar. Ela lhe desejara um belo dia. E Tainá teria um dia fantástico ao lado de quem mais amava no mundo, exceto a mãe; pois Fernando estaria de volta para apresentar a sua nova namorada. Ele disse que ela era daqui do interior e este seria o seu último ano no colégio, assim como o dele.

            – O que aquela vaca estava fazendo aqui?

            Clara deixa o cabelo cair sobre o seu rosto, fazendo com suas pontas toquem a máscara de Tainá, para ficar cara a cara com a menina.

            – Me atormentando! – a morena abre os olhos para ver a amiga. Uma moreninha baixinha, que conheceu de verdade no sétimo ano, depois que sua prima, Sara, se mudou. Tainá se lembrou de que não ligava mais para ela, nem escrevia mais e-mails. Contudo, também não fez questão de esquecer – e perdoar – o fato de que ela não te procurava mais.

             – Ela está com inveja porque não foi convidada para a sua festa – Clara beija a sua cabeça, levando consigo um pouco do aroma de seu perfume de baunilha. – Vou para o segundo andar arrumar o cabelo.

            – Eu sei que ela está com ciúmes – disse Tainá, mais para si mesma do que para a garota. Porque ela sabia que era verdade. Afinal, ela era Tainá Borges. E muitos queriam ser ela, inclusive Rafaela Lúcio.

            Aquilo, sim, faria o seu dia ser esplêndido.

 

 

 

 

 

 



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