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História Garoto de Programa - Capítulo único


Escrita por: GegeXianle

Notas do Autor


Olá, esse One Shot é um fragmento de "Um Ensaio sobre a Subversão", que eu já postei aqui no Spirit.
Uma das facetas da vida do Jens, um rapaz que namora Frans desde que se conheceram ao trocarem um beijo dentro de um bar.


Boa leitura. ^^"

Capítulo 1 - Capítulo único


Fanfic / Fanfiction Garoto de Programa - Capítulo único

One Shot 

Garoto de Programa

                        Louis x Jens

 

      O quarto solitário de Louis ficava num conjunto de pequenos cômodos únicos, separados por corredores escuros, escadas de madeira puída e portas sem alguma espécie de numeração que indicasse qualquer coisa.

     Caminharam por um pátio rodeado de arvoredos nus e pilastras cinzentas. Via-se mulheres debruçadas numa série de tanques enfileirados e sujos, esfregando suas roupas precariamente, tendo os dedos congelados.

 

    E Jens tinha a nítida impressão que todas as mulheres lançavam-lhe meios olhares de desprezo furtivo.

   Sentia-se como as árvores nuas do pátio recoberto pelo frio seco e ele  olhava para suas companheiras não tendo outra opção, se não, ficarem enraizadas com seus galhos feridos apontando para o céu, obedecendo o ritmo constante e cruel das estações.

    Louis morava no segundo piso, o assoalho rangia e no corredor estreito havia cinco portas, todas de pinho gasto, quase idênticas.

__Mas, como você consegue lembrar qual é a sua?

__Não esquenta, Jens! Eu também achava meio confuso no início, mas depois me acostumei com as marcas de machadada na porta ficou fácil.

__Tem certeza que Tina não está em casa?

__'Tá limpo, amor.

    Tina era a garota que morava com Louis, não por amor ou algo do tipo, ela só não tinha mais ninguém.

    Louis foi destrancado a porta, alguém espiava da fresta da porta em frente.

    Entraram, o quarto estava escuro, exceto pela luminosidade pálida da janela.

__Não acenda a luz, Louis.

__Mas, eu quero ver.

    Todo cômodo ficou insuportavelmente claro.

Jens estava perturbado, sentia-se nu antes mesmo de despir-se e tinha vergonha dessa vaga nudez.

   Louis encostou seu corpo na pia, cruzou as pernas e olhava Jens com os olhos extremamente sensuais.

   Jens conhecia esse olhar, já estivera sobre ele em alguma outra ocasião. Lembrou-se que estivera com ele na cama de seu quarto, que Louis não era muito experiente e movia-se por cima de Jens de forma desajeitada e violenta.

   Afinal de contas, não estava em total desvantagem.

__Fique nu, Jens.

__Por que? Não é capaz de arrancar a roupa do meu corpo?

__Quer que eu arranque?...

__Você manda, Louis. Você está pagando... "Fique nu", você disse.

    A voz de Jens era sexy, sussurrava. Era só um jogo, pensava. Interpretava o devido papel de quem está sendo pago para dar prazer.

__É isso que você quer, Louis?...__ Ele perguntou deixando cair sua jaqueta no chão.__Que eu... Fique nu?

   Aproximou-se pouco a pouco de Louis, a cada passo um botão de sua blusa se abria.

   A blusa caiu pelo caminho.

   Desabotoou a calça e foi perdendo a coragem. Ficou agradecido por Louis tomá-lo pela cintura e beijar-lhe os lábios, penetrando sua boca, tendo a saliva tão quente.

   Entregava-se ao beijo de modo que fosse o último que poderia provar.

   Os gestos eram sem dúvida agressivos, mas já não pareciam tão desprovidos de experiência.

    Essa novidade intimidava Jens e fingiu sentir uma súbita excitação. Agarrava os cabelos claros de Louis e chupava-lhe a orelha, o pênis dele roçava entre suas cochas.

   Jens apertava os olhos de tal forma que doíam, queria a todo custo sentir dor.

   E doíam de tal maneira que essa dor se estendia pela testa e o rosto. Seus gemidos saiam entre dentes.

   Então, a garota que morava com Louis, chamada de Tina entrou como o silêncio, encostou a porta devagar e de modo que não fizesse qualquer ruído.

    Contemplou o corpo de Jens na cama, Louis por cima em plena cópula.

    Inteiramente nus.

    Louis investia no traseiro de Jens com vigor e violência, quase de modo febril. Não podia ver Tina, ou coisa alguma, tão pouco o rosto do próprio Jens.

                        Não lhe interessava o rosto dos michês.

     Enquanto as pernas de Jens envolviam o corpo de Louis, seu próprio corpo tremia e se agarrava ao lençol sem entender o por quê da própria ereção.

    A visão preenchia Tina com uma estranha ternura, acreditava amar Louis e sentia verdadeira paixão por Jens e no entanto, estava surpresa por não se sentir excitada com a cena. Ficou observando o prolongamento do coito e ouvindo ardorosamente seus gemidos, parecia observar duas crianças trocando ingênuas juras de amor e percebeu que podia chorar.

     Louis deixou-se cair pesadamente sobre Jens, gozara sem cerimônia dentro daquele traseiro apertadinho.

           As pernas de Jens caíram moles pela beira da cama.

           O instante pareceu imóvel.

      Jens detestava esse silêncio que se seguia após o sexo sem propósito. Por isso abriu os olhos e mirou no rosto suave e jovem de Louis plenamente satisfeito pelo gozo.

 __Vamos, Louis... Acabemos logo com isso.

     A voz de Jens não continha nenhuma réstia de prazer, estava tão subitamente triste que os braços de Louis sentiram-se obrigados a abraçá-lo com força ao passo que seu pênis encolhia lentamente no buraco rendido de Jens.

__Só mais um pouco, Jens.

    Louis beijou-lhe a testa e Jens o detestou por isso.

    Quem ele pensava que era?

     Somente lábios amorosos podiam beijar sua testa, os lábios de Frans.

     Saiu bruscamente debaixo do rapaz e deu de cara com Tina, observando-o  cheia de ternura e absoluta atenção...

 


Notas Finais


Futuramente, tem outros fragmentos desse conto.

Até a próxima.


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