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História Garoto Prodígio - 1


Escrita por: awkwardlypretty

Notas do Autor


Oláááááá
Sim, eu to começando uma fanfic nova
Sim, eu tenho hiperatividade
Se você acompanha minhas outras fanfics, sugiro que leia as notas finais
Se você não acompanha as minhas outras fanfis, sugiro que acompanhe, aí leia as notas finais

Essa é a minha primeira ABO, então peguem leve, por favor
e sim é Taegi, eu respiro Taegi, não gostou senta e chora - ou vai ler meus yoonmin/yoonkook q tão no meu perfil

Boa leitura, espero que gostem :)

Capítulo 1 - 1


[P.O.V. Taehyung] 

Eu não conseguia calcular contas grandes. Eu não tinha facilidade em decorar fatos. Ficar muito tempo sentado era uma agonia e eram raros os livros que me conseguiam me prender. Eram essas e mais inúmeras razões que me faziam odiar todas as matérias desse maldito colégio.

Menos música.

Eu amava música. Não se passava um dia da minha vida sem que eu ouvisse pelo menos uma hora de música, e eu amava cantar. Sempre gostei da minha voz, do modo como ela ficava um pouco mais grossa em algumas linhas, sempre mantendo a afinação. Eu cantava naturalmente, era algo comum para mim, como respirar. Minha mãe falava que cantor ou músico não era uma profissão digna de um alfa, mas eu não me importava. Nunca tinha sido um exemplo de alfa e sempre amei música. Não foi preciso duas semanas de aula para que se tornasse a minha matéria favorita. Apesar disso, foi apenas preciso uma indicação para aulas de reforço para que eu perdesse todo o gosto por ela.

Minha dificuldade em me manter parado e minha falta de coordenação motora também se aplicavam às aulas de música, já que eu era aparentemente incapaz de decorar uma série de notas e reproduzi-las em um instrumento. E como sempre acontece quando eu não consigo fazer algo em que pus muito esforço, acabei ficando completamente frustrado com minhas aulas de reforço.

  - Obrigado pela aula, senhora Min. - digo assim que a aula extra acaba, guardando os meus materiais e dando um sorriso falso para a mulher na minha frente.

Min Kyongi é uma ômega muito gentil, engraçada e paciente, na verdade. Mas meu humor nunca fica bom depois de uma hora tentando, sem sucesso, impedir que a minha falta de coordenação motora transforme uma música em algo grotesco.

  - Não foi nada, Taehyung. - Ela fala e começa a arrumar os próprios materiais, me falando distraída sobre algo da próxima aula.

Não presto muita atenção, era sempre as mesmas coisas sobre treinar mais e colocar mais atenção às notas. Eu admirava Kyongi pela paciência que ela tinha com a minha incapacidade.

Uma figura pequena surge ao abrir a porta, por trás da senhora Min. Seus cabelos loiros estão escondidos em uma touca preta e ele está usando um moletom que passa da metade de suas coxas. Na mão direita, coberta pela manga do casaco, há um livro - ele está quase sempre lendo algo - e na pálida mão esquerda há uma caneca do Kumamon cheia de café. Seu rostinho bonito está amassado de sono e suas piscadas demoram, os óculos quase caindo do rosto. É sábado de manhã, ele provavelmente acabou de acordar. É fofo.

Min Yoongi é a única razão para eu continuar a vir nesse reforço de música toda maldita semana. Eu sou muito trouxa, mas continuo aguentando essas aulas todo sábado única e exclusivamente para ver ele, nem que seja de relance. Me vi extremamente cativado pelo seu rosto, pelo seu sorriso que aparece apenas quando ele está entre amigos, pela sua expressão concentrada quando lê um livro.

Não é surpresa nenhuma que eu esteja apaixonado por Yoongi. Ele é o ômega perfeito. Bonito, gentil, alegre, carinhoso e inteligente. Todas as vezes que eu via Yoongi passar nos corredores do colégio sempre havia uns três ou quatro alfas babando no loirinho.

Yoongi sempre foi inteligentíssimo, nunca saindo da primeira posição do colégio. Ele dedicava praticamente a vida inteira aos estudos, o que me foi a única explicação plausível para porque ele ainda não foi marcado por um alfa. Um verdadeiro garoto prodígio. Corria pela escola o boato de que ele sabia falar onze línguas e tocar mais de quinze instrumentos, além de já ter sido cotado para a Ivy League, um grupo de faculdades extremamente concorrido, mesmo estando apenas no segundo ano do colégio. Esses boatos provavelmente foram espalhados pela mãe, que sentia um orgulho extremo do filho. Apesar disso, eu sabia que todos os boatos eram verdade. Mas apesar de saber tudo sobre o loiro, eu não o conhecia direito. Minhas conversas com ele não passavam de meio minuto de coisas banais, na maioria das vezes sobre escola.

  - Mãe. - A voz manhosa e sonolenta de Yoongi corta os meus pensamentos. - O Bingley 'tá miando do lado do meu quarto de novo.

No meio dessa fala, ele colocou a xícara de café em cima de uma mesinha que havia ali e coçou os olhos com a mão coberta pela manga do casaco. Ele não parece se importar com a minha presença ali, ou simplesmente esteja com sono demais para me notar. Era comum eu ver Yoongi com sono, já que eu vinha a sua casa no sábado de manhã, mas nunca deixava de ser fofo. Tudo sobre Yoongi dizia que ele precisava ser protegido a todo custo, como uma criança. E, melhor ainda, queria que fosse eu a protegê-lo - mesmo eu não sendo um alfa exemplo.

  - Ele provavelmente só quer comida. - Kyongi fala, ela abre a boca para falar mais alguma coisa quando um trovão vindo do lado de fora a interrompe.

Olho para a janela e vejo que a manhã está escura, diferente de quando eu saí de casa, e a chuva cai com tanta força que algumas poças se formam no chão automaticamente. Bufo internamente, eu não tinha trazido meu guarda-chuva. Eu iria de ônibus, mas da casa de Yoongi até o ponto eu tomaria um banho. E eu posso ser estranho e hiperativo e tudo o mais - na verdade, em qualquer outra ocasião eu adoraria tomar um banho de chuva - mas não estava nos meus planos chegar em casa encharcado e com frio.

  - Filho, leve o Taehyung até o ponto. - Kyongi fala como se tivesse lido meus pensamentos, e eu não duvido nada, aquela mulher é estranha. - Pegue um guarda-chuva para que vocês não se molhem.

Yoongi apenas assente, parecendo entediado. Ele faz sinal para que eu o siga e sai da sala, deixando a mãe dele/minha professora sozinha ali, arrumando os materiais para o próximo aluno. Ele simplesmente passa na sala da casa, comigo logo atrás, e pega um guarda-chuva enorme. Eu não sei se aquele guarda-chuva era muito grande ou se Yoongi que era pequeno demais. Yoongi praticamente arrastava o guarda-chuva atrás dele. Andamos até a porta da casa e percebo que ele ainda não largou aquele livro.

  - Yoongi-ssi, você vai levar o livro? - Perguntei, falando alto por causa do barulho da chuva na nossa frente. - Vai acabar molhando ele.

Yoongi parece surpreso por eu ter falado seu nome no modo formal, mas eu realmente não tinha intimidade nenhuma com ele, além de conversas rotineiras do tipo "você pode me emprestar uma borracha?" ou "diga à sua mãe que eu não vou ir no reforço hoje". Apesar da surpresa, ele logo responde:

  - Tudo bem, eu prefiro levar o livro.

Ele abre o guarda-chuva com um pouco de dificuldade por causa do tamanho e fica na ponta dos pés para colocar ele em cima de mim, o que me faz soltar uma risadinha. A minha risadinha deve o ter irritado, porque a expressão de sono é substituída por uma expressão emburrada igualmente fofa. Pego o guarda-chuva de sua mão e o puxo para perto, segurando nós dois da chuva. Entrelaço meu braço no dele para o impedir de se molhar - e para ter uma desculpa para encostar nele, eu admito - e ele cora imediatamente, um ato tipicamente ômega. Ele é tão fofo sem nem mesmo tentar que não parece ser real.

Meu corpo tão perto dele faz eu perceber o seu odor, que meu organismo de alfa aprendeu a reconhecer e adorar. O cheiro de Yoongi estava um pouco mais forte. Tentei ignorar, apesar de estar enlouquecendo por dentro por causa daquilo. O cheiro dele fazia meu corpo reagir como à nenhum outro ômega. Sentia meus pelos se arrepiarem e minhas pupilas dilatarem em menos de um segundo, mas fico quieto. Talvez Yoongi esteja apenas perto do cio, não é minha função me intrometer, por mais que o cheiro dele seja delicioso.

  - Que livro é esse? - Pergunto, apontando com a cabeça para sua mão direita.

Ele olha para mim com os olhinhos semicerrados, provavelmente pensando se deveria falar para mim, mas em seguida se rende e fala, alto por causa do barulho da chuva:

  - Orgulho e Preconceito, da Jane Austen. - Assim que as palavras saem da sua boca, vejo seus olhos brilhando - O livro é meio antigo, mas é o meu favorito.

  - Posso ver? - Pergunto, estendendo a mão livre.

Ele me encara, desconfiado, os olhinhos voltando a se semicerrar. Arqueio as sobrancelhas e ele suspira, se rendendo e me estendendo o livro.

  - Cuide bem dele. Esse livro é o meu filho. Se você estragar ele eu vou ser obrigado a esfregar a sua cara no asfalto.

Levanto as mãos em sinal de rendição antes de abaixá-las e pegar o livro. Yoongi pega o guarda-chuva para que as minhas mãos fiquem livres e tem que esticar o braço para colocar em cima de mim. Escondo uma risadinha, o que provavelmente faria ele se emburrar novamente. Agora com as duas mãos livres, folheio o livro e percebo que boa parte das linhas estão grifadas, e algumas páginas tem as anotações na letra bonita de Yoongi no canto. Eu já tinha visto milhares de livros na mão dele, mas esse era claramente o seu favorito.

  - Quantas vezes você leu esse livro? - Pergunto, sem tirar o olhar das páginas grifadas.

  - Já perdi a conta. - Ele dá um sorrisinho. - Provavelmente já decorei cada linha dele.

Paramos no ponto de ônibus e, num timing perfeito, vejo o veículo virando a esquina.

  - Aquele é o meu ônibus. - Falo, apontando. Yoongi se vira para ver do que estou falando e em seguida olha para m novamente, falando:

  - Ah. - Ele parece... Decepcionado? - Então eu te vejo sábado que vem.

  - Aham. - Falo, olhando para as minhas próprias mãos enquanto o ônibus para do nosso lado.

Antes que eu possa pensar demais no que estou fazendo, puxo Yoongi pelo braço e dou um beijo rápido na sua bochecha, me afastando rapidamente em seguida e subindo no ônibus antes que ele possa esboçar uma reação.

A porta fecha, impedindo que as gotas de chuva entrem e o ônibus sai, deixando um Min Yoongi com uma expressão confusa, rosto corado e mão na bochecha, sozinho na rua.

Ainda estou sentindo os meus lábios formigarem com a sensação da sua pele neles quando me sento em um dos bancos disponíveis, suspirando. Estou tão avoado logo após aquele rápido beijo que demoro a perceber o objeto em minhas mãos. O livro de Yoongi, Orgulho e Preconceito. Ele provavelmente vai me matar por ter pego o livro dele, mas foi sem querer, eu juro.

Olho pela janela e vejo as gotas d'água cessarem lentamente enquanto o ônibus continua andando. Apesar de saber que provavelmente é errado, eu leria o livro de Yoongi. Cada página e cada anotação tinham um toque dele. E cada toque a mais de Yoongi na minha vida era capaz de deixar tudo melhor.


Notas Finais


Para quem ainda não acompanha as minhas outras fanfics:

First Love: https://spiritfanfics.com/historia/first-love-yoonmin-6231492
Too Lonely: https://spiritfanfics.com/historia/too-lonely-6479276
Overdose: https://spiritfanfics.com/historia/overdose-5808574
House Of Cards: https://spiritfanfics.com/historia/house-of-cards-6171321

Corre lá que dá tempo de acompanhar

A pra quem já me conhece e já leu Overdose, um avisinho rápido que vai deixar o dia de vocês um pouco melhor:
Se prepara aí
Eu não esqueci da segunda temporada, e ela vem em breve

Por enquanto é isso, espero que tenham gostado
Comentem e favoritem, por favor
Obg <3


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