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História Garoto Prodígio - 3


Escrita por: awkwardlypretty

Notas do Autor


HELLOOO
Esse capítulo foi escrito ao som de Wings pq eu me recuso a ouvir qualquer outra coisa que não esse album pq ele tá MA RA VI LHO SO
só isso msm
Ah, e e eu acho que vocês vão querer me matar por causa desse capítulo
~le corre

Capítulo 3 - 3


[P.O.V. Taehyung]

 

- O quê? Como assim você não pode vir? Eu te vi no colégio hoje, anta! Você tem que vir! – praticamente grito ao telefone, usando a voz de alfa inconscientemente e fazendo Jungkook se encolher do meu lado. Balbucio um pedido de desculpas (apesar desse ridículo não merecer desculpa nenhuma depois de ter me trocado pelo Hoseok) e volto a falar com Jimin no telefone, com um tom de voz normal – A gente tem menos de duas semanas para fazer esse trabalho, não podemos perder mais um dia.

Já tínhamos perdido três dias do prazo de duas semanas que nos foi dado para fazer tudo e hoje, no dia em que íamos nos encontrar no intervalo para falar sobre o tal trabalho que eu já odeio, Jimin inventa que tem um compromisso. Quem, em nome de Deus, tem um compromisso durante o intervalo?

- Você não vai perder mais um dia. – ouço a voz de Jimin no celular. – Vocês ainda conseguem planejar tudo sem mim.

- Vocês quem? Eu e o Jungkook? Você ‘tá falando pra eu pedir ajuda em um trabalho de história para a mesma pessoa que acha que a Guerra Fria aconteceu no Polo Norte? – zombo e Jungkook me mostra o dedo do meio, murmurando um “vai se foder” sem fazer som.

(Essa história da Guerra Fria no Polo Norte realmente aconteceu, eu lembro perfeitamente de quando o professor achou isso na prova de Jungkook e leu para a sala inteira. Naturalmente, eu nunca vou deixar de zoar ele por causa disso)

- Claro que não, idiota. Eu falei para o Yoongi onde vocês normalmente ficam no intervalo e ele ‘tá indo aí. – Jimin fala calmamente, o demônio.

- O quê? – engasgo ao telefone, fazendo Jungkook rir da minha cara. – Jimin, você armou isso? Jimin?

- Tenho que ir, tchau. – ele fala, seguido de uma risadinha, e o telefone fica mudo.

Park Jimin, eu te odeio.

- Eu vou matar aquele garoto. – digo, bloqueando a tela do celular e voltando a olhar para Jungkook. Ele apenas dá de ombros.

- Eu guardaria as suas ameaças de morte explícitas se não quiser assustar o seu ômega. – Jungkook fala, apontando para as portas duplas na frente do gramado onde estamos sentados, por onde um certo loirinho está saindo.

Ele nos avista e se aproxima, e percebo que a sua expressão está emburrada, fechada. Ele provavelmente só está chateado pelo bolo que levamos de Jimin. Olho para Jungkook e percebo que ele está me lançando um sorriso malicioso. Por que eu sinto que esse intervalo vai ser um inferno?

 

[P.O.V. Yoongi]

 

O sino tinha acabado de tocar e eu estava saindo da sala – tentando a todo custo evitar ser esmagado pelos alunos desesperados para o intervalo – quando sinto meu celular vibrar no meu bolso. Vou até o lugar onde eu normalmente espero Jimin para o intervalo e desbloqueio a tela do celular, vendo que ele me mandou uma mensagem.

 

Jiminnie: Yoongi, vc ja saiy da auls?

Eu: Sim, o sino acabou de tocar. E escreve que nem uma pessoa civilizada, Jimin, quase não dá para entender.

Jiminnie: Nem vem, eu to com muita pressa pra escrever certo.

Eu: Por que você me mandou uma mensagem se a gente tá na mesma escola? Isso é tudo preguiça de vir na minha sala? Porque dá no mesmo, a gente sempre fica juntos no intervalo.

Jiminnie: Eu ainda não cheguei nesse nível de preguiça, Yoongi.

Eu: Então porque você mandou a mensagem??

Jiminnie: Pra te avisar que eu não vou poder encontrar você e o Tae hoje no intervalo. Teve um imprevisto.

Eu: Que imprevisto? E como a gente vai fazer o trabalho? Ele é enorme e a gente já perdeu três dias, Jimin.

Jiminnie: Vocês podem começar a planejar sem mim, eu compenso pra vocês depois.

Eu: Como assim?

Jiminnie: Ele fica com o Jungkook no gramado atrás do ginásio.

Eu: Que?

Eu: Não, Jimin, você sabe que eu não consigo ficar sozinho com ele, ainda mais agora.

Jiminnie: Tenho que ir, tchau.

Eu: Não, Jimin!

Eu: Jimin?

Eu: Jimin, me responde!

Eu: PARK JIMIN!!!1

 

Ele nem se deu ao trabalho de visualizar as últimas mensagens. Apenas bufo e reviro os olhos. Claramente esse era mais um dos planos de Jimin para me deixar sozinho com Taehyung – tudo bem que Jungkook estaria junto, mas eu nunca tinha falado com ele – mais uma vez, e, apesar de gostar de ficar junto dele, a vergonha era muito maior.

Eu descobri que gostava de Taehyung cerca de um mês depois de conhecê-lo, no nono ano, quando tive meu primeiro cio. Eu falava com ele eventualmente, mas nunca tivemos muita intimidade, porque eu estava sempre muito ocupado estudando e ele estava muito ocupado fazendo amizades novas e sendo popular. Pensando bem, essa parte não mudou nada. Mas eu acabava o observando inconscientemente, prestando mais atenção do que deveria. Eu percebia coisas pequenas nele que apenas me deixavam mais apaixonado.

O modo como ele era carinhoso tanto com outros alfas como com betas e ômegas, não destratando nenhum. Ele parecia não ligar muito para passar aquela imagem de alfa másculo e rude, pelo contrário, sempre era muito gentil com todos. Aquele sorriso quadrado que ele sempre carregava no rosto, a expressão fofa de confusão durante as aulas de matemática, o cenho franzido durante as aulas de leitura enquanto ele tenta se concentrar em um livro, a empolgação durante as aulas de educação física – todos esses pequenos detalhes que foram ganhando novas cores enquanto eu o observava.

Naturalmente, eu não tratei como atração no começo. Apenas achava que gostaria de ter o moreno como amigo, porque ele realmente era amigo de todo mundo. Mas foi no meu primeiro cio que eu percebi que não era nada disso. Necessitado como eu estava, meu cérebro me bombardeou com cenas inventadas de Taehyung, e só naquele momento eu percebi como queria que fossem verdadeiras. Desde aquele cio, todos até o mais recente tiveram Taehyung como protagonista dos meus pensamentos. É extremamente embaraçoso, mas realmente não é algo que eu controlo. Por mais que eu tente parar, eu sempre acabo chamando por ele.

Cerca de um mês atrás, Jimin me visitou durante o cio. Apesar de saber que não era muito sábio chamar ele para vir na minha casa enquanto eu estava naquela situação – afinal, ele é alfa – todos os meus supressores tinham acabado e meus sintomas estavam muito piores. O plano era ele apenas deixar os comprimidos na minha casa e ir embora, porque é realmente estranho o meu melhor amigo de infância me ver daquele jeito, mas ele não me achou e resolveu me procurar.

Naquele dia eu estava trancado no banheiro tendo Taehyung como protagonista dos meus pensamentos, como sempre, e Jimin ouviu tudo. Na hora eu nem suspeitei, ele apenas deixou os remédios do lado da porta e foi embora sem fazer nenhum barulho. Mas cerca de dois dias depois, quando o cio já tinha acabado e estávamos na escola, ele veio falar comigo sobre o que tinha ouvido.

Lembro de ter entrado em pânico e implorado para Jimin para que não contasse nada, nem para Taehyung, nem para ninguém. Ele riu e prometeu que não iria falar nada, e desde então me zoa por causa do meu “crush” – palavras dele – em Taehyung.

E realmente isso tudo não passava de um “crush” não correspondido, porque Tae sempre foi muito mais popular que eu. E que qualquer um na escola, diga-se de passagem. Ele era aquele tipo de pessoa que ia ao banheiro e voltava com cinco novos amigos, e amigos de verdade. Do tipo que te chamam para tomar banho de piscina em casa e ir à festas. Ainda não teve uma festa à qual Tae não foi convidado, porque ele era amigo de todo mundo que já fez uma.

E eu era um garoto extremamente nerd, que tinha mais livros do que amigos e preferia passar o dia inteiro estudando do que conhecer pessoas novas. Isso sem contar o fato de que Taehyung é lindo. Ele é alto, com o rosto perfeito e bem moldado, pele amorenada. Tae conseguia ser magro, mas sem ser magro demais, ao contrário de mim, que parecia uma criança mal alimentada.

Saio dos meus pensamentos autodepreciativos e vou até o ginásio. Mesmo que eu tenha muita vergonha de ficar sozinho com Tae, eu precisava fazer esse trabalho para não perder minha média. Eu consegui manter a minha média 10 por muito pouco no bimestre passado, meu pai me ameaçou de tantas formas que nem consigo contar nos dedos. Nem imagino o que ele faria se eu perdesse os dez pontos que esse trabalho vale.

Entro no ginásio e o atravesso, desviando de algumas bolas de basquete e saindo pela porta dos fundos, em direção ao gramado que quase sempre fica vazio. Assim que abro a porta, vejo Jungkook e Taehyung. Tae está com o celular na mão e falando algo para Jungkook. Em seguida Jungkook dá de ombros e aponta para mim. Tae me olha, olha para ele e JK abre um sorriso para Tae. Sinto meu corpo todo esquentar de ciúmes, mas eu já estou acostumado.

Jungkook e Taehyung estão sempre grudados e abraçados pelos corredores, e eu não faço a menor ideia se eles são um casal ou não – apesar de Jimin insistir praticamente três vezes por dia de que eles são só amigos, para me acalmar. Me aproximo dos dois, tentando esconder minha expressão fechada.

Assim que me sento do lado de Tae, ele abre aquele sorriso quadrado que me faz praticamente tremer de nervoso, e fala:

- Jimin falou que você viria. Ah, esse é o Jungkook, acho que vocês não se conhecem. – ele coloca a mão na coxa do moreno do seu lado, o apontando para mim, e sinto meu corpo ferver de ciúmes. Jungkook apenas sorri e acena para mim.

- Não, não conheço. – falo, estendendo a mão, e o moreno a aperta. – Eu sou Yoongi.

- Você fala tão baixo. – Jungkook comenta, usando uma voz muito alta para um ômega, o que me assusta um pouco. Taehyung percebe e dá um tapa na nuca de Jungkook.

- Se controle. – em seguida se vira para mim: - Me desculpe pelo Kookie, ele não se controla muito na frente dos outros. Se fosse possível ômegas usarem a voz de alfa, ele usaria o tempo todo.

- Claro que usaria. – Jungkook resmunga, esfregando a nuca. – Para compensar todas as vezes que você fez eu me encolher com essa porra.

Outro tapa forte na nuca. Eu praticamente espero que os dois comecem a se bater ali, mas eles começam a rir, Tae se apoiando no ombro de Jungkook. Seria uma cena realmente engraçada se eu não estivesse morrendo de ciúmes por dentro.

- Sério, me desculpe por Jungkook. – Tae repete e eu ouço Jungkook resmungar algo como “você é um frouxo” mas ele fala baixo o suficiente para não receber outro tapa.

- Tudo bem. – tento falar um pouco mais alto, mas meu lobo interior se encolhe na presença de Taehyung, é praticamente impossível.

Começamos a falar sobre o trabalho, – Tae teve a ideia de fazermos uma linha do tempo sobre o tema, porque era criativo e simples, e eu concordei – Taehyung e eu de pernas cruzadas, um de frente para o outro. No meio da conversa, Jungkook reclama que nós somos chatos porque estávamos falando de história há vinte minutos e deita na grama, usando as pernas de Taehyung como travesseiro e mexendo no celular. Minhas bochechas ficam vermelhas de raiva, mas graças à Deus nenhum deles percebe.

Até que, num movimento que eu espero que tenha sido instintivo, Tae coloca a mão na cabeça de Jungkook e faz um carinho ali. Minhas bochechas queimam e sinto meus olhos ficarem um pouco molhados, mas me seguro. Tudo o que eu queria é estar ali no lugar de Jungkook, deitado nas pernas de Tae e com as mãos dele na minha cabeça. Meu corpo está fervendo de ciúmes e raiva, eu conseguiria fritar um ovo na minha cara agora.

Só quando Jungkook se ajeita melhor nas pernas de Tae, me dando uma vista completa do seu pescoço, que eu percebo. As duas cicatrizes circulares em forma de presas do pescoço de Jungkook, a cicatriz da marca. Jungkook já foi marcado, ele já tem um alfa.

E então percebo o carinho que Tae está fazendo na cabeça de Jungkook e em como esse movimento foi instintivo, e em como Jungkook olha para Taehyung de cinco em cinco segundos, praticamente não prestando atenção no celular.

Perceber finalmente quem é o alfa de Jungkook é o suficiente para mim. Me levanto, usando todas as forças que eu tenho para não chorar na frente de Tae, e falo, a voz cortada:

- Eu... T-tenho que ir... E-Eu... Tchau, T-Taehyung... – gaguejo de qualquer jeito e saio correndo dali, com lágrimas nos olhos, deixando um Taehyung confuso e um Jungkook marcado para trás. 


Notas Finais


~le desvia das pedras
ADIVINHEM QUEM É O ALFA DO JUNGKOOK? KKKKKKKKKKKKK eu sou muito podre dsclp
Vcs vão ficar sofrendo até o próx cap, mas não vai demorar muito não, porque eu já tenho meio escrito na minha cabeça
Comentem, pfv adoro os comentários (msm eu demorando uma caralhada p responder me desculpem eu n sei interagir)

Até o próximo Ü


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