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História Gato de rua - Um outro lado


Escrita por: sunriot

Notas do Autor


Como eu já havia dito, a fanfic está bem próxima do fim e o mel meio que acabou... Eu não tinha pensado em como finalizar a fic até alguns dias atrás, então parei e pensei bastante, e desde o começo eu queria algo bem realista, Tsukishima descobrindo esse lado dele, que gostava de garotos também e bem, o que mais realista que alguém estragar algo assim de graça? Pois é, eu fiquei bem triste em escrever esse cap e colocar a história nesse caminho, mas nem tudo são flores. Espero que gostem e não me odeiem tanto.

Capítulo 10 - Um outro lado


Já passava das 9 horas da manhã quando Kuroo acordou, estranhou não ter escutado nenhum alarme ou chamado, afinal Tsukishima deveria ter aula naquele dia. Talvez fosse algum feriado local ou Akiteru tivesse mesmo escutado tudo e quisesse deixar o irmão descansar. Ou estivesse com vergonha de entrar no quarto. Kuroo riu baixo com a última hipótese, seria uma situação bem constrangedora.

Baixou o olhar, focando no loiro que dormia tranquilamente sobre seu peitoral, ele parecia realmente pacífico enquanto dormia. Sorriu bobo ao escutar um resmungar baixo, parecia que o mais novo estava sonhando e o bico que este fazia era adorável demais. Foi pego em seu momento de adoração pelos olhos sonolentos que se abriam aos poucos, ainda meio atordoados.

– Que horas são? – Questionou o loiro, voltando a fechar os olhos e apertando o corpo alheio com mais força.

– Já passam das 9. – Respondeu acariciando os cabelos bagunçados preguiçosamente.

– Perdi a aula e Ennoshita vai ficar na minha orelha. – O timbre da voz não transmitia preocupação alguma, parecia apenas um comentário sem importância jogado ao ar.

– Dá alguma desculpa amanhã.

– Nem adianta, ele é ainda pior que o Daichi, não se deixe enganar. – Levantou-se do peitoral forte, sentando-se na beira da cama enquanto se espreguiçava, sentindo o corpo dolorido. Realmente foi como imaginou, estaria bem mais dolorido no dia seguinte. Deixou um gemido baixo escapar ao enfim se levantar da cama, ficando em pé frente a esta.

– Tá tudo bem? – Kuroo rapidamente se levantou, ficando atrás do parceiro e beijando-lhe o ombro cuidadosamente.

– Uhum, vamos nos apressar e comer algo, daqui a pouco você tá voltando pra Tóquio, certo? – Comentou indo em direção ao banheiro fazer sua higiene matinal, tendo o moreno em sem encalço.

– Uhum, meu trem sai as 11:30. – Viu o olhar um pouco triste do loiro, que não tardou a ser disfarçado. Beijou a bochecha alheia demoradamente.

– Você é muito chiclete. – Estreitou os olhos para o moreno ao ter a bochecha selada pelos lábios fartos.

– E você gosta.

Tsukishima não perdeu tempo contradizendo o moreno, até porque ele estava certo, não que fosse algo que admitiria, não mesmo.

Como o novo casal havia imaginado, encarar o Tsukishima mais velho fora algo deveras constrangedor e, muito provavelmente, o mais constrangido entre os 3 era Akiteru, este gaguejou desde o bom dia que desejara à ambos até a desculpa que tinha que terminar um trabalho da faculdade e se trancar no quarto. Kuroo acabou esquecendo a vergonha que imaginou que sentiria, achando tudo aquilo muito engraçado.

 

 

 

 

 

– Então, acho que tá na minha hora. – Falou ao escutar o táxi buzinar em frente ao portão da casa do loiro e vendo seu relógio marcar 11:10, já estava atrasado na verdade. Tinha que torcer pro trânsito estar bom ou chegaria atrasado na estação.

– Eu vou sentir sua falta... – Confessou Kei olhando para qualquer canto da sala que não fosse o moreno e sentindo as bochechas esquentarem, certamente estava corado, mas era melhor ignorar isso.

– Eu também vou sentir muito a sua falta. – Surpreendeu o mais novo, o puxando pela cintura e unindo os lábios em um beijo demorado e já carregado de saudade. Afastou-se deixando um último selar na testa do loiro. – Se cuida, hm. E caso tenha férias antes de mim, venha me visitar.

– Uhum. – Roubou um último beijo do moreno, logo vendo-o se virar e ir em direção ao táxi, entrando neste e sorrindo enquanto acenava já de dentro do automóvel. Acenou de volta, achando aquilo tudo muito ridículo no fundo, pareciam um casalzinho desses de filme clichê. Quanto clichê invadia sua vida nos últimos dias.

Respirou fundo, tomando corarem para ir falar com o irmão, quanto mais rápido esclarecesse aquilo, melhor seria.

Caminhou até o quarto do irmão, parando em frente a porta e hesitando algumas vezes antes de realmente bater na madeira, recebendo autorização baixa para entrar. Adentrou o cômodo, escorando as costas na porta fechada e ficou assim por alguns segundos, apenas observando o irmão fazer algo no computador, teoricamente o trabalho da faculdade.

         – Acho que precisamos conversar. – Disse por fim, se sentando na cama ao lado do irmão, este girou a cadeira lentamente e Kei pode notar que o irmão sabia do que se tratava, pois, seu rosto ainda estava corado. Akiteru conseguia parecer bem mais jovem que si as vezes.

         – Eu sei o que quer dizer e b-bem, não precisa d-dizer nada. – Falou atropelando as palavras enquanto gaguejava.

         – Akiteru, eu que devia estar envergonhado.

         – Eu sei, eu sei. – Cobriu o rosto com ambas as mãos, negando com a cabeça e respirando fundo antes de voltar a encarar o irmão mais novo. – Eu imaginava que o Kuroo não era apenas seu amigo, você não deixa ninguém se aproximar tanto de você quanto deixou ele se aproximar nesses dois dias, mas... – Voltou a cobrir o rosto, sentindo a timidez o dominar novamente. – Não precisava de uma confirmação tão alta quanto ontem. Podia ter pedido pra eu dormir na casa de algum amigo.

         Dessa vez foi Kei que sentiu as bochechas arderem em vergonha, não sabia que havia feito tanto barulho assim.

         – Mas olha, não precisa mesmo explicar nada. – Continuou cobrindo o rosto com as mãos, abrindo apenas os dedos para encarar o irmão, o olhar parecendo compreensivo diante daquilo. – Eu fico feliz que encontrou alguém, pouco me importo se é um cara, ele parece ser alguém legal e gostar realmente de você e vice-versa.

         O loiro mais novo se surpreendeu com aquilo, esperava alguma reação negativa do irmão, ser visto como anormal, mas nada disso parecia presente ali, o que o deixava feliz.

         – Mas por favor avisa quando forem fazer isso, eu não quero escutar meu irmãozinho em momentos assim. – Quase gritou aquilo, a voz saindo um pouco desesperada. Não conseguiu conter o riso com a reação do irmão.

         – Você é idiota, irmão.

        – Eu tô falando sério, Kei. É traumatizante, você devia tá brincando com bonecos do transformers e não... e não... – Não conseguiu terminar a frase, voltando a virar a cadeira e bater a cabeça no teclado, choramingando baixo.

 

­­

 

         A rotina de Tsukishima e Kuroo voltou a ser basicamente a mesma de antes, resumia-se em mensagens, ligações e, em raras ocasiões, chamadas de vídeo. Mas algumas coisas haviam mudado em seu dia-a-dia, seus colegas de time haviam descoberto seu relacionamento com o ex capitão do Nekoma, o que rendeu inúmeras brincadeiras, principalmente de Hinata, pois o loiro sempre dizia achar o mais velho insuportável. Sempre que viam Kei atender alguma ligação do moreno faziam um coro de “KuroTsuki”, sempre liderado pelo ruivo baixinho. O que sempre rendia um Tsukishima irritado e saques acidentais na nuca de alguém.

         Já estava escuro quando voltava de um dos treinos junto a Yamaguchi, o amigo falava animado sobre ter conseguido um encontro com Hitoka e o loiro apenas conseguia rir das bochechas do menor corar enquanto falava da garota, não era segredo que ele era afim dela há algum tempo, apenas ele achava que disfarçava aquilo bem. Estavam tão distraídos que não notaram alguns garotos se aproximarem, apenas quando uma pequena pedra foi arremessada na cabeça do loiro que virou-se irritado a procura de quem havia feito aquilo.

         – Qual dos idiotas arremessou isso em mim? – Perguntou irritado, olhando para os garotos parados poucos metros atrás deles.

         – A bichinha se irritou, vejam só. – Escutou o mais alto falar e rir desdenhoso, não era maior que si, mas visivelmente mais forte.

         – O que você disse, imbecil?

         Yamaguchi olhou melhor para os garotos, mais pareciam delinquentes de rua, não conhecia nenhum deles e não lhe pareciam ser amigáveis, ainda mais por estarem em grande número e todos sorrindo maldoso, sem contar que, por qual motivo completos estranhos os parariam em uma rua deserta à noite? Segurou o braço do amigo, evitando que este se aproximasse mais dos outros.

         – Vamos embora. – Pediu baixo, a voz visivelmente preocupada.

         – Então você trocou de namoradinho? – O garoto estranho voltou a perguntar. Kei estranhou aquilo, não se lembrava de já ter visto ele em algum lugar, mas aparentemente ele já havia o visto e muito provável que com Kuroo.

         – Então agora tenho stalkers? – Sorriu desafiador na direção do garoto que pareceu ficar irritado com a pergunta e o olhar do loiro sobre si.

         Tsukishima sabia que não devia ficar ali, muito menos responder às afrontas sem motivo, mas por todos os infernos, por que tinha que aceitar aquilo também? Não tinha feito nada para àquelas pessoas, nem ao menos os conhecia.

         Voltou a escutar xingamentos, agora não só do garoto mais alto, e sim de todos, enquanto estes se aproximavam de si, sabia o motivo daquilo, não entendia, mas não precisava ser algum tipo de gênio para deduzir que era apenas algum grupinho homofóbico que devia ter o visto junto a Kuroo quando saíram juntos.

         Tentou resistir as primeiras agressões, mas um forte soco na cara o deixou tonto e a última coisa que lembrava-se de ver era Yamaguchi correndo e gritando desesperado pedindo por ajuda.


Notas Finais


Então? ;;
Não tenho muito o que falar, odeio ter que "maltratar" meus personagens favoritos mesmo que em fanfic.
Até o próximo capitulo.


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