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História G.B.F. (Gay Best Friend) | Malec (HIATO) - Faggot


Escrita por: malechuca

Notas do Autor


Oi florzinhas quanto tempo néan?
Boa leitura sz

Capítulo 2 - Faggot



Segunda-feira, 7 horas da manhã e já estou a caminho fo inferno.

Assim que entro no prédio da escola percebo que provavelmente minha sexualidade virou assunto principal das fofocas.

Tenho faltado desde quinta-feira, o que resulta em vários olhares intimidadores e cochichos por todos os lados. Ignoro colocando meus fones e sigo rapidamente para o corredor.

Agora que todos sabem sobre mim, graças a Rag com aquela boca grande de leviatã, sou oficialmente o primeiro gay assumido da escola. Yay.

Desde então, não tenho acessado  nenhuma rede social, a escola inteira devia estar falando sobre minha "saída do armário".

Rag me ligou o final de semana inteiro, mas eu não atendi. Mamãe disse que ele havia ido me procurar no sábado e no domingo, mas como ela me conhece, disse a ele que eu não estava. Obrigado universo por ter me dado a melhor mãe do mundo.

Ando devagar tentando evitar a ansiedade que começa a criar paranoias na minha cabeça. Não contei para mamãe sobre mim e não sei se irei contar. Talvez eu precise de alguns dias para ter coragem. Talvez alguns anos.

No corredor as coisas parecem piorar, a multidão me encara como se uma galinha de calça jeans estivesse andando por eles.

Me sinto tão descofortável que acabo esbarrando em uma garota que retruca alguns xingamentos, mas continuo andando até chegar em meu armário.

Distraído com minha pose de fingir-que-nada-está-acontecendo-ao-meu-redor, nem sequer me dou conta de que Alexander está ao meu lado, me encarando, com seus olhos azuis. Eu poderia ficar admirando esse par de olhos o resto da minha vida.

O encaro esperando ele dizer algo.

- Então? - Alexander pergunta curioso.

Olho para os lados mais confuso e o encaro novamente.

- Você disse alguma coisa? - pergunto tímido, evitando gaguejar - Desculpe, eu não escutei.

- Eu disse "oi" - seus lábios formam um meio sorriso,  quebrando o clima desconfortável - Também perguntei o seu nome.

Exito por um momento, mas quando vejo seu sorriso é impossível não responder. Esse garoto deve ter feito algum pacto com Afrodite. É claro, se ela não for sua própria mãe.

- Magnus. Meu nome é Magnus.

Percebo que algumas pessoas estão olhando para nós maliciosamente, Alexander também percebe.

- Bom, eu te vejo por aí Magnus.

Fico desconcertado por uns segundos com a reação dele. Mas já era de se esperar. Pego minhas coisas no armário e vou direto pra minha primeira aula.

....

Assim que chego no refeitório percorro o lugar com meus olhos a procura de Ragnor, apenas para confirmar que ele havia faltado. Vou direto para a mesa que costumo me sentar com Rag e Catarina, que por coincidência também faltou.

Os concorrentes para rei e rainha do baile se dispersam para convencer os alunos a votarem neles e no momento eu não estou prestando atenção em nada que não seja Alexander, com uma camisa branca apertada caminhando pelas mesas, entregando bottoms com uma foto sua e esbanjando aquele sorriso divino.

Quando é que esse garoto vai deixar de ser gostoso?

Isabelle, irmã de Alexander vinha andando em minha direção. Seus cabelos como uma cascata negra balançando com seus passos. Como habitual, ela está de salto - quem dera eu tivesse saltos como esses - praticamente desfilando, como se fosse uma modelo.

Eu daria tudo pra ser essa garota.

Ela se senta em minha frente enquanto eu tento não tremer e agir normalmente.

- Você é o Magnus, né? - ela pergunta sorridente enquanto eu engulo em seco balançando a cabeça afirmando - Eu sou Isabelle. Você é mesmo gay?

Eu poderia jurar que se fosse possível eu enfiaria minha cabeça dentro de um buraco. Minhas bochechas estavam corando rapidamente e eu não podia fazer nada para impedir.

Falar sobre minha sexualidade abertamente era algo novo pra mim. Abaixei a cabeça, fingindo uma tosse até que ela percebeu meu desconforto.

- Na verdade eu... - pensei em negar, dizendo que Ragnor estava apenas brincando, mas eu não podia negar. Não mais - S-sim, eu sou gay - terminei em voz baixa.

Imediatamente Isabelle abriu um sorriso dando gritinhos animada. Arregalei os olhos surpreso com a reação dela.

- Isso é MARAVILHOSO! - ela estava muito animada e começava a chamar atenção dos outros alunos que agora nos olhavam curiosos - Você não sabe o quanto eu queria ter um amigo gay!

Eu não sabia o que responder, então forcei um sorriso e para minha sorte, o sinal tocou no mesmo instante. Isabelle colocou uma mecha atrás da orelha e me lançou um olhar amigável.

- Desculpe se te assustei com meu jeito fangay - ela sorri com o que diz - Eu amo essa palavra. Enfim, amanhã vamos almoçar juntos. Aliás, me desculpe pelos palavrões mais cedo, tome cuidado, nem todo mundo em quem você esbarrar vai se desculpar - e da mesma forma que chegou ela se levanta e sai indo para fora do refeitório.

Levanto rindo de Isabelle e vou para o corredor pegar os materiais para a próxima aula. Uma multidão de olhares cai sobre mim assim que me aproximo. E descubro o porquê.

Na porta do meu armário com a tinta preta ainda fresca, escreveram "bichinha" escrito em grandes letras.

Engulo em seco já sentindo minhas pernas tremerem enquanto meus olhos lacrimejam, quase a ponto de ter uma crise de choro em meio ao corredor da escola rodeado de alunos. Mas novamente sou salvo pelo sinal que toca indicando a próxima aula e todos começam a se movimentar rapidamente.

Solto um leve suspiro passando o dedo sobre meus olhos, tentando segurar o choro e abro meu armário.

...

A campainha toca novamente.

Saio do banheiro me secando,  pegando a primeira roupa que encontro no quarto, me vestindo com pressa para atender a porta. Desço a escada pulando os dois últimos degraus. Eu não faço ideia de quem seja o infeliz mas eu gostaria de dar um tiro nele.

Assim que abro a porta, eu realmente gostaria ter uma arma.

Ragnor me encara cínico enquanto eu bato a porta em sua cara. Meu Deus por que eu não tenho uma arma? Eu não atiraria em muitas pessoa. Eu acho.

Respiro fundo e abro a porta tentando encará-lo sem pensar em voar em sua garganta.

- O que você quer aqui?

- Precisamos conversar Magnus.

- Não temos nada para conversar.

- É claro que temos, eu quero me desculpar - seus olhos parecem arrependidos, mas não cedo fácil.

Se Rag soubesse o tamanho da raiva que estou dele, ele não pensaria duas vezes em sair da minha frente.

- Você tem cinco minutos.

O observo piscar rápido, ele sempre pisca rápido quando está nervoso.

- Desculpa, eu na queria ter dito pra todo mundo sobre você.

- Você não disse, você gritou.

- Desculpa por ter gritado - ele respira fundo e me encara sério - Você sabe que eu não queria, eu jamais faria algo pra te deixar mal. Por favor me desculpa.

O encaro, segurando o riso. Rag e eu nunca ficamos sem nos falar por muito tempo, sempre acabávamos fazendo as pazes.

- Seu fodido, eu queria tanto dar na sua cara - ele sorri me abraçando - Agora entra, tenho um babado pra te contar.


Notas Finais


RAAAAAAAAN vocês acharam que eu tinha esquecido GBF no churrasco né?
Eu só iria continuar a escrever depois de terminar Forbidden Love mas decidi continuar já que entrou em hiato.

Já quero avisar que a fic não vai ser a mesma coisa do filme, okay? Teje dito.

Beijo de luz ♡


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