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História G.E.M (Agentes Especializados em Monitoramento) - O melhor pior encontro


Escrita por: Mutekai

Notas do Autor


E.. advinha o que vai acontecer?
Exatamente, irei fazer um capítulo com muito amor pra vocês me amarem e comentarem até amanhã :3
Capítulo feito com muito amozinho dedicado a Alice que tanto shippa Pearlmethyst ;)
Só pra constar... amo todos vocês ~~<3
Espero que gostem.. boa leitura..

Capítulo 10 - O melhor pior encontro


Passei o resto da noite pensando no que a Perla havia me dito no parque. Aquilo me deixou muito confusa. Mesmo jogando aquelas palavras perturbaram minha mente. Gabrielle estava com seu recorde de vinte vitórias seguidas, nunca a deixei chegar a esse ponto.

-O que está acontecendo?- perguntou a morena após mais uma vitória.

-Nada, estou bem.- demorei um pouco porém respondi.

-É a Perla né? Ela não voltou contigo. Aconteceu algo?-

-Nem..- fiquei apreensiva. -Apenas foi pra casa.-

-E?- mesmo que estivesse de óculos escuros, sabia que ela olhava nos meus olhos, não conseguia mentir pra ela.

-Perla disse que me daria uma chance.. mas ela simplesmente saiu, não soube o que fazer e ainda não sei.- suspirei.

-Vá atrás dela oras.- mexeu em seu óculos.

-Parece simples demais.- apenas fiquei a encarando. -Tão simples que é perfeito. Vou levar algumas flores. Que tal?- a morena apenas fez um sinal de “joia” com o dedo.

Sorridente eu corri para meu quarto provisório e peguei algumas roupas pra tomar um banho. Usei o secador que estava ao banheiro para deixar meu longo cabelo sequinho, já que estava bem cheiroso.

-Vai demorar?- reclamou Momo de braços cruzados.

-Não, já estou saindo.- encarei ela.

-Nem pensem em brigar novamente.- Gabrielle passou por nós.

-To de boa.- Morgana levou os braços para trás da cabeça.

-Temos que parar de brigar.- ri penteando o cabelo. -Me ajuda a fazer uma trança?- pedi a trevosa, virando de costas.

Ela me ajudou, ficou uma bela trança. Minha franja ficou ainda sobre meu rosto, onde deixei arrumada de maneira que não apareça muito meus ferimentos, até cobriu um dos meus olhos.

-Desculpe te bater, estava com raiva.- sorri levemente para ela.

-Acontece.- a voz dela era sem ânimo, como sempre.

Dei as costas, voltei para meu quarto onde arrumei meu coturno branco. Usava uma calça jeans preta, com alguns rasgos no joelho. Uma blusa branca sem alças, por cima uma camisa aberta lilás, com as mangas até meus cotovelos, daquelas tipo flanela, era confortável por ser mais solta.

Sophia me deu algumas flores, onde as segurei para levar a Perla, claro que expliquei antes o motivo pra mesma, que achou fofo de minha parte. Caminhei até onde era o restaurante da mãe dela.

Notei a magrela apoiando um braço no balcão, parecia entediada. Estava escuro, mas o rosto dela está bem iluminado com as luzes. Poucas pessoas ainda comiam. Agora ela estava vestindo uma blusa de gola polo, com o logo do restaurante e uma calça de cintura alta, onde botou a camisa por dentro. Me aproximei escondendo as flores atrás de mim.

-Hey P... como está o serviço?- corei levemente mantendo um sorriso tímido. Claro que usei maquiagem para ajudar a ocultar meus ferimentos.

-Chato.- ergueu os olhos pra mim com um sorriso.

-Trouxe pra você.- estendi a mão entregando as tulipas a ela.

-São lindas.- o sorriso dela cresceu repentinamente.

-Temos mais um cliente?- perguntou a mãe vindo da cozinha. -Bem vinda moça.-

-É minha amiga mãe. A Violleta lembra?- notei aquele delicado rosto dela corar.

-Sim, aquela garota que você saiu uma vez.- olhou pra filha sorridente. -Que flores lindas!-

-Eu dei a ela.- disse baixo.

-Mas que fofa. Quer sair mais cedo filha?- eu e Perla nos entreolhamos.

-Não vai se importar?- a filha parecia não acreditar.

-Nenhum pouco, aproveite.- disse a mãe.

Estendi minha mão a ela, que pôs a sua sobre a mesma. Dei um beijo as costas da mão dela, o que fez a mesma sorrir.

-Pare Amy..- o rosto dela já estava rubro.

-Aceitaria meu convite de dar uma volta?- assentiu, onde saímos de mãos dadas.

Nem acreditava que ela não soltou minha mão, nem eu a dela. O silêncio prevaleceu entre nós, estávamos envergonhadas, nem sabia o que falar. Aonde levaria ela? Minha nossa queria impressionar ela.

Caminhei com ela então até o Big Rosquinha, adorava aquele local, mas pela expressão da mesma acho que nunca veio aqui. Imagino que nunca saia de casa, ou pelo menos do quarteirão.

Sentamos em uma mesa mais afastada. Lars um homem magro, com alargadores e um cabelo esquisito veio com uma prancheta.

-Poderia anotar seu pedido?- olhei para Perla, não trouxe dinheiro.

-Eu pago, pode nos dar duas rosquinhas.- pediu, acho que entendeu o meu recado.

-Que sabor?- ele perguntou, parecia entediado.

-Chocolate e morango.- indiquei, onde a maior assentiu.

Ele se retirou, agora nossos olhares se encontraram, ainda estávamos com as mãos juntas, acabei soltando a mesma e colocando ambas as mãos em cima da mesa.

-Me trouxe aqui e não trouxe dinheiro?- franziu a testa, ai caramba, acho que estraguei o encontro.

-Sim.- abaixei a cabeça.

-Não entendo como você consegue ser tão imatura.- cruzou os braços.

-Goste ou não, sou assim.- também cruzei os braços.

Durante um tempo não nos olhamos, uma com o rosto virado contra a outra. O silêncio tomou novamente conta da situação, mas dessa vez não foi de uma maneira tão boa quanto antes. Lars logo trouxe nossas rosquinhas, agradeci pegando uma.

Perla pagou a ele, nem quis tocar em sua rosquinha. Rapidamente comi a minha de chocolate, notei a magrela ainda de cara emburrada.

-Essa é sua.- apontei pra rosquinha.

A mesma pegou, ignorando que estava ali. Mordeu um pedaço e comeu, deixando o resto de volta na caixa de onde viera. Olhei para o alimento e para ela, nem queria olhar pra mim.

-Olha P.. sei que fui grosseira.. mas.. bem.. é meu jeito de ser... desculpe..- abaixei a cabeça.

-Pode comer.- disse seca.

Peguei a rosquinha e a devorei. Levantei da mesa, indo ao banheiro pra lavar as mãos. Ao voltar a outra não estava mais ali. Limpei a garganta e saí do estabelecimento. Vi Perla encostada em um poste fumando, espera, ela fumava? Nem tinha cheiro algum de cigarro.

-Você fuma?- estranhei me aproximando.

-Só quando estou estressada ou quando mamãe oferece...- delicadamente soprou a fumaça para o lado, como conseguia ser tão graciosa até segurando o cigarro?

-E eu bebo.- Encostei também no poste, suspirando. -Podíamos ir até um bar né?- sugeri.

-Está sem grana Amy, não vou te bancar.- soprou a fumaça para a direção oposta de onde eu estava.

-Pode me achar imatura.. só queria que não deixasse meus defeitos ocultarem minhas qualidades. Perla adoro o jeito que faz as coisas.. é tanta delicadeza, acho isso tão fofo.- corei levemente.

-Acho fofo o jeito que lhe deixo sem graça e ainda você tenta me agradar.- virou-se para mim e abaixou o tronco para me dar um beijo na bochecha. Ainda com o cigarro aceso entre os dedos deu as costas para mim, tragando mais um pouco.

-Perla.. espera.. deixa eu te acompanhar até em casa.- acho quera minha única alternativa agora.

Ainda em silêncio caminhei ao lado dela, que tomou o cuidado para não jogar fumaça em cima de mim. Apenas agradeci.

Quando chegamos na esquina ela apagou o cigarro e colocou ao lixo. Atravessei a rua com ela, a rua estava um tanto vazia, o que era estranho. Bem na frente do prédio ela parou e olhou pra mim.

-Amy, obrigado por tudo tá?- só agora que notei que Perla não estava com as flores, imagino que deixou em cima do balcão de trabalho.

-C-certo... desculpe não ser boa o bastante pra você tá?- olhei para o lado envergonhada. Ouvi uma risada vinda dela, o que atraiu minha atenção a mesma.

-Você é tão adorável, não se preocupe com isso.- ganhei um beijo na testa, estava sem palavras, foi quando um cara todo de preto aponto uma arma pra testa dela, ouvi ele engatilhando a mesma.

-O-o que deseja?- a mesma ergueu as mãos.

-Não se mexam ou eu atiro.- falou o cara. Olhei para o lado vendo um cão nos rondado, era daquele homem?

-Nos deixe em paz, pode levar o dinheiro.- reclamou Perla, notei o homem abraçar ela por trás e colocar a arma na cabeça da mesma.

-Não quero dinheiro gracinha.- Sorridente ele passou a língua a bochecha dela.

Eu poderia reagir, lutar, e acho que Perla também, mas estava congelada, olhar ele com a arma na cabeça dela, me fez gelar até o último osso do meu corpo.

A mão do homem passou pelo corpo dela, não ia aturar isso, tinha que fazer algo, mas o que? Tirei minha blusa, enrolei a mesma, o homem franziu a testa.

-Não se mexa, eu atiro.- continuou apontando a arma a cabeça dela.

-Faz o que ele pede Amy.- engoliu em seco, fechando os olhos.

-Vou te salvar P...- nem terminei a frase e já usei minha blusa de chicote, pegando a arma e puxando. Ouvi um tiro, mas por sorte foi pra cima.

Com a arma no chão o homem soltou Perla que acabou levando uns golpes delicados e precisos. Fiquei até com pena, deve ter doído um bucado, pois a magrela não cansou de dar vários chutes entre as penas do homem caído.

-Devia ter vergonha na cara..- reclamou pro homem.

-Pega.- foi a única coisa que ele conseguiu dizer, o cão agora saltou pra cima dela.

Para que não fosse mordida, fiquei em frente ao animal, coloquei o braço direito, onde foi mordido. Acertei um soco bem ao meio da cabeça do animal, que grunhiu e me soltou. O mesmo sacudiu a cabeça, parecia desnorteado. Levei a mão ao braço ferido.

Perla correu para dentro do prédio e me puxou pelo braço. Trancamos a portaria, onde o porteiro já havia ligado pra polícia. Não demorou para ouvirmos a sirene, por sorte eles foram presos. A preocupação da outra se voltou para mim.

-Se machucou.- olhou meu braço ensanguentado. -Temos que ir para um hosp...- interrompi ela.

-Não dá..- envolvi minha blusa ao ferimento, tentando evitar que sangue. -Sophia pode me ajudar, vou chamar um...- agora ela me interrompeu.

-Vamos lá pra cima, temos que cuidar disso agora.- foi comigo até o elevador, onde subimos até o apartamento dela.

Me sentei na cadeira em frente a bancada, localizada entre a sala e cozinha. Estendi meu braço tirando um pouco a blusa, onde pude ver a marca da mordida, foi funda.

-Esperamos que não fique doente.- comentou colocando luvas e passando soro em um algodão.

-Achei que não entendesse muito de primeiros socorros.- comentei.

-Como estamos sem missão, as vezes passo o dia lendo livros, e primeiros socorros foi o mais lido.- retrucou.

Passou um remédio em meu ferimento, ardeu, reclamei, mas nem isso fez ela parar. A mesma apenas deu poucos pontos, tive que morder uma toalha limpa, dada a mim, para não gritar de dor. Ela não tinha anestesia. Por fim o ferimento foi enfaixado e o sangue do balcão limpo. Como se não bastasse ela levou minha blusa até o tanque, lavando a mesma e pendurando pra secar.

-P.. assim fico sem graça, não quero incomodar.- meu braço ainda doía.

-É o mínimo que posso fazer. Essa mordida podia ter sido em mim.- se aproximou sentando no banco em minha frente.

-Só quis te proteger.- sorri levemente.

-E eu estou te protegendo, cuidando de você. É meu jeito.- o rosto dela ficou levemente corado.

-Foi incrível o jeito que chutou o cara, ele ficou resmungando e choramingando.- ri.

-Ahh nem foi tanto.- também riu, porém ainda com o rubor em seu rosto.

Meus olhos se focaram aos dela, que magníficos olhos azuis claro, estavam brilhantes, assim como seu sorriso. Aproximei aos poucos meu rosto ao dela, nossos olhares se fixaram. Os lábios se encostaram aos poucos formando um gracioso carinho entre si. Fechei os olhos levanto uma das mãos ao rosto dela, acariciando o mesmo. Sentia a mão da mesma sobre a minha, acariciando o local. Meu coração disparou, como ela conseguiu me arrancar tantos suspiros?

Senti a língua dela passar sobre meus lábios, o beijo ficava mais intenso. Tomei a liberdade de puxar o rosto dela para mais próximo do meu, colando bem nossas bocas, se isso fosse possível. Foi minha vez de passar a língua nos lábios dela, porém estavam entreabertos onde adentrei os mesmos entrelaçando nossas línguas. Ambas pareciam se abraçar, acho que nunca tive um beijo de língua desses. Em namoros passados foram mais toques e sexo.. bom.. mais sexo do que toques.. nada muito ousado.. tudo parecia diferente, ainda desconfiava dela, até sentir meu seio ser levemente apalpado pela mesma. Soltei um prolongado suspiro, ia separar o beijo e reclamar porém acabei gostando, o jeito dela era delicado, mas até que gostei. Não quis ficar por fora então levei a mão ao dela também, apalpando de leve. Os peitos dela eram pequenos, mas graciosos, conseguia senti-lo perfeitamente, acho que o sutiã que ela usava era fino, daqueles mais infantis.

Entre alguns suspiros acabamos separando o beijo, pousei minhas mãos em meu colo e ela olhou para o lado mexendo nos cabelos.

-Que beijo!- comentou.

-Se derreteu toda né?- zoei

-N-não.- o rosto rubro dela virou para mim, parecia brava.

-Ahh P.. não seja boba. Sei que gostou.- passei a língua em meus lábios.

-Pare com isso.- negou com a cabeça e virou de costas pra mim.

Soltei uma risada, onde a maior se direcionou até o quarto.

-Vai passar a noite aqui?- disse me olhando pro cima do ombro.

-Se você deixar.- me estiquei no banco.

-Pode dormir comigo hoje.- piscou entrando no quarto.

Juro que fiquei boquiaberta olhando ela adentrar ao local, até me dar conta do que fazia. Ela me chamou pra dormir junto? Não devia fazer aquilo, mas talvez fosse bom ficar perto dela. Ainda confusa fui até o cômodo, onde a mesma se encontrava deitada, enrolada nas cobertas.

-Que demora.- murmurou me olhando entrar. -Desliga as luzes e deita.- a voz dela parecia de sono.

Passeei pelo apartamento desligando as luzes, por último a do quarto dela. Deitei na cama ao lado da mesma, me mantendo em silêncio. Me cobri fixando os olhos ao teto, era bem escuro ali, a pouca iluminação provinha de uma longa cortina, acho que tinha uma sacada, mas não quis olhar.

-Está com sono?- ouvi a doce voz dela ao meu ouvido, sentindo a mão da mesma pousar sobre minha bochecha e virar meu rosto em sua direção, não dava pra vê-la muito bem.

-Não muito. Por que?- bocejei.

-E se nós duas aproveitarmos que estamos sozinhas pra transar?- senti um beijo na minha bochecha, em seguida ao canto dos lábios, já sabia aonde seria o próximo.

-P-P... e-eu nunca transei com uma mulher...- meu rosto ficou rubro, senti os lábios dela roçarem aos meus.

-Eu te ensino, não se preocupe.- nossos lábios se tocaram lentamente, dando início a um beijo um pouco mais intenso que o anterior, claro que retribuí.

Nossas línguas já se entrelaçaram de primeira, soltei profundos suspiros durante o beijo. Levei minhas mãos até a nuca dela, entrelaçando meus dedos aos cabelos da mesma. Senti a mão dela por dentro da minha blusa, erguendo a mesma aos poucos. Passou a mão em meu seio, por cima do top. O tecido não era muito grosso, senti perfeitamente seus delicados dedos acariciando meu mamilo, acabei soltando um suspiro prolongado.

Acabei separando nossos lábios para respirar, foi onde senti meu outro seio ser tocado por ela, ainda por cima do top e repetindo o movimento do outro. Soltei um gemido, abafando ao pescoço dela, onde tratei de dar um chupão para provocá-la também.

-Amethyst... - reclamou, imagino que deixei uma leve marca no local.

-P-pare P... a-acho que ainda não estou pronta pra isso.- mordi meu lábio inferior, eu desejava, mas ainda queria testar se a outra apenas queria transar ou se realmente começou a desenvolver sentimentos por mim, pois.. já estava gostando dela.

-Tudo bem.- disse desapontada deitando em meu lado.

-Não se chateie P.. sabe que gosto muito de ti..- envolvi meus braços ao redor dela.

-Desculpe.. ando tão carente e... fogosa... - esfregou o rosto em meu peito, se confortando entre meus braços.

-Eu te perdoo.- beijei a testa dela sorridente, não pude ver, mas tinha certeza que ela também estava sorrindo.

Demorei um pouco para dormir, já estava excitada foi um pouco difícil me conter. Mas consegui relaxar. Dormi tão bem sentindo ela me meus braços. Um vento gelado entrou no quarto, o que me fez virar de costas pra ela e puxar o cobertor. Já estava quase dormindo quando ouvi a suave voz dela cantando lá foda.

-I was fine with the men.... Who would come into her life now and again..- abri meus olhos e me levantei, olhando para a cortina entreaberta, ela estava na sacada?

-I was fine 'cause I knew... That they didn't really matter until you..- fiquei ouvindo a voz dela cantar, era tão doce que acabei sorrindo.

-I was fine when you came... And we fought like it was all some silly game.. Over her, who she'd choose.. After all those years I never thought I'd lose.. -

-It's over, isn't it? Isn't it?.. Isn't it over?... It's over, isn't it? Isn't it?... Isn't it over?.. You won and she chose you.. And she loved you and she's gone.. It's over, isn't it?.. Why can't I move on?- me levantei olhando pela cortina, ela fumava um cigarro apoiada na grade da sacada, olhando para baixo.

-War and glory, reinvention.. Fusion, freedom, her attention.. Out in daylight my potential.. Bold, precise, experimental..- me aproximei um pouco olhando para baixo, Rose estava segurando a mão de um homem de cabelos cumpridos, porém sem muito cabelo na parte de cima, era Greg o marido dela.

-Who am I now in this world without her?.. Petty and dull with the nerve to doubt her.. What does it matter? It's already done.. Now I've got to be there for her son..- acho que ela nem notou que eu estava aqui.

-It's over, isn't it? Isn't it?.. Isn't it over?.. It's over isn't it? Isn't it?.. Isn't it over?.. You won and she chose you.. And she loved you and she's gone.. It's over, isn't it?.. Why can't I move on?..- coloquei a mão no ombro dela, o que fez a mesma olhar pra mim com uma lágrima no canto dos olhos.

-It's over, isn't it?.. Why can't I move on?..- abracei a mesma, onde fui retribuída.

-Ainda sofre por causa da Rose?- minha voz soou sem ânimo.

-Não dá pra esquecer Amy.. é difícil.- senti algumas lágrimas pingarem em mim, onde afastei o abraço.

-P.. por favor, pare de pensar na Rose..- ela tragou seu cigarro com aquele olhar choroso. -Pare de fumar essa droga.- tirei o cigarro da mão dela e joguei no chão. -Está me machucando assim...- algumas lágrimas escorreram por meu rosto, a mesma ficou boquiaberta olhando para o chão.

-Meu cigarro...- notei escorrer lágrimas dos olhos dela também, sabia que não era por causa do cigarro.

-Gosto tanto do seu cheiro.. mas acho.. que o cigarro acaba com ele.- dei as costas voltando ao quarto, meus olhos cheios de lágrimas. Acabei me jogando ao travesseiro e chorando.

Ela não veio atrás, estava tudo quieto, apenas ouvi as palavras da minha mente dizendo o quanto sou idiota pensando que ela gostaria de mim. Aquela mulher só tem olhos pra Rose.. só tem olhos pra quem não a quer... não se importa com o que sinto..

Senti um sutil toque em minhas costas, virei meu rosto, Perla estava com os olhos marejados, me olhando. Ela vestia uma camisola azul bem claro, seu corpo estava úmido, acho que tomou um banho, pois o cheiro dela estava tão bom. Deitei minha cabeça ao colo dela, tendo meus cabelos acariciados por ela.

-Desculpa Amy.. as vezes meu amor por Rose acaba me cegando.. tenho sérios problemas com isso.. não queria machucar você.- senti algumas lágrimas caindo em meu rosto, eram as dela.

-Hey P.. não chore.- ergui a mão para acariciar o rosto dela, apesar dos olhos úmidos, não chorei mais, agora sorri.

Ela sorriu também, deixando que as últimas lágrimas escorressem, onde pude secá-la com uma das mãos. A mesma abaixou o rosto, tocando delicadamente seus lábios aos meus, mesmo que de cabeça para baixo, o beijo foi muito bom e carinhoso. Ambas estávamos sorrindo. Separou o beijo e permaneceu me olhando.

-P, quero te ajudar a esquecer a Rose.. só me prometa, de hoje em diante eu sou sua crush e estamos saindo, para de se apaixonar a toa tá?- disse séria.

-Adoro quando parece madura.- beijou minha testa com um sorriso.

-Adoro quando não está verde.- soltei uma gargalhada, percebendo a negação ao rosto dela.

Me ajeitei no travesseiro, abrindo meus braços para que ela dormisse comigo, porém fui negada. Franzi a testa. Olhei a outra deitar e abrir os braços, sorri um pouco sem graça, acabei deitando em cima dela. A maior levou um dos braços ao redor da minha cintura e outro acariciou meus cabelos. Sinceramente, não sabia como ela suportava meu peso, era tão magra, talvez até mais forte do que eu esperava.

Aproveitando esse momento calmo, fechei meus olhos emaranhada a ela. Dessa vez me senti protegida, em paz, como se nada de ruim fosse acontecer. Dormi com um sorriso aos lábios, deitada com a cabeça ao peito dela, onde ouvia seu coração bater, acho que pela primeira vez, eu poderia morrer feliz.

 


Notas Finais


Pra quem não conhece/não lembra da música eis o link:
https://www.youtube.com/watch?v=Ussqi3nagrQ
Agradeço por lerem, adoraria ouvir o que vocês tem a dizer... comentem :3


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