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História G.E.M (Agentes Especializados em Monitoramento) - Noite longa


Escrita por: Mutekai

Notas do Autor


Meus amores, mais um capítulo com muito carinho pra vocês, espero que gostem ~<3
Alguém que nunca narrou agora irá narrar :3
Boa leitura.

Capítulo 11 - Noite longa


Ultimamente estava ficando frio, portanto Cassidy dormia junto de mim. Claro que geralmente abraçadas. Ela sempre acordava mais cedo, porém isso não me despertava, dormia feito pedra. Meu sono estava tão bom, já nem sabia se era a Cassy ou um travesseiro, mas sabia que abraçava algo. Um som irritante me despertou, acho que era o despertador. Abria bruscamente os olhos direcionando meu rosto a cômoda, onde estiquei a mão pra pegar o que fazia tal barulho. Minha vontade era partir ao meio tal objeto.

Notei que se tratava do meu celular. Apertei os olhos para olhará pra tela, o quarto estava bem escuro. Não era o despertador e sim alguém me ligando. Sem pensar rejeitei a chamada, era um número desconhecido.

Olhei ao redor procurando aquela baixinha loira, mas não estava ali, devia ter ido trabalhar, mas estava tarde. Não consegui pensar direito, então me estiquei para tentar olhar atrás da cortina, vendo se era de dia. Mas não era, devia ser de madrugada.

-Cassy?- chamei em voz alta coçando os olhos, não queria levantar.

Ela não respondia, o que era estranho, apenas ouvi um miado manhoso. Peguei meu celular, só agora lembrei que dava pra ver a hora nele. Eram duas da manhã. Sorte que não trabalhei essa madrugada.

Deixei o aparelho jogado em cima da cama. Em um salto me levantei. Fui até a sala, onde vi o pequeno filhote comendo ração. Esses últimos dias ajudei aquela teimosa a cuidar dele, tinha alergia, mas insistiu em ficar com a bola de pelos. Não tem como dizer não pra aquela cara fofa e pidona.

-Cassy?- persisti em chamar, porém não obtive resposta.

O gato saltou em cima do sofá, miou pra chamar minha atenção, mas apenas ignorei, indo a cozinha. Lá não havia nem um bilhete dizendo aonde ele foi, o que era estranho, já que sempre avisava.

Procurei pela casa inteira, mas ela não estava. Mais incomum do que ela sumir sem avisar, era ela sumir de madrugada. Ela sempre dizia que preferia dormir a esse horário, já que acordava cedo.

Decidi voltar até meu quarto, ao pegar o celular vi três chamadas perdidas daquele número estranho. Já comecei a ficar preocupada, mesmo que não demonstrasse. Novamente o celular começou a tocar. Dessa vez atendi.

-Kanya.-

-Oi, quem fala?- pergunta uma voz sem ânimo.

-Kanya, já disse.- óbvio que não era a Cassy. Ia desligar o celular, porém ouvi o tom da voz aumentar.

-Me desculpe, foi um acidente. Preciso que me encontre no hospital.- acho que ela estava assustada com algo.

-Quem fala?- ainda estava confusa, sinceramente minha expressão demonstrava isso claramente, nem dava pra descrever como era.

-Mia. Olha, vem logo pro hospital, Cassidy.. Acho que esse é o nome dela.. Bem.. Ela está aqui.- senti meu corpo gelar.

-Cassy está bem?- por mais que minha voz estivesse normal, eu não me sentia bem.

-Sei lá.. Só venha aqui.. Traz a família dela.. Não demora.- suspirei.

-Já estou indo.- desliguei a ligação.

Prometi aos pais dela que a protegeria. Qual será o estado dela? Sabia que por estar no hospital se tratava de algo grave. A única coisa que pude fazer é fechar a cara. Nem ajeitei meu cabelo rebelde, apenas troquei de blusa pra uma laranja escuro, vesti um moletom laranja mais claro. Uma calça jeans e tênis brancos.

Corri até o chuveiro atrás da porta, peguei a chave do carro, comprei faz alguns meses, ainda está pagando, era meu protegido. Desci até a garagem e sai com o carro. Acabei nem olhando se o sinal estava vermelho, apenas acelerei até o hospital. Ao chegar corri até a porta perguntando na recepção pela minha amiga.

Mostrei meus documentos pra ela e peguei um crachá de visitante pra subir até o quarto que ela estava. Ficava no segundo andar, não me informaram como ela estava, afinal, a recepcionista nem sabia.

Ao chegar lá vi uma garota de cabelos azuis próxima a porta, ela falava com o médico. Já imaginei que fosse a tal Mia. Quando me aproximei as atenções foram voltadas pra mim.

-Kanya?- perguntou.

-É.- cruzei meus braços ainda de expressão raivosa.

-Avisou aos pais dela?- a garota de cabelos azuis tornou a perguntar.

-Eles são de outro país. Sou a família dela aqui. Como ela está?- minha voz saiu mais grossa que o esperado.

-Blarghh quanta grosseria. Eu sou a Mia, te liguei.- revirou os olhos focando no doutor. -Atropelei sua amiga, mas trouxe ela aqui.- disse baixo.

-Você o que?- descruzei os braços erguendo um dos punhos.

-Calma moça.- o doutor se pôs na frente.

-Calma? Essa desgraçada atropelou minha amiga.- ele colocou a mão em meu punho, tentando me acalmar.

-Vou ter que chamar os seguranças.- ameaçou.

Por fim suspirei abaixando as mãos. O médico parecia baixo perto de mim, afinal, era anormalmente grande, não só em altura, mas em corpo também.

-Brutamonte.- resmungou Mia revirando os olhos.

-Como ela está?- bufei.

-Sofreu apenas ferimentos leves, o pior foi o susto, a fez vomitar e ficar febril. Mas está se recuperando. Alias, ela já teve alta, mas está um pouco confusa pra ir sozinha pra casa.- disse o doutor.

-Pega.- Mia me entregou o celular da pequena, estava com a tela rachada, com certeza quebrou na queda.

-Devia dar um novo pra ela.- franzi a testa.

-Isso é problema seu.- disse com cara de tédio, devia ser alguma adolescente delinquente.

Juro que daria um murro nela se não tivesse se virado para sair. Fechei com força os punhos louca para ir atrás. Respirei fundo. Acabei não me contendo. Pisando forte eu fui atrás dela, a segui até o estacionamento do hospital, o para-choque do carro estava levemente amassado.

-Ai.. Rosa vai me matar.- suspirou.

-Não só ela.- minha voz fria fez a garota se virar de repente.

-C-calma ai.. não foi por mal.- assustada ela se encostou ao carro.

-Sua puta.- ergui meu punho, iria acertá-la com tudo, porém vi lágrimas escorrendo.

-Eu mereço.. bate com força.- um ar melancólico tomou conta dela. -Minha vida é uma desgraça.-

-Acha que vai me comover.- só pra me certificar que ela não correria, segurei a mesma pela blusa, erguendo ela do chão, porém a mesma parecia não parar de chorar.

-Me bate logo antes que eu faça mais alguém sofrer.- as lágrimas dela escorriam por seu rosto, pingando em minha mão.

Dei logo um murro na cara dela, deixando a força do golpe derrubar ela no chão. A garota nem se levantou. O soco foi forte, mas não ao ponto de fazer ela desmaiar. Usei meu pé pra virar ela, vendo um pouco de sangue aos lábios da mesma enquanto chorava.

-Ainda choramingando? Poupe-me, já disse que não me comove.- disse de maneira fria, chutando a barriga dela com um sorriso nos lábios. Ao olhar o rosto dela notei um sorriso também, estava feliz?

-Você é forte.. gosto disso.- tossiu um pouco de sangue.

-Você tem algum problema.- novamente fiz aquela careta indescritível de confusão.

-Olha.. Kanya.. meus pais me abandonaram, eu cresci nas ruas, Rosa me ajudou e agora ensino o filho dela Steven a nadar. Quando vou pra casa.. a surra que tomo é pior.. moro em uma casa com dez pessoas, e nenhuma gosta de mim, talvez se passar a noite no hospital me sinta melhor.- a voz dela soava depressiva.

-Vai se tratar.- dei as costas pra ela. -Não serei a décima primeira. Só descontei a raiva.- bufei levando as mãos aos bolsos do moletom.

-Me desculpe por ela, deve ser importante pra ti.- ouvi uma tosse mais próxima, acredito que se levantou.

-Ela foi a única que acreditou em mim, quando até eu mesma perdi as esperanças.- alguns flashbacks se passaram por minha cabeça, mas logo desviei meus pensamentos.

-Deve ser uma pessoa incrível.- senti a mão dela em meu ombro, onde virei pra mesma.

-Ela é meio convencida, mas não é difícil de lidar.- Dei de ombros.

-To falando de você.- um sorriso surgiu ao rosto dela. -Podia me bater até eu morrer, mas mesmo assim não fez.-

-Sou brutamonte, não um monstro.- a mesma soltou uma risada dando tapinhas em meu ombro.

-Tola, nem esqueceu que te xinguei.- negou com a cabeça.

-Foi agora a pouco, amanhã já esqueci.- ainda parecia confusa.

-Adoraria te conhecer melhor.- notei ela ficar na ponta dos pés e passar a mão em meu rosto.

-Posso te levar pro meu apartamento, Cassy não vai se importar.- um misterioso sorriso surgiu em meus lábios.

-Hmn.. você tem um apartamento, podemos marcar um dia.- piscou pra mim passando a língua nos próprios lábios.

Nunca fui de ficar olhando uma garota me provocar. De imediato envolvi os braços ao redor dela, colei nossos corpos. Abaixei um pouco o rosto para beijá-la, no qual meu beijo foi muito bem correspondido. Com certeza ela estava com desejo, era como se não beijasse há muito tempo.

Por mais que tivesse sido um beijo rápido, chegamos a morder o lábios uma da outra e inclusive usar a língua. Foi intenso e ao mesmo tempo sutil, algo nela me despertava o interesse, planejava continuar cada vez mais. Porém a garota separou o beijo.

-Deu até um calor.- riu abanando o rosto com a mão.

-Eu acabo com isso.- inclinei meu rosto novamente para beijá-la, porém a mesma virou, me fazendo beijar sua bochecha.

-Está tão tarde, tenho que ir. Me liga.- Agilmente ela se livrou dos meus braços acenando pra mim.

-Hey.. pera.. e seu número?- novamente fiz cara de desentendida, o que ela tinha em mente?

-Te liguei com eles oras, só salvar, manda uma mensagem.- Piscou pra mim ligando o carro.

Revirei os olhos, tornando as mãos ao bolso, agora voltei para dentro do hospital, diretamente ao quarto de Cassy, de uma coisa tinha certeza, aquela garota não saiu da minha cabeça bom um bom tempo.

Ao chegar no quarto percebi que Cassy olhava pra janela, sem óculos seus olhos verdes pareciam reluzentes. Passei por ela sentando em uma cadeira.

-Você já teve alta.- abri o moletom pois estavam quente ali.

-Eu sei.- Seu olhar se manteve na janela.

-Pensando em algo?-

-Alguém.- suspirou olhando pra mim. -O que fez com ela?-

-Com quem?- não entendi o que ela quis dizer com isso.

-Mia.. A dos cabelos azuis.-

-Ahhh não fiz nada.- continuei sem entender nada.

-Seu casaco e lábios estão sujos de sangue.. Só acho que você não usa batom, essas marcas vermelhas só podem ser sangue.-

-Você enxerga sem óculos?-

-Não sou cega, consigo distinguir cores. Apesar de não ver muito bem o que é.. Diga logo o que fez com ela? Violência não é solução pra tudo.- o olhar dela não me deixava mentir, logo virei o rosto.

-Bati nela... Depois beijei.. Não sei explicar, mas acho que ela queria aquilo.- cruzei meus braços.

-Queria o beijo?- Era a vez dela de ficar confusa.

-Não, apanhar.. Bem.. O beijo também.- dei de ombros.

-Achei ela bonita.- notei a menor virar de costas pra mim.

-Hey baixinha, vamos convidar ela pra ir no AP. Aí podemos dar uns pegas nela.- puxei a mesma fazendo me olhar, onde sorriu.

-Vai dividir ela comigo agora?- parecia nem acreditar

-A três é mais divertido.- soltei uma risada.

-Boba.- Ela me empurrou.

-Quando chegar em casa eu ligo pra ela, aposto que ainda nem dormiu.-

-M-melhor não.- se encolheu.

-Por que?-

-Não sei beijar.- sussurrou.

-Oras... Te ensino.- segurei os ombros dela e puxei a mesma pra mim. -Só me acompanhe.-

Toquei nossos lábios, deslizando delicadamente os meus sobre os dela. De início senti ela apertar seus lábios, um pouco tímida, mas em seguida começou a retribuir. Aquele beijo inocente dela me despertava tanto interesse. Acho que beijar ela e Mia seria uma combinação perfeita, uma voraz e com desejo, enquanto a outra é calma e inocente, a noite seria longa.

Enquanto o beijo durava, aproveitei pra levar a mão no rosto dela, acariciando o mesmo. Ouvi também os suspiros dela durante o beijo, o que me arrancou um sorriso no rosto. Não demorou para a porta se abrir, onde o médico no atrapalhou.

-Com licença?- pediu.

De imediato me separei dela, percebi o rosto da menor rubro, enquanto eu só estava sem graça, tanto que fechei a cara.

-Fala.- bufei.

-Desculpe atrapalhar...- interrompi ele.

-Já atrapalhou.- minha voz sou grosseira.

-Que seja... Vim só certificar se ela já foi. Não pode passar a noite aqui, tem mais pacientes, suas coisas estão ali.- apontou e me entregou algo pra assinar, nem vi o que era só assinei.

Peguei o óculos dela na cômoda e a entreguei, a mesma colocou com dificuldade. Vi seu braço enfaixado.

-Não sofreu apenas ferimentos leves?- franzi a testa olhando o médico.

-Só leves cortes, enfaixei, mas pode tirar, só levou alguns pontos.- deu de ombros.

-Pontos?- disse irritada.

-Moça, fala baixo, o paciente do lado precisa descansar.- sussurrou o médico.

-Não me importo. O que mais vai me dizer agora? Que ela tem câncer?- gritei.

-Vocês tem bicho de estimação?- olhou a prancheta que segurava.

-Não.- respondemos em coro.

-Que bom, pois ela está com uma crise alérgica, melhor evitar animais, pó e afins.- se virou pra sair. -Não demorem, o próximo paciente está a caminho.-

Olhei pra menor, nos comunicamos pelo olhar. Ajudei então ela a se levantar, a perna também estava enfaixada. Tirei meu casaco colocando nela, estava um pouco frio e ela de regata. Peguei a mesma no colo, onde ficou emburrada apenas me olhando. Não esqueci de colocar as coisas dela em cima da mencionada. Fui com ela até o carro, colocando ao banco ao lado do motorista, prendendo ela no cinto. Ao ligar o carro ouvi ela reclamar.

-Não sou criança.- Olhou pra janela.

-Eu sei.- bufei logo acelerando.

-Por que me trata como uma?- reclamou.

-Urgh.- foi a única coisa que consegui responder, não queria gritar com ela ou socar a mesma.

Durante o caminho de volta estacionei o carro na garagem, dessa vez não ajudei, vi ela se caminhando até o elevador e carregando as próprias coisas. De braços cruzados fui atrás dela, voltando ao nosso andar.

Abri a porta entrando primeiro, esperei que ela entrasse pra trancar a porta, ainda estava escuro. Peguei logo meu celular do bolso. Adicionei o número da recém conhecida na agenda.

-Vai liga pra ela?- disse timidamente ao me ver mexer no celular.

-Prepara a vodka, vamos beber.- pisquei apertando em discar.

-Eu não bebo.- reclamou, porém ficou quieta quando ouviu a voz no telefone.

-Alô? Quem fala?- estava no viva voz.

-Mia, é a Kanya, tenho vodka, poderia trazer um doritos pra comer aqui.- notei o rosto da Cassy ficar rubro e a mesma levar as mãos a boca para que a outra não lhe escute.

-Hmn.. estava tomando banho, é irresistível, mas estou de pijama já.- a voz dela parecia preguiçosa.

-Posso te pegar de carro, só me dá o endereço.- sugeri.

-Uou.. eu aceito então. Cassidy não vai se importar?- perguntou.

-Nem.. ela te achou gata, vai beber conosco.- ouvi uma risada dela.

-Que bom, ela parece ser gente boa, vou te mandar o endereço por SMS, te espero na esquina.-

-Certo, estou indo te buscar.- desliguei olhando pra baixinha.

-Ela vai vir aqui.- disse ainda incrédula.

-Vai ser uma noite em tanto. Vou anotar uma coisa pra você fazer, tem morango e abacaxi na mesa, faz uma batida pra nós.-

-Não sei fazer.- coçou a nuca.

-Por isso disse que vou anotar, explicarei como faz.- corri até a cozinha, peguei uma caneta, Cassy me trouxe um caderno, expliquei bem certinho os ingredientes e como ela faria.

-Entendi.- disse ao ler. -Cai entre nós, precisa de aulas de caligrafia, sua letra é horrível.-

Soltei uma risada virando de costas pra ela.

-Vou buscar nossa convidada. Deixa tudo arrumado hein.- pisquei abrindo a porta.

-Pode deixar.- a cara de insegurança dela era engraçada.

Usei o GPS pra conseguir localizar o endereço, era péssima em encontrar lugares, nessas horas Cassy me guiava. Demorei alguns minutos para encontrar uma garota encostada em um poste, estava sozinha, os cabelos azuis estavam escondidos por uma toca da mesma cor.

Parei o carro e abri a porta, ao ver ela logo entrou. Fiquei segurando o volante, olhei pra ela e depois pra frente, esperei que ela dissesse algo, mas não a fez.

-Vamos.- disse mostrando pra mim a sacola com Doritos dentro.

-Não tenha pressa, Cassy está preparando umas bebidas pra nós, podemos aproveitar um pouco.- meus olhos focaram ao rosto da branquela, nem notei que tinha fracas sardas no rosto.

-Vamos logo.- a cara dela era de tédio.

Neguei com a cabeça, inclinando meu rosto até ela iniciando um beijo. Acabei sendo retribuída sem demora. Ainda inclinando meu corpo, coloquei a mão sobre a coxa dela, passando a língua em seus lábios. Senti agora a menor me empurrar, porém não tinha força, então a mesma apenas separou o beijo.

-Sei onde quer chegar, não vai rolar. Vamos logo pra casa.- os olhos dela se voltaram pela janela.

-Está fugindo de alguém?- me ajeitei ao banco bufando.

-Quase isso, só vamos logo, quero esquecer que moro aqui.- cruzou os braços.

Durante a volta ficamos em silêncio, inclusive até chegar ao apartamento. Onde ouvi a voz animada da Cassy rindo sozinha.

-O que está fazendo?- vi ela bebendo uma batida de morango, havia duas jarras, uma de abacaxi e outra de morango, espera, estava pela metade.

-Estou experimentando.- riu erguendo o copo.

-Você deu bebida pro gato?- perguntei vendo um pouco de bebida na tigela do animal.

-Mai pediu um pouco.- resmungou bebendo mais um gole.

-Mai?- pergunta a azulada.

-É o nome da gata.- vi a mencionada subindo na cortina, devia estar louca também, talvez mais que a dona.

-Trouxe Doritos.- Mia pegou um pacote e sentou no sofá. Rapidamente a tampinha correu até o local, levando seu copo.

-Eu quero.- pegou uma porção assim que a azulada abriu.

Pelo jeito sobrou pra mim. Levei copos até a mesa de centro da sala, assim como as jarras. Aos poucos eu, Mia e Cassy bebemos todo o conteúdo, sinceramente, a baixinha bebeu demais, não parava de rir. Suas piadas eram horríveis, porém não mais que as minhas. Mia parecia que ia infartar de tanto que riu.

Após algum tempos as duas começaram a falar sobre uma tal série de escoteiros que ambas assistiam, nem entendi o nome direito. Quase cochilei ao sofá, mal raciocinava direito. Ao me dar conta, ambas estavam sentadas ao meu colo, devido ao fato de antes estar no meio delas segurando o pote de Doritos, agora vazio. Notei as mesmas se beijando, não queria ficar de fora. Puxei Mia pra mim, separando ela da menor pra poder beijá-la. A garota estava tão confusa que apenas retribuiu o beijo segurando em meu rosto.

Cassy cruzou os braços. Pra não deixar ela de fora, separei meus lábios da azulada puxando a loira pra mim, beijando. A outra garota aproveitou pra beijar minha orelha, puxando a mesma de leve. Senti um bruto arrepio na espinha, a mão dela contornava meu braço.

Usei meu braço direito, que estava perto de Mia, pra acariciar a coxa dela. O outro braço acariciou o de Cassidy, cujo a qual não quis separar meus lábios. Os toques sutis de Mia em meu braço, combinados com aquele beijo desastrado e inocente de Cassy, despertavam meus sentidos.

Agarrei com força as duas, colando nossos corpos. Agora ambas compartilhamos um toque com as línguas, em um estranho e desastrado beijo a três. Mia ousadamente levou a mão em meu seio, enquanto a loira preferiu apenas segurar em meu ombro. Soltei um suspiro direcionando minha mão para a borda da camisa de cada uma, puxando a mesma.

-Vamos pro quarto.- resmungou Mia se separando do beijo.

Cassy soltou uma risada me puxando pra um beijo. Segurei ambas as garotas nos braços, levando no colo pra meu quarto, cujo estava bem escuro. Sentei na borda da cama sem separar o beijo com a loira. Mia traçou alguns beijos por meu pescoço, erguendo um pouco minha blusa.

Tirei o moletom de Cassidy, em seguida sua blusa, assim como Mia fez com a dela. Separei o beijo para que a menor pudesse respirar. Tirei minha blusa também. Sem querer respirar a baixinha puxou Mia para um beijo, como ela estava sedenta hoje!

Aproveitei para desatar o sutiã de ambas, os retirando. Passei a mão nas costas de cada uma, tocando minha mão a um dos seios de ambas, aproveitando para massagear os mamilos de cada um deles. As garotas não ficaram por fora. Uma pegou no seio da outra imitando o movimento que eu fazia.

Aquela pele sensível da loira parecia ótima para deixar marcas, acabei dando alguns chupões ao ombro dela, onde não tinha faixas. Elas separaram o beijo para respirar, agora os olhares se focaram em mim. Recebi um beijo delicado em cada bochecha. Fiz questão de deitar na cama, com elas em cima de mim.

Ao mesmo tempo recebi um selinho no canto de cada lábio. As mãos de Mia desceram por meu peito, no qual a mesma puxou meu top para retirá-lo, tratei de ajudá-la. Cassy apenas beijou meus lábios, enquanto os lábios da azulada se envolveram em meus mamilos. Meu corpo estremeceu, aquilo era tão bom, menos quando ela mordia, aí dava vontade de dar uns cascudos.

Tirei o short e calcinha da loira, porém ela separou o beijo em seguida, imitando a outra. Mordi meu lábio inferior, senti as meninas sem sincronia, apenas Mia mordia ora ou outra. Cassy era mais delicada. Lentamente minha calça foi retirada por elas, seguida da calcinha.

Estiquei minha mão para tirar o short de Mia, porém já estava sem, acho que a mesma o retirou. Puxei a mesma para cima, podendo assim beijá-la. A loira não quis ficar de fora, logo beijou minha bochecha indicando que também queria beijar. Liberei então para que as duas pudessem se beijar bem próximo ao meu rosto.

Minhas mãos deslizaram os quadris de ambas, já direcionei até a intimidade delas, até ouvir um sussurro da azulada.

-Parece tão nervosa, é sua primeira vez?- vi a menor acenar de maneira positiva. -Segura minha mão, vai doer um pouco. Vais gostar depois.- ambas sorriram tornando ao beijo.

Finalmente penetrei um dedo em cada uma delas. Senti a loira se contrair, enquanto a outra respirou forte. A diferença de reações delas apenas me empolgou para seguir em frente. Portanto deslisei meus dedos no interior delas, fazendo movimentos de gancho onde massageei o interior das mesma em sincronia.

Após um tempo dessa massagem comecei a ouvir alguns gemidos durante o beijo, os da azulada eram sedutores, enquanto os gemidos da loira eram mais tímidos. Conforme aumentei a velocidade, também acrescentei mais um dedo, fazendo ambas suspirarem constantemente enquanto gemiam cada vez mais. Mesmo o beijo não pode abafar seus gemidos.

Consegui notar as mãos dela unidas, aonde Cassy segurava a de Mia com força. Dei algumas mordidas ao pescoço da azulada, que resmungou enquanto gemia. Ao fazer o mesmo na outra, apenas reagiu com gemidos arrastados.

Os corpos estavam quentes, um tanto suados. Ao mesmo tempo as garotas tiveram um orgasmo, cujo o qual deslizei meus dedos para fora trazendo minhas mãos próxima ao rosto de cada uma. Mia lambeu a mão correspondente ao seu. Por mais que Cassy fizera uma careta antes, também acabou lambendo. Com um sorriso as garotas voltaram a se beijar.

Como também queria, separei elas puxando Mia pra mim, beijando a mesma, mas logo foi separado com ela se esticando ao meu lado e a loira do outro.

-Estou cansada.- comentou a azulada apoiando a cabeça em meu ombro, passando a mão em meu peito.

-Também.- arfou Cassidy deitando também a cabeça em meu ombro.

-Agora podemos descansar.- puxei a coberta pra cima de nós, aproveitei para abraçar as duas fechado meus olhos.

Aos poucos as respirações normalizaram, senti até a gatinha vindo dormir aos meus pés. Definitivamente aquela noite foi longa. Estava quase pegando no sono quando ouvi um barulho esquisito.

-Arghh tenho que trabalhar.- reclamou Cassy saindo da cama.

Nem dei bola apenas abraçando com ambos os braços a azulada, que não acordou com o barulho. Por fim bem ouvi ela sair, acabei dormindo como estava.


Notas Finais


Adoraria saber o que acharam da história, deixem seus comentários <3


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