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História G.E.M (Agentes Especializados em Monitoramento) - Identidades reveladas


Escrita por: Mutekai

Notas do Autor


Olha o capítulo relâmpago :p
Para quem estava esperando eis a missão.. será que Pearl vai voltar a tempo pro seu encontro?
Agradeço pelos comentários, pelo visto estão gostando <3
Não mais do que gosto de vocês amores <3
Boa leitura a todos.
Deixem ideias, sugestões e sua euforia nos comentários, ficaria feliz em ler :3

Capítulo 3 - Identidades reveladas


Ótima hora pra ser chamada pra uma missão, seria difícil ver Rose em um momento desses. Tirava a pérola do colar colocando em cima da pia, Rose aparecia nela.

-Pearl temos uma entrada em um hidrante, aperte o parafuso de cima, conseguimos uma melhor entrada. Não há tempos pra explicações, apenas pegue seu traje e vá para o helicóptero, precisamos agir rápido.- Acenava de maneira positiva com a cabeça, já batia uma deprê, só de vê-la.

Saía do banheiro, me aproximando daquela moça de azul.

-Ciao... err.. oi... pode avisar uma moça de cabelo platinado e blusa lilás que minha mãe me ligou e precisa da minha ajuda, não poderei encontrar com ela hoje. Avisa também que eu ligo pra ela, o número ficou registrado no meu celular.- Falava um tanto rápido mas ela entendia. O que menos desejava naquele momento é magoar alguém assim como fui magoada, provavelmente ela entenderia.

-Bom passeio.- Ela dizia enquanto saía, sério, bom passeio? Era como se ela soubesse aonde eu ia, mas claro que não sabia.

Corri até o hidrante, olhava ao redor e logo apertava o parafuso. Uma passagem se abria ao chão. Onde escorregava por alguns canos, chegando a um vestiário com apenas um espelho, minhas roupas de espiã, minha bolsa e uma porta. Não era o vestiário que estava acostumada, mas não iria demorar. Vestia logo meu traje todo preto de espiã, era um tanto quente. Coloco a máscara, claro que estava escrito em uma plaquinha recém colada pra não esquecer da máscara. Deixei minhas roupas ali mesmo, sabia que Rose sempre tratava de recolher e por em meu armário. Seguia até a porta, onde uma placa indicava uma escada. Subi a escada chegando ao térreo. Lá havia um helicóptero, Rose estava dentro, com seus lindos cabelos amarrados e rosados voando ao vendo, sentia uma forte dor ao peito, na verdade nem queria vê-la. Mas iria fazer a missão, precisava de dinheiro. Ao entrar no helicóptero via mais duas pessoas sentadas nele, uma baixinha com coxas e braços grossos, os olhos dela eram um tom de azul bem escuro. A outra usava óculos escuros e era bem alta, com um corpo bem atlético. Aquela baixinha usava um cachecol preto, não sabia bem o motivo daquilo, mas ela me lembrava um ninja, tinha algo que parecia uma katana nas costas.

-Crystal Gens, vocês não se conhecem, mas fazem parte da mesma organização.- O helicópreto começava a voar enquanto Rose explicava rapidamente. -A magra é Pearl, ótima em entrar escondido.- Ela aponta pra mim, as duas me olhavam. -Essa é Garnet, ótima com armas pesadas.- Ela fazia um joinha pra nós enquanto Rose apontava pra ela. -E a outra é Amethyst, ótima em arrombamentos e....- ela era interrompida pela baixinha.

-Explosões.. BUUMM..- Ela soltava algumas risadas, mas apenas ela ria.

-Bem.. Garnet e Amethyst se conhecem, já fizeram missões juntas. As imagens da câmera nos mostraram aonde está o carregamento de armas, claro que são ilegais. Porém.. o governo nos mandou pegar tudo, precisamos invadir, sei que vão ser tipo mercenárias agora, mas... isso exige estratégia. Garnet fará a distração, tente machucar a menor quantidade de gente possível.- A maior acena de maneira positiva com a cabeça. -Pearl entra escondia com Amethyst. Ela arromba algumas portas e você coloca o pendrive no sistema deles, isso vai apagar tudo e transferir para o nosso. Mas antes, precisam localizar a sala de controle, ou não conseguirão invadir a base. Garnet cuida do carregamento de armas, joga as caixas ao mar, lá terá um submarino encaminhado pra pegar as armas.- Ambas acenamos de maneira positiva com a cabeça, não estava muito acostumada com aquele tipo de missão, mas toparia.

-Estamos quase chegando, não podemos perder essa chance.- Rose me dava o pendrive que coloco a bolsa. -Eles irão mudar de base daqui a algumas horas, já deixaram as armas em caixas pra viagem, vamos agir.- O helicóptero nos deixava no lugar do resgate.

Era hora da ação, eu e Garnet corríamos para o local, Amethyst pelo visto preferiu ir andando, tivemos que esperar ela pra variar. Garnet iria entrar pela frente da base, era arriscado? Claro, mas não quis falar nada. Quando Amethyst chegou até mim apontei para uma corta.

-Coloquei ontem, ainda está ali, sabe andar em corda bamba?- Esperava que a resposta fosse positiva.

-Não.. mas poderia explodir essa base inteira, daria uma enorme explosão, seria engraçado.- Negava com a cabeça.

-Não podemos machucar tanta gente, seria um tanto exagerado.- Acho que ela era louca. Me posicionava perto da corda, foi quando a baixinha pulou em minhas costas. -Sua...- Ela apenas ria apontando pra frente.

-Adiante Pearl.- Será que só eu era uma boa espiã ali? Ela era um tanto pesada, mas consegui atravessar a corda com ela nas minhas costas, minhas pernas doíam.

Abria a tampa do tubo de ventilação, estava frio? Minha nossa, não dava pra entrar escondido. Ao olhar pra frente vi Garnet socando um cara e jogando ele para longe. Os seguranças começavam a atirar, foi quando a mesma mostrou que tinha uma metralhadora, mas de onde ela tirou aquilo? Acho que estava atrás do carro. Ela atirava pra cima, assustando alguns deles, como Rose pediu, ela não iria machucar nenhum, aposto que se quisesse ela mataria todo mundo. Amethyst parecia animada vendo a amiga atirar.

-Garnet é foda. Nem da pra acreditar do que ela é capaz.- Me aproximo da beirada, onde Amethyst estava sentada.

-Capaz?- Fiquei curiosa dessa vez.

-Ela já me deu uma surra. Os punhos dela parecem ferro, sabe muito bem aonde bater. Somos companheiras de treino, praticamos luta livre, acredita que a mãe dela tem uma academia escondida de luta só para treinar eu e ela?- Achei que fosse proibido falar de sua vida pessoal com os agentes.

-Bem.. não conheço ninguém pessoalmente, ela tem contou que era espiã?- Ela parecia incrédula ao me olhar.

-Estranho. A mãe dela era agente e me indicou, disse que era meio louca, mas era confiável. Assim virei uma agente, Garnet já era dessa a bastante tempo.- Via ela se levantar, Garnet acenava com a mão, ela conseguiu finalmente distrair os guardas, eles vinham atrás dela.

-Bem.. acho que podia usar meus ganchos para descer pela parede e...- Via ela mexer naquele cabo em suas costas.

Não era uma katana, era um chicote! Ela o usava para segurar em uma das antenas do telhado, chegando se estava firme. Envolvia seu braço ao meu redor, se jogando dali. Me segurei para não soltar um grito. Ela agora puxava o chicote que se soltava. A mesma dava uma cambalhota caindo ao chão, comigo ao colo. Mas como? A mesma me coloca no chão apertando um botão ao chicote, onde o mesmo era recolhido, porém ela mantinha o cabo na mão.

-Venha comigo.- Foi quando a mesma entrou na porta, caminhando silenciosamente olhando os corredores. Bem.. acho que tomei conclusões precipitadas, não parecia ser louca, acho que apenas fazia gracinhas com seu gosto por explosões.

Alguns guardas corriam até nós com armas. Engolia em seco. Mas em um golpe rápido, Amethyst usava o chicote para tirar a arma das mãos deles. Claro que ia fazer algo. Peguei um pequeno bastão metálico em minha bolsa, apertei um botão, onde o mesmo ficou maior. Corri em direção aos guardas batendo neles. Meus golpes eram precisos, em postos que os faziam desmaiar. Como na nuca ou ao lado da cabeça.

-Boa P.- Ela elogiava me dando um tapinha nas costas.

Acho que era bom ter uma equipe. Mais tiros vinham de fora, era quando uma campainha tocava, óbvio que era o sistema de segurança. Sirenes vermelhas brilhavam. Amethyst usou o chicote no tubo de ventilação,para ficar de ponta cabeça, ouvia alguns guardas vindo. Ela estendia a mão me ajudando a alcançar o tubo, era bem alto ali, logo seria difícil conseguir segurar apenas pulado. Um guarda parou bem abaixo de nós.

-As câmeras disseram que tinha alguém aqui.- Ele estava confuso, claro que iria o atacar, porém ouvi a voz da minha parceira.

-Brrr... Todos os guardas, por favor venham pra fora, tem alguém aqui tentando invadir a base.- O cara logo correu pra fora. Parecia uma voz gravada, mas vinha dela.. como ele não notou a diferença?

-Você que fez isso?- Perguntava me soltando caindo exatamente em pé, até fazia uma delicada pose.

-Sim, consigo imitar vozes, sons, até coisas irritantes.- Ela imitava o barulho que minha pérola fazia quando tinha missão, imagino que fosse o dela também.

-Legal. Agora como vamos entrar na porta?- Apontava para o fim do corredor, onde tinha a porta com várias travas.

Ela dava de ombros, fazia sinal para eu ficar ali. A mesma pega algo na mochila, era um pé de cabra? Sério isso? Observo de longe, foi quando ela quebrou todo o painel magnético, destacando ele. Enfiou o pé de cabra em um buraco e fez força. A porta abriu, acho que ela sabia aonde arrombar. Corria em direção a porta, foi onde a mesma estava socando o guarda ali, jogando ele para trás, estava inconsciente. Novamente ela usava o pé de cabra para abrir a outra porta magnética, logo havia algumas escadas. Sim, ali era o computador central.

-Vai lá, pega o que precisa, vou ajudar a Garnet.- Aceno de maneira positiva com a cabeça. Havia uma mulher mexendo nos computadores, ela vestia uma blazer amarelo.

Enquanto descia aquelas escadas metálicas elas faziam um barulho ensurdecedor de metal enferrujado. A mulher olhava pra mim e corria pela porta do lado. Descia rápido as escadas, porém quando fui acessar a porta estava trancada. Nem consegui ver o rosto dela, foi tão rápida, só pude ver que ela era loira. Conectava o pendrive no sistema, ele estava baixando todos os arquivos, me sentava na cadeira esperando. Estava em apenas 2% parecia uma eternidade. Aproveito para acessar o sistema. Em uma das múltiplas telas pude ver Garnet acertando alguns socos no guardas, aquilo parecia brincadeira, estavam todos desarmados? Acredito que acabou as balas. Em outra câmera via Amethyst colocando algo em um canto. Fixava meus olhos naquilo, era um explosivo? Não acredito, ela ia explodir tudo, várias pessoas morreriam. Me levantava da cadeira derrubando a mesma, foi quando vi ela apertar um botão, ahhh ela apenas abriu um buraco na parede. Jogava as caixas de armas pelo buraco, agora sem guardas, Garnet pegava as caixas jogando ao mar. Caramba, elas eram fortes, me impressionava mais é a força da baixinha, com certeza era a fraca da equipe, mas em compensação, nenhuma delas superava minha agilidade.

Simplesmente do nada tudo se apagava, retiro da bolsa uma lanterna bem pequena, cabia na palma da mão. Era algo que sempre trazia comigo. Pegava o pedrive, acho que copiou poucos arquivos, talvez fosse o suficiente. Me admirava uma atitude tão precipitada do governo, será que estava cortando gastos até em sigilisidade? Corria até as escadas, com as portas escancaradas, saía facilmente. Não demorava pra chegar na rua. Garnet ainda jogava as caixas ao mar. Amethyst ajudava ela. Ouvia um barulho de tiro, foi quando senti um chicote me puxar, eu caí com tudo ao chão, nem deu reagir. Bati com os joelhos, ardeu. Sentia o chicote me soltar, ao olhar pra frente via Amethyst desarmando um guarda com uma sniper, ele estava em cima do telhado.

-Garnet me lança.- Ela saltava para trás.

A maior dava impulso pra ela com as duas mãos, jogando ela pra cima, foi onde ela deu uma baita cabeçada no cara, caindo em cima dele, logo tratava de dar uns socos no rosto dele. Garnet vinha até mim e me ajudava a levantar.

-Se machucou?- A voz séria dela perguntava, ela era meio calada.

-Talvez só uma batida no joelho, mas estou bem. Grazie mille.- Foi quando ela olhou para o lado, vendo Amethyst se jogando.
-Ga me pega.- Ela ria.

Velozmente a maior corria, segurando a outra antes que caísse ao chão. Apenas a menor ria, dando um soquinho ao ombro da outra.

-Quase hein.- Ela negava com a cabeça. -Ahh Ga.. foi legal.- Novamente a maior continuou negando com a cabeça.

-Devia ter dado uma cambalhota no ar, aí sim seria legal.- A mesma coloca ela no chão.

-Vou me lembrar disso na próxima.- Amethyst persistia em rir. Dessa vez Garnet ria brevemente. Ambas agora se aproximavam de mim.

-Está bem?- Era vez de Amethyst perguntar.

-Grazie mille, grazie, grazie. Estou bem.- Elas se entreolhavam. Arghh estava meio nervosa, mal percebia que dizia algumas palavras em italiano.

-Bem.. melhor irmos. Minha vez de levar você querrida.- Acredito que ela deixou escapar um pouco de sotaque, acredito que já tenha ouvido essa mistura de sotaque... e se ela for.. Ahh não.. a garota que falei no telefone.. minha nossa. Precisava confirmar a informação.

-Ser espião é difícil né? As vezes tenho que deixar de fazer algumas coisas pra vir em missões.- Suspirava, cedendo em aceitar o cavalinho dela, onde era carregada com facilidade.

-Nem fala.. ando com uns problemas pessoais complicados.. tento dar a volta por cima, mas.. a família não apoia.. não posso falar a verdade, apenas posso contar com Ga.- Descemos um rochedo, caminhando a praia, claro que era um caminho mais longo, porém era o mais acessível.

-Já combinou de se encontrar com alguém e teve que faltar?- Falava na lata, queria ter certeza de que era ela mesma, o sotaque era inconfundível, se bem que a voz dela parecia mais bela pessoalmente.

-Aconteceu já.. nem sei se terei uma segunda chance.- Com certeza era ela, mas antes que pudesse dizer algo, Garnet nos cortava.

-Hoje é aniversário da minha vó, sabe-se lá quando ela vai morrer, está de cama. Não posso visitar ela.. já passou do horário de visita, se ela morrer vai acabar me chamando de irresponsável.- Foi onde a mesma parou pra respirar, acredito que ela falou apenas pra desabafar. -Pelo menos tenho o apoio da minha família.- Por mais que aquilo a abalasse, o tom de voz dela era sério, acredito que tentava não demonstrar fraqueza.

-Dispiace sentire che.. ahh.. perdão.. as vezes falo outra língua sem perceber.. lamento ouvir isso...- Não deu de corrigir a tempo, mas consegui falar.

-Sua mãe é a dona do restaurante italiano né?- Garnet olhava pra frente enquanto falava, mas como ela sabia?

-Sí...- Apoio os braços em cima da cabeça de Amethyst, acredito que ela já sacou.

-Sério mesmo? Legal, será que poderia trazer a comida de lá um dia desses?- Acabei de lembrar que não contei sobre o restaurante pra ela, porém com certeza Garnet já sabia.

-Talvez.. Garnet.. eu conheço você?- Tentava me lembrar de alguns conhecidos do bairro.

-Na sorveteria.- Como podia ter esquecido, esse corpo.. claro que era a filha das donas.

-Você tem duas mães.. deve ser incrível.- Ficava imaginando como seria, Amethyst pelo visto apenas ria.

-Tenho sim. É complicado lidar com duas TPM.- Ela mexia no óculos. -Mas tenho amor de sobra, uma me educa nos conceitos finos da sociedade e a outra cisma e me ensinar os mandatos das ruas. Isso leva a algumas brigas, mas no final elas sempre acabam se beijando, nunca vi um amor tão forte quanto elas sentem entre elas e por mim.. mesmo que eu não seja realmente delas..- Aquilo parecia nem abalar ela, um misterioso sorriso aparecia aos lábios da tal, acho que tem boas lembranças das mães.

-Queria eu saber que é minha mãe. Só sei que ela era uma imigrante.. após meu nascimento papai ficou comigo... e todos os outros filhos.- As risadas dela logo cessavam. -Ga e sua mãe foram ótimas treinadoras pra mim, me ensinaram e me virar nas ruas. Mas isso é passado, tenho um bom lar e ser espiã é muitooo maneiro.- Novamente ela voltava a sorri, acredito que aquele assunto abalava ela.

A carona até que foi boa, Garnet avisou Rose sobre a missão ter sido concluída. Ela voltou com o helicóptero, foi onde entramos ao mesmo.

-O que conseguiram?- Ela aprecia ansiosa perguntando.

-Não deu pra copiar tudo, eles cortaram a energia. Vi uma moça de blazer amarelo.- Trato de entregar o pendrive a ela, a mesma parecia preocupada.

-E as armas?- Os olhares agora se voltavam pra Amy e Garnet.

-Missão cumprida.- Ambas diziam juntas dando um “toca aqui” na outra.

-Parabéns. Bom trabalho a todas. Estão dispensadas.- Ela mal terminava de falar e o helicóptero pousou.

Todas nos encaminhamos ao vestiário. Amethyst quase que corria na frente. Era a primeira a ir no banheiro, retirava as luvas e mexia em meu celular. Havia algumas chamadas perdidas da mamãe, com certeza estava preocupada, já que a noite chegava. Apagava as mensagens de chamada perdida quando o telefone tocava.

-Ciao?- Falava de imediato.

-Ciao.. Perla.. minha filha, aonde está?- Era minha mãe.

-Err.. estou um pouco ocupada.. aulas de balé sabe..- Sempre era sincera com ela, me incomodava mentir.

-O que esconde de mim? Liguei pro lugar onde você faz balé, e adivinha? Sábado não tem aula.- Sentia um frio na espinha. O que falaria para ela?
-Mamma.. perdonami..- Desligava o telefone com uma lágrima no canto dos olhos. Estava tão silencioso ali, via que novamente ela ligava, deixava meu celular chamando. Retirei minha máscara, meus cabelos estavam bagunçados. Levo as mãos ao rosto, deixando algumas lágrimas escorrerem.

-É difícil mentir pra família né?- Ouvia a voz da outra se aproximando. Era Garnet, também estava sem máscara, porém ficava de óculos escuros. Foi quando olhei a mesma acenando de maneira positiva com a cabeça.

-Sou a irresponsável.. mal sabe ela por tudo que passo.- Fechava os olhos deixando as lágrimas caírem.

-Entendo perfeitamente, sorte que minhas mães já foram espiãs e sabem sobre mim. Odiaria mentir pra elas. O pior são os outros parentes.. são bem cultos com encontros e aniversários, até natal. É algo bem complicado mesmo.- Acho que ela ainda estava chateada por sua vó.

-É sua favorita né?- Perguntava

-Sim, minha única vó.- Algumas lágrimas escorriam do rosto dela também, ela era forte, mas era normal acontecer.

-Calmare.. ainda dá tempo, tenta ligar pra ela.- Levo a mão ao ombro dela, a essa altura minhas lágrimas já cessaram.

-Não dá.. recebi a mensagem da mamãe dizendo que ela faleceu.- Acho que a dor que ela sentia era transmitida pra mim, me sentia mal por ela também, o único reflexo que tive foi abraçá-la. O que mais pesava era a imagem negativa que ficaria da avó dela.

-Podíamos dar uma volta pra relaxar.- Escutava novamente meu celular tocar, então coloco ele no silencioso, nem olhava o número.

-Sei uma maneira ótima de relaxar.- Ela tirava os óculos e me olhava. Foi então que pude ver algo muito raro, os olhos dela tinham cores diferentes, um deles bem azul enquanto o outro era castanho avermelhado.

-Seus olhos..- Nem completava, foi quando a garota tomou meus lábios. Minha nossa, realmente era relaxante um beijo.

Fechava meus olhos assim como ela. Estava tão carente, tão nervosa, apenas deixava meus nervos a flor da pele, só conseguia pensar em querer mais. Já adentrava a língua a boca dela, aonde era acompanhada formosamente, acho que ela era experiente pois tinha um beijo de língua divino. Aquele cabelo afro e cacheado dela roçava em minha testa, era bem macio. Sentia a mão dela acariciar minha coxa, óbvio que diz o mesmo a coxa dela era tão forte e malhada, não resistia em apalpar a mesma. Ela mordia minha língua e eu a dela, revidando o ato. Só de sentir ela apalpar minha coxa já começava a umedecer, era tão sensível a toques, estava com tanto desejo. Já subia a mão para a barriga dela, puxando a blusa negra dela, a mesma erguia os braços para que eu pudesse tirar. Como não tinha câmeras ali, que problema teria? Agora ela estava de top, paremos um pouco o beijo pra respirar, porém estava com tanta vontade que voltei alguns beijos ao pescoço dela, enquanto a mesma tirava minha blusa e calça. O top esportivo dela estava um pouco úmido e o corpo dela suado, mas confesso, era um lindo corpo. Não pensava em resistir um minuto, apenas queria mais e mais, deixei levar pelos encantos dela. Aproveito pra tirar a calça dela. Me levantava sentando ao colo dela, aonde tomava novamente aqueles lábios carnudos. A Garnet passava as mãos em meus delicados seios, bem.. como estava de vestido, cabei usando apenas um sutiã sem alças, que já fora puxado pra baixo. Ela acariciava meus mamilos com os dedos, nem demoravam para endurecer, pareceu quase que instantâneo. Passava os dedos bem em cima dos mamilos dela, ainda de top, sabia que dava para sentir, ambas suspiramos com o toque da outra. Querendo ou não, era uma forma de aliviarmos nossa tensão. Foi então que sentia a mão dela adentrar minha calcinha, já estava bastante úmida, no qual ela apenas massageava lentamente meu clitóris.

-Pede pra mim vai..- Ela sussurrava durante o beijo, o que me fazia sorrir.

-Vai com tudo.- Minha voz saiu um pouco manhosa, mas meu sorriso era perverso.

Sem demora ela penetrou dois dedos em minha intimidade, ela estava um pouco apertada, pois estava a um tempo sem transar, porém logo me acostumava, nem sentia mais aquela leve dor. Apenas soltava alguns gemidos tornando a beijar ela. Claro que era tudo abafado pelo beijo. Como estava mais na ponta dos joelhos dela, onde tanto a minhas pernas quando as delas estavam um pouco abertas. Levo uma mão para dentro da calcinha dela também, penetrando na intimidade da mesma. Estava com tanto tesão, apenas conseguia gemer entre os beijos enquanto deslizo meus dedos cada vez mais rápido dentro dela. Eu não demorei muito para ter um orgasmo e ela cessar os movimentos um pouco. Porém chegou a vez dela, onde o beijo foi separado. Mostrava a ela minha mão suja, foi onde a mesma lambeu, chegava até a chupar meus dedos, em seguida fez o mesmo com a mão dela, era bem sensual eu admito. Nos entreolhamos arfantes, me sentia melhor, mas nem tanto, um peso começava a invadir meu eu. Acho que não devia ter feito aquilo.

-Scusa.. e-eu não queria.. acabei me deixando levar.. queria relaxar.. ahh mio dio.. deve pensar que sou uma..- Ela colocou o indicador em meus lábios.

-Seu exatamente como se sente. Desculpe te induzir a isso. Vamos fingir que nada aconteceu.- Aceno de maneira positiva com a cabeça saindo do colo dela.

Até que me sentia melhor, me troquei colocando meu vestido, lavo a mão na pia antes de finalmente ir pra casa. Já escureceu. Mexia no meu celular vendo as ligações perdidas da mamãe, tinha até outro número, acho que era o de Violleta, suspirava por um breve momento, acenando para o táxi. Acho que não tinha coragem de ligar de volta, depois do que houve hoje. Pedia o endereço de sempre a ele. A outra porta do táxi abria, Garnet sentava no banco.

-Vamos aproveitar a viagem. Minha casa não é muito longe da sorveteria, fica na entrada de Brooklyn, pago o diferencial, o resto rachamos, o que acha?- Aceno de maneira positiva a cabeça.

-Pode me chamar de Perla.- Minha voz soava baixo, eu mexia ao celular.

-Gabrielle.- Ela percebia eu mexendo ao celular. -Liga pra ela. Violleta estava super empolgada quando me falou que tinha um encontro.- Negava com a cabeça, não queria papo com ninguém agora. -Não custa nada, vai deixar ela feliz.- Acho que ela fazia um joguei psicológico comigo, nem sei por que deu certo, estava eu ligando pra ela, apenar torcia pra mesma não atender.

-Alô?- Ouvia uma voz desanimada.

-Ciao è Perla.- Acredito que o celular caiu pois ouvia um barulho estranho.

-Ahh Perla, desculpe por hoje..- Interrompi ela.

-Tudo bem, tive uns problemas pessoais, não pude comparecer. Pedi pra moça avisar.- Violleta suspirava ao outro lado.

-Será que podemos nos ver outro dia? Amanhã é domingo sabe.. to sem nada pra fazer..-Meus olhos se voltavam a Gabrielle, onde a mesma fazia sinal de positivo com o dedão.

-Pode ser. Vamos almoçar naquela lanchonete que você faz seu próprio lanche sabe? Escolhe o pão, recheio e tudo, esse perto de Brooklyn, o mais visitado.- Ela soltava uma risada animada.

-Claro pode ser. Ao meio dia estarei lá.- Me sentia um pouco animada com isso, mas a questão é por que?

-Pode ser. Buonasera.- Estava quase chegando no ponto que descia.

-Buo o que?- Ela perguntava.

-Boa noite. Tenho que desligar.-

-Boa noite.- Agora eu que desligava. O táxi parava.

-Buonasera Gabrielle.- Pagava metade ao taxista saindo do táxi.

-Durma bem Perla, até breve.- A mesma acenava pra mim, o restaurante já estava fechado.

Caminhei até meu apartamento, o sono me consumia. Me despia, tomava um banho. Passei um creme rapidamente ao corpo, nem me vesti, apenas me joguei a cama, adormecendo de imediato. Estava tão cansada que nem me cobri.


Notas Finais


Pearl se sente culpada pelo que houve com Garnet.... Como será o encontro dela com Amethyst?
Foi revelado o segredo de ter duas mães, é aguentar 2 TPM :v hehehehhe Garnet mestrando :v
Agradeço por lerem <3


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