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História ARDEs - 66


Escrita por: ajfrancklyn

Capítulo 67 - 66


Fanfic / Fanfiction ARDEs - 66

Como todos os dias, ela encerrou o trabalho, se despediu da equipe e pegou o ônibus para casa. Seguindo o costume, o veículo estava um pouco vazio, então foi sentada. Ela segurava com firmeza a bolsa em seu colo, como se carregasse ali algum segredo ou coisa que a incriminasse.

“Mas… e se tivesse, quem saberia? E se soubessem, o que me importaria?”

Tinha a convicção de que, junto dele, nada mais teria sentido.

Quatro paradas depois, ela deu sinal para descer. Assim que desembarcou, olhou para o outro lado da rua, vendo o ponto de táxi. Foi até lá, embarcou no primeiro da fila, entregando o papel.

— Me leve até esse endereço.

O chofer, um senhor de meia-idade e cabelos grisalhos, leu o papel, ligou o carro e saíram. As vantagens de ter ido de táxi foram que, além de ser uma viagem rápida, o senhor conhecia o lugar e a deixaria na porta.

— Alguém aguarda a senhorita?

— Acho que sim.

— Caso não se importe, lhe farei companhia até que chegue.

— Obrigada!

O carro seguia lento, para que tivessem tempo de olhar ao redor. O lugar era pouco iluminado e ermo, com veículos e carcaças dentro das grades das oficinas. Os pequenos prédios de quatro andares e padronizados acomodavam apartamentos onde, em muitos deles, moravam os proprietários das lojas de serviços. E, exceto por uma, todas as demais oficinas tinham as luzes apagadas.

— Acredito que seja ali, senhorita.

— Também acho. Pode parar próximo àquele orelhão[1]?

Renata desceu do veículo com as fichas telefônicas na mão. Retirou o fone do gancho, colocou uma ficha no aparelho e discou os números. Em instantes começaram os bipes e, mesmo distante, ela conseguiu ouvir a campainha tocando dentro do estabelecimento.

“Atende! Vamos!”

Mas a ligação caiu, a ficha desceu para um repositório e ela a pegou. Renata pressionou o gancho e o liberou, refazendo o procedimento.

Os bipes, intercalando com a campainha, recomeçaram, mas, dessa vez, a voz soou do outro lado da linha:

— Alô!

— Alô?

— Renata!

— Rainen!

— Está tudo bem?

— Vai ficar melhor se você abrir o portão e me deixar entrar.

— Você… está… aqui na frente?

— Abra, por favor!

— Claro! Claro! — E desligou.

Lá fora, a garota pagou o chofer, que lentamente saiu com o veículo.

Próximo, com o barulho de metal contra metal, a porta de enrolar foi suspensa e a luz interna clareou toda a frente da oficina. O rapaz correu até o portão e o destrancou. Ela entrou e ele o travou com o cadeado. Indo na frente, Renata entrou no estabelecimento caminhando vagarosa, e Rainen seguia atrás. Ela jogou a bolsa em um canto.

— Aconteceu alguma coisa? Está tudo bem? — O rapaz estava preocupado.

A garota se virou para ele e apontou para a porta. Ele foi lá e a fechou. Voltou e parou diante de Renata, que agora respirava com dificuldade. Estava nervosa, trêmula e a voz não lhe saia. Lágrimas corriam pelo seu rosto e ela se encurvou. Quando caía, Rainen a segurou.

— Pelo amor de Deus, me diga o que está acontecendo. — Estava aflito diante da cena.

Ao sentir o toque, em parte, Renata se reestabeleceu:

— Eu… te amo! Eu te amo! — quase sussurrava.

— Renata?

— Queria te resistir, não ser tão entregue…

— Mas por que faria isso?

— Não quero mentir para você, eu não consigo. Então prefiro que você veja, e peço que compreenda, pois sem o seu amor eu caminharia para os braços da morte.

Com ternura a abraçou e lhe confessou em voz muito baixa:

— Eu a seguiria. — E beijou-lhe a testa.

Ela o olhou com candura.

— Então você…

— Eu te amo, Renata! — Ele a beijou.

Quando encerrou o gesto, ela foi direta:

— Tem banheiro aqui?

— Tem sim, naquela lateral.

Ela caminhou até lá e entrou. Havia uma organização mínima no lugar. Era um vestiário com armários de metal na cor cinza. As paredes ali eram apenas rebocadas e pintadas numa coloração azul-escura. Nos cantos, havia caixas, com restos e peças, devidamente empilhadas. Centralizado havia um banco e, junto à parede do fundo, uma velha mesa. À frente uma porta, ao passar por ela, acessou o banheiro: uma pia pequena e encardida; abaixo, uma prateleira com produtos de limpeza; sobre a pia, um pedaço de espelho; ao lado, o sanitário sem tampa. Não conseguiu segurar a risada.

“Homens…”

E então encontrou o que procurava.

— Rainen, traz minha bolsa, por favor? — pediu, enquanto ligava o chuveiro.

— Está aqui sobre a cadeira, ao lado da porta.

Ele ia saindo, quando ela pediu de novo:

— Pode pegar minha toalha e esse saco branco dentro da bolsa?

— Claro.

— Ótimo! Entre aqui para me entregar.

A mente dele girou com a ideia.

— Eu… entrar aí?

— Entre de costas — ela tentou atenuar —, mas não abra muito a porta pra que não passe friagem.

Mesmo com a iniciativa, Renata ficou um pouco preocupada. Lá fora, o silêncio se estendeu por alguns segundos, até que ele respirou fundo e girou maçaneta devagar. Estava confuso com o que acontecia.

— Eu… eu… trouxe o que me pediu. Não… não tenho toalha de banho, mas peguei quatro toalhas de rosto.

E as pendurou empilhando as peças num prego preso à porta. Vê-lo ali, um pouco perdido com a situação, a fez continuar, sabendo qual era o seu objetivo.

— Pode pegar um sabonete dentro da sacola e me entregar? Estou com as mãos molhadas.

— Tudo bem.

Assim que abriu a sacola, Rainen viu que não havia apenas sabonete ali dentro:

— Espere aí… gel lubrifican… preserv… você está queren…

Mas interrompeu sua fala ao sentir-se agarrado por trás.

— Vim aqui com um único objetivo: me entregar a você.

— Mas…

— Na sua ausência, eu pensei bastante em nosso relacionamento, e vejo que não me basta ser sua namorada.

— Você quer cas…

Ela o virou e fitou os seus olhos.

— Rainen, eu quero ser sua mulher.

— Eu te respeito demais.

— Me entenda. Agradeço o seu respeito, mas agora preciso de outra coisa. — E ela o beijou ardentemente. — Me faça mulher.

Rainen deu um passo para traz, encostando-se na porta. O pensamento que tivera pouco tempo atrás, sobre o amadurecimento de Renata, fora o prelúdio daquele momento. Mas, para que ela ultrapassasse as expectativas, a participação dele era fundamental.

Então se aproximou dela e a segurou pela nuca. O toque a fez tremer.

— Minha Renata. — Ele a beijou.

Enquanto isso acontecia, a garota desabotoava a camisa e a calça do rapaz, que a ajudava retirando as peças e jogando-as sobre a pia. Assim, abraçados entraram debaixo d’água, com beijos abraços e carícias.

— Tenta não molhar meu cabelo.

O banho foi rápido, só para retirar o suor, e então, sem mais conter os impulsos, Renata começou. Desligou o chuveiro e, aos beijos, trilhou um caminho do peito, passando pelo abdômen, se ajoelhando até chegar ao membro ereto de Rainen. Os olhos da garota brilharam ao vê-lo. Carinhosamente ela o tocou com a mão, em seguida, se aproximou cheirando.

— O que você vai…

Rainen não terminou a frase, pois sentiu-se abocanhado por Renata. Com os olhos fechados ela sorvia, lambia, beijava, massageava, desde a base até a ponta, um pouco perdida às vezes, mas ciente de que era o que desejava. Rainen provava uma das melhores sensações que experimentou em toda a sua vida. Cinco minutos depois, ele pediu:

— Pare! Não consigo mais segurar.

Renata entendeu e abocanhou o membro com mais voracidade, até massagear com a língua um ponto específico, bem na ponta, na parte de baixo.

— Não dá mais pra segurar.

A garota sentiu o membro latejando em sua boca enquanto jorrava um líquido quente e levemente salgado. Com cuidado, ela o engoliu e continuou lambendo-o e beijando. Renata estava muito alterada.

Rainen ainda sentia as ondas de prazer e lutava para se controlar, quando ela o abraçou. Então ele quis beijá-la.

— Ainda não.

Mas ele queria mais e, de súbito, a agarrou levando-a para o vestiário. Rasgou caixas de papelão e forrou a mesa, só então deitou Renata, que o olhava com desejo e curiosidade.

Ele admirou o corpo jovem e belo: seios de bom tamanho e pontudos, firmes; a pele macia e sedosa; cintura bem delineada salientando o quadril; coxa grossas e torneadas; até que focou os pelos ralos e claros na virilha de Renata.

— Que pensa faze…

Rápido ele abriu as pernas da garota e ali aplicou uma lenta e molhada lambida. Aquilo a desestabilizou. Então veio a segunda lambida, a terceira, a quarta. E quando deu por si, ele sugava, se lambuzando com o lubrificante que saía dela.

— Par… pa… par…

Renata tentava falar alguma coisa, mas o prazer não permitia que controlasse sua fala. E diante da língua ávida de Rainen, ela se entregou, puxando a cabeça do rapaz para o meio de suas pernas. Mesmo empolgado, ele diminuiu a velocidade e aumentou a profundidade do movimento. Então sentiu no queixo o jorro de um líquido quente. Ela se contorcia de prazer, tentando tirá-lo dali, mas ele a segurou a continuou aplicando o movimento. Novos jorros, até que ela gritou:

— Para! Para, pelo amor de Deus!

Ela se contorcia tremendo sobre a fraca luz do cômodo. Vendo a cena, Rainen sorriu com a boca ainda melada.

— Acho que já deu por hoje, não é?

— Ainda não. Isso foi uma preliminar. Agora é que vamos começar. Traz a sacolinha.

Ele foi ao banheiro e voltou com o que ela pediu.

— Tudo bem, entendo os preservativos, mas… e esse gel?

Renata se sentou na mesa e ele se encostou nela.

— Precisaremos dele.

— Mas eu vi. Você lubrifica bem.

Ela o empurrou um pouco para trás, colocou os pés no chão e virou-se de costas, apoiando a barriga e os seios na mesa e empinando o quadril.

— Nem todas as minhas partes lubrificam naturalmente.

Ele arregalou os olhos um pouco nervoso e sentindo a tensão em seus músculos.

— Eu não… Eu não vou…

Ela se pôs ereta e o abraçou.

— Não, você não vai. — lhe sorriu. — Nós vamos.

O rapaz não acreditava no que ouvia, via e sentia. Diante da inércia, Renata o beijou e pegou o preservativo de sua mão. Ajoelhou-se e sua boca percorreu todo o membro de Rainen, que enrijeceu. Foi quando ela colocou o preservativo e voltou a beijar o rapaz. Então destampou o gel, pegou um punhado do produto e o espalhou generosamente no membro, que agora, além de rijo, estava besuntado. Com mais outro punhado de gel, Renata lubrificou o meio das nádegas e voltou à posição de oferta.

— Venha! Faça!

Vê-la tão submissa e tão desejosa o instigou, e teve a percepção de que somente ele seria capaz de satisfazê-la. Assim, um fogo o tomou, e ele se aproximou admirando a beleza daquele quadril.

Ela sentiu o membro roçar em suas carnes, até tocar na entrada.

— Vamos devagar — disse gemendo.

Rainen forçou mais um pouco e a cabeça entrou. Renata suspirou e gemeu. Como não houve reclamação, ele continuou empurrando e, naquela posição, ele via o membro sumindo aos poucos para dentro de sua amada.

“Sem o lubrificante seria impossível”.

Já a garota sentia uma forte ardência e uma satisfação estranha em se sujeitar daquela forma. Foi quando ouviu.

— Entrou quase todo.

— Agora movimenta para trás e para frente, devagar.

Ela não precisaria pedir. Rainen, mesmo ansioso com a experiência, seguia com bastante cuidado e no ritmo de Renata. E deu início a um movimento compassado e bem sensível. A garota estava incomodada, percebendo a falta de algo, quando sentiu mãos percorrerem o seu corpo: nádegas, quadril, cintura, costas, ombros e, então, um leve puxão nos cabelos.

— Você é deliciosa.

Aquilo fez Renata sair de si.

— Saboreia… — gemeu — é tudo seu.

E agora, tomada por mais prazer, lançava o quadril para trás, acelerando o movimento de Rainen, que entendeu e aumentou o seu ritmo.

— Ai… que delícia… — Renata sussurrava, babando.

Mais alguns minutos naquela posição e ela implorou:

— Também preciso te beijar…

— Como?

— Não tira de dentro e vamos mudar de posição.

Com jeito e força, Rainen a girou, deixando a garota com a barriga para cima. Ela então puxou-o sobre si e os lábios se tocaram, com pouca coordenação, mas com muito fogo. Ele deixou o beijo e lambeu o pescoço e os seios, sentindo o gosto salgado do suor, mas nem por isso parava, e chegou aos seios e aos seus bicos, prendendo-os com firme sucção.

Com mais esse ponto de prazer, Renata seguiu com as mãos até o meio das pernas e se tocou. As ondas de satisfação aumentaram e a arrebataram em delírio. E o jato de líquido quente atingiu a barriga de Rainen.

— Preciso que você também chegue ao orgasmo.

— Eu não quero agora.

— Não consegui te satisfazer? — Havia desapontamento na voz da garota.

— Conseguiu, e muito. Só não quero por agora.

E a beijou apaixonadamente, enquanto, aos poucos, saía de dentro dela.

— Rainen, eu te amo!

— Também te amo!

E ele a conduziu para dentro do banheiro onde se higienizaram, em meio a abraços e beijos. Num dado momento, ele a olhou:

— Preciso de explicações.

[1] Telefone público

 

Obs: esse é o fim do arco "APRENDIZADO". O próximo será "ASCENSÃO E QUEDA". Boa leitura!



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