Não era grande, mas a aparência lhe chamava a atenção. Quando a segurou na mão, sentiu a temperatura e imaginou estar ideal para colocar na boca. Salivou com o pensamento. Lentamente aproximou-a do nariz, inalando o odor característico. Sem mais se conter, introduziu-a na boca, sentindo os espaços sendo preenchidos. Fechou os olhos em satisfação ao fazê-lo.
— Acho interessante a forma como você come pizza — disse Rainen assistindo a cena.
— Adoro pizza — respondeu Renata, assim que mastigou e engoliu o bocado.
Ele riu, se servindo de uma fatia.
Aquela pizza era diferente, feita nos moldes italianos. Ficou claro quando Rainen abriu a caixa e o cheiro tomou conta do lugar. Era fornecida por uma pizzaria de um primo do Tony. Na hora em que fez o pedido, ele se identificou para o atendente, que automaticamente aumentou a porção do recheio: mais presunto de Parma, mais queijo reino e rodelas extras de tomate italiano.
Rainen observava Renata, cheio de pensamentos e questionamentos, mas não quis conversar naquele instante, apenas comer. E acabaram com a pizza.
— Poderia ser maior.
— Também acho, mas, segundo o Tony, estamos degustando uma pizza, e não em processo de engorda de porcos para o Natal.
Renata gargalhou que chegou a chorar de tanto rir. Quando a aura de alegria foi diminuindo, ela fitou Rainen, que estava sem camisa. Observava o rapaz, a sua estatura e forma física. Era lindo e perfeito aos seus olhos. Então o seu semblante se tornou sério, até que disse:
— Tentarei me explicar — ela ponderou organizando os pensamentos e iniciou: — Internamente, tudo começou antes da nossa conversa na frente do quartel, se lembra?
Encostado na mesa, ele meneou a cabeça confirmando.
— Eram sentimentos, dúvidas, emoções que se chocavam dentro de mim. Tudo causado por um fator comum… — E o fitou. — … você.
O rapaz permaneceu em silêncio.
— A verdade é que aquela conversa foi uma das formas de externalizar uma situação caótica que havia em meu âmago.
— Externar o quê? — ele perguntou.
Ela fez uma pausa para acalmar o pensamento, que era impulsionado pelas emoções.
— Uma mescla de amor, possessão e… desejo.
Fizeram silêncio por um tempo, até que ele questionou:
— Está me dizendo que o que vivemos aqui, e tantas outras situações diferentes, são resultado dessa mescla?
Sentindo a pressão na garganta, ela respondeu:
— Tenho uma necessidade de me afirmar diante de você. Me afirmar sua, me afirmar capaz de te satisfazer. E isso também me satisfaz.
Rainen sentou-se ao lado dela.
— Não precisa ter pressa, nem se sentir pressionada.
— Não é algo que eu controle. — Ela repousou em seu ombro. — O que aconteceu aqui foi bom pra você?
— Considere que você está perguntando para um cara que perdeu a virgindade há pouco mais de uma hora.
— Considere que você está sendo questionado por uma moça que também perdeu a virgindade há pouco mais de uma hora.
Riram novamente.
— Foi maravilhoso! Mágico!
As palavras a acalmaram.
— Que bom.
— Só não entendi por que fizemos esse tipo de sexo.
— Simples: vou à ginecologista a cada seis meses, e ele atende minha família há vários anos. Se fizermos sexo vaginal, ele constatará que não sou mais virgem e tenho pra mim que informará aos meus pais.
— Entendo.
Ela se acanhou um pouco, complementando:
— No mais… eu quero casar virgem — disse, escondendo o rosto.
— Tudo bem. — Ele a colocou no colo. — Eu posso esperar.
Ela o abraçou e se beijaram por bom período.
— Ainda estou aprendendo. Muitas informações capto com a leitura de textos e complemento com vídeos. Então espero que, com o tempo, nossas relações sexuais melhorem.
— Mais ainda?
— Quero te deixar o mais feliz e satisfeito possível. — Mais um beijo. — Não se esqueça disso.
— Vá com calma, tá?
— Não se preocupe. Agora… — Ela foi tateando até encontrar seu membro. — … me dá mais um pouco disso?
Ele sorriu, dizendo:
— Sirva-se.
Renata ajoelhou-se, abrindo o zíper da calça e colocando o membro de Rainen para fora. Sob o olhar desejoso do rapaz, ela iniciou as carícias com a boca e ficou assim por um longo tempo.
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