Nós dois logo chegamos em um lago com uma espécie de plataforma em cima do lago. Fomos para o final da plataforma. Thomás esticou uma toalha xadrez, o que achei super fofo, era um piquenique a luz de estrelas! Ele se sentou e eu também.
- Que bonito. – Falei.
- Achei que você fosse gostar. – Sorriu. – Gosto de vir aqui. É tão calmo.
- Agora entendi o porquê de vir aqui. – Falei.
- Ah eu pensei, mas estava em dúvida, mas vejo que gostou realmente. O que acha de um piquenique?
- Adoro a ideia de um piquenique. – Sorri. Ele tinha pensado em tudo mesmo, Thomás tirou de dentro da cesta várias coisas. Tinha sanduíches, suco, morangos, bolo doce e salgado...
- Wow que atencioso! – Exclamei.
- Pensei em algo diferente então surgiu isso. – Falou.
- Você teve essa ideia tão genial? Meus parabéns. – Falei batendo palmas.
- Na verdade minha irmã disse para eu fazer isso. – Riu.
- Ah, sempre tem um toque feminino. – Rimos.
- Mas eu que pensei nas comidas! – Disse em sua defesa.
- Boa escolha. – Pisquei. Ele ajeitou tudo em cima da toalha então fomos comer. Os sanduíches estavam maravilhosos assim como os bolos (não comemos todos, apenas algumas fatias), o suco era de laranja e estava bem geladinho. E por último, como sobremesa ele pegou os morangos. Nós dois comíamos e falávamos ao mesmo tempo. – Quantas estrelas...
- É. O céu é tão bonito de noite. – Falou.
- A lua só complementa juntamente com as estrelas. – Falei.
- Verdade. Queria que sempre fosse assim... – Suspirou.
- Pois é..... Tão calmo. Nem parece que acontece milhares de coisas lá em cima. – Falei, ele assentiu. Nós dois íamos pegar o último morango. Ambos retraíram a mão.
- Pode pegar. – Sorriu.
- Não pega você. – Falei.
- Não, pode comer. – Falou.
- Não, você que trouxe. Pode pegar. – Falei empurrando na direção dele.
- Maya é sério pode comer. – Riu.
- Bom você que sabe. – Peguei o morango. Ele ficou quieto e eu também. Eu estava quase mordendo um pedaço dele quando ele disse.
- Ah agora eu quero ele.
- Então vem pegar. – Falei me levantado e correndo. Ele estava vindo atrás de mim. Mas é claro que ele é mais rápido que eu e logo me alcançou. Botei o morango na minha boca, mas só deu tempo de pôr a metade. Thomás me agarrou pela cintura e me puxou para perto. Eu estava quase rindo, nossa situação era engraçada. Ele chegou mais perto e mordeu a parte que estava de fora do morango. Mastiguei a minha parte e começamos a rir alto. Eu ainda estava enganchada nele, rimos por mais algum tempo. Quando paramos o silêncio tomou conta. Talvez eu já sabia o que viria em seguida. Tentei guardar todos os momentos. Nós dois estávamos bem perto da ponta da plataforma, mais alguns passos e nós cairíamos na água.
- Thomás... – Falei percebendo que estávamos mais perto da ponta. – Vamos cair.
- Shh... – Ele colocou um dedo na frente de meus lábios. Seu dedo logo foi substituído pelos seus lábios. A sensação era maravilhosa. Jurava que eu podia voar. Os lábios dele eram tão macios, eles eram capazes de me levar para o céu. Puxei ele para mais perto, grudando mais ainda nossos corpos. Se cairmos, vai ser por um motivo muito bom. Ele queria vir mais perto ainda, o que já não era mais possível, pois não havia nenhum espaço entre nós. Dei uma breve cambaleada para trás, e logo vi nós dois no meio do lago, molhados.
- Que água fria.- Falei.
- Bom pra mim. – Riu.
- Ei! – Bati de leve no braço dele.
- O que foi? – Pediu. – É verdade ué.
- Garotos... – Revirei os olhos.
- Garotas... – Me imitou.
- Há há há. – Mostrei a língua.
- Aé, mostrando a língua que feio isso. – Disse jogando água em mim.
- Nossa, você vai ver. – Comecei a jogar água nele também. Fizemos uma guerra de água por um bom tempo, até começar a esfriar bastante. Nós dois saímos do lago e então arrumamos as coisas para ir embora. Era quase meia noite. Thomás foi me levando por um caminho desconhecido. Logo chegamos em frente a uma casa. Lógico que não era a minha e sim a dele.
- Bom achei que você precisasse se secar. – Disse pegando a chave de casa.
- Tudo bem, você mora mais perto do que eu. Melhor do que pegar uma gripe. – Dei de ombros. Assim que ele abriu a porta nós entramos e subimos as escadas até o quarto dele.
- Fique a vontade, vou buscar uma toalha. – Disse sumindo pelo corredor. Abri a porta e vi uma cama bagunçada, meias no chão, um guarda roupa enorme, uma escrivaninha do computador, o skate ao lado e algumas fotos na parede. Me sentei na ponta da cama. Na volta até aqui, nós demos uma secada, eu só estava com meu cabelo e vestido bem molhados. Logo vi uma figura parada na porta. Mas assim que me dei conta de quem era fiquei tensa.
- Maya? – Matheus pediu. – O que faz aqui?
- Longa história. – Falei descartando a pergunta dele.
- Ah claro. Que pergunta idiota. – Riu. Ele estava usando apenas uma calça. Isso não é bom...
- Não é nada disso que você está pensando. – Falei.
- Hum. – Falou. Ele veio perto de mim e ficou na minha frente me encarando. – Choveu?
- Não. Apenas um incidente. – Ri lembrando da cena. Mas que demora, Thomás cadê você?
- Ah imagino. – Falou chegando perto do meu rosto.
- Matheus...
- Maya...O que foi? – Pediu.
- Dá para você desgrudar de mim? – Pedi.
- Mas eu não fiz nada... – Começou. – Ainda.
- Mas o que? – Falei para mim mesma. Ele me empurrou na cama e veio ao meu encontro. Achei que ele ia me beijar, mas ele foi em direção ao meu pescoço. Golpe sujo esse! Eu tentava tirar ele, mas é claro que Matheus é muito mais forte e pesado do que eu. Ele vai em direção aos meus lábios, mas só vejo que de repente ele cai no chão.
- Poxa Matheus, você ainda não entendeu? – Thomás estava na minha frente. – Você está bem? – Pediu eu assenti.
- Não posso fazer nada se ela estava gostando. – Riu.
- Claro. – Falei irônica. – Não quero você. – Falei olhando nos olhos dele. – Você não vai conseguir nada de mim tentando tirar a força.
- Ah quer saber? Dane-se vocês dois. Sejam muito felizes. Eu desisto de vez de você. – Apontou para mim e logo em seguida saiu do quarto. Thomás ia ir atrás dele, mas eu seguro seu braço.
- Deixa, ele não conseguiu nada. – Falei.
- Eu não entendo, Matheus nunca foi assim. – Disse se sentando ao meu lado.
- Talvez seja coisa do momento. – Falei.
- Eu espero. – Disse. – É melhor eu te levar para casa.
- Tudo bem. – Falei. Thomás e eu fomos caminhando bem devagar e em silêncio. Logo chegamos na frente da minha casa, as luzes estavam todas apagadas. Ele foi até na porta comigo.
- Bom aqui estamos. – Falou.
- Obrigada por essa noite. – Sorri. – Gostei bastante.
- Eu também, tirando o mala do meu irmão. – Rimos. Ficamos alguns segundos nos olhando.
- Preciso ir. – Sussurrei.
- Tudo bem. – Sussurrou de volta. – Nos vemos por aí...
- Até mais. – Falei pegando a chave de casa e colocando na maçaneta. Destranquei a porta e entrei dentro de casa, eu estava quase fechando a porta quando ele fala.
- Maya, eu estou apaixonado por você...
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