- Eu estou querendo conversar numa boa! – Thomás exclamou. Tinha que ser esses dois! As garotas me olharam sabendo o que iria acontecer. Eu estava prestes a explodir, mas resolvi esperar e ver o que acontecia.
- É por sua culpa que ela está agindo assim. – Levi disse.
- Minha culpa? Não seja ridículo! – Gritou. – Você que esteve jogando charme para cima dela...
- Não tenho culpa se você não é capaz de satisfazê-la...- Levi ironizou. – Não sei como ele ficou com você! Você é idiota, não deveria estar perto dela.
- Olha que fala. – Bufou. – Fica longe da Maya entendeu? – Thomás disse chegando mais perto e ficando cara a cara com ele.
- O que você vai fazer? – O olhou.
- Não vou me rebaixar ao seu nível. Eu só queria me intender com você, estou tentando fazer algo por ela e você aí se negando a conversar...
- Maya está cega, ela não vê que você não serve para ela, mas infelizmente isso vai acabar. Vou tirar você do caminho dela, agora. – Disse. Eles ficaram calados por alguns instantes até que um partiu pra cima do outro. Fiquei chocada vendo os dois brigarem, era socos e mais socos. Chutes para cá e pra lá. Larguei as sacolas no chão e corri até eles.
- PAREM OS DOIS. AGORA! – Gritei. Os dois continuavam se me dar ouvidos. Corri até achar um segurança e o pedi que me ajudasse. Voltei correndo e já tinha um pouco de sangue no chão. Por que eles precisam de briga? Para se acharem mais dignos? Por favor...
- Os dois pra fora. – Falou o segurança pegando ambos pelo braço. Ele levou eles até a porta e os botou para fora. Disse para as garotas irem na frente. Eu as encontraria depois. Fiquei encarando os dois no chão. Eu estava furiosa com eles.
- Vocês são uns imbecis mesmo. – Falei.
- Maya posso explicar... – Levi começou.
- Não fala nada. – O olhei. – Vocês nem imaginam o que fizeram, estão de parabéns... – Sorri irônica.
- Maya me escuta, não era pra ser assim eu queria...
- Thomás eu não quero ouvir nada de nenhum de vocês, eu vi e sei muito bem o que aconteceu. – Falei. – Vocês não percebem que isso é ridículo? Um de vocês podia ter se machucado...estou decepcionada. Com os dois. Achei que vocês seriam maduros o suficiente e poder ter uma conversa civilizada, mas não, eu acreditava em vocês, agora perderam a minha confiança...
Os dois se entreolharam, parecia que havia uma guerra de olhares entre eles. Pude perceber que eles perceberam o peso de minhas palavras. Eu estava triste com eles, por terem sido tão baixos e a esse ponto. Eles não faziam ideia do que provocaram em mim, poxa eles podiam ser mais responsáveis e pensar duas vezes, mas não, os dois estão cegos...
- Vocês dois... – Comecei. – Eu não passo de um capricho para os dois! – Exclamei. – Como eu não percebi isso antes? Meu deus...
- Maya você está de cabeça quente por favor...- Thomás se levantou e veio até mim.
- Eu não estou de cabeça quente! – Gritei. – Vocês é que estavam, não ousem falar algo do tipo pra mim.
- Thomás não está vendo que está a irritando? – Levi veio perto de nós.
- Vocês dois estão. – Falei. – Chega, eu vou embora... – Me virei, mas seguraram meu braço.
- Por favor...
- Me solta, eu não quero ver nenhum de vocês, nunca mais. – Falei me soltando deles. – Adeus...
Fui caminhado sem pressa de ir para casa. Dava passos lentos e olhava para trás para ver se ninguém me seguia. É eu consegui. Minhas palavras surtiram efeito neles. Sei que fiz a escolha certa, mas eu saí ferida. Não queria que fosse assim... Por que algumas coisas são tão difíceis? O ano está quase no fim, vou ter que seguir outro rumo. Um bem diferente do que eu planejei. Quando vi a casa, avistei Matheus sentado nas gramas. Assim que ele me viu veio correndo até mim e me abraçou. Meus olhos ardiam por segurar minhas lágrimas.
- Ei tudo bem... – Falou baixinho. – Você vai ficar legal...
- Eu sei, mas eles me decepcionaram. – Choraminguei.
- Ivy me ligou e disse o que aconteceu. Os dois estão lá ainda?
- Não sei. Saí o mais rápido o possível e sem olhar para trás.
- Fez bem.
- Matheus não comenta nada com o Thomás sobre minha mudança...
- Okay, você vai falar?
- Sei que pode ser egoísta, mas eu vou mandar algo para eles uma carta talvez...por que ela pode ser entregue só depois que eu já fui embora...
- Eles não vão se despedir então? – Pediu, eu assenti.
- Prefiro assim. Vou manter contato com você e com as garotas, eu ainda vou atormentar vocês eu prometo. – Sorri.
- Você sabe que se precisar de alguma coisa pode contar comigo e com as garotas...
- Sei disso. Vocês são as pessoas mais maravilhosas que eu já conheci na vida.
- Mais calma agora?
- Aham. Bem, eu vou entrar e tomar um banho, para relaxar sabe? Acho que vai me fazer bem.
- Vai lá, então. – Sorriu. – Maya qualquer coisa me avise. Não importa quando for...
- Pode deixar.
- Então tchau...
- Tchau, a gente se vê. – Falei e então entrei na casa. Fui direto para meu quarto e peguei uma roupa bem confortável. Fui para o banheiro e demorei uma meia hora.
Nada melhor do que um banho para se curar. Assim que saí prendi meus cabelos em um coque frouxo, vesti minha roupa e então desci para falar com as garotas. Todas elas estavam conversando baixinho na sala, a TV estava ligada, mas ninguém prestava atenção.
- Maya tudo bem? – Pediu Ivy.
- Sim, vai ficar... – Me sentei no sofá junto delas.
- Eles são uns babacas. – Alice falou indignada.
- São mesmo... – Emilly concordou.
- Eles pareciam só estar pensando neles mesmos. – Mary disse.
- E estavam. – As olhei. – Alice quero que me faça um favor.
- O que você precisar! – Garantiu.
- Pode organizar a festa. Se precisar de ajuda me fale.
- Tudo bem...
- Você tem certeza disso? – Ivy me olhou.
- Sim, eu tenho. Já tomei a minha decisão. Vou embora...
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