— Então foi mesmo você? – Uma lágrima escorre de seus olhos. — Você matou minha mãe? – Jonathan gargalha.
O tempo parecia ter parado, congelado, travado somente naquela hora. Sammy olha extasiado para Jonathan enquanto o mesmo continua a sorrir abertamente. Olho de canto para Cameron e ele devolve o olhar. Vejo sua boca sussurrar um “Fique em silencio” e depois passar sua língua nervosamente pelos lábios. Engulo em seco e tento controlar minha respiração descompensada.
— Eu te perdoei por tudo, voltei e te ajudei em tudo. – Sammy diz dando passos se aproximando. — Coloquei a garota por quem sou apaixonado em perigo... – Arregalo os olhos e encaro Cameron que se encontra da mesma maneira que eu. — Tudo por você. E o que você fez?! Matou a minha mãe, matou sua esposa!
— Sua mãe era uma megera depressiva, nunca fui homem de ficar com doente ao meu lado. – Jonathan diz sem nenhum pingo de remoço. — Apenas dei o que ela precisava. Ofereci-lhe descanso eterno! – Diz debochadamente.
— NÃO OUSE FALAR ASSIM DA MINHA MÃE! – Sammy grita voando para cima de Jonathan que por ser mais rápido o agarra pelo pescoço e o empurra até a parede.
— Sua mamãezinha está apenas em ossos enterrada. Ela está no lugar que sempre mereceu está. – Vejo-o apertar mais o pescoço de Sammy. — Ela estragava meus planos. Então se não quiser parar no mesmo lugar que ela, eu aconselho que cale a boca e me deixe terminar o que comecei. – Larga Sammy bruscamente, deixando-o cair no chão e lhe dá a costas voltando a caminhar em minha direção. Estremeço olhando para Cameron.
— NÃO A TOQUE OU SERÁ UM HOMEM MORTO! – Cameron grita e Jonathan gargalha por fim chegando perto de mim. O medo toma conta de meu corpo e ele aproxima sua mão alisando minha perna.
— E quem vai me matar? – Debocha olhando para Cameron, provocando-o.
— Não. – A voz de Sammy soa atrás de nós e então o corpo de Jonathan cai no chão. Olho para trás e vejo Sammy com uma madeira nas mãos. — Sabe qual o problema, papai? – Olho para Jonathan e ele está acordado com a cabeça sangrando. — Você subestima muito as pessoas. – Sammy finaliza batendo bruscamente a madeira no rosto do pai que cai desacordado.
— Sammy, você...
— Não! – Interrompe-me se aproximando de mim, desamarrando meus pulsos e tornozelos. — Vão embora daqui antes que ele acorde. – Diz pegando o celular de dentro dos bolsos da calça, discando algo no mesmo e me entregando logo depois. — Diga a sua mãe para ligar para policia e enviá-los para casa abandonada da floresta central. – Olho-o sem entender nada. — Vamos Angel! – Diz nervoso.
Pego o celular de sua mão e coloco-o no ouvido. Vejo-o se aproximar do Cameron e desamarra-lo. Cameron me olha surpreso e confuso, devolvo o olhar. O celular toca três vezes e então ouço a respiração de minha mãe.
— Mãe? – Chamo-a.
— Angel? Ah Meu Deus. É você mesmo? – Quase grita. — Querida, onde você...
— Filha, sou eu. – Meu pai toma o lugar de minha mãe. — Onde você está? Você está bem?
— Pai, me escuta! – Olho para Sammy que olha para o chão. — Eu estou bem. Ligue para policia e
os mande para casa abandonada na floresta central. – Digo nervosamente.
— É onde você está? Está sozinha?
— Pai, eu não posso falar muito, só faça o que eu pedi, por favor. – Peço e então
Sammy se aproxima e toma o celular de minhas mãos, desligando.
— Saiam daqui! – Diz guardando o celular dentro do bolso da calça. Cameron retira sua camisa e me entrega. Visto-a rapidamente e ele me abraça fortemente. — Depois vocês se abraçam. SAIAM LOGO!
— Mas e você? – Pergunto.
— Esqueça-me!
— Mas, Sammy você...
— Vamos! – Cameron pega minha mão e me puxa escadas acima.
— Cameron, nós não podemos deixa-lo aqui.
— Angel, me escuta! – Cameron para e me segura pelo rosto. — Nós não podemos ficar aqui. Ele vai ficar bem, entendeu? – Assinto engolindo em seco e ele aproxima seu rosto do meu, depositando um selinho em meus lábios.
***
Passamos alguns minutos procurando a saída da casa e então finalmente achamos. Cameron abre as portas duplas e corremos para fora da casa. Os sons das sirenes soam, alto e vários carros policiais param em frente à casa. Suspiro, aliviada e Cameron aperta minha mão passando-me confiança. O carro de Luke, Phoebe e meus pais param logo atrás e então todos nossos amigos, meus pais e a mãe de Cameron, saem dos mesmos, correndo em nossa direção.
— Minha filha! – Meus pais me envolvem em um abraço apertado.
— Oh meu Deus, obrigada! – Minha mãe agradece.
— Cameron! – Dona Camila diz abraçando o filho. — Eu estava tão preocupada. – Diz chorosa.
Desvencilho de meus pais e meus amigos se aproximam abrandando-me juntamente com Cameron. Rosie chora desesperadamente e eu sorrio tranquilizando a mesma. Sophie gruda em meu pescoço e sussurra um “Tive medo por você”. Todos nos recebem da melhor forma possível.
— Espera, aquele é o Sammy? – Phoebe pergunta fazendo com que todos olhem para porta da grande casa.
PVD SAMMY WILK
Observo o homem caído e desacordado no chão. Como pude me iludir tanto? Como pude acreditar em suas palavras? Ele matou o que era mais importante para mim. Por que o pouparei? Lembro-me do seu plano e então caminho até atrás da escada, aonde encontro o aparelho do mesmo lugar que deixei.
O pego nas mãos juntamente com o controle remoto e olho pela ultima vez para o homem a quem me abandonou, a quem não consigo sentir nada além de nojo, raiva e mágoa. Jogo o aparelho no chão e seguro o controle nas mãos. Dou-lhe as costas e subo as escadas. Ouço as sirenes tocarem do lado de fora e me aproximo da porta de saída.
Abro a mesma bruscamente, caminho me afastando da porta e todos me olham. Cameron, sua mãe, seus amigos, os pais de Angel e Angel. Ah, Angel! Eu queria tanto que gostasse de mim como gosto de você! Queria tanto que me perdoasse por tudo! Os policiais correm armados em minha direção.
— Mãos para cima! – Um deles ordena e eu as levanto. — Largue o que tem nas mãos! – Ordena mais uma vez. Olho ao redor e então pressiono o botão do controle, soltando-o no chão em seguida.
— Prove do seu veneno, papai! – Resmungo e então um estrondo. A casa explode levando pelos ares o corpo e a alma de um homem sujo.
— Você está preso, Sammy Wilk!
PVD CAMERON DALLAS
Um alivio toma conta do meu corpo assim que vejo a casa queimando e Sammy sendo algemado e colocado dentro da viatura. Pergunto-me como ele teve coragem de fazer tal ato e ao mesmo tempo agradeço-o por tudo. Olho para Angel e ela sorri para mim. Chamo-a com a cabeça e ela vem até mim. Abraço-a fortemente e beijo o topo de sua cabeça.
— Acabou! – Sussurro sentindo meus olhos marejarem.
— Finalmente! – Uma lágrima escorre de seus olhos. Sorrio e selo nossos lábios em um beijo cheio de saudade.
— Largue-a Cameron! – Uma voz soa atrás de nós. Afasto-me e olho por trás de Angel. Ela segue meu olhar e assim como eu se assusta ao ver minha mãe. — Vamos para casa. Precisamos conversar! – Diz demonstrando fúria.
— Mãe...
— Não me questione!
— Dona Camila...
— Angel, vá ficar com seus pais. Cameron vem comigo! – Interrompe-a se aproximando, pegando meu pulso de forma brusca e puxando-me para longe. Olho para Angel, confuso e ela devolve o olhar. — Nicolas, pode nos dar uma carona? – Minha mãe pergunta ao mesmo e ele assente me olhando de cenho franzido. Dou de ombros.
***
Nicolas some com o carro na estrada. Ele iria buscar os outros. Minha mãe se aproxima da porta de nossa casa e abre a mesma. Adentro a casa logo depois dela e fecho a porta. Ela joga as chaves no sofá e se joga no mesmo.
— Pode me explicar o que houve? – Pergunto me aproximando e me sentando ao seu lado. Ela me olha triste.
— Talvez não entenda agora. – Resmunga. — Mas depois irá me agradecer.
— Por?
— Iremos embora aqui! – Diz e arregalo os olhos, sentindo todo meu chão se abrir e minha cabeça revirar, confusa.
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