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História Genie. - O segundo pedido (parte 1)


Escrita por: MyM_Yixing

Notas do Autor


EU TÔ MUITO ASSUSTADO COM O TANTO DE FAVORITOS QUE EU GANHEI
POIS EU NÃO ESPERAVA NADA DISSO
O QUE ACONTECEU?

A gente se vê nas notas finais

Capítulo 3 - O segundo pedido (parte 1)


O dia finalmente havia amanhecido, Sehun espreguiçou-se, sentindo sua garganta meio seca, uma leve dormência tomava conta de suas pernas, mas então ignorou a sensação, correndo até a cômoda, pegando a lâmpada e a esfregando.

Pensara no quão diferente tudo estava se tornando, já era um ser humano confuso por si só... Assim como qualquer outro ser humano, mas as dúvidas de Sehun não eram tão diferentes das outras pessoas.

O jovem passou a vida inteira se dividindo entre manter-se saudável e deixar seus pais felizes, ao ponto de esquecer e deixar pra depois as coisas mais básicas como sua sexualidade.

E de uma forma curiosa, havia perdido o sono na noite anterior, perdendo-se em pensamentos... pensamentos esses, que eram dominados pelo gênio que deveria estar descansando naquele momento.

Mas porque diabos pensava nele?

Não existiam razões plausíveis e sua cabeça era dominada por questões.

Porque aquilo estava a acontecer com ele, dentre todas as pessoas no mundo?

E por quais motivos se sentia estranho quando o gênio estava próximo de si?

Eram sensações que o mesmo não conseguiria explicar nem em uma palestra escolar, suas mãos suavam, seu estômago muitas vezes parecia rodopiar dentro de si, embrulhando-se. E não era por nojo, e sim por razões até então desconhecidas.

Tão desconhecidas para o moço, quanto o fato de Junmyeon ter mudado totalmente de tom, e tornar-se redundante ao ajudá-lo.

Estranhamente ele queria a companhia de Junmyeon. E em poucos segundos o gênio estava ali.

-Nossa... - o moreno começou a rir.

-Está rindo do que por acaso? - perguntou Sehun de forma manhosa, bocejando um pouco.

-O seu rosto... tá amassado. - respondeu o mais velho, rindo da maneira mais espontânea e linda possível. - E esse cabelo bagunçado... Posso? - aproximou as mãos da cabeça do outro.

-Po... Pode! - sorriu de modo envergonhada.

E então o gênio começou a mexer nos cabelos loiros do mais novo, arrumava tudo de forma cuidadosa, sentindo-se meio nervoso ao ver que o outro fechou os olhos, o que significava que estava gostando do pequeno contato.

-Bem... Está melhor assim! - Junmyeon falou, fazendo com que o espelho voasse rapidamente à frente de Sehun, fazendo-o se olhar.

-Ficou muito bom. Vou gastar todos os meus pedidos com meu cabelo! - deu um sorriso bobo, fazendo o moreno gargalhar.

-As vezes você é tão idiota!

Oh deveria ter ficado furioso com aquilo, mas como poderia? A risada do gênio dava uma sensação de calmaria, e coisas tão estranhas como a forma com qual as bochechas dele ficavam cheias, estavam fazendo o loiro não se importar de ser visto como um idiota.

Mas logo o moreno parou de rir, meio intimidado pelo olhar de Sehun, tentando o descrever.

-O que houve? - questionou Junmyeon, envergonhado.

-A forma que você ri...

-Minha risada é horrível. Não precisa falar!

-Não, eu gosto! Por favor, fique a vontade para rir sempre que quiser, eu irei adorar.

O silêncio predominou no local, Junmyeon não queria assumir, mas dentro de si estava mais do que feliz por ouvir aquilo. Mas tudo o que conseguira fazer, foi olhar pro chão enquanto passava as mãos pelos seus braços.

-Porque você me chamou... Deseja pedir algo? - perguntou.

A feição de Sehun mudou, recém havia o elogiado, pelo menos um ''muito obrigado'' teria sido o bastante. Não é como se quisesse ser tratado como o 'senhor que pede as coisas' o tempo inteiro.

-Bem... Eu... - Oh foi interrompido pela porta que era batida de forma intensa.

-Hunnie-ah... Abra... - ouviu a voz animada de Minseok do outro lado, sorriu um pouco, mas logo a realidade à sua frente o encarava.

-Minseok não pode te ver. - sussurrou rapidamente.

E Junmyeon revirou os olhos, ele pensou que já tinha se livrado desse problema na noite anterior.

-Não se preocupe...Eu vou me enfiar na lâmpada e aparecer a hora que você bem entender, ou não. Posso não aparecer, não seria um problema levar punição das Deusas Anciãs por não querer mais servir a você. - e novamente ele deixava o ciúmes tomar conta de si.

-Espera... Porque toda a vez que se trata de algo relacionado ao Minseok você muda de humor tão rápido? - Sehun perguntou confuso, queria acreditar que era um gesto de ciúmes, desconhecendo de onde esse desejo havia brotado.

-Pergunte pra ele. Quer saber, tchau Sehun, e abra a porta logo, ele vai nos deixar surdos daqui a pouco... irritante. - o gênio afastou-se indo em direção a lâmpada, sua feição chegava a ser hilariante, suas bochechas tornaram-se avermelhadas, seus olhos estavam meio esbugalhados, mas nada que não deixasse simplesmente fofo aos olhos de Sehun.

Ele não queria ser assim, não queria ficar com raiva e todos esses sentimentos humanos quando se tratava do mais novo e Minseok. Mas ele amou o loiro em outra vida, e teve a chance de reencontrá-lo agora.

Mas estava disposto a apodrecer em Tártaro ao ficar ali vendo e ouvindo novas interações.

-Como assim... Tchau? - Oh perguntou assustado.

-Não vou mais voltar. Abra a porta logo e seja feliz com seu Hyung.

E quando ia pegar a lâmpada para desaparecer, seu braço foi segurado.

-Eu só estou pedindo que vá, pois não saberei como Minseok vai reagir ao ver um homem tão bonito no meu quarto. - ele riu, sentindo suas bochechas esquentando. - Mas por favor, volte. - pediu.

Aquela ceninha dramática que Junmyeon recém havia protagonizado, nada mais era que uma atitude infantil de alguém que sente ciúmes e raiva ao ver a pessoa que ama conversando com seu primeiro amor.

-Abra a porta. Ele está pensando em fazer a volta e espiar pela janela, se ele o fizer vai me ver aqui. Até logo! - ao falar isso, o gênio apontou o dedo em direção a lâmpada, a puxando para mais perto de si, e então desaparecendo.

Oh foi em direção a porta, pensando em toda a cena que acabara de presenciar.

Ao abrir a porta, sentiu o peso do corpo de Minseok cair sobre si em um abraço quase sufocante.

-Hyung... O que houve? - perguntou rindo.

-Adivinha quem foi chamado pela SM Ent? - o mais velho disse de modo eufórico.

E então SeHun sorriu, se antes ele tinha alguma dúvida do poder de Junmyeon, agora não havia mais do que duvidar.

-Você?

-Sim! - abraçou o loiro novamente.

Minseok parecia mais uma criança, seus olhos brilhavam de alegria, e aquilo aquecia o coração de Oh, finalmente o outro estava prestes a mudar de vida e ele não poderia estar mais feliz.

-Mas como aconteceu? E você vai aceitar?

-Você lembra que eu havia feito um teste no início do ano? Até fiquei meio desapontado pois não havia obtido respostas, então... Agora eu as obtive! Eles finalmente me chamaram. - Minseok entrou no apartamento, com os braços entrelaçados nos de SeHun.

-Eu fico muito feliz por você, Hyung. Você merece isso, de verdade! - o sorriso ainda estava aparente nos lábios do outro.

-Eu vim me despedir de você. - o mais velho olhou para o chão de forma triste. - Só estou triste por isso, não queria que esse momento chegasse. - a sua voz estava falha, o que significava que a qualquer momento ele poderia começar a chorar.

E então o mais novo o abraçou, a diferença de altura era algo engraçado, e Oh beijava o topo do cabeça de Minseok, como se de alguma forma, ele precisasse cuidar dele.

-Isso não é um adeus Hyung. Pense que finalmente você poderá sair daqui, viver seu sonho e eu ficarei bem e feliz, pois estou torcendo por você. E tentarei ir em todos os seus shows! - riu da maneira que o outro chorava em seus ombros.

-Mas eu irei sentir saudades, não posso negar que estou morrendo de medo. Acho que já me acostumei em acordar e dar de cara com você todos os dias!

Aquilo era triste ao olhar de Minseok, quando Sehun chegou ao condomínio, demorou a abrir-se com o moço, mas depois de um tempo tornaram-se melhores amigos, as vezes o dongsaeng ficava mais na portaria, do que em seu apartamento.

E aquilo iria acabar, e Seok estava assustado com isso!

-Hyung... Me empresta seu celular rapidinho. - pediu o jovem, pegando o aparelho e logo mais digitando a senha, sim, ele mexia tanto no celular de Minseok que o outro até mesmo desistiu de colocar uma senha que SeHun não pudesse adivinhar.

-O que você vai fazer? - perguntou, o olhando confuso.

-Eu quero que você coloque isso como despertador, ou ao menos escute todos os dias e sempre que se sentir cansado para continuar... - abriu o aplicativo de gravação de voz. - "Hyung-ah, sou eu, o Hunnie... seu fã número 1. Por favor, seja forte e não desista, por nós dois! Estou sempre pensando em você." - falou o loiro de maneira alegre.

Ao escutar aquilo, Minseok voltou a chorar, abraçando-se novamente no outro.

-Nunca esquecerei de você, sempre que puder irei telefonar! Obrigado por acreditar em mim.

-Acho que seu carro está lhe esperando. - disse SeHun, olhando para o lado de fora e vendo uma van com o logo da empresa estacionada.

-Meu coração está acelerado. Estou com tanto medo!

-Hyung, eu ficarei bem. E você também ficará, a sua felicidade está o aguardando! - pegou nas mãos do mais velho, as beijando e apontando com a cabeça pra janela.

-Até logo, não esqueça de mim. - pediu Minseok, dando-lhe um último abraço e pegando suas malas.

E lá estava ele, andando em direção a seu destino, e Sehun se sentia descontroladamente feliz, ele sabia que independente de qualquer decisão errada que pudesse tomar no futuro, sempre se lembraria do quão certo foi ter tomado aquela atitude.

A distância entre os dois existiria, mas não seria nada, comparado ao fato de que ela só existe por Minseok finalmente poder seguir seus sonhos.

Aquilo era justo, não era? Sofreu tanto juntando dinheiro para ajudar na doença de seu pai, e agora a vida iria o retribuir graças ao seu trabalho duro.

Não seria fácil, mas dentro de si, Sehun sabia que seu hyung seria forte o bastante.

Ao se aproximar da porta do carro, Minseok virou-se para a janela e acenou uma última vez. Sendo correspondido pelo mais novo que o olhava.

-Boa sorte Hyung... Fighting! - falou animado, vendo que o outro já havia ido.

E Sehun não chorou, não por ser frio, e sim pelo fato de que sabia que Minseok estava indo em direção aos seus sonhos, estava feliz o suficiente e chorar de tristeza pelo afastamento não iria adiantar, afinal, eles não estão se afastando para nunca mais se verem!

-------

Após sair do banho, vestir-se e arrumar seu cabelo, Sehun correu até a lâmpada, a esfregando, com um sorriso bobo nos lábios.

-Oi de novo. - falou sorridente.

-Olá, vai me pedir o segundo pedido finalmente? - arqueou a sobrancelha.

-Na verdade... Ainda não! - respondeu sem jeito.

-Então... Me chamou por qual motivo? - questionou de forma confusa.

-Eu só queria... Sei lá... Queria passar mais tempo com você, talvez pudéssemos conversar ou até mesmo assistir um filme juntos, isso é... Se você não se importar de passar o dia comigo. -Estranhamente Oh estava nervoso, não saberia como agir caso fosse rejeitado.

Junmyeon assustou-se com aquilo, querendo ou não, por anos foi apenas o gênio das pessoas, e com tantos outros donos para se aproximar dele, logo Sehun queria isso.

-Senhor...

-Não me chame assim, por favor, me chame de... Hunnie. - riu um pouco ao pedir aquilo.

-Está bem... Hunnie. Eu não posso te dizer o por que, mas isso é extremamente perigoso pra mim. - respondeu o gênio, vendo o olhar de decepção se formar no rosto do outro.

-Ah, claro... - deu as costas.

E realmente era, se aceitasse o convite, estaria se envolvendo demais e sabia que seu julgamento mais tarde seria duro, mas era Sehun lhe pedindo aquilo, e por mais que fosse sofrer por tomar certas decisões, valeria mais a pena do que perder a oportunidade de passar um tempo ao lado de seu amado.

-Eu aceito! - falou, respirando fundo ao ver o outro virando-se com um sorriso estampado no rosto.

-Sério? - perguntou incrédulo.

-Sim, isso é, se dessa vez, você quiser passar o dia comigo.

-É claro que eu quero. - Sehun correu animado em sua direção. - A gente pode falar sobre várias coisas, e podemos assistir 'Como eu era antes de você', vai por mim, esse filme é fantástico. - o puxou pelo braço, indo em direção ao quarto e sentando Junmyeon na cama.

-Olha, eu não sei que filme é esse, me desculpe. - riu, meio envergonhado

-Não sabe? - Sehun estava surpreso. - Ah é, eu esqueci que a última vez que você esteve aqui... Nesse mundo, foi a 10 anos atrás.

-Pode me contar algumas coisas que aconteceram com você nesse tempo? - perguntou Myeon.

-Tem certeza que quer saber sobre mim?

-Na verdade, eu tenho sim. Me conte, como tem vivido?

Sehun então teve uma atitude um pouco... invasiva? Ao sentar-se ao lado do moreno, um pouco mais próximo do que o necessário. Seu corpo tremia um pouco, e as palmas de suas mãos suavam, e mais assustador que o medo de ser perceptível o bastante, seria ter de tentar explicar depois o motivo de tal nervosismo, quando nem ele sabia direito.

-Não foi nada muito empolgante sabe? Depois que você nos deixou ricos, meus pais se tornaram mais distantes cuidando da nossa fortuna, distantes o bastante pra não me perguntarem como foi meu último ano letivo.

-E como foi? - Perguntou Junmyeon, fazendo o outro assustar-se um pouco.

Mas o fato mais estranho, era que Sehun esperava que o gênio se afastasse um pouco, já que estavam sentados muito próximos, mas ele não o fez.

-Foi legal e exaustivo ao mesmo tempo. - encarou os olhos de Junmyeon. - Ah... Um menino se declarou pra mim, e eu pensei em ficar com ele sabe? Mas ele simplesmente se afastou, mas eu dei meu primeiro beijo com uma garota! - disse alegre, mas a expressão de Myeon não era a mesma.

Querendo ou não aquilo era muita informação de uma vez só.

-Mas porque você a beijou... Ela sentia algo por você?

-Na verdade não. Estávamos sem ter o que fazer, e resolvemos nos beijar! - riu, tentando descontrair um pouco.

Se existia um defeito que o gênio tinha, esse era não conseguir disfarçar quando algo o incomodava.

-Ah, vai dizer que nunca beijou alguém por nada?

-Na verdade não! A única pessoa que beijei até hoje, foi a mesma que amei até a minha morte e até os dias de hoje, embora ela hoje tenha reencarnado como outra pessoa fisicamente diferente.

-Mas você sabe em quem ela reencarnou hoje? - perguntou Sehun, confuso.

-Na verdade, eu sei sim! - riu um pouco.

-E você ainda ama mesmo sabendo que ela se tornou uma pessoa extremamente diferente?

-Sim. Amor não se trata do físico, a parte física é só uma pequena parcela. E eu sei que o garoto que se declarou pra você era muito bonito, mas infelizmente isso não foi o suficiente para fazer um amor acontecer.

SeHun pensava nas palavras que lhe foram ditas, a sua confusão muitas vezes o fazia querer desistir de relacionamentos.

-Eu tenho apenas 19 anos, e eu me sinto extremamente frustrado! Já tentei alguns relacionamentos, mas sabe quando a pessoa simplesmente não se encaixa em você?

Myeon o encarou por alguns segundos, sorriu de maneira boba e então aproximou-se um pouco mais, tentando ao máximo não ser invasivo.

-Posso te contar uma história? As Deusas Anciãs  contaram pra mim já faz algum tempo, na verdade, foi quando estava sofrendo punição. - riu, enquanto encarava os próprios dedos.

-Eu gosto de histórias. - concordou SeHun, o olhando e fazendo um pequeno biquinho com os lábios, e batendo de leve nos ombros de Myeon, dando a entender que o mais velho podia continuar.

Tomou ar, e então começou a falar, enquanto olhava o imensidão do céu pela janela, o dia estava realmente lindo.

-Na época dos Deuses antigos, quando Aphrodite ainda cuidava do amor, Morpheus ainda era responsável pelo sono, e Ares dominava as guerras, os seres que habitavam a terra tinham duas cabeças, 4 braços e 4 pernas. - deu uma pausa, ao ver que SeHun ria um pouco. - Mas Ares, com tanto ódio em seu coração, decidiu que aquela harmonia não era permitida, então cortou todos os seres ao meio, os deixando com apenas 1 cabeça, 2 braços e 2 pernas, dividindo as almas em duas partes.

-Mas existia algum motivo a mais pra ele ter feito isso? - o loiro perguntou, realmente interessado na história.

-Sim! Ele e Aphrodite chegaram na conclusão de que mesmo completos, os seres nunca estavam plenamente felizes e satisfeitos! Não era uma decisão que ele poderia tomar sozinho, então o Deus da Guerra se juntou a Deusa do Amor, e ali provaram que o amor e o ódio andam lado a lado, e que o castigo dos seres humanos a partir daquele momento, seria passar a eternidade procurando pela sua outra metade... A sua alma gêmea! - terminou, sorrindo ao falar as últimas palavras.

Sehun olhava atentamente para o gênio, e por impulso, acabou por deitar sua cabeça no colo do outro. Arrepiando-se, e rindo um pouco vendo a expressão de surpresa que Junmyeon fez.

As mãos do mais velho tremiam um pouco, e por um segundo, quase pediu para que ele cortasse aquele contato, não era justo consigo ter de sentir todas aquelas sensações.

-Devo procurar a minha alma gêmea? - pela primeira vez, Junmyeon viu o loiro mostrando maturidade em uma conversa.

E Sehun o encarava atentamente, esperando uma resposta.

Procurava o que dizer sem que fosse muito óbvio, e naquele momento o gênio já havia quebrado todas as regras existentes, mas por SeHun valeria a pena sofrer mais 10 anos de tortura.

-Nunca é tarde para encontrar, já achei a minha, e eu espero do fundo do meu coração já adormecido, que você perceba quem é a sua.

-Farei o meu máximo para que eu consiga achar... Sua perna está doendo? - perguntou.

-Não, pode ficar. - respondeu o gênio dando um sorriso fraco, e novamente se perdendo em pensamentos.

Por 2 minutos, o silêncio predominou no local, o mais novo admirava a bela feição do gênio, enquanto ele olhava para um lado qualquer, extremamente distraído.

-Junmyeon-ah.... - chamou, atraindo o olhar do outro. - No que está pensando? - perguntou.

-Em questões que eu deveria resolver, mas que a minha fraca coragem não permite. - respondeu, de forma tristonha.

-Bem, eu acho que você é muito corajoso. - Sehun levantou-se, ficando com o rosto diretamente reto em direção ao do outro.

-E porque acha isso?

-Você sabe dos riscos que está passando por estar aqui comigo agora... E mesmo assim, aceitou ficar. Eu realmente não entendo muito do seu mundo, mas isso é uma atitude corajosa. - falou, curvando-se um pouco.

-Mas saiba que essa atitude não foi algo levado pela coragem, e sim pela fraqueza. - respondeu Junmyeon, vendo que o outro havia ficado confuso.

-Como assim?

-Deixa quieto, é mais fácil você não entender!

--------

E então a tarde passou de forma rápida.

Os assuntos e risadas trocadas entre ambos por um momento fez Sehun se familiarizar rapidamente com a companhia do outro.

O mais novo contou experiências passadas, e por menos chocantes que elas fossem, Junmyeon demonstrou total surpresa ao escutar sobre elas.

E o gênio percebeu que Oh tinha muitas características similares a sua esposa, ambos eram confusos, leais e em primeira vista, infantis, mas quem sentasse se dispondo a ouvir o que tinham a dizer, se surpreenderiam com o fato de serem totalmente sem maldade.

Aquilo fazia o coração de Junmyeon aos poucos se descongelar, via no sorriso do mais novo, o belo sorriso de sua amada, e em pequenos detalhes, cada vez mais era visível que ambos eram a mesma pessoa.

Por Deus, não teriam como não ser.

Até mesmo a cor favorita de Oh era a mesma que Victoria gostava. Azul esverdeado, tornou-se a preferência da mulher de Junmyeon pelo fato do gênio, ainda em vida, amar o quão bonita e em sintonia com a pele dela ficava.

-Hunnie... - riu ao chamar o loiro assim. - Você se lembra um pouco mais agora?

O mais novo fazia alguns biscoitos, e ao escutar a pergunta do moreno, aproximou-se e se sentou a sua frente.

-Depois que você contou ter salvado a minha vida, eu lembrei de uma coisa, não vai ser muito útil. Mas é em relação a um cobertor!

-Cobertor? O que basicamente você lembra dele? - perguntou Junmyeon, com um fio de esperança.

-Não muita coisa. Só lembro que em cima de mim ele parecia tão grande, mas quando meu pai me descobriu, ele se tornou tão pequeno quanto um lenço. - disse Sehun, de forma confusa.

-E o que seu pai fez após o descobrir? Ele deu para algum homem ou colocou em cima de algo?

Sehun fazia uma expressão adorável, seus lábios formaram um pequeno bico, enquanto tentava ao máximo puxar algo da sua mente.

-Lembrei! - gritou animado. - Meu pai largou ao lado da minha cama, e então um homem... sim... Um homem apareceu! Eu não lembro o que foi dito, pois estava muito sonolento!

Quando disse aquilo, Junmyeon olhou para o chão, abrindo um lindo sorriso, e aparentemente segurou-se para não deixar uma lágrima escapar.

-Agora eu lembro até mesmo a cor do cobertor! Ele era...

-Azul esverdeado? - perguntou Junmyeon rapidamente, interrompendo o menino, que ficou boquiaberto.

-S-sim... Mas como você sabe disso? - falou Sehun, confuso e um tanto assustado. - Junmyeon por acaso o homem que apareceu...

-Eu tenho uma coisa para te dar... Estive esperando o momento certo, mas acho que ele finalmente chegou. - o gênio virou-se, tirando a camiseta.

E naquele momento a cabeça de Oh Sehun estava em confusão, seu coração parecia que poderia saltar de seu peito a qualquer momento, seu rosto e suas mãos suavam descontroladamente.

Não é como se nunca tivesse visto outro homem sem camisa, mas Junmyeon confirmadamente não era um homem qualquer. Ele era o homem que deixou o jovem Sehun sem palavras apenas ao mostrar suas costas.

E pelos Deuses, suas costas eram bonitas, tinha um tom bronzeado extremamente convidativo, e os músculos não se importavam em ficar a mostra, o que era uma afronta a já descontrolada mente de Oh.

Tentou ao máximo disfarçar seu nervosismo apenas ao olhar a parte de trás do corpo do belo gênio.

-O... O que você precisa me dar? - falou o loiro, de forma ofegante, suplicando por pensamento que o moreno tivesse piedade da sua sanidade e vestisse a camisa.

Se só as costas de Junmyeon pareciam uma perfeita obra de arte feita por um dos mais experientes pintores, como seria o restante de seu corpo?

E naquele momento o jovem apenas pensou no seu segundo pedido, ele queria mais tempo com Junmyeon!

O gênio vestiu a camisa, fazendo Sehun notar uma pequena luz no peitoral dele.

Novamente o mais novo se surpreendeu ao ver o pequeno pano nas mãos do outro.

-Eu guardei esse cobertor dentro de mim durante todos esses anos, na esperança de um dia devolver pra você. E aqui está ele... - pegou as mãos pálidas do jovem Sehun, colocando o pequeno cobertor, que realmente parecia um lenço, entre elas.

-Então aquele homem que apareceu no meu quarto... Era você? - perguntou de maneira assustada.

-Sim! Era eu. - falou o mais velho, sem jeito.

-Porque você não me disse nada aquele dia?

-O que eu deveria ter feito? Você não tinha a idade que tem hoje, eu apenas fui me despedir e peguei o cobertor como garantia de que um dia te veria de novo, a forma com qual você dormia me parecia familiar com a de uma pessoa que um dia eu conheci.

-Junmyeon... - falou rapidamente. - Eu decidi meu segundo pedido.

-E o que seria? - perguntou de maneira surpresa.

-Eu sei que a cada pedido que você me conceder, é menos tempo que eu terei com você, o que se resulta em menos tempo comigo tentando entender tudo isso e acima de tudo, entendendo a mim mesmo.

-Sim, infelizmente essa é uma das condições.

-Quero mais tempo com você... Então meu segundo pedido... É que você faça com que eu entenda tudo... dívida meu segundo pedindo em 3 partes! A primeira é você me conceder uma conclusão de algo... A segunda, é uma forma de entender a mim mesmo! E a terceira... É entender você!

Ao escutar aquilo Junmyeon ficou boquiaberto, pensava no que dizer e em uma maneira de falar que aquilo não era permitido.

-Mas é como se eu estivesse te concedendo mais 3 pedidos, isso vai contra todas as regras existentes!

Sehun aproximou-se, praticamente se ajoelhando ao pés do outro.

-Mas você já está quebrando as regras de qualquer forma, estando aqui comigo, por favor, faça isso por mim. - pediu, com os olhos carentes.

Naquele momento o coração de Junmyeon estava dividido, se quebrasse essa regra, as consequências seriam maiores.

Mas negar algo a Sehun era difícil, era tão difícil quanto achar uma agulha num palheiro.

-Eu não posso... Me desculpe! - falou decepcionado. - Peça qualquer outra coisa.

-Junmyeon, eu estou pedindo mais tempo com você, isso não é um crime, você não percebe as questões que tenho dentro de mim? Só com a sua ajuda será possível se livrar delas. - o mais novo tentava argumentar.

-Eu realmente quero passar esse tempo com você. Mas você não entende... - falou o moreno, sentindo-se culpado.

-Como irei achar minha alma gêmea se você não está disposto a me ajudar com isso? Como irei me livrar de todas essas confusões? - perguntou. - Por favor, me ajude com isso, você já fez tanto, mas faça mais, por mim! - pediu Sehun.

Possivelmente quando estivesse em Tártaro tendo de ser punido, Junmyeon iria se arrepender mortalmente. Mas assim como nunca negou nada que estivesse ao seu alcance para Victoria, não seria diferente com Sehun.

Ele se odiaria muito mais por ter ido embora sem ajudar a pessoa que ama, do que por estar sendo torturado por ter feito a coisa certa.

-Está bem, eu irei te conceder isso. A primeira parte do pedido será a conclusão de uma dúvida... O que você deseja? - falou de cabeça baixa, envergonhado por deixar o mais novo ter tanto controle sobre si.

Ao falar isso, assustou-se sentindo Sehun o abraçando.

-Obrigado por isso, muito obrigado!

Junmyeon não iria mentir, estava verdadeiramente ferrado, mas não ligava nem um pouco, o amor da sua vida o abraçava de uma maneira extremamente acolhedora.

-A conclusão de qual dúvida você precisa? - perguntou.

-Eu preciso acabar com as dúvidas da minha sexualidade, mas eu preciso que você esteja totalmente de acordo com o que eu irei pedir.

-Independente do que vai pedir, irei acabar cedendo mais cedo ou mais tarde, apenas peça.

E então Sehun correu, vindo animado com seu notebook em mãos.

-O que é isso? - perguntou.

-Isso se chama notebook. Nele você faz pesquisas, assiste a filmes, entre outras coisas.

Não demorou muito para que Oh buscasse por um vídeo musical específico, e Junmyeon olhando confuso para a tela, se aproximando mais e mais de Sehun, fazia com que estranhamente um calor tomasse conta do corpo do outro. E então ele lembrou-se das costas do gênio, e sua respiração ficou mais descompensada.

-Que música é essa? - perguntou o gênio vendo um grupo de lindas garotas vestidas de marinheiras, elas dançavam lindamente e de forma sexy, mas não vulgar.

Sehun quase xingou o outro, mas lembrou novamente que ele não vivênciara os últimos anos.

-Elas são um grupo, são as rainhas da Coréia. - disse ele animado.

-Tá, mas o que isso tem haver com o seu pedido? - questionou confuso, mas o sorriso um tanto diabólico no rosto de Sehun já respondia por si só. - Espera você não quer quer...

-Por favor, por favorzinho... - pediu fazendo um aegyo. - Junmyeon-ah, me ajude com isso.

-Você tem noção do que está pedindo? Quer mesmo que eu dance isso pra você? Eu nem mesmo sei dançar!

-Está errado, algo dentro de mim me diz que existe um ótimo pé de valsa em você. - Sehun riu.

E aquilo fez com que o gênio se lembrasse de quando sua esposa descobriu que ele dançava um pouco, enquanto vivo, por anos Junmyeon estudou dança.

Mas os negócios de sua família o impediram de seguir adiante.

-E mesmo se eu dançasse, como eu deveria me vestir pra fazer isso? - perguntou.

-Eu quero que com seus poderes você se transforme em um marinheiro, mas um sexy. Sei que consegue, não é como se precisasse de muito esforço pra ficar sexy.

Ao perceber o que recém havia dito, as bochechas de Sehun ficaram vermelhas.

-O que você disse? - perguntou o mais velho. - E porque diabos está usando a mim para saber se você gosta de homem ou não?

-Pois você é o mais perto de uma fantasia sexual que qualquer adolescente teria, é bonito, carinhoso, tem costas bonitas e...

-Você... Por acaso você falou das minhas costas?

-Junmyeon-ah, dance logo. - pediu balançando o braço do mais velho.

-Irei me preparar e ajeitar o pequeno cenário.

Utilizando as mãos, Junmyeon fez com que a lâmpada mágica ficasse enorme, luzes meio roxas tomaram conta do local e o quarto se transformou num cenário totalmente diferente.

-------

Sehun estava olhando atentamente para as luzes, quando o toque da música finalmente começara. E então Junmyeon apareceu, e fez com que o mais novo se sentisse em um dos seus sonhos mais loucos.

Ele estava com os cabelos penteados pra trás e molhados, enquanto usava um chapéu de marinheiro, uma calça jeans e apenas um colete aberto da mesma cor das roupas usadas no videoclipe da música que Sehun havia o mostrado.

Usava também um relógio aparentemente caro e um óculos escuro.

Tudo nele era o bastante para tirar sua sanidade, o peitoral exposto de Junmyeon praticamente implorava para ser tocado, sua barriga perfeitamente definida parecia convidar a boca e as mãos de Oh SeHun para que pudessem explorar cada centímetro.

Apenas com um olhar no corpo do gênio, e já estava claro... O mais novo estava excitado e não repreendia o fato daquilo ser causado por outro homem.

Então Junmyeon aproximou-se, da maneira mais sexy que poderia parecer, tirando os óculos para que pudesse encarar o loiro nos olhos.

"Conte-me seu desejo

Conte-me cada pequenino sonho do seu coração

Imagine a pessoa perfeita e olhe para mim

Eu sou um gênio

Seu sonho, seu gênio

Dirija o carro dos seus sonhos

Estou sentado ao seu lado

Ao sairmos vá com tudo pra aonde seu coração mandar

Mesmo que sinta que seu coração vai explodir

Ou que sera levado pra longe com o vento

Neste momento o mundo é so seu..."

Sehun parecia anestesiado e sem reação, a forma como o outro dançava, estava a causar mudanças preocupantes em sua respiração.

"Eu te amo, isso mesmo pode confiar em mim sempre

Quero te dar todos os sonhos e paixões

Eu sou um deus da sorte e tudo o que eu quero

É realizar seu desejo

Conte me seu desejo!

Sou um gênio só pra você, garoto

Conte-me seu desejo!

Sou um gênio só pros seus desejos

Conte-me seu desejo!

Sou um gênio só pros seus sonhos

Conte-me seu desejo!

Sou um gênio só pro seu mundo"

E novamente ele se aproximou, deu um sorriso meio envergonhado que só fez que o coração do mais novo acelerasse ainda mais.

''Conte-me seu desejo!

Não esta cansado de toda esta monotonia?

Você se acostumou a esta vida comum?

Desperte agora!

Você é meu surperstar, meu astro, meu surperstar

Ao som do tremor das batidas do coração

Confie em mim com todo o seu corpo

Este mundo é apenas um palco pra você

Uma grande vibração como gritos de incentivos

Em meu coração eu sinto seu calor

Eu sou o caminho para sempre seu maior fã

Eu te amo, isso mesmo pode confiar em mim sempre

Quero te dar todos os sonhos e paixões

Eu sou um deus da sorte e tudo o que eu quero

É realizar seu desejo

Conte me seu desejo!

Sou um gênio só pra você, garoto

Conte-me seu desejo!

Sou um gênio só pros seus desejos

Conte-me seu desejo!

Sou um gênio só pros seus sonhos

Conte-me seu desejo!

Sou um gênio só pro seu mundo

Conte-me o que você precisa

Conte-me o que você quer

Dj, põe pra tocar de volta!"

Ao terminar ali, Junmyeon parou olhando fixamente para Sehun que não tinha reação.

Mas como poderia ter?

O corpo do belo gênio suava um pouco, e aos olhos do mais novo, aquilo era encantador, Deus, Myeon era encantador.

-Então, o que achou? - perguntou o moreno meio ansioso, sem obter respostas.

O mais novo estava chocado demais para dar uma resposta.

E naquele momento já não havia mais nada que precisasse ser provado, mesmo com tão pouco tempo, agora ele tinha a certeza do porque ter perdido o sono na noite anterior.

Por que queria tanto a companhia do outro e até mesmo se esforçou para lembrar de coisas que aconteceram a tanto tempo?

A resposta estava ali.

O coração inexperiente de Oh Sehun estava completamente atraído e apaixonado por Kim Junmyeon!


Notas Finais


Aqui estamos nós. Desculpe se ficou muito grande? Isso que ainda vai ser dividido em duas partes!!!!

Não resisti, eu realmente tinha que colocar Genie nessa história!!
Espero que vocês antecipem muito a parte 2, pois ela virá em breve!!!!

Por favor, continuem a dizer o que acharam da história!


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