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História Georgia - Pilot


Escrita por: Harrybyer

Notas do Autor


Primeiro capitulo e eu espero de coração que gostem.
Escutem ao som de Georgia - Vance Joy.

Capítulo 1 - Pilot


 

Sunday, 04 December 2016

“Georgia, seu nome. Cabelos curtos castanhos, um corte tão moderno para uma alma dos anos 80. Uma menina cheia de amor e vida. Georgia, um nome peculiar, para uma moça peculiar. Com fome de viver e experimentar, ela curte rock e clássica, em seus patins ela dança, um espetáculo péssimo, mas engraçado. Ela tem o dom de transformar. Feliz natal, my baby.”

Meus amigos e eu temos a pratica de se presentear com cartões. Esse era de Kit, minha kardashian encontrada. Meu nome é Georgia, não me considero tão legal como kit me descreveu, mas eu juro que to tentando ser tudo isso. Estamos perto do natal e eu não poderia ficar mais feliz. É a minha época favorita, esse ano irei ficar na Inglaterra, meu primeiro natal longe da família. Sou americana, mas posso morar na Inglaterra porque meu pai é britânico. Isso facilita muito, até porque eu tenho um amor louco pela Inglaterra sendo mais precisa por Londres. Faço faculdade de letras em Oxford e tenho um emprego de meio período em uma biblioteca local. Meus pais odeiam o meu emprego, porque segundo eles eu deveria me ocupar totalmente com a faculdade, porém eu amo ler para as crianças e amo todos os meus afazeres de ajudante de bibliotecária.

Kit e eu dividimos o apartamento. Ela faz medicina e é bem atarefada. Somos bem ligadas, como irmãs. Foi muito insano essa nossa aproximação. Próximo mês meu curso termina e Kit continua com o dela, eu terei que me mudar para Londres, onde meu avô conseguiu um estagio.

Minha vida se resumia em andar de patins, cair de patins, estudar, trabalhar, ler para crianças, rir com kit, dormir e me arrumar para ficar em casa. Eu tenho essa mania de colocar uma música, tirar todas as minhas roupas e maquiagens e ficar me produzindo e inventado variadas situações, semana passada, eu era uma mãe com três filhos que iria ter um encontro com um banqueiro.

Hoje, eu felizmente vou ao show da minha banda favorita. Vance Joy vai tocar em Londres e eu estou bem atrasada, já que o metrô sai às duas. Eu estou surtando de felicidade, essa banda tinha as melhores composições de todos os tempos, incluindo a minha música favorita: Georgia.

Entrei no banheiro do meu quarto e quis chorar, tinha me esquecido o quanto eu sou bagunceira, Jesus Cristo. Coloquei uma musica e conectei a uma caixa de som, comecei jogando água e sabão. Passei em média uns vinte minutos limpando o banheiro, aproveitei e tomei um banho gelado, eu definitivamente odeio banhos gelados, mas era o jeito já que nós não temos dinheiro pra trocar de chuveiro. Eu odeio ser um desastre ambulante. Eu sempre quebro o chuveiro é uma praga e aqui em Oxford é tão frio que se torna uma necessidade. Ao terminar com banheiro, coloquei uma roupa e liguei o aspirador, precisava limpar o quarto que também estava uma zona. Eu juro que sou organizada. Na verdade só às vezes. Ao terminar com arrumação, fui para a cozinha, lavei a louça e fiz o café da manhã. Deixei a mesa pronta, e fui para o quarto de Kit.

- Kit, eu fiz o café, você quer? – o quarto estava cheio de papéis e kit estava dormindo na cadeira, com vários post it em seu cabelo, decidi não acordar. Deixei um recado na geladeira, arrumei minha bolsa e fui pegar o metrô.

No metrô, coloquei meus fones e relaxei por uma hora.

Segui de Oxford até minha sonhada Londres, não era minha primeira vez, mas o calor e aperto em meu coração era somente dessa cidade. Meus pais se conheceram e se casaram em Londres. Mesmo com o divórcio, eles ainda são amigos. O que eu acho incrível. Sempre desejei ter uma relação tão fascinante quanto à deles, tirando o fim tudo foi perfeito entre eles. Meu pai era do rock, ele é engraçado sem ser rude, é todo pirado. Ele tem uma oficina de motos, onde eu cresci. Minha mãe é bailarina, ela ensina balé para crianças, sempre foi da musica clássica, onde eu agucei meu lado musical. Minha família se odeia, mas se completa. A família do meu pai é rica, eles são do rumo mobiliário e meu avô simplesmente odeia a minha família materna que é pobre. Problemas que eu nunca vou entender. Meu pai é britânico e minha mãe brasileira.

Eu não cresci em uma guerra, porque meus pais sempre souberam lidar com as coisas, minha mãe sempre é mandona e bem perfeccionista, sua profissão exige. Ela sempre detestou o fato de que sua filha tem antipatia com o balé e prefere andar de patins.

Fora desse assunto ela é bem legal e cozinha muito bem. A comida brasileira pelo o que eu me lembre é bem gostosa. Eu morei minha vida toda na Califórnia, com o meu avô paterno. Ele estava disposto a me bancar, já  que meus pais não tinham muita grana. Com doze anos, eu me mudei e fui morar com meu pai na oficina e foram os melhores anos da minha vida, morar com meus dois pais. Em 2014, eles se separaram e minha mãe voltou para o Brasil e eu fiquei com meu pai.

Eu tinha chegado a Londres e estava quinze minutos atrasada. Fui para casa do meu pai de uber e ao entrar na oficina me senti nostálgica. Fiquei a tarde toda conversando com meu pai. Até que meu celular apitou, hora de se arrumar.

Coloquei música e comecei a pensar. Quem eu era dessa vez?

 Uma universitária que acabou de brigar com o namorado, chato demais. Essa maquiagem teria que ser sexy e a universitária estaria borrada, então hoje eu não sou a universitária que brigou com o namorado. Acho que posso ser a garota sexy que já transou. Ela é divertida. Vai ser essa a minha história e meu nome vai ser Kimberly. É um nome bom para uma moça com calça de couro, salto com meia pata e blusa de seda. Meu clássico batom vermelho. Eu estava muito Kimberly. Meu pai disse que me levava no show e eu estava nervosa, o show da minha vida, essa kimberly vai arrasar.

- Cuidado Georg, não quero você sendo isca de peixe. Só de tubarão. – disse sério e eu me acabei de rir.

Meu pai tinha comprado camarote para mim, tinha open bar e tudo. Eu estava deslumbrante de feliz.

Ao entrar no camarote, fiquei cega pela quantidade de famosos. Vance joy não era famoso, o máximo de sucesso deles tinha sido um cover da Taylor. O DNCE estava ali, a Zendaya e alguns famosinhos da internet. Caminhei até o bar e precisava beber algo antes do show.

- Um shoot de tequila, a mais forte que você tiver e uma água mineral. – disse para a moça que estava meio encantada e nervosa.

- Moça, não olha para a esquerda, Harry Styles está te olhando. – Na hora que ela falou, eu olhei para trás. Ela estava louca, não tinha ninguém.

- Aqui e-s-staa – Disse gaguejando e quando eu peguei o shoot, alguém sentou do meu lado.

- O mesmo que ela. – Era ele. Harry fucking Styles.

Virei o shoot de uma vez, sem fraquejar e sem olhar para ele, sai do bar segurando a minha bolsa. Deixando a água mineral, era a minha deixa, porque eu sabia que se ele me quisesse, ele viria atrás. Como um cavalheiro nato, ele devolveria a garrafa. Era a minha tacada de mestre, porque eu bem sabia como fazer alguém me desejar. Rebolar e não olhar para trás.

Eu não era uma modelo, não tinha um corpo digno de modelo e nem nada, tinha estrias e inseguranças, mas nessa hora usei toda a minha confiança, se ele não fosse eu iria buscar, não gosto de desperdiçar. Eu senti que ele me olhava, então rebolei meu corpo. Cheguei à parte que tinha melhor visão e esperei o show começar, dois minutos ali e ele veio.

 Por volta dos meus quinze eu conheci a One Direction, lembro da audição deles no programa, até me considerei fã, só que era apenas uma fase, pelo menos pra mim, já que eu era bem focada na escola acabei priorizando outras coisas e deixando de lado a sensação do momento. Eu lembro de como eu adorava o fato de ser um ano mais nova que Harry. (risos)

E por milagre, eu não estava nervosa. Estava confiante como nunca.

- Você esqueceu sua água, my lady. – Disse sorrindo, ele está lindo. O cabelo penteado para trás, com uma blusa despojada, as unhas pintadas de preto, os anéis, a bota de costume. Estilo Mick Jagger. Bem melhor. Sorri para Harry, sem mostrar os dentes.

Britânicos são lerdos, eles são diferentes dos estadunidenses  e bem diferentes dos brasileiros. Os estadunidenses são muito rápidos, se eles gostam de uma menina, eles já pedem para namorar. Não tem ficar como no Brasil. Por isso é mias complicado na EUA, porque eles gostam e desgostam muito rápido. Os britânicos já são mais lerdos (no geral), você não beija no primeiro encontro e se beijarem, eles te acham fácil. Então, você tem que encantar o cara. Trabalhar a química e segurar ela.

- Obrigada, é muita gentileza da sua parte. – Disse sendo inocente, sarcástica e sexy.

- Disponha, você é fã da banda?  Parece-me ansiosa. – Ele disse pegando seu celular de seu bolso.

- Uma grande fã, eles são demais, pena que não são reconhecidos.

- Como não? Olha a quantidade de gente, esse camarote está lotado de gente “famosa” – falou fazendo aspas com os dedos e rindo como se eu estivesse mentindo.

- Isso me assustou também, mas seus discos não vendem muito. Acho que deve ter sido o segundo plano, já que hoje é o desfile da VS. E como é o único show em Londres. Quem não está em Paris, está aqui nesse show. Chego à conclusão que esse deve ser o seu caso. – disse rindo.

- Além de bonita e esquecida é inteligente. Surpreenda-me mais, dizendo o seu nome. – sorriu ao cochichar em meu ouvido.

Quando eu fui falar meu nome. Vance joy apareceu no palco e para minha surpresa a musica de abertura foi a minha favorita.

- Georgia, this is for you. – diz o vocalista. Mesmo a música não sendo feita para mim, eu considerava minha.

Eu estava gritando a letra e dançando, enquanto Harry me observava. Quando ele cantou a segunda parte do refrão, eu me aproximei de Harry e em seu ouvido disse.

- Georgia. – sorri e sai dali. Indo para o banheiro.

Retoquei o batom, baguncei o cabelo, ajeitei a calcinha e voltei. Ele estava ali, no mesmo lugar me esperando.

Passamos o show todo ali, cantando e rindo. Ele não sabia a letra, mas fingia que sabia e eu ri disso a noite toda.

- Você é a pior cantora do planeta, como conseguiu estragar essa musica linda? – Ele estava rindo, eu admito que não sou uma boa cantora, mas não era digna de risadas.

- Isso porque você não me viu dançando balé ou cantando Frank Sinatra. O maior dos desastres. – disse rindo e tentando recuperar o fôlego.

- Você escuta Sinatra mesmo? Ou é uma forma de me conquistar? – falo com cara séria.

- Minha mãe é uma apaixonada e eu herdei isso dela, Lover, My Way, Sweey Lorraine, são as minhas favoritas. – disse com cara de poucos amigos, ele me irritou.

- Eu estava brincando, eu te observei demais por hoje e você não parece o tipo de mulher que faz isso. - disse rindo.

- Me assustou, não tenho experiências com “famosos”, por isso te trato normal. – disse e fiquei mexendo com meu brinco esquerdo.

- Eu quero sair com você para jantar, aceita? – disse coçando a nuca. Estadunidenses e brasileiros fazem isso quando estão nervosos, britânicos também?

É meu pai tinha acertado, eu me sentia isca de tubarão.


Notas Finais


Até.


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